sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Cuiabá: Mabel Strobel comandará a Secretaria de Educação




























Mabel Strobel 

Possui Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso (1991), Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (1998) e Aperfeiçoamento Superior pela Montclair State University, New Jersey, (2000). Especialização em Supervisão e Currículo pelo Instituto Metodista de Ensino Superior (1994); Especialização em Filosofia - Educar para Pensar e Investigar pela UFMT (1996). Professora da Educação Básica do Estado de Mato Grosso desde 1985 e, nessa trajetória além da docência, foi Diretora e Coordenadora Pedagógica de Escolas, Diretora de Política Educacional, Superintendente da Educação no Estado de Mato Grosso, Conselheira no Conselho Municipal de Educação e Assessora Pedagógica.

Ensino integral será implantado em 14 escolas do Estado e alunos poderão adaptar disciplinas de acordo com vocação

Da Redação - André Garcia Santana




Contemplados com aulas em período integral e uma grade disciplinar flexibilizada, cerca de cinco mil estudantes da rede estadual de ensino deverão superar a realidade da evasão, dando início em 2017 a um processo de redução nas estatísticas de fuga escolar. Por meio das alterações propostas pela reforma no Ensino Médio, Mato Grosso deverá receber do Governo Federal um montante de R$ 10 milhões em investimentos, distribuídos inicialmente entre 14 instituições pelo Estado. Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, o secretário de Estado de Educação, Marco Aurélio Marrafon, falou sobre a importância das mudanças. 

Ele explica que 11 das 14 unidades receberão suporte financeiro do Ministério da Educação (MEC), enquanto outras três serão mantidas exclusivamente com recursos Governo do Estado. A expectativa, segundo ele, é estender a medida ao Ensino Fundamental ainda em 2017, trabalhando para cumprir a meta implantação do sistema em 45 escolas estaduais até 2018, representando 10% do total de unidades no território.

A avaliação é de que medida salvará a vida de milhares de adolescentes, uma vez que já foi comprovado que ela reduz o abandono das salas de aula. “A evasão mata de duas maneiras. Na primeira hipótese morre uma biografia. Nessa via, menos dolorosa, mata-se um futuro médico, engenheiro, ou qualquer outro profissional. A mais dolorosa é quando ele sai da escola e cai na criminalidade. Nessa segunda forma, provavelmente o jovem terá uma vida curta, então, mata-se pessoas.”

Aqui, onde 50% dos mais de 200 mil estudantes não finaliza o Ensino Médio, seja por reprovação ou por evasão, o programa chega com prioridade nas áreas mais vulneráveis. “O tempo da vida não é o tempo do Estado. Se não adotarmos o programa agora por conta da construção de escolas, por exemplo, pode ser que até a resolução dos trâmites burocráticos, tenha passado mais da metade do ensino médio no modelo tradicional e continuamos sem resolver o problema.”

De acordo com ele, praticamente todas as escolas que apresentaram condições, tanto pela aceitação da comunidade acadêmica, quanto pela estrutura física, foram beneficiadas nesta primeira demanda contemplada pelo MEC. Ao longo deste processo professores, alunos, pais e diretores foram ouvidos, sinalizando positivamente para a mudança, que daqui a um ano deverá abranger 10% das escolas mato-grossenses.

Para a manutenção da proposta o MEC repassará ao Estado um valor anual de R$ 2 mil reais por aluno inserido nesta política educacional. O montante é somado aos aproximados 6,5 mil reais investidos atualmente pelo Governo Estadual em cada estudante, uma conta que envolve gastos com professores, merenda, reformas e transporte.

O ensino integral na prática

A extensão do tempo nas escolas também exigirá do Estado investimento em adaptações físicas para que os alunos sejam acolhidos adequadamente em espaços para o desenvolvimento de variadas atividades ao longo do dia. No entanto, diante da demora que este processo pode representar, a estrutura básica continuará a mesma, passando por algumas adaptações.“Chamamos engenheiros que fizeram vistorias nas escolas. Precisaremos de mais laboratórios, quadras de esporte, pra atender esse novo fluxo.”

Ali os estudantes passarão os períodos da manhã e da tarde inteiros, recebendo também as refeições adequadas a cada momento. Para isso, além de um reforço na merenda, haverá também maior acompanhamento de tutoria do aluno, em um sistema no qual os estudantes que se revelam como líderes e mediadores de conflitos se tornam protagonistas para acolher os novos estudantes.

A grade de disciplinas também é alvo de mudanças, podendo variar de acordo com a vocação apresentada por cada adolescente. Assim, segundo Marrafon, se o menor possui inclinação para a área de humanidades, ele poderá escolher disciplinas que tenham maior relação com isso, incluindo cursos de fotografia ou teatro, por exemplo. Se a predileção for matemática, em outro período o aluno pode fazer um curso de matemática ou física mais avançado do que o apresentado na grade tradicional.

“É um programa de ponta, que adota uma metodologia chamada Escola da Escolha, já implantada em estados como Pernambuco, São Paulo e Espírito Santo. Lá elas tem um alto índice de sucesso, tanto que Pernambuco é o primeiro no país em nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Além disso, depois de adotar a escola integral no ensino médio em 50% das escolas eles zeraram praticamente a evasão escolar. Isso salvou vidas ali”, reforça o secretário.

Resistência e adaptação

Neste primeiro momento um dos principais desafios apresentados à administração é a possível resistência por parte da comunidade escolar, motivada por desconhecimento do modelo e descontentamento com tentativas passadas, quando houve muitas promessas e nada foi feito. Há ainda a preocupação relacionada a entrada do jovem no mercado de trabalho, uma vez que, matriculado em período integral, não há como o aluno ser contratado como empregado, diferente do que algumas famílias esperam ou precisam.

As dúvidas, no entanto, seriam erradicadas no primeiro ano. “As preocupações rapidamente se dissipam e a partir do segundo ano observa-se um índice de satisfação próximo dos 100 %, ou seja, os jovens que ficam na escola integral não querem mais sair dela. Nos outros estados a satisfação é altíssima, tanto por alunos quanto por professores e técnicos.”

A partir deste estágio, a expectativa é de que a comunidade escolar abrace o sistema e fortaleça a escola pública. “Quando temos escolas públicas de melhor qualidade, melhor merenda, professores mais motivados, alunos felizes indo à escola, isso fortalece a ideia de escola pública de qualidade. É uma política de fortalecimento do ensino público que estamos fazendo”, finaliza.

Veja também: Ensino Médio: Mato Grosso poderá ter mais 24 escolas públicas em tempo integral

http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?id=430200&noticia=ensino-integral-sera-implantado-no-estado-e-alunos-poderao-adaptar-disciplinas-por-vocacao

Alunos da EE Nilo Póvoas (Nobres) vivenciam a experiência de estar na UFMT

Alunos do Ensino Médio da escola estadual “Professor Nilo Povoas”, de Nobres (MT), passaram pela experiência de conhecer mais sobre alguns dos 55 cursos de graduação oferecidos pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Cuiabá. Eles foram os campeões locais da maratona do “Meu projeto de futuro”, iniciativa premiada pelo programa Células Empreendedoras, desenvolvido pela Universidade em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec).

Segundo o coordenador da iniciativa, Nilton Hideki Takagi, professor do Instituto de Computação (IC), a visita dos alunos é o resultado de um trabalho iniciado no começo de 2016 que tem como objetivo ajudar os alunos a elaborar, desde o primeiro ano do ensino médio, um planejamento cujo objetivo é cursar a graduação desejada. “Temos no ensino de graduação discentes que não fazem o curso que querem, mas o que obtiveram nota para entrar. A ideia dessa atividade é que eles se aproximem da Universidade e entendam os cursos existentes e consigam se preparar para alcançar sua meta”, explica. 

Desde segunda-feira (19), os alunos participaram de atividades no Instituto de Física (IF), na Faculdade de Medicina (FM) e de Economia (FE), além de terem contato com o plano municipal de saneamento básico de Nobres. A ação desta quarta (21), que aconteceu no Escritório de Inovação Tecnológica (EIT), foi a apresentação do curso de Comunicação Social, realizada pelos professores Dielcio Moreira e José da Costa Marques Filho (Tinho), e o desenvolvimento de atividade relacionada à área, ministrada pelos alunos participantes do projeto Educomunicação, Ciências e Outros Saberes: um estudo do trabalho colaborativo em narrativas transmídia. 

O coordenador do “Meu projeto de futuro” ressalta que a resposta dos alunos diante da oportunidade de ganhar novas vivências tem sido excelente. “Precisamos dar um choque de realidade. Se eles se prepararem desde o primeiro ano, há chance de entrarem no curso desejado já na primeira tentativa.”

Vivência

Anacris Monteiro, psicóloga e voluntária da iniciativa na parte de orientação e carreira, comenta que o projeto é pioneiro, uma vez que, em seu trabalho, são realizadas dinâmicas nas quais eles imaginam a vida na universidade e a oportunidade permitiu que eles vivenciassem a situação. “A oportunidade é incrível porque o meio onde eles estão, com o contato das pessoas que eles têm no dia a dia não permitiria essa experiência e vivência dentro do Câmpus, almoçando com outros alunos, conhecendo os institutos e as áreas que eles imaginam que queiram cursar. A gente não vê uma iniciativa como essa acontecer em nenhum outro lugar.”

E a experiência pela qual passou a aluna Maria Luana Cardoso dos Santos, de 16 anos, ao contrário de chamar a atenção para os novos cursos, só fez reforçar sua vontade de cursar Direito. “A iniciativa é muito interessante porque estamos aprendendo mais coisas novas, priorizando nosso aprendizado e descobrindo novos cursos”, explica ela, que, além de desejar ser uma boa advogada, quer ingressar na Polícia Rodoviária Federal.

Educomunicação

Realizado por meio da parceria da UFMT com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o projeto “Educomunicação” tem como objetivo promover a interação da comunidade escolar entre si e com o local no qual está inserido. Os participantes realizam oficinas de texto e de atividades audiovisuais e produzem, com base em técnicas jornalísticas, matérias e textos ficcionais que abordam o cotidiano e linguagens contemporâneas ou retomem os saberes populares da localidade.
O trabalho realizado está reunido em um site, no qual as publicações estão divididas em três eixos – “Vida e Natureza”, “História e Comunidade” e “Arte e Tecnologia”. Em breve, o projeto terá um aplicativo para celulares, que permitirá uma maior interação com a comunidade. 

Outro eixo do trabalho é a publicação de jornais impressos que reúnem o material produzidos pelos alunos. Participam do projeto, em todas suas interfaces, as escolas “Ponce de Arruda”, de Acorizal, “Milton da Costa Ferreira” e “Antônio Ferreira Sobrinho”, de Jaciara, “Maria Leite Marcoski”, de Várzea Grande, “Santa Claudina”, de Mimoso, “Benedita Augusta”, de Jangada, “Gustavo Dutra”, da Serra de São Vicente e “Alcebíades Calhao”, “Antônio Epaminondas”, “José de Mesquita”, de Cuiabá.


http://www.ufmt.br/ufmt/site/index.php/noticia/visualizar/33760/Cuiaba

Dois professores brasileiros finalistas do 'Nobel da Educação'

Wemerson da Silva Nogueira
O capixaba Wemerson da Silva Nogueira e o amazonense Valter Pereira de Menezes são os dois professores brasileiros que estão entre os 50 finalistas do Global Teacher Prize, uma das maiores premiações educacionais do mundo e considerada o “Nobel da Educação”.
Valter
Pereira de Menezes
O prêmio reconhece ações transformadoras protagonizadas por educadores dentro da sala de aula e em suas comunidades. Exatamente o que Wemerson e Valter fizeram: não só mudaram as perspectivas de aprendizagem de seus alunos, mas levaram soluções para a população local.


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