quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Computador está fora da sala de aula na maioria das escolas públicas

Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amad


A maioria das escolas públicas do país (99%) tem computador e acesso à internet (95%), mas a tecnologia ainda não está na sala de aula. Os dados são da pesquisa TIC Educação lançada na noite de hoje (10) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI) por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).

Segundo a pesquisa, feita em 1.125 escolas em áreas urbanas e que ouviu estudantes, professores e diretores, em apenas 6% dos estabelecimentos os computadores estão instalados nas salas de aula e 85% nos laboratórios de informática. “O que é um negócio ainda meio esquisito, que é separado da biblioteca. Então, você passa a ideia que livro é uma coisa e computador é outra. Tudo fora de lugar”, disse o assessor da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco), Guilherme Canela.

Em 30% das escolas o uso do computador acontece prioritariamente na sala de aula, mas por esforço dos educadores. “Porque ou professor ou a professora gentilmente leva o seu equipamento para a sala de aula”, ressaltou. Diante desse fato, o assessor da Unesco indagou como é possível construir uma escola da chamada educação do século 21 se “o computador está em uma outra sala, trancada com 53 cadeados?”

Para o coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mário Volpi, ainda faltam estratégias para uso dos avanços tecnológicos no ensino. Segundo ele, a maioria dos estados gastou tempo e dinheiro do poder público para aprovar no Legislativo uma lei que proíbe o celular na sala de aula, quando deveria gastar o tempo “para pensar como potencializar os processos pedagógicos com o uso do celular”. Volpi ressaltou que diversas organizações não governamentais têm projetos para uso do aparelho como ferramental educacional.

“Nós precisamos investir o tempo da repressão a essas tecnologias para otimizá-las, usá-las como recurso pedagógico”, acrescentou ao falar durante o seminário em que foi divulgado o levantamento.

Apesar da disseminação dos computadores e acesso à rede, a velocidade das conexões ainda aparece como um problema. De acordo com a pesquisa, 57% das escolas têm conexões até 2 megabits por segundo, velocidade mínima prevista pelo Programa Banda Larga nas Escolas. Essa velocidade só é superada em 19% dos estabelecimentos de ensino. Em 17% dos casos, a velocidade é inferior a 1 megabit por segundo.

Há ainda a disparidade regional. O acesso à internet é universal (100%) nas escolas do Sul e do Sudeste, mas atinge 86% dos estabelecimentos do Norte e Nordeste. Em relação à velocidade, o Nordeste e o Centro-Oeste concentram as conexões mais lentas, com 51% e 61% respectivamente das redes funcionando abaixo de 2 megabits por segundo.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-11/computador-esta-fora-da-sala-de-aula-na-maioria-das-escolas-publicas

MinC vai premiar práticas lúdicas, artísticas e culturais que promovam destaque na Educação Infantil


O Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), torna público o edital que visa premiar práticas lúdicas, artísticas e culturais que promovam destaque na Educação Infantil. O edital “Escola: Lugar de Brincadeira, Cultura e Diversidade” prevê 40 premiações a centros educacionais de educação infantil públicos, conveniados ou comunitários que inscreverem ações culturais de caráter pedagógico de promoção e valorização da diversidade.
O objetivo é identificar, reconhecer, fomentar e incentivar práticas lúdicas, artísticas e culturais nas instituições públicas de ensino infantil, que desenvolvamações comprometidas com a infância e a diversidade. Tudo isso, a partir do “brincar” como principal linguagem e manifestação cultural, evidenciando as crianças enquanto produtoras de arte e cultura em contextos de sócio e biodiversidade.
As iniciativas concorrentes deverão estar referendadas na cultura da infância, devendo focar:
- A valorização da identidade local propiciando a interação e o conhecimento das crianças sobre as manifestações e tradições culturais brasileiras que abarquem a transmissão de saberes e fazeres por intermédio de práticas e/ou da oralidade entre as diversas culturas e gerações, próprias de suas comunidades: seus costumes, culinárias, memória, contos populares, práticas construtivas, lendas, mitos, provérbios, crenças, adivinhas, cantigas/canções, danças, altos, romanceiros e outros.
- O reconhecimento, valorização e respeito à interação das crianças com as diversas etnias que compõem o território brasileiro, tais como elementos das manifestações de povos e das culturas negras e afro-brasileiras, indígenas, cigana, rurais, dos povos ribeirinhos, da floresta, de influência oriental, latina ou europeia.
- O respeito e consideração às relações de gênero numa perspectiva da promoção da igualdade, diversidade e identidade de gênero; múltiplas formas de relação e de modelos familiares, trabalhando de maneira afirmativa questões que se distanciem de estigmas socialmente construídos.
- A valorização do pensamento, criatividade, expressão, opinião, interações e brincadeiras favorecendo a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual,verbal, cênica, plástica, dramática, circense, musical, audiovisual e outros.
A ação ou projeto de cunho político pedagógico deverá ser apresentada pela escola a partir das práticas já existentes na instituição, finalizadas ou em contínua realização. O valor total de cada prêmio é de R$ 10.000,00.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 25 de novembro.
Clique aqui para saber mais e fazer a inscrição.
Mais informaçõesinfanciaecultura@ufc.br ou (85) 3366-7677/ 3366-7691 ou 3366-7819
http://undime.org.br/minc-vai-premiar-praticas-ludicas-artisticas-e-culturais-que-promovam-destaque-na-educacao-infantil/

Alunos participam de encontro interescolar de dança e cultura


Secom Cuiabá
Foto: Jorge Pinho

A escola municipal Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon promove na próxima quinta-feira (13), a partir das 16 horas, a 13ª edição do Encontro Interescolar de Dança e Cultura da Cidade Educadora (Eidancce). O evento será realizado na Concha Acústica do Parque Mãe Bonifácia e contará com a participação de alunos de várias escolas municipais. 
O Eidancce faz parte das comemorações ao Dia da Consciência Negra e Zumbi dos Palmares, celebrado no dia 20 de novembro. “O objetivo do Eidancce é exaltar o líder da resistência negra, divulgar sua história e valorizar as ações desenvolvidas no cotidiano das escolas da rede pública de Cuiabá”, explica a professora Sueli de Fátima Xavier Ribeiro, idealizadora do evento.
Também participam do evento alunos das escolas municipais Maria Tomich Monteiro da Silva, Maria da Glória de Souza, Juarez Sodré Farias, Raimundo da Conceição Pombo Moreira da Cruz, Doutor Orlando Nigro, Professora Alzira Valladares e Nossa Senhora Aparecida.
O evento contará também com a participação do Coral da Prefeitura de Cuiabá e o Grupo de Cururu Coração Tradição Franciscano.

http://www.cuiaba.mt.gov.br/educacao/alunos-participam-de-encontro-interescolar-de-danca-e-cultura/9872

Acesse a Pesquisa que mostra que 12% dos pais são comprometidos com a educação dos filhos

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso


A Pesquisa Atitudes pela Educação, divulgada hoje (6) pelo movimento Todos pela Educação, mostra que 19% dos pais de estudantes são considerados distantes do ambiente escolar e da própria relação com os filhos. No outro extremo, 12% dos pais sãos comprometidos, ou seja, acompanham o desempenho dos filhos na escola, comparecem às atividades escolares e têm relação próxima com crianças e jovens.



A pesquisa envolveu 2.002 pais ou responsáveis de alunos de 4 a 17 anos, matriculados da educação infantil ao ensino médio, em escolas públicas e particulares de todas as regiões do país. Dependendo da maior ou menor valorização da educação e vínculo com a criança ou jovem, o estudo classifica os pais como envolvidos (25%), vinculados (27%), intermediários (17%), comprometidos e distantes.
Entre os pais considerados distantes, 25% procuram se informar sobre a proposta de ensino da escola, 37% ajudam a organizar o material para as aulas e 20% conversam com o filho sobre talentos no estudos e em outras atividades. Além disso, 60% gostam dos momentos que passam com parentes e 59% acreditam que há uma relação de respeito entre todos na família.
Dos 12% comprometidos, 86% se informam sobre a proposta de ensino da escola, 98% observam as faltas, 91% respeitam a opinião das crianças e dos jovens, 79% mantêm contato com a escola sobre o desenvolvimento do aluno, 100% gostam dos momentos em família e 99% acreditam que há uma relação de respeito entre seus membros.
De acordo com Alejandra Meraz Velasco, coordenadora-geral do Todos Pela Educação, os que têm perfil mais envolvido acreditam que o estudo pode garantir uma vida melhor. Destes, a maioria respondeu sobre escola e importância da educação escolar. Pais com perfil mais vinculado são os que têm diálogo muito bom com os filhos, embora esse vínculo não passe, necessariamente, pela educação.
Alejandra explicou que a participação dos pais é fundamental para o desempenho escolar. Segundo ela, a família e o contexto socioeconômico facilitam esse desempenho. "O que a gente percebe em outras pesquisas qualitativas é que essas duas dimensões têm de estar equilibradas. Não aditanta vínculo afetivo melhor sem a valorização da escola. Da mesma forma, o pai que valoriza a educação e não estabelece diálogo com filho será pouco efetivo na educação", salientou.
Na ánalise de Alejandra, o percentual de pais distantes é baixo, mas ainda há o que melhorar. "Eles têm uma relação abaixo da média da observada em outros pais. Isto não quer dizer que não se importem com os filhos ou com a educação. A gente percebe espaço para transformar a atitude dos pais, de modo que tenha impacto positivo na educação", comentou.
Em relação à presença nas reuniões escolares, o levantamento mostra que 53% participaram de todas, 26% de algumas e 19% não participam de nenhuma. A principal justificativa (66%) é a falta de tempo.  
O levantamento ressalta que o quantitativo de pais que buscam crianças e jovens na escola diminui à medida que o estudante cresce. Conforme os dados, 58% dos pais buscam filhos entre 4 e 5 anos e apenas 3% das crianças vão a pé ou de transporte público. O cenário é inverso na faixa entre 15 e 17 anos. Somente 13% dos pais levam filhos ao colégio e 75% dos jovens vão sozinhos. De acordo com Alejandra, é natural que a relação pai e filho mude com a idade e que as cobranças sejam outras. Acrescentou que os pais devem ter formas de participação e de diálogo sobre a vida escolar, independentemente da idade dos filhos.
Dos entrevistados, 64% trabalham, 6% estão desempregados e 36% são beneficiários do Bolsa Família. Além disso, 76% se informam pela TV aberta e 42% costumam ler livros.

Para consolidar a pesquisa, o movimento Todos Pela Educação contou com apoio das fundações Roberto Marinho, Maria Cecília Souto Vidigal e Itaú Social e dos institutos Unibanco e C&A. O levantamento é do Instituto Paulo Montenegro e do Ibope Inteligência. As 2.002 entrevistas foram feitas entre 28 de junho e 8 de julho. A maior parte dos entrevistados (84%) são pais. Também participaram avós (11%), madrastas e padastros (2%), tios (2%) e irmãos (1%).

http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-11/pesquisa-mostra-que-12-dos-pais-sao-comprometidos-com-educacao-dos-filhos

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...