quarta-feira, 14 de maio de 2014

Empresas querem investir em educação. Falta um plano

Aprovação do Plano Nacional de Educação, parado há quatro anos no Congresso, pode dar fôlego a projetos financiados pela iniciativa privada

Bianca Bibiano

As empresas investem ao menos 1,4 bilhão de reais ao ano em educação básica — isso inclui aportes em redes de ensino mantidas por governos e também projetos de entidades privadas que oferecem ensino gratuito. A estimativa é do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), que realizou um mapeamento sobre o assunto. O dinheiro chega a escolas por meio de parcerias entre redes de ensino e empresas, como a instituída pela Associação Parceiros na Escola, que recebe doações de 70 empresários e beneficia 55 unidades públicas em São Paulo. A soma de quase 11 milhões de reais arrecadada pela ONG em 2013 é usada na melhoria da infraestrutura e na capacitação de professores e funcionários. Em contrapartida, os diretores das escolas se comprometem a melhorar os índices de ensino.
O montante destinado por empresários ao setor de educação poderia ser maior, diz Andre Degenszajn, secretário-geral do Gife. Bastaria para isso que o Brasil contasse, por exemplo, com um Plano Nacional de Educação (PNE) vigente — o conjunto de metas e diretrizes aguarda votação no Congresso há quase quatro anos. "O PNE deve estabelecer prioridades e assegurar os meios para que objetivos sejam cumpridos. Isso aumentaria o número de iniciativas encabeçadas pelas empresas", diz Degenszajn. "Hoje, as ações são muito pontuais e, por isso, seu alcance é restrito a um número limitado de escolas."
A falta de metas e diretrizes para a educação é a principal cobrança das empresas. "Sabemos que o desenvolvimento do Brasil passa obrigatoriamente pela educação. Contudo, não temos um plano de Estado que mostre aonde queremos chegar e como as empresas podem colaborar para esse avanço necessário", diz Cláudia Calais, diretora executiva da Fundação Bunge. O braço social da multinacional de agronegócios é um dos interessados na aprovação do PNE para ampliar projetos. Por meio da fundação, a empresa investe em média 4,5 milhões de reais por ano no treinamento de professores e construção de bibliotecas em escolas públicas: o objetivo é melhorar a formação de estudantes e, no futuro, recrutar profissionais entre os ex-alunos. Segundo Cláudia, a Bunge poderia investir mais se o projeto ganhasse escala — com frutos igualmente em escala. "Para isso, é preciso que o poder público coloque esses projetos na agenda, garantindo que os projetos cheguem a todas as escolas de maneira uniforme."
Ganhar escala é, de fato, um grande desafio. "Os projetos que não são feitos em parcerias com as redes de ensino se esgotam. Por isso, muitos empresários se unem para criar projetos de impacto", afirma Anna Penido, diretora do Inspirare, instituto familiar que ajuda escolas na Bahia e também atua para difundir inovações tecnológicas que podem melhorar a educação brasileira. Para o vice-presidente da Fundação Itaú Social, responsável, entre outros, pela realização da Olimpíada de Língua Portuguesa, as empresas e seus braços sociais poderiam ainda agregar capacidade de gestão ao sistema de ensino nacional. "As empresas poderiam fazer mais por possuírem maior capacidade de gestão. Porém, temos graves problemas de articulação na condução de uma agenda nacional de educação. O PNE seria a oportunidade para reverter parte do problema", diz Antonio Jacinto Matias.
O investimento privado em educação pública é feito de duas maneiras. A mais comum é via fundações e institutos familiares vinculados a empresas. Estruturadas como organizações sem fins lucrativos, essas instituições recebem doações, garantindo aos benfeitores deducação do valor doado no imposto de renda. As fundações e institutos podem ainda se registrar como organizações da sociedade civil para receber recursos públicos. A segundo forma de investimento é a doação de dinheiro, livros ou outros itens diretamente para as escolas. O valor investido também pode ser abatido do imposto de renda.
De acordo com o último censo do Gife, a maioria das empresas investidoras (65%) trabalha com projetos de capacitação de professores. Em segundo lugar aparecem os projetos de reforço ou complementação escolar (48%). Elas preferem investir mais em projetos não vinculados à educação regular, como atividades de apoio familiar. Isso pode ser explicado pela dificuldade de estabelecer parcerias com o poder público. Ainda de acordo com o censo do Gife, 85% dos investidores fazem avaliação constante dos projetos nos quais investem.
Na terça-feira, a comissão especial da Câmara dos Deputados para debater o PNE aprovou o plano e encaminhou o texto para votação final no plenário. A votação ainda não tem dada marcada. Se for aprovado pelo plenário, o PNE segue para sanção presidencial. Confira a seguir um resumo das principais metas do PNE.

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/empresas-querem-investir-em-educacao-falta-um-plano

'Educação não acaba na escola', diz analista de prova mundial para adulto

Salário de quem foi melhor na prova é 60% mais alto que o dos demais.
Ana Carolina MorenoDo G1, em São Paulo
Marta Encinas, analista da OCDE
(Foto: Divulgação/OCDE)
As políticas públicas devem ter como objetivo a educação igualitária para todos os alunos desde o início do ciclo escolar, mas não podem deixar de oferecer formação continuada aos adultos durante toda a sua vida profissional, defende a analista da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Marta Encinas. "A educação não acaba na escola, é algo que os adultos brasileiros precisam entender", afirmou a especialista espanhola.
Responsável pela coordenação de uma avaliação aplicada pela OCDE em adultos de 16 a 65 anos em 23 países, Marta esteve no Brasil em abril para apresentar os resultados do Programa para a Avaliação Internacional de Competências Adultas (Piaac, na sigla em inglês). Semelhante ao Programa de Avaliação Internacional dos Estudantes, o Pisa, o Piaac foi aplicado entre 2008 e 2013 em países como Suécia, Irlanda, Estados Unidos, Espanha, Rússia e Japão.
Cruzando as informações com os dados do questionário, a OCDE conseguiu traçar um perfil que relaciona os conhecimentos dos adultos com seu êxito profissional: "O salário médio por hora dos trabalhadores com alta qualificação supera em mais de 60% o dos trabalhadores com baixa qualificação", afirma ela.
Em um teste com cerca de 45 minutos, os participantes tiveram que responder a diversos tipos de perguntas para demonstrar seus conhecimentos em compreensão de leitura, matemática e outras competências relacionadas ao trabalho, incluindo a habilidade de trabalhar em equipe e o domínio das tecnologias de informação e comunicação.
O Brasil, por enquanto, não participa do Piaac. Segundo o MEC, a possibilidade de o Brasil aderir à prova internacional que avalia os conhecimentos dos adultos ainda está em análise.

Comissão de Educação do Senado aprova programa de combate ao 'bullying'

Gorette Brandão

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou, nesta terça-feira (13) proposta legislativa que define conceitos e mecanismo para o enfrentamento do bullying na sociedade. Para isso, a proposta (PLC 68/2013), que teve origem na Câmara dos Deputados, institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (bullying). O programa poderá fundamentar as ações do Ministério da Educação e das secretarias estaduais e municipais de Educação nesse campo.
O texto define como bullying "todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas”. Atos de intimidação praticados na internet (cyberbullying) também entram nessa categoria.
Apresentado pelo deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), o projeto estabelece ainda como dever dos estabelecimentos de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas garantir medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática.
A proposta ainda passará por votação na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Depois, irá ao Plenário para decisão final.
Formas de intimidação
O projeto indica a presença de intimidação sistemática (bullying) quando há violência física ou psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação. Pelo texto, a prática pode se configurar por meio de ataques físicos, insultos pessoais ou comentários sistemáticos e apelidos pejorativos. Também cita ameaças por quaisquer meios, grafites depreciativos, expressões preconceituosas, além de isolamento social consciente e premeditado.
Entre as ações sugeridas estão a capacitação de docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema, assim como a instituição de práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores.
Também deve haver esforços para a assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores, além da produção e publicação de relatórios bimestrais das ocorrências de intimidação sistemática (bullying) nos Estados e Municípios para planejamento das ações.
O relatório, defendido pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), destaca que o projeto “não envereda pelo caminho mais polêmico do direito penal”, preferindo “sabiamente” medidas de caráter educativo para coibir comportamentos de intimidação sistemática. Flexa atuou como relator substituto, no lugar de Kátia Abreu (PMDB-TO).

Veja maisMeninas são alvos mais frequentes de bullying

http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/05/13/comissao-de-educacao-aprova-programa-de-combate-ao-bullying

Alunos da EMEB Prof. Maria Dimpina visitam o prefeito

 
Secom Cuiabá



Alunos da Escola Municipal Professora Maria Dimpina Lobo Duarte, foram recebidos pelo prefeito Mauro Mendes, na tarde desta terça-feira (13) em seu gabinete na Prefeitura de Cuiabá. A visita faz parte da programação da Semana da Transparência, evento organizado pela Controladoria-Geral do Município e que ocorre entre os dias 12 e 16 de maio.
Os cinqüenta alunos que participaram do encontro questionaram o prefeito sobre suas principais funções à frente do Palácio Alencastro. Mendes explicou que está à frente da administração para tomar as decisões que melhor atendam à população cuiabana e que todas suas ações podem ser fiscalizadas no Portal da Transparência.
“É um grande prazer receber vocês aqui, que representam o futuro da nossa cidade. Eu estou aqui hoje porque fui escolhido pelos pais de vocês para representá-los e conduzir as decisões que vão afetar a vida de todos nós. É muito importante que todos vocês entendam como funciona a Prefeitura de Cuiabá e possam atuar junto a nós para um futuro melhor da nossa cidade”, declarou.
A professora Maria do Socorro, que acompanhou os estudantes na visita, elogiou a iniciativa da Prefeitura de Cuiabá em aproximar as crianças do Poder Público. “Iniciativas como essa podem despertar o interesse dos jovens pela participação ativa na vida política da cidade. Todos que participaram dessa ação estão de parabéns e ganham nosso reconhecimento”, ressaltou.
O reconhecimento, para o controlador-geral do município, servirá para mostrar que a administração está no caminho certo. “Estamos desenvolvendo cada vez mais ações que aproximem os cidadãos da prefeitura e vemos que esse trabalho está sendo reconhecido. É gratificante e serve para mostrar que a população, quando incentivada, faz questão de participar da gestão”, comentou.
A Semana da Transparência segue até esta sexta-feira (16), com atividades realizadas por equipes da Controladoria-Geral do Município e visitas às estruturas da Prefeitura de Cuiabá. Os estudantes que comparecerem ao evento serão convidados ainda a participar da Patrulha da Transparência, para que atuem como fiscais das ações realizadas pelo prefeito Mauro Mendes e seu staff.
http://www.cuiaba.mt.gov.br/secretarias/controladoria/mauro-mendes-recebe-estudantes-e-explica-suas-principais-funcoes-como-prefeito/8891

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...