quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Mãe pede para escola reprovar aluno de 10 anos que não sabe ler

Entrada da Escola Estadual Malik
Didier (Foto: Jonathan Cosme/ TV Centro América)
Pollyana AraújoDo G1 MT
Frequentar a escola regularmente para aprender a ler e a escrever não tem dado certo para um dos alunos da Escola Estadual Malik Didier Namer Zahafi, no Bairro Pedra 90, em Cuiabá. Uma estudante de pedagogia, mãe de um aluno de 10 anos, disse ter implorado para a direção da unidade de ensino reprová-lo. O menino está no quinto ano do 'Ciclo de Formação Humana', que corresponde à quarta série do ensino fundamental, mas não sabe ler, nem escrever.
"Ele só sabe copiar do quadro, então acho melhor retê-lo do que aprová-lo sem que ele apresente condições para isso", disse ao G1. Ela afirmou ter exposto a situação durante reunião realizada recentemente entre a assessoria pedagógica da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e pais de alunos, mas a resposta foi que não poderiam retê-lo, pois o sistema de ensino não permite. "Eles [direção da escola] dizem que ele [filho] aprenderá no tempo dele, mas não acho normal. O que será do futuro do país?", questionou.
Ela trabalha na escola onde o filho estuda na função de auxiliar de limpeza e, segundo ela, esse não é um problema apenas do seu filho. "Tem muitos alunos em situação pior ainda, porque já estão no 7º ano e não sabem ler, nem escrever", disse. Ela contou que o filho só consegue escrever se estiver copiando do quadro, mas não consegue entender o que escreve. É como se estivesse desenhando. O garoto é filho único.
A escola em que ele estuda obteve a menor média no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 em Mato Grosso. A unidade foi fundada há 22 anos e até 2011 só oferecia a Educação para Jovens e Adultos (EJA) como modalidade de ensino.
O secretário da unidade de ensino, José Carlos Oliveira, afirmou ao G1 que o sistema de ciclos determina que o aluno não pode ser retido. "Ocorre que nas escolas 'cicladas', independentemente do aluno saber ou não, ele não pode ser retido, porque também existe a questão de idade e série", disse. Ele deu como exemplo um caso que ocorreu no ano passado, quando a escola recebeu um aluno da rede municipal que tinha 13 anos e fazia a 4ª série, mas a escola não pôde matriculá-lo nessa série e o 'elevou' à 8ª série.
"É culpa do sistema, porque a escola não faz milagres. Por mais que tenhamos vontade de ajudar o aluno, ele pulou as fases de aprendizagem", afirmou. Ele disse ter tirado dúvidas com a Seduc quanto à questão desse aluno, especificamente, e a resposta que recebeu foi de que tinha que seguir o sistema. "Em alguns casos, a culpa também é da família. Tem casos em que o aluno não é matriculado no tempo certo e, quando o Conselho Tutelar descobre, obriga os pais a colocá-lo na escola, mas às vezes causa um desequilíbrio psicológico no aluno ao ver que os colegas mais novos sabem mais do que ele", avaliou Oliveira.
Ele citou a média obtida pela Malik Didier no Enem, em 2012, como resultado desse método de ensino. Explicou que, dos 21 alunos que fizeram o Exame, 20 eram da Educação para Jovens e Adultos (EJA), que também não reprova os alunos. "São alunos que passaram 20 anos sem estudar e concluíram o ensino médio em um ano e se saíram mal, até porque a EJA não reprova", disse. Segundo ele, o sistema exige somente que o aluno tenha 75% de presença para ser aprovado. "Isso é ruim para as escolas. Em São Paulo tinha esse tipo de ensino e foi revogado", comentou. 
Para a coordenadora de Ensino Fundamental da Seduc, Aparecida de Paula, a situação do menino é delicada, mas não é permitida a retenção de nenhum aluno até o final do terceiro ciclo e ele está no segundo ciclo. "O normal é que a criança aprenda no processo de aprendizagem, mas a questão de ficar retido não está prevista no ciclo", afirmou. Conforme a coordenadora, a política da não-reprovação tem o intuito de fortalecer o trabalho pedagógico, mas que dependendo da situação de cada aluno é designado um professor para acompanhá-lo.
Ela avalia que a capacidade cognitiva varia entre os alunos. "Está prevista uma compreensão cognitiva das crianças. Se a criança está no ciclo, ela não precisa ficar retida, porque cada uma tem a capacidade cognitiva a seu tempo", argumentou. "Se uma criança de seis anos estiver à frente das demais, não precisa ficar amarrada aos colegas de seis anos."
http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2014/02/mae-implora-para-escola-reprovar-aluno-de-10-anos-que-nao-sabe-ler.html

Alunos da EMEB Augusto Mário Vieira conhecem o Museu da Caixa d’Água Velha

Crianças de quatro a oito anos da Escola Municipal de Educação Básica Augusto Mario Vieira tiveram uma aula diferente nesta terça-feira (18). Elas conheceram um pouco da história de Cuiabá nos corredores do Museu da Caixa d’Água Velha.
A diretora da unidade e idealizadora do projeto “Cuiabá Tem Memória e História”, Roseli Lara, destaca que a atividade fora da sala de aula é importante para que cada aluno conheça mais sobre a cultura da cidade onde nasceu e mora. 
“Após o passeio-aula, as crianças irão fazer atividades lúdicas sobre o que aprenderam durante a visita. Também iremos visitar outros locais históricos da Capital, a Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, o Sesc Arsenal e o São Gonçalo Beira Rio”, afirmou.
Maria Eduarda, de 5 anos, e Vinicius, de 6 anos, ficaram impressionados ao conhecer o Museu. “Cabia muita água aqui dentro”, disse ela.
“Achei muito legal. Vou contar tudo pra minha mãe e pedir pra voltar aqui com meus irmãos”, falou Vinicius.
O Morro da Caixa D’água Velha está localizado na Rua Nossa Senhora de Santana, 1-105, bairro Centro Sul. O local funciona diariamente, inclusive nos feriados e finais de semana, das 9h às 17h.

http://www.cuiaba.mt.gov.br/secretarias/turismo/alunos-da-rede-municipal-conhecem-o-museu-da-caixa-d-agua-velha/8213

Escolas e clubes ensinam crianças a programar

Aulas de linguagem de computação ganham adeptos no Brasil; pedagogos e executivos de tecnologia defendem que habilidade hoje é tão importante quanto ler ou fazer contas
Por Ligia Aguilhar
SÃO PAULO – Com os dedos em pinça, o aluno Artur Suda, de 8 anos, segura um pequeno fio vermelho conectado a uma banana, que está presa a uma placa e conectada a um laptop. Cada vez que toca na banana, os caracteres na tela do computador respondem aos comandos, como em um mouse. A cada clique Artur ri, maravilhado com a façanha recém-aprendida em uma aula de programação na escola onde cursa o ensino fundamental.
A Escola Bakhita, onde Artur estuda, reúne semanalmente alunos de 8 a 13 anos para aprender programação e robótica em aulas práticas. Oferecidas como atividade extracurricular, as aulas seguem uma tendência mundial que ganha força no Brasil, o incentivo ao ensino da linguagem da computação em escolas. A ideia, defendida por pedagogos e executivos de tecnologia, é de que em um mundo cada vez mais digital, saber interpretar e escrever códigos e tão importante quando ler, escrever e fazer contas.
Outro elemento reforça a tese. No Brasil e em boa parte do mundo há déficit de profissionais preparados para trabalhar em áreas como programação e TI. Segundo a Associação para Promoção da Excelência do Software (Softex), o Brasil pode chegar em 2020 com um déficit de mão de obra qualificada em TI de 408 mil profissionais se não forem criados programas para reverter este quadro.
Na escola de Artur o ensino foi dividido em três partes. Primeiro, os alunos aprendem a usar o Scratch, que dá a base para a linguagem Phyton. Na segunda fase, usam o computador educacional Raspberry Pi e placas Arduino e Makey Makey para programar hardware e criar, por exemplo, o circuito que transforma a banana em um mouse. Por último, lidam com drones e impressoras 3D.
O projeto, intitulado “CLWB – Community for Learning With Bits” (Comunidade para Aprender com Bits, em português), é liderado por Mike Lloyd, um inglês que há 30 anos pesquisa a integração entre educação e tecnologia. “As crianças aprendem muito mais criando tecnologia do que usando”, explica ele, que pretende desenvolver o lado empreendedor dos alunos.
Leia mais:
http://blogs.estadao.com.br/link/escolas-e-clubes-ensinam-criancas-a-programar/

Cursos de Formação: Mec oferta 30 mil vagas para conselheiro escolar

A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação oferecerá este ano cerca de 30 mil vagas para a formação continuada de conselheiros escolares. A oferta será feita em parceria com 13 coordenações estaduais e do Distrito Federal do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares.

“Desenvolvemos, no âmbito do programa, uma formação específica para conselheiros escolares das escolas públicas de educação básica e uma rede de tutoria”, explica a coordenadora-geral de redes públicas da Diretoria de Apoio à Gestão Educacional da SEB, Clélia Mara Santos. “A ideia é garantir a gestão democrática e a participação social.”

Os conselhos estão previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) e reafirmados no novo Plano Nacional de Educação (PNE), que está em análise no Congresso Nacional desde dezembro de 2010. Dados do IBGE apontam que 76,2% dos municípios contam com conselhos escolares.

A oferta dos cursos de formação é de responsabilidade da SEB, por meio das coordenações estaduais do programa. Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins devem ser os primeiros estados contemplados, pois as coordenações já foram instituídas pela Portaria SEB nº 5, de 31 de janeiro deste ano, publicada no Diário Oficial da União do dia 11 último. A oferta de vagas para outros estados ocorrerá tão logo a instituição das demais coordenações seja publicada.

O conselho escolar é constituído por representantes de pais, estudantes, professores, profissionais da educação, pessoas da comunidade local e diretor da escola, que é membro nato. Cada escola estabelece as regras, de forma transparente e democrática, para a eleição dos integrantes do conselho. Eles têm funções deliberativa, consultiva, fiscal e mobilizadora para garantir a gestão democrática e a qualidade da educação nas escolas públicas.

O Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares fará dez anos em setembro próximo. A SEB prepara uma série de ações para oferecer um panorama dos avanços, entre os quais, a Mostra Nacional de Conselho Escolar: Queremos um bom Conselho, com inscrições abertas até 17 de março.

Assessoria de Comunicação Social


http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20240

Projeto trabalha radionovela com estudantes

“Ser um Estudante”. Uma história de superação que abordará temas como o racismo, drogas, alcoolismo e cyberbullying. Esta é a próxima radionovela do Projeto Educomunicação da Escola Estadual Antônio Ferreira Sobrinho, localizada em Jaciara (145 km de Cuiabá). A série de 15 capítulos será veiculada a partir de maio deste ano no intervalo das aulas na unidade, nos períodos diurno e noturno.
A produção visa promover entre os alunos a discussão e reflexão de temáticas que estão no cotidiano juvenil, bem como vivenciar os anos de ouro do Rádio da década de 40, onde a dramaturgia era trabalhada nas radionovelas. “Ser um estudante” contará com 12 personagens que irão contracenar com o protagonista Café, um estudante negro morador de uma comunidade periférica.
“Após ganhar uma Bolsa de Estudos, Café ingressará na Escola mais badalada da cidade para cursar o Ensino Médio e é nesse ambiente frequentado por alunos ricos que ele, um garoto negro e pobre, contará sua história e daqueles que irão interagir com ele, bem como viver novas experiências”, disse o autor da obra, Vinicius Moura, 18. Moura concluiu o Ensino Médio na Ferreira Sobrinho em 2013 e começará este ano o curso de Letras, na Universidade Federal em Rondonópolis.
Conforme a coordenadora do Educomunicação da unidade de ensino, Elisângela de Lima, a ideia de produzir e colocar os alunos para gravarem radionovelas surgiu em 2012, durante um estudo sobre a história do rádio. “Na ocasião, Vinicius cursava o 3º ano conosco e como ele já tinha escrito peças de teatro solicitamos que escrevesse uma radionovela. Assim ele fez a primeira produção que veiculamos em 2013”.
“Foi com “Romântico por Acaso”, uma obra de quatro capítulos baseada em uma peça teatral de minha autoria”, disse. Para ele, o fato dos alunos se disporem a gravar; o comprometimento deles com a arte e a interpretação das personagens; a mudança de atitude em função da reflexão diante da mensagem que as produções abordam; e o resgate, em si, da história do rádio “são vitórias alcançadas” com a radionovela.
A análise de Vinicius é corroborada pela estudante do 2º ano Daiana Carvalho, 15, que interpretará o papel de Dona Julieta, mãe de Café. Segundo ela, tanto as produções quanto o projeto do Educomunicação como um todo mudou para melhor o ambiente escolar. “Antes muitos jovens não queriam estudar na nossa Escola, havia muita bagunça no intervalo. Agora todos querem participar da rádio e dos projetos. A própria comunidade participar e pede para veicularmos anúncios”, disse. 

Programação
Além das radionovelas, a emissora da Escola Antônio Ferreira Sobrinho conta com programações diárias de notícias, anúncios e veiculação de músicas. O projeto Educomunicação da unidade conta ainda com Jornal Mural e Blog. “Ao todo 52 alunos de todos os anos do Ensino Médio se revezam semestralmente nas atividades que conta com total envolvimento também dos pais”, finalizou a coordenadora Elisângela.

VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
http://www.seduc.mt.gov.br/conteudo.php?sid=20&cid=14124&parent=20

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...