Mais do que respostas aleatórias e justificativas mal embasadas, argumentos para justificar a brincadeira na educação devem se apoiar em estudos da neurociência e da biologia evolutiva.
Por: Vera Rita da Costa
|
‘Bolinha de sabão’, quadro do artista plástico Ivan Cruz. A brincadeira é fundamental para fomentar o pleno desenvolvimento da criança em seus múltiplos aspectos. (foto: Ludmila Guerra) |
Que brincar é importante não é uma novidade. As crianças brincam e mesmo outros filhotes de animais o fazem, principalmente se forem mamíferos, como nós. Mas é interessante, sobretudo para professores, refletir sobre o que é o brincar e o porquê de ele existir, buscando conhecer o que há de novo sobre esse tema e relacionar esses conhecimentos com as nossas práticas pedagógicas.
Há também outro interesse em saber mais sobre o brincar: juntar argumentos mais atuais e objetivos às vagas justificativas empregadas por nós, educadores, para defender a brincadeira na escola e garantir o direito e o espaço-tempo para que crianças vivam a infância.
Explicando melhor a questão: pergunte a qualquer colega professor de educação infantil ou das séries iniciais do ensino fundamental se brincar é importante e ele, com certeza, responderá que sim. Questione, no entanto, o porquê disso e a resposta, muito provavelmente, será vaga e, em certos casos, bem pouco fundamentada do ponto de vista científico.
As alegações mais frequentes que justificam o brincar são, por exemplo, o fato de ser “divertido” e “prazeroso” ou, ainda, de que serve para “gastar energia”. Insistindo por mais argumentos, talvez você obtenha aquele que alega ser a brincadeira “importante para o desenvolvimento”. A princípio, nada contra essas ideias, mas, analisadas friamente, elas revelam características importantes do brincar, não suficientes como explicações (as três primeiras) e que apenas se aproximam de maneira genérica e vaga de fazê-lo (a última).
Uma possível razão para isso é que nossos cursos de formação de professores dão pouquíssima importância os aspectos biológicos do desenvolvimento humano. Praticamente nada se discute neles, por exemplo, sobre o que há de mais atual em termos de pesquisa e hipóteses postuladas na biologia evolutiva ou nas neurociências para explicar o brincar.
Leia mais. Clique no link
http://cienciahoje.uol.com.br/alo-professor/intervalo/2013/10/por-que-brincar-e-importante
Nenhum comentário:
Postar um comentário