sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Resultados preliminares da Prova Brasil 2013 estão disponíveis para as escolas

As escolas que participaram da Prova Brasil 2013 já podem acessar os resultados preliminares na avaliação. Durante o período de 31 de julho a 10 de agosto, os diretores escolares podem conhecer seus resultados preliminares e, caso desejem, terão a oportunidade de interpor recurso.

Como acessar os resultados preliminares?

Os diretores que já acessaram os resultados preliminares da ANA 2013 devem utilizar a mesma senha para acessar o Sistema da Prova Brasil. Já aqueles que não possuírem essa senha precisam realizar o cadastro prévio, clicando no botão abaixo. 
Em caso de dúvidas, contate o Inep pelo e-mail cadastro.provabrasil@inep.gov.br. 
Já tem cadastro? Acesse os resultados aquiNão tem cadastro? Faça aqui

Veja aqui como se cadastrar
http://portal.inep.gov.br/web/saeb/resultados-preliminares-2013

Desafios e as perspectivas da gestão escolar no Brasil


Entre os dias 14 e 15 de agosto, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (CONSED) promoverá o I Seminário Internacional de Boas Práticas em Gestão Escolar, evento que contará com palestras e oficinas voltadas para quem busca soluções em práticas escolares, por meio da promoção de debates, troca de experiências e inovação.
O seminário tem como tema central as “Boas Práticas em Gestão Escolar” e conta com conferencistas nacionais e internacionais, dentre eles, Anthony McNamara, do National College for Teaching and Leadership – NCTL; David Albury, do Global Education Leaders Program – GELP;  Clarice Salete Traversini e Yvelise Arco Verde, do Ministério da Educação – MEC; Roberta Panico, do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária – CEDAC; Carlos Eduardo Moreno Sampaio, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP e Ricardo Henriques, da Fundação Unibanco.
Nas palestras, serão abordados quatro temas pertinentes ao gerenciamento escolar: as práticas de gestão para uma escola notável; a gestão escolar como garantia de condições de aprendizagem para todos os alunos; como articular a gestão de novas tecnologias e a gestão da aprendizagem e, os desafios e as perspectivas da gestão escolar no Brasil.
O público-alvo do seminário são os diretores que foram destaques estaduais no ano de premiação do PGE (2013), os coordenadores estaduais do prêmio, os secretários estaduais de Educação e os superintendentes da área pedagógica dessas secretarias, além dos parceiros do Consed que viabilizam essas iniciativas. Contará, também, com a participação de gestores de escolas americanas que estarão no Brasil para visitar escolas e demais espaços educativos em vários estados, como parte do programa de intercâmbio promovido pela Embaixada Americana.

http://consed.org.br/index.php/comunicacao/noticias/869-desafios-e-as-perspectivas-da-gestao-escolar-no-brasil

Entre a escola e a comunidade

Sistema de alternância garantiu que a Escola Estadual Terra Nova, localizada no Mato Grosso, conseguisse oferecer ensino médio técnico integral tanto para estudantes locais, quanto para os de municípios vizinhos


Maria Fernanda Vomero
Os jovens ficam uma semana em casa para aplicar o que aprenderam na escola com a família

A rotina na Escola Estadual Terra Nova, localizada no Assentamento da 10ª Agrovila, no município de Terra Nova do Norte (MT), a cerca de 670 quilômetros de Cuiabá, começa cedo. Logo depois do café da manhã, por volta das 7 horas, os estudantes – divididos em equipes, em esquema de rodízio – seguem para o trabalho prático. Orientados por um professor-monitor, distribuem-se entre o viveiro, a lavoura, o aviário, a horta, os insumos, o cuidado dos animais, o processamento, a fruticultura ou a cozinha. Há também os responsáveis pela organização, pelo apoio administrativo, pelo registro informativo e pelas atividades culturais e esportivas.

À tarde, depois do almoço e da sesta, vão para a sala de aula, onde aprendem os conteúdos teóricos e partilham os saberes adquiridos com a experiência prática. No fim da tarde, antes do jantar, os jovens têm um momento de recreação. E, para encerrar o dia, uma atividade noturna da qual todos, professores e estudantes, participam: às segundas-feiras, o planejamento da semana; às terças, dinâmicas e palestras; às quartas, a “mística” – representação artística coletiva que lida criativamente com temas e fatos do cotidiano do grupo; às quintas, avaliação da semana. Na sexta-feira, os jovens retornam para suas casas a fim de passar uma semana com a família, aplicando o que aprenderam na escola em seus próprios sítios e registrando tudo no “caderno de campo”.

Vai e vem

Eis um exemplo bem-sucedido da combinação entre a pedagogia da alternância e a educação profissionalizante em período integral numa escola do campo pertencente ao sistema estadual. Enquanto uma turma está no tempo-comunidade, a outra retorna à instituição. Deste modo, a instituição consegue atender tanto os estudantes do município-sede, Terra Nova do Norte, quanto um grupo vindo de distritos e municípios num raio de até 100 quilômetros. Graças à parceria com as prefeituras, o transporte dos jovens é garantido. “Essa é a riqueza da alternância: o conhecimento vai e vem”, diz Ricardo Martins dos Santos, um dos fundadores da escola. “Os conteú-
dos que os meninos aprendem aqui precisam servir para a vida e devem ser ferramentas de transformação social.”

O curso dura quatro anos, e a avaliação dos alunos não se apoia no sistema de notas, mas sim no acompanhamento de seu aprendizado por meio do caderno de campo, dos trabalhos exigidos ao longo dos semestres e da participação nas atividades. A formação humana está na base do ensino da escola Terra Nova. “Trabalhamos para que o estudante se faça sujeito”, comenta Ricardo. A boa convivência se orienta por regras debatidas e decididas coletivamente, entre diretores, docentes e alunos, apostando no método ver, julgar e agir. “Nossas reflexões são feitas sempre em grupo”, afirma o professor João Latres, monitor da equipe de registro e mídias.

Enganando as borboletas

Boa parte dos alimentos usados nas refeições provém da própria produção da escola. O manejo é agroecológico e, portanto, não há a utilização de inseticidas ou outros agentes tóxicos. No dia da visita da reportagem, o professor Lucas Ferraz de Queiroz, responsável pelo viveiro e pelos canteiros de hortaliças, ensinava uma técnica de prevenção e controle de insetos. O método agroecológico, batizado pelos alunos com o poético nome de “Enganando as Borboletas”, consistia em pulverizar uma essência feita com lagartas trituradas.

A escola Terra Nova surgiu de um sonho conjunto dos educadores Ricardo, Luzinei Lorenti Cortezan e Valter Kuhn, com apoio da comunidade. A história do trio remonta aos idos de 2006, quando Luzinei era diretor da Escola Municipal São Pedro, no Assentamento São Pedro, também em Terra Nova do Norte; Ricardo, professor de matemática naquela instituição, e Valter, secretário de educação do município. Embora atendesse alunos do campo, a escola reproduzia características urbanas e o índice de evasão era alto. Motivados pelos princípios da educação do campo, os dois professores haviam elaborado um projeto inovador para a São Pedro, baseado em muito diálogo com os outros docentes e com as famílias.

A proposta era oferecer Educação Básica em regime de alternância e assim possibilitar às crianças e adolescentes uma compreensão prática do meio em que viviam. No tempo-comunidade, os professores acompanhariam de perto as atividades dos estudantes, que seriam divididos em grupos de trabalho. Valter Kuhn logo encampou a proposta.

Pouco tempo depois, convidados a participar da gestão municipal, Luzinei e Ricardo deixaram a escola; em 2010, por questões políticas, a São Pedro foi fechada. Os três decidiram, então, pôr em prática o plano de criar uma escola de ensino médio em consonância com a realidade do campo. “Percebemos que os meninos maiores precisavam de uma formação técnica, com a qual pudessem ajudar suas famílias. A escola seguiria os mesmos princípios da São Pedro, mas ofereceria um curso profissionalizante de quatro anos em período integral”, conta Luzinei. A associação de agricultores da 10ª Agrovila cedeu um barracão, que eles logo reformaram e transformaram na primeira sede, e doou um terreno, onde se encontram as novas instalações, recém-inauguradas. A cooperativa local também se dispôs a ajudar.

A escola, que começou com 33 alunos em 2010, hoje atende 217 jovens. A primeira turma se formou em dezembro de 2013. Os docentes também permanecem na escola durante a semana e só retornam para casa no fim de semana. Têm um ritmo de trabalho puxado, mas sua dedicação é reconhecida pelos estudantes, que veem neles verdadeiros mestres. “Os professores se importam com a gente”, afirma Yuri Yalle, estudante do 3º ano da turma regional.

http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/207/entre-a-escola-e-a-comunidadesistema-de-alternancia-garantiu-que-318188-1.asp

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...