quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Brasil deve focar na educação infantil, diz presidente do Ipea


No Rio
O Brasil precisa focar na educação na primeira infância para melhorar seus indicadores nessa área, acredita o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Marcelo Neri. "Universalizamos a educação básica, mas a fronteira da primeira infância ainda não foi trilhada. Precisamos acelerar", disse Neri, durante o encontro, no Rio, da Clinton Global Initiative (CGI) Latin America, organização do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.
Estudos mostram que aquilo que a criança aprende até os cinco anos de vida pode impactar sua aptidão intelectual a ponto de determinar toda a sua vida escolar e até mesmo profissional, por ser essa uma fase crucial para o crescimento cognitivo e o desenvolvimento da linguagem, da sociabilidade e das habilidades motoras.
O Brasil já instituiu para 2016 a obrigatoriedade de matrícula na pré-escola de todas as crianças a partir dos quatro anos, mas ainda precisa adaptar a oferta de vagas à demanda que surgirá em decorrência desta medida.
"O foco já existe, mas não se sabe como fazer. Tem que ser nas crianças mais pobres. A gente já sabe que a educação na primeira infância nivela todo mundo, coloca as famílias em condições de igualdade", disse Neri. Um ganho importante para as camadas de renda mais baixas é a liberação das mães para o mercado de trabalho, o que pode significar o rompimento de um ciclo de falta de oportunidades para toda a família.
Ele chamou atenção também para a necessidade de tornar o ensino médio mais atraente para o adolescente. "A gente está perdendo a guerra, não consegue cativar o jovem. A taxa de evasão está em 15% entre alunos entre 15 e 17 anos porque eles não têm interesse pela escola. Temos que olhar para eles desde cedo."
Neri participou de um debate com dois representantes de iniciativas latino-americanas de reformulação do ensino: o professor mexicano Sérgio Juárez Correa, que liderou a transformação de uma escola de uma zona pobre e violenta de seu país, e a diretora da Fundación Escuela Nova, Vicky Colbert, premiada ONG colombiana que desenvolveu um modelo pedagógico que foca na maior participação dos alunos nas aulas e na personalização do ensino, com respeito às dificuldades individuais.
Ambos defenderam a aliança entre escola, professor e comunidade para que as escolas preparem os alunos para o século 21 e suas exigências. "Hoje, o que se espera é que as crianças aprendam a aprender, que tomem iniciativas e trabalhem em grupo", destacou Vicky. "Nossas escolas estão caducas e as que se dedicam à primeira infância são justamente as mais descuidadas", lamentou Correa.
http://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2013/12/10/brasil-deve-focar-na-educacao-infantil-diz-presidente-do-ipea.htm

Estudante de Rondonópolis se classifica em 3ª lugar em Olimpíada nacional

O estudante Matheus Santos Santana, 17, da Escola Estadual La Salle, de Rondonópolis (200 Km de Cuiabá), conquistou o 3º lugar na Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) 2013. O mato-grossense superou mais de 500 competidores e ficou com o bronze ao obter 79,97% de acertos da avaliação nacional da modalidade A, para estudantes que cursam o 1º ou 2º ano do Ensino Médio.
Santana recebeu medalha e certificado em evento realizado em Rondonópolis no final de novembro. Aluno do 2º ano, ele destaca que o sucesso na prova composta de 10 questões de múltipla escolha e 06 dissertativas, é fruto de uma rotina diária de estudos. “Costumo estudar sete horas por dia. Gosto muito de Química e sempre estudo com antecedência as disciplinas que serão trabalhadas em sala de aula”, destacou.
Único matogrossense a conquistar medalha na etapa nacional de sua modalidade, o estudante também teve como concorrentes outros 24 alunos do Estado, em grande maioria de escolas privadas. Para participar da OBG, Matheus Santana venceu em 2012 a etapa estadual.
A Olimpíada também prestou menções honrosas aos estudantes que acertaram entre 50% e 70% da prova. Nesse quesito Mato Grosso contou com seis estudantes homenageados. Dentre eles estão Aline Hikari Ishida e Otávio Laguião Bugoni da Escola Estadual Alda Scopel de Primavera do Leste.
Melhorias
Confirmado na OBQ 2014, Mateus Santana cita que caso vença novamente a etapa estadual não poderá participar da nacional em 2016, pois não estará mais cursando o Ensino Médio. “O evento é anual e por etapas. Em 2012 quando estava no 1º ano fiz à estadual e esse ano a nacional”, explicou.
Contudo, ele defende maior incentivo à participação dos alunos das Escolas Estaduais. “Esse incentivo pode ser feito a partir de uma melhor utilização dos laboratórios de química das Escolas. Na La Salle, por exemplo, quando entramos no Ensino Médio realizamos testes básicos sobre os princípios da química, mas poderíamos dar sequência com experimentos mais elaborados em fisioquímica, entre outros”, finalizou. 

VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
http://www.seduc.mt.gov.br/conteudo.php?sid=20&cid=14007&parent=20

Saúde e educação são as prioridades dos brasileiros, aponta Ipea

Os dados sobre percepção social foram divulgados após a cerimônia de entrega do Prêmio 'My World', das Nações Unidas

A melhoria dos serviços de saúde foi a opção assinalada como prioridade por 87,64% dos 3.810 entrevistados da pesquisa Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) – Nossos Brasis: prioridades da população, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em agosto deste ano, em mais de 210 cidades brasileiras. Uma educação de qualidade (72,97%), a proteção contra o crime e a violência (61,44%), melhores oportunidades de trabalho (60,28%), um governo honesto e atuante (59,85%), além do acesso a alimentos de qualidade vêm na sequência na lista das escolhas, feitas entre 16 opções ordenadas aleatoriamente.

Os resultados foram apresentados pelo presidente do Instituto e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Marcelo Neri, na manhã desta quinta-feira, 12, em Brasília, após a cerimônia de entrega da premiação da Campanha do Milênio da Organização das Nações Unidas, concedida ao Ipea por sua contribuição para a pesquisa Meu Mundo (My World).

Ao entregar o prêmio, o representante do Sistema Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, afirmou que o Instituto se destacou, entre as organizações da América Latina e Caribe, como a que mais colaborou com a pesquisa. “Foi um prêmio merecido, porque mostra o compromisso do Brasil com essa agenda”, disse Chediek, lembrando que a iniciativa resultou de um encontro entre a coordenadora global da campanha, Corrinne Woods, e Neri, que propôs incorporá-la às pesquisas do SIPS.

“As metas do milênio são uma preocupação central do Ipea e permitem colocar todos as instituições em busca do mesmo objetivo. E o Brasil vem cumprindo quase todos os objetivos ”, afirmou Neri

Diferenças de prioridadesA pesquisa SIPS apurou ainda as diferenças de prioridades de acordo com as diversas características dos indivíduos, como renda, idade, gênero, raça e região geográfica. Comparando aqueles com até a 4ª série com os que possuem nível superior, a proteção social e o combate à violência, além de acesso a oportunidades de trabalho, figuraram com mais destaque nas prioridades dos menos escolarizados, registrando, respectivamente, 21,55, 11, 57 e 9,78 pontos percentuais (p.p.) superiores aos dos mais escolarizados.

Os mais pobres, em relação aos mais ricos, também priorizam mais proteção social (13,08 p.p.), oportunidades de trabalho (8,7 p.p.) e proteção contra o crime e a violência (5,26 p.p.). Entre os beneficiários das políticas sociais, as prioridades diferenciam-se quanto ao acesso à água potável e ao saneamento, a oportunidades de trabalhos e a alimentos de qualidade.

Na agenda jovem, os indivíduos de 15 a 29 anos, em comparação aos demais adultos, mostraram mais interesse na educação de qualidade (7,32 p.p.), eliminação do preconceito e da discriminação (4,57 p.p.) e liberdades políticas (3,93 p.p.). Os mais velhos priorizaram mais governo honesto e aposentadoria.

No que diz respeito às mulheres, mereceram atenção especial o acesso a alimentos de qualidade e à água potável e saneamento, além de educação de qualidade. Já os homens enfatizaram mais governo honesto e atuante, liberdades políticas e melhoria dos transportes e estradas.

Em se tratando das regiões do país, os entrevistados do Nordeste dão prioridade muito maior ao acesso à água potável e ao saneamento (36 p.p. superior ao Sudeste), seguido pela alimentação de qualidade e pelo o combate às mudanças climáticas. Já na agenda das capitais, em relação às demais cidades, a ênfase está nas oportunidades de trabalho, na alimentação de qualidade e na proteção contra o crime e à violência.

Brasil e MundoNa pesquisa Meu Mundo (My World), comparando as prioridades brasileiras com às dos demais países, a população do país está mais preocupada com o crime e a violência – é a quarta na lista de prioridades do Brasil e a sétima no resto do mundo. Da mesma forma, os brasileiros deram mais atenção ao tema do combate às mudanças climáticas. A opção aprece em 13º e, para o resto do mundo, em 17º.

http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=20859&catid=4&Itemid=2

Educação Inclusiva: Florianópolis tem exemplo de política de bom atendimento

Uma experiência bem-sucedida na rede pública de ensino deu a Florianópolis o primeiro lugar na terceira edição do prêmio Experiências Educacionais Inclusivas: a Escola Aprendendo com as Diferenças. Desde 2001, todas as escolas de educação infantil da capital catarinense contam com uma política de educação especial nas perspectivas da educação inclusiva, de acordo com diretrizes da Secretaria de Educação do município. 

Programa nesse sentido desenvolvido pela secretaria prevê a formação de professores de educação especial para o atendimento especializado aos alunos. Outra prática adotada é a constituição de grupos de estudo, de trabalho e de assessoramento para o aperfeiçoamento das práticas de educação especial na rede municipal de educação infantil.

Segundo Rosângela Machado, gerente de educação inclusiva da Secretaria de Educação de Florianópolis, essa política visa a garantir princípios fundamentais, como o direito à educação a toda criança na escola regular e o direito à acessibilidade, com oferta de recursos, segundo as necessidades específicas de cada criança.

Ao falar sobre os serviços de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, Rosângela, doutora em educação, revela que é feito um estudo de caso sobre cada criança com deficiência para a identificação das necessidades, potencialidades e dificuldades. A partir desse estudo, é elaborado plano educacional especializado, que inclui o atendimento ao aluno, produção de material acessível, acompanhamento do uso desse material na sala de aula e orientação ao professor e à família.

O público-alvo dessas ações são crianças com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades e superdotação na faixa etária de até 5 anos, matriculadas nas unidades de educação infantil da rede pública municipal. Entre os benefícios para os alunos, Rosângela identifica, principalmente, o convívio entre todas as crianças, independentemente de terem ou não deficiências. “Outra questão importante é terem, desde os primeiros anos de vida, suas necessidades identificadas e atendidas”, afirma a professora.

Atenção — Para Rosângela Machado, o primeiro lugar no prêmio demonstra que a educação inclusiva é possível. “A educação infantil é a primeira etapa de uma criança para uma educação escolar”, destaca. “Por isso mesmo, ela deve receber toda a atenção já nos primeiros anos de vida, além de conviver desde cedo com crianças sem deficiência.”

Rosângela espera que a experiência bem-sucedida em Florianópolis inspire profissionais e redes de ensino de todo o Brasil.

Com a primeira colocação no prêmio, a Secretaria de Educação de Florianópolis indicará dois representantes para viagem à Espanha. No país ibérico, os catarinenses conhecerão o processo de inclusão de crianças com deficiência na educação infantil pública. A viagem terá duração de sete dias, no primeiro semestre do próximo ano.

A solenidade de premiação foi realizada no dia 6 último, em Recife.

Ana Júlia Silva de Souza

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20036

Senado aprova PNE com menos recursos para educação pública

Do UOL, em São Paulo
O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (17) o PNE (Plano Nacional de Educação), depois de um ano de tramitação na Casa. O texto, que deveria entrar em vigor em 2011, ainda voltará para a Câmara.
O PNE é um projeto que estabelece uma série de obrigações em dez anos, entre elas a erradicação do analfabetismo, o oferecimento de educação em tempo integral e o aumento das vagas no ensino técnico e na educação superior.
A redação aprovada em plenário nesta terça é uma vitória do governo, que não queria o texto da Câmara e que fez diversas alterações no projeto nas comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Econômicos.
De acordo com a nova redação, em vez de obrigar o governo federal a investir em educação pública, o texto do PNE aprovado no Senado exige investimento público em educação.  De um modo geral, a troca de alguns trechos fez com que o Estado pudesse incluir no orçamento da educação verbas de programas que incluem parcerias com entidades privadas.
"Hoje o PNE foi gravemente desconstruído pelo Senado Federal. O texto tanto diminui o recurso para educação pública como o governo não vai ter a obrigação de criar uma matrícula nova no ensino técnico nem no ensino superior", afirma Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e colunista do UOL Educação.

MENOS INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO PÚBLICA

CLIQUE NO LINK  abaixo PARA VER O QUADRO COMPARATIVO:

http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/12/17/senado-aprova-pne-com-menos-recursos-para-educacao-publica.htm

Prefeitura de SP é condenada a abrir 150 mil vagas na educação infantil

Marcelle Souza
Do UOL, em São Paulo
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta segunda-feira (16) que a Prefeitura de São Paulo deve abrir 150 mil vagas na educação infantil (creche e pré-escola) até 2016. O julgamento aconteceu depois de duas tentativas frustradas de acordo entre a prefeitura e o GTIEI (Grupo de Trabalho Interinstitucional Sobre Educação Infantil)— que reúne diversas instituições e representa a outra parte do processo judicial.
Segundo o último balanço da Secretaria de Educação, faltavam 170.472 vagas em creches e 14.701 vagas na pré-escola em outubro em todo o município. 
A decisão de hoje da Câmara Especial do TJ-SP foi unânime e condena a prefeitura a apresentar, em um prazo de 60 dias, um plano de criação das 150 mil vagas --50% da demanda deve ser atendida nos próximos 18 meses. Foi determinada ainda a criação de um comitê de fiscalização do cumprimento do cronograma. O grupo de monitoramento será formado pela Coordenadoria de Infância do TJ, pelo Ministério Público e pela Defensoria.
Não há previsão de multa em caso de descumprimento da decisão judicial.
Na última audiência de conciliação, o secretário de Educação, Cesar Callegari, apresentou uma proposta de criação de apenas 40 mil vagas até 2016. Organizações não-governamentais, o Ministério Público e a Defensoria, porém, cobravam a abertura de no mínimo 150 mil matrículas.
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