sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O futuro da escola está no “contraturno”


Em entrevista do programa Roda Viva, da TV Cultura, ainda nos anos 90, o escritor norueguês Jostein Gaarder respondeu da seguinte maneira à pergunta se ele não se interessava por temas do ocultismo ou discos voadores, ao invés da trivialidade do cotidiano em suas obras: “Isso me parece ser obrigado a atravessar um rio para buscar água do outro lado”.
Alexandre Le Voci Sayad é jornalista e educador. É fundador do MEL (Media Education Lab) e autor do livro Idade Mídia: A Comunicação reinventada na Escola, publicado pela editora Aleph.
Uma educação baseada em projetos, sem disciplinas estanques, estimuladora do empreendedorismo e autonomia do estudante e desenvolvedora de habilidades e competências para este século existe neste momento – não é uma promessa de futuro.  E mora no chamado “contraturno” de escolas que realizam iniciativas interessantes, alguns em parcerias com universidades. Mas gestores do ensino parecem cegos de tanto enxergá-las.
Muitas atividades extra-curriculares, por exemplo, formam o cenário ideal para que a tecnologia e os espaços “makers” sejam experimentados, catalisando a inovação e provocando a criatividade.
Há uma busca desenfreada por inovação no ambiente escolar (de vocação conservadora).  Este movimento não ordenado soa como buscar água do outro lado do rio.  Muitas vezes a instituição desenvolve soluções importantes na grade extra-curricular. Mas as atividades de “contraturno” foram sempre discriminadas como ações de menor importância dentro de uma escola conteudista e pós-industrial.
É como se, no turno, as disciplinas acadêmicas ou curriculares (Matemática, Línguas, História etc.) fossem a parte importante da escola e o período de contraturno, a recreação para passar o tempo (Teatro, Esporte, Desafios Científicos, Jornal Escolar etc.). Muitas escolas certamente duplicam o fracasso do currículo por mais um período e chamam isso de educação integral – mas há tantas outras com projetos inovadores.
O auto-boicote é tão grande que nem mesmo sistemas de avaliação foram desenvolvidos para as chamadas áreas “não-cognitivas” da educação – afinal, brincadeiras não careciam ser avaliadas.

Os anos 60 e 70,  com o surgimento dos Cieps no Rio de Janeiro e outros projetos de educação integral,  pareciam que chamariam a atenção da sociedade para o lado oculto do cotidiano escolar. Não foi o que aconteceu.  Tais movimentos reforçaram algo positivo, que é a integralidade do ensino – mas, sem perceber, mantiveram o currículo como o eixo central da escola.  A cena conservadora se reflete até hoje, nos discursos dos candidatos à eleição deste ano.
Há um desafio ululante maior: como transformar o chamado “contraturno” na escola em si. E reduzir o tempo de sala de aula, mas não o de envolvimento do aluno com o conhecimento.
Para isso, há o desafio de montar uma mandala pedagógica de conhecimentos, habilidades e competências que atenda tanto a necessidade de compreender a programação de computadores e de se comunicar, como as de se expressar com conhecimento da Língua Portuguesa e fazer operações matemáticas.
Por outro lado, o vestibular continua vivo e passa bem. Não há como ignorá-lo. Essa é a principal barreira para um ensino que considera a habilidade de “fazer” tão importante como a de “pensar”. Mas não deve servir de bode expiatório para justificar a imobilidade da escola perante as transformações do mundo. Uma educação menos escolarizada e mais baseada no “fazer” depende muito da sociedade enxergá-la como transformadora e exigir as mudanças.



http://portal.aprendiz.uol.com.br/2014/09/30/o-futuro-da-escola-esta-no-contraturno/

Escola se transforma em museu de aprendizados

Segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa, a palavra museu se refere a uma “instituição dedicada a buscar, conservar, estudar e expor objetos de interesse duradouro ou de valor artístico, histórico etc.”. A partir dessa perspectiva, o modelo norte-americano de escolas Magnet [escolas públicas com currículo especializado] criou, em 2002, a Escola Magnet Museu Normal Park, em Chattanooga, no Tenneesse, nos Estados Unidos.
Lá, os estudantes – de 5 a 14 anos – se tornam autores e também curadores do seu processo de aprendizagem. Além da participação e intensa vivência no desenvolvimento de projetos, os alunos apresentam seus trabalhos regularmente à comunidade escolar e do entorno: a cada nove semanas, todos apresentam os resultados do que fizeram como uma exposição de museu. Nestas visitas à escola, as pessoas da comunidade podem opinar sobre os projetos, sugerir novas intervenções e até disponibilizar seu apoio, encontrando formas para contribuir com os processos pedagógicos da instituição.

Jonathan Stutz - Fotolia.comEscola se transforma em museu de aprendizado
Em sua missão, a escola se propõe a “cultivar sabedoria e cidadania em todos os alunos, preparando-os para o futuro e desafiando-los a descobrir-se e ao mundo”. Dessa forma, a gestão escolar e a equipe docente compartilham de valores-chave em todas suas ações: apreciação, colaboração, criatividade, descoberta, paixão pelo conhecimento e esperança. Para a instituição, é só reconhecendo o desenvolvimento individual de cada criança e de cada docente que o sucesso acadêmico se constrói. Por isso, todos têm acesso a várias possibilidades de aprendizagem, que incluem também percursos integrados ao currículo em sete equipamentos museológicos da cidade.
No lugar de ficar apenas na sala de aula, os estudantes acessam a comunidade e transitam por diferentes espaços livres da escola, que estão diariamente repletos com as suas intervenções e projetos. Para tanto, a escola oferece expositores com qualidade de museu, tanto para valorização, quanto para preservação das obras dos estudantes. As paredes são todas ocupadas por murais coloridos e existem variados espaços de intervenção dos alunos, garantindo que eles possam comunicar suas experiências e efetivamente fazer parte do espaço.
Paralelamente, artistas da comunidade são regularmente convidados a expor suas obras na escola, com momentos abertos ao público geral, mas especialmente priorizando o envolvimento da comunidade escolar e a relação delas com o trabalho pedagógico da instituição.
Currículo
Para a escola, a chave do processo curricular está na colaboração, tanto entre professores e estudantes e entre estudantes, quanto com as instituições da comunidade. Por isso, semanalmente, todos participam de expedições curriculares pelos museus parceiros, como o Museu Hunter de arte americana, o Aquário do Tennessee, o Centro de História, o Zoológico  e o Centro Natural de Chattanooga, o museu de Descobertas Criativas e o Centro Cultural Bessie Smith. Além da visita, o diferencial é que a escola planeja conjuntamente com as equipes educativas das instituições o percurso a ser feito. Nos espaços, os estudantes participam de atividades que dialogam diretamente com o que o aluno está desenvolvendo em sala de aula.
Normalmente interdisciplinares, as experiências nos museus se relacionam também com os projetos e temas das exposições dos alunos. Para complementar o aprendizado, a escola aciona outros parceiros da comunidade, como o tribunal de justiça, o centro de artes da cidade, teatros e parques locais.
Tanto nas expedições à comunidade, quanto nas aulas na escola, a proposta é a de fortalecer a autonomia do estudante, incentivando-o a manter o desejo de aprender ao longo da vida. Para tanto, o corpo docente trabalha em módulos trimestrais e aprendizagem por problemas, apresentando o resultado final como ponto de partida da investigação acadêmica. As questões disparadoras têm sempre uma relação com a comunidade, com os temas da juventude ou com o que as instituições parceiras discutem.
Amparada por tecnologia, a escola faz uso de lousas digitais de aprendizagem e de notebooks encorajando a interação e colaboração entre os envolvidos. Mas, além dos recursos digitais, os estudantes mantém diários de bordo, nos quais são convidados a descrever o que aprenderam, suas dúvidas e questionamento sobre o currículo e o programa escolar. Estas reflexões auxiliam – trimestralmente - a Normal Park a rever sua proposta pedagógica. A instituição apoia o acompanhamento personalizado do docente com seus alunos.
Além disso, a escola trabalha com aulas de escrita estimulando, inclusive, a publicação dos trabalhos dos estudantes; aulas de modelos matemáticos em um método que associa a ciência às questões do mundo contemporâneo; leitura guiada em sala de aula, tanto em grupos, quanto individualmente, incentivando o debate na compreensão de textos; e uso constante de laboratórios de ciências, apoiando a experimentação e o “aprender fazendo”.
Avaliação
A Normal Park trabalha com múltiplos recursos avaliativos. Embora existam provas, elas têm a função de orientar o professor no acompanhamento do estudante. No lugar, os meninos e meninas se autoavaliam a partir dos seus portfólios. Já seus trabalhos, expostos à comunidade, recebem críticas, sugestões e apreciação de terceiros; tudo sempre na perspectiva da colaboração.
Durante todo o processo, o educador indica as expectativas de aprendizagem aos estudantes, tornando-os copartícipes do processo.
Como atividades complementares, os estudantes podem participar de oficinas de teatro (tanto em atuação, quanto em produção cênica), dança, artes visuais, banda de fanfarra, banda de jazz e coral.
http://porvir.org/porfazer/escola-se-transforma-em-museu-de-aprendizados/20141001

Professor em ação

Escrito por Analice Bonatto
Em qualquer área, cresce a demanda por profissionais que tenham a qualificação necessária para atender às necessidades do século 21; na educação, isso também acontece. Mas, diferentemente de outras profissões, muitas vezes os baixos salários e a desvalorização da carreira docente afastam a maioria dos profissionais que pensa em ir para a sala de aula. Recente pesquisa do professor José Marcelino de Rezende Pinto, da Universidade de São Paulo (USP), mostra que o número de formandos em licenciatura no país entre 1990 e 2010 seria suficiente (menos em Física) para atender à demanda atual por professores. (Veja matéria com o professor José Marcelino de Rezende Pinto)
Além dos baixos salários e das más condições de trabalho, problemas na formação inicial, na fase de indução profissional e no trabalho permanente de formação continuada são responsáveis pelas deficiências do sistema de ensino.
Nesse cenário, ao ser questionada sobre o que é um bom professor, Sonia Perin, professora titular da Faculdade de Educação (FE) da USP, ressalta a complexidade da profissão: “Exigem muito dessa pessoa que é o professor; querem que ele resolva os erros, todos os problemas da sociedade. Mas é preciso ter parcerias com a sociedade”. De acordo com ela, se a escola é uma instituição da sociedade, é preciso ter responsabilidade em todos os seus níveis. Para Sonia, o professor precisa de uma boa formação de modo que, ao longo da vida, entenda o seu aluno – sujeito fundamental – e o sentido da escola. “O professor é bom quando as instituições e a sociedade são boas. Agora, dificuldades vão existir. Mas o principal é o professor ter a postura de inquiridor, de aprender a cada situação, de entender o que se passa com o seu grupo de alunos, com a escola. Para isso, ele precisa ter espírito investigativo. É preciso, na formação inicial, fazer da profissão uma pesquisa em ação”.
Formação inicial
Segundo Bernadete Gatti, pesquisadora sênior da Fundação Carlos Chagas (FCC), a questão da formação inicial do professor no Brasil é grave, pois os profissionais vão para a sala de aula sem saber dar aula. “Às vezes não conhecem nem o currículo da educação básica. As licenciaturas estão na UTI [Unidade de Terapia Intensiva]”. Ela avalia que, apesar de muitos jovens optarem pela carreira, eles não têm na universidade uma formação adequada. “Desde que a licenciatura nasceu, ela sempre foi um adendo genérico do bacharelado”, explica Bernadete, que é uma das coordenadoras da pesquisa da FCC sobre formação de professores para o ensino fundamental. Quando esse aluno vai para o mercado de trabalho com essas deficiências, gasta-se mais; há custo para formá-lo na graduação e, depois, para fazer a mesma formação na formação continuada, considera a pesquisadora: “A nossa formação continuada não é propriamente uma formação continuada – que deveria aprofundar conhecimentos –, ela é suprimento”. Para Bernadete, a falta de políticas que atuem na formação inicial é uma questão muito grave, porque não há mudança curricular na estrutura dos cursos de licenciatura. “Os países avançados e emergentes têm em suas universidades um centro de formação de professores, mas aqui não há uma concepção de formação de professor da educação básica. Você forma o biólogo, e não o professor de biologia. Nós temos uma fragmentação formativa com uma tinta de educação. É preciso mudar a formação inicial, a estrutura, onde ela se faz, a dinâmica de como se faz e os conteúdos curriculares. Senão, vamos continuar repetindo os mesmos erros, e quem já está atuando ou está ingressando na carreira terá de receber uma formação em serviço”, afirma.
Recém-chegados e sozinhos
O professor português António Nóvoa, um dos maiores especialistas em formação de professores, falou com a Profissão Mestre sobre a fase de indução profissional, ou seja, o início da atuação docente. Segundo Nóvoa, esses dois ou três primeiros anos iniciais, momento em que alguém é introduzido na profissão, são decisivos para o professor. “Há 50 anos sabemos que esses são os anos mais importantes; no entanto, as pessoas estão completamente desprotegidas e sozinhas”, afirma Nóvoa. (Veja entrevista com António Nóvoa)
Elisangela Carolina Luciano, professora de Mogi Guaçu (SP), é um exemplo desse início solitário. Ela conta que, na década de 1990, morava em uma cidade do interior cuja economia era baseada na agricultura e não havia muita opção de emprego, principalmente para as mulheres. Assim, o caminho natural foi seguir para o curso de Magistério, até como uma maneira de fugir do destino de trabalhar na lavoura. A escolha consciente pela profissão veio ao final do curso, quando ela entrou na faculdade. No início da carreira, ela já sabia que professor novo fica com as salas mais complicadas, com os alunos que têm mais dificuldades. “É claro que uma sala assim devia ser dada ao professor mais experiente, mas quem ingressava já sabia que ia pegar as salas mais complexas”, conta Elisangela, que foi escolhida Educadora do Ano de 2013 (por meio do Prêmio Educador Nota10, da Fundação Victor Civita), por seu projeto de alfabetização, leitura e escrita. Segundo ela, o começo é difícil. “É um trabalho muito solitário. É o professor dentro da sala de aula com a porta fechada”. Elisangela ressalta que ainda não se tem a consciência de que o aluno não é do professor. “O aluno é da escola, por isso todos devem se comprometer com ele. Eu acho que o que vai fazer o grupo ter esse sentimento de pertencimento é o desenvolvimento de um projeto político-pedagógico confeccionado por todos, que contemple todas essas questões. Daí, com papéis bem definidos, mesmo se chegar à escola um novo professor, o grupo já se encarrega de incluí-lo”, afirma.
Sem isso, Elisangela acredita que o cotidiano do professor seja quase sempre o mesmo, com cada um desenvolvendo o seu trabalho individualmente. “Eu tenho, por exemplo, dificuldade em seguir o livro didático, o material apostilado, e de repetir o trabalho feito no ano anterior. Estou sempre inventando e pensando coisas novas. A minha prática se identifica muito com os alunos daquele ano. Eu preciso conhecê-los para desenvolver um trabalho ajustado a eles”, conta. Apesar de no início do ano os professores se reunirem com a rede de ensino para pensar o planejamento anual, não há uma reunião com os professores na escola para conhecer o grupo de alunos com o qual eles trabalharão. “No dia a dia da escola, não há espaço para essas discussões tão necessárias”, lamenta Elisangela.
Para a professora da USP Sonia Perin, os primeiros anos são os mais críticos. “Nas reuniões internacionais sobre formação de professores, uma das preocupações a respeito do trabalho docente é como ele é recebido. Dessa forma, o seu trabalho, nos primeiros anos na escola, e o apoio do grupo e da equipe são fundamentais para o processo de aprendizagem dos iniciantes”, explica. E isso já é realizado não mais pela instituição formadora – as universidades, as faculdades de educação, os institutos etc. –, mas sim pelas instituições empregadoras que são os sistemas de ensino. “Depende muito dessas instituições formadoras também”, acrescenta.
Sonia defende que a formação inicial do professor deve inclusive dar um caráter de professor inquiridor. Dessa forma, ao chegar à escola, o professor iniciante pode questionar o que está se passando nela e observá-la sob diferentes aspectos: o tipo de aluno, de escola e de comunidade. “Sempre que a pessoa chega à instituição, ela é um objeto de análise. E se o professor aprendeu a fazer investigação na formação inicial, isso já lhe dá condições melhores para enfrentar o início em sala de aula”, considera a professora. Em recente pesquisa desenvolvida por ela com alunos que estão no início da graduação e com os egressos até cinco anos, é possível constatar essa dificuldade para enfrentar a realidade escolar. Sonia conta que os alunos pesquisados que estavam no terceiro e no quarto ano da graduação, ou seja, se preparando para sair da faculdade, contavam que não se sentiam preparados, pois estavam com medo das questões práticas do dia a dia.
Diante de uma sala de aula
O momento em que entrou na profissão foi decisivo para o professor Gelson Weschenfelder. Ele conta que teve um início bem complicado: “Eu entrei como estagiário e, infelizmente, a graduação não me preparou para a sala de aula. Na época em que eu entrei na escola, a filosofia não era obrigatória, e eu não sabia ao certo o que trabalhar em sala de aula. Na terceira semana, os alunos fizeram um abaixo-assinado para me retirar da escola. Isso foi muito difícil. Daí eu comecei a pensar sobre a minha atitude e o que poderia fazer para introduzir algumas questões de filosofia”, conta. E completa: “Usei uma frase que norteia a vida de um super-herói: ‘grandes poderes trazem grandes responsabilidades’, doHomem-Aranha. E o bacana foi que a partir daí os alunos começaram a trazer teorias de filósofos, sociólogos”, conta Gelson, que é professor no Complexo de Ensino Superior de Cachoeirinha (Cesuca), no Rio Grande do Sul. Nesse momento, o professor conta que percebeu que os alunos queriam buscar algo, tinham esse anseio, mas faltava um tema que os despertasse para isso. Assim, de maneira original – por meio de temas que chamam a atenção dos jovens, como as HQs (histórias em quadrinhos), ele mudou sua forma de dar aulas e conquistou os alunos.
Hoje Weschenfelder é professor universitário, mas o começo da carreira nos ensinos fundamental e médio o motivou a pesquisar mais sobre o tema. “O início foi difícil, e depois precisei pesquisar mais sobre como trabalhar com o adolescente, mas isso motivou meu mestrado. Depois saíram algumas publicações, algumas até com os alunos do ensino médio. Hoje faço o doutorado graças àqueles alunos que me colocaram ‘contra a parede’”, explica.
Ele reconhece que o processo poderia ter sido mais simples e menos sofrido. “Infelizmente, eu vejo essa angústia em sala de aula. A educação não está preparada para esses jovens em sala de aula, por isso é preciso repensar a forma de olhar o aluno. Em diferentes escolas, pedi apoio a outros professores para trabalhar com projetos, mas houve muita resistência deles. Faltam muitas coisas à escola e o professor acaba tendo muitas outras funções, mas ele poderia promover essa mudança onde está inserido”, salienta.

http://www.profissaomestre.com.br/index.php/reportagens/carreira-formacao/985-professor-em-acao

Mais de 90% dos professores utilizam conteúdos da internet para dar aulas, diz pesquisa

A pesquisa apontou também que 88% dos docentes fazem adaptações nos conteúdos

Pesquisa  realizada pela Ong Ação Educativa com o apoio da Wikimedia Foundation sobre recursos educacionais abertos — ou seja, dispostos gratuitamente na internet —  no Brasil — menciona que 96% dos professores de educação básica utilizam esses conteúdos para elaborar aulas e ajudar nos estudos.
Os dados têm base em um estudo da TIC Educação, realizado em 2013 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A pesquisa apontou também que 88% dos docentes fazem adaptações nos conteúdos abertos disponíveis. Porém, apenas 21% dos entrevistados, disseram que publicam seus materiais na web.
Os resultados do estudo “Recursos educacionais abertos no Brasil: o campo, os recursos e sua apropriação em sala de aula” realizado pela Ação Educativa e pela Wikimedia Foundation complementam essas informações, e foram apresentados na última terça-feira (30 de setembro), em São Paulo.
Para esse estudo, foram realizados levantamentos entre março e agosto de 2014. O objetivo foi identificar os principais atores do campo dos REA (Recursos Educacionais Abertos) no Brasil. 
Também foram computadas quais são as oportunidades e obstáculos para o uso e a apropriação dos REA em língua portuguesa pelas comunidades Wikimedia e educacional do País. 
http://noticias.r7.com/educacao/mais-de-90-professores-utilizam-conteudos-da-internet-para-dar-aulas-diz-pesquisa-01102014

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...