quinta-feira, 5 de junho de 2014

O desafio de levar tecnologias às escolas do campo

Para debater o processo do conhecimento com o uso de novas tecnologias e sua integração com a educação do campo, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação promoveu nesta quarta-feira, 4,  em Brasília, o workshop Educação do Campo e Conectividade. O encontro reuniu professores, gestores educacionais, representantes do poder público e dos meios de comunicação.
Para a secretária de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão, Macaé Evaristo, a infraestrutura é um dos maiores desafios para levar as novas tecnologias às áreas rurais. “É preciso levar conectividade a todas as escolas do campo, o acesso à internet, a inclusão digital”, afirmou. “Outro desafio é também pensar no uso e na produção de conteúdos pelas escolas do campo, como fazer com que essa tecnologia dialogue com o desenvolvimento local, com o desenvolvimento sustentável, e se traduza para os professores do campo em novas formas e novas perspectivas de desenvolvimento para escola.”
O encontro teve como propostas analisar o contexto da educação do campo em relação ao acesso a tecnologias digitais; compartilhar experiências em educomunicação capazes de contribuir com a educação do campo nas suas especificidades e realidades; identificar possibilidades de criação e desenvolvimento de material voltado para as necessidades das instituições de ensino do campo e a manutenção das crianças, adolescentes e jovens na escola.
Assessoria de Comunicação Social

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20503

EMEB Antônio Ferreira Valentin é campeã da gincana cultural

Equipe EMEB Antonio Ferreira Valentin
Foto: Educagil
 ROSANE BRANDÃO Secom Cuiabá

Conhecimento, dedicação e superação. Foi dessa forma que a professora Rosane França, diretora da escola Antônia Ferreira Valentim, descreveu sua equipe, que foi campeã na gincana cultural do Projeto Educando com a Copa. Quatro escolas municipais foram finalistas na gincana promovida na terça-feira (03) pela Secretaria Municipal de Educação, como forma de mobilizar as escolas para o evento da Copa do Mundo em Cuiabá.
A diretora Rosane França explica que desde o início do ano a unidade escolar trabalha com o projeto “Copa do Pantanal – Diversidade e Qualidade de Vida”, que estimula os alunos a estudarem sobre os países que jogarão em Cuiabá, portanto, a gincana cultural veio para agregar na mobilização da comunidade escolar em relação à Copa do Mundo.
“O mais importante foi a dedicação de todos em pesquisar e buscar conhecimento sobre os oito países, foi essa determinação que ajudou nossa equipe a vencer”, disse a diretora.
Os participantes da gincana responderam perguntas de conhecimentos gerais e específicos dos oito países que jogarão na Arena Pantanal, em Cuiabá. Além de responder às perguntas, as equipes também tiveram que realizar algumas provas surpresas.
Cada escola foi representada por três pessoas, sendo um professor, um pai e um técnico da unidade de ensino. A torcida também foi levada em consideração na gincana, pois a mais animada e o melhor grito de guerra somou ponto para a equipe.
Foto: Educagil
A escola Hilda Caetano conquistou o segundo lugar. A José Torquato ficou em terceiro lugar e a escola Lenine de Campos Póvoas em quarto lugar.
Segundo o secretário municipal de Educação, Gilberto Figueiredo, além de promover a interação entre as escolas e mobilizar a comunidade escolar para a Copa do Mundo, a gincana tinha como finalidade estimular o aprendizado e o conhecimento nos participantes. “Esse tipo de evento é muito positivo, pois movimenta as escolas e fomenta o ensino-aprendizado”.
Representando as mães de alunos, Eliana Patrícia Martins, comprovou que pesquisou bastante e estava preparada para responder as perguntas. “Foi uma experiência maravilhosa. Adquirir conhecimento é sempre bom”.
Foto: Educagil
A professora de educação física, Denise Lenzi, que também representou a escola Antônio Ferreira Valentin, achou a gincana positiva e acredita que ela deveria ter continuidade. “É uma forma de estimular a busca por novos conhecimentos, tanto de alunos como dos próprios professores”.
A equipe vencedora será premiada com uma TV de 50 polegadas. O segundo lugar ganhará um notebook e o terceiro, um smartphone. As três equipes ganharão troféu e medalha.

http://www.cuiaba.mt.gov.br/educacao/escola-antonio-ferreira-valentin-e-campea-da-gincana-cultural/9022

Educar para um mundo sustentável

Fernando Valenzuela Migoya
Escrito por Analice Bonatto

A preocupação com o planeta se traduz, muitas vezes, somente na preservação do meio ambiente, mas a National Geographic olha para o planeta e tudo o que está nele, afirma Fernando Valenzuela Migoya, presidente da Cengage Learning Latinoamérica e da divisão National Geographic Learning pela América Latina, que defende uma escola inspiradora, em que o conhecimento seja criado, direcionado e socializado com experimentos que a conectem ao mundo real. Em São Paulo para participar do XII Congresso Brasileiro de Gestão Educacional, realizado durante o GEduc 2014 em março, Migoya chamou o momento atual de era da exploração. “Isso significa que é necessário criar uma sensibilidade para o que está acontecendo no mundo e, ao mesmo tempo, levar a escola ao mundo. O conhecimento agora precisa ser descoberto. Essa capacidade é a única que vai criar aprendizado ao longo da vida”, afirma. Migoya concedeu entrevista exclusiva à Profissão Mestre sobre a importância do engajamento na escola. Para o presidente da entidade, a nova geração está mais preparada do que a anterior, mas é mais difícil captar sua atenção. “Toda essa dispersão dá a percepção de falta de conscientização. Para mim, não é isso; é falta de engajamento. Quando se resolve essa questão, a conscientização cria resultados”. Acompanhe a entrevista a seguir.
Profissão Mestre: Como educar para um mundo sustentável?
Fernando Valenzuela Migoya: Primeiro, é preciso reconhecer que a nossa geração falhou na criação de uma consciência de cuidado com o planeta; essa consciência, na maior parte das vezes, é apenas citada como preservação do meio ambiente. Mas a National Geographic Learning olha para todo o planeta. Para nós, educar para um mundo sustentável é cuidar do planeta e de tudo que está nele. E a educação – que é a única ferramenta para mudar o comportamento humano – é uma força para equalizar as desigualdades que existem em muitas dimensões, como a desigualdade social e a de acesso à educação. Além da educação, a internet também é uma força para difundir, socializar e levar adiante as mudanças.
Profissão Mestre: Qual é o papel da escola em relação a essa questão?
Migoya: O conhecimento está na escola e fora dela. A escola conecta a educação formal com a informal. Se o aluno visita um museu, ele está aprendendo, mas como isso torna a experiência na escola melhor? Como o que o aluno escuta na família e nas notícias criam experiência de aprendizagem na escola? O problema é que ainda pensamos que a escola é o prédio, mas ela precisa estar mais conectada com o mundo.
Profissão Mestre: Com a tecnologia, o que muda na sala de aula?  
Migoya: Muda o tipo de pessoa que precisa ser educada e as formas de acesso à informação que ela tem hoje. Muitas instituições, por exemplo, proíbem a entrada do celular em aula. Isso é proibir as novas gerações de atuarem no mundo delas, é tentar levar os estudantes de volta ao século XIX.
Profissão Mestre: Quais são os desafios de quem incorpora as tecnologias no processo de ensino e aprendizagem?
Migoya: São muitos. Na National Geographic, chamamos esse momento de a era da exploração. Isso significa que é necessário criar uma sensibilidade para o que está acontecendo no mundo e, ao mesmo tempo, levar a escola ao mundo. O conhecimento agora precisa ser descoberto. Essa capacidade é a única que vai criar aprendizado ao longo da vida.

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