A presidenta da República, Dilma Rousseff, recebeu nesta terça-feira, 26, em
cerimônia no Palácio do Planalto, estudantes de 11 a 14 anos que participam como
delegados da 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, iniciada
no sábado, 23. O tema deste ano é Vamos Cuidar do Brasil com Escolas
Sustentáveis. O ministro da Educação interino, Henrique Paim, e a secretária de
educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão do Ministério da
Educação, Macaé Evaristo, estiveram presentes.
Dois delegados entregaram a Dilma um documento, identificado como presente
sustentável, com 108 propostas para a implementação de escolas sustentáveis.
Dois representantes dos delegados leram carta endereçada à presidenta com pedido
de esforços conjuntos para a construção de um futuro sustentável para o país. Ao
todo, mais de três municípios participam da quarta edição da conferência, que
envolve quase nove milhões de pessoas na organização e realização. O evento será
encerrado na quinta-feira, 28.
Em sua fala, Dilma destacou a importância de políticas públicas voltadas para
a preservação e conservação do meio ambiente. Segundo ela, é preciso que haja
respeito. “Essa preocupação deve ser de todos. O país tem compromisso com o meio
ambiente”, afirmou. A presidenta elogiou a iniciativa da conferência e ressaltou
a participação dos jovens. “O futuro está aqui”, disse.
Mudanças — Aos 13 anos, Maria Gabriela Lopes Alves já ajudou
a desenvolver projeto que pode mudar a realidade da sua escola, em Manaus. Ela
integrou o grupo de 673 estudantes que participaram da conferência, que se
realiza em Luziânia, Goiás. “Foi um aprendizado muito grande. Tive o privilégio
de aprender muitas coisas”, vibrou a jovem.
O projeto desenvolvido por Maria Gabriela e seus colegas, apresentado na
conferência, é voltado para a preservação de um lago próximo à escola na qual
estuda. A ideia é organizar passeatas e campanhas de mobilização para a limpeza
do lago e de conscientização da população local. “Somos o futuro da nação. Muita
coisa depende da gente”, afirmou.
Assessoria de Comunicação Social
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=19279:estudantes-pedem-esforco-para-o-brasil-construir-um-futuro-sustentavel-&catid=222&Itemid=86
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
PNE é aprovado em Comissão do Senado e atende interesses da sociedade. Governo não gosta.
A CE (Comissão de Educação, Cultura e Esporte) aprovou nesta terça-feira (27) o parecer do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) ao PNE (Plano Nacional de Educação - PLC 103/2012). A votação durou menos de dez minutos e não teve a presença de parlamentares da base de apoio ao governo.
O texto foi aprovado com pedido de urgência e será encaminhada diretamente ao plenário do Senado. Foram apresentadas 92 emendas. Deste total, 44 foram acatadas total ou parcialmente pelo relator.
"Como não há voto em separado apresentado, só as emendas, avaliamos as emendas e na segunda encaminhamos o parecer com o acolhimento de algumas emendas e rejeição de outras. O texto que distribuímos na segunda é o texto que estamos submetendo a essa comissão", explicou Dias.
O relatório do senador Alvaro Dias foi lido parcialmente no último dia 19, mas a votação foi adiada em atendimento a pedido de vista coletiva.
Sobre a ausência de representantes do governo na votação, Luiz Araújo, mestre em políticas públicas em educação e assessor da liderança do PSOL no Senado Federal, escreveu em seu blog no site da revista Escola Pública, parceira do UOL: "A suspeita maior é que o governo tenha feito um jogo de cena, o qual funcionou mais ou menos assim: peço tempo pra pensar, penso e não concordo com o texto, mas me abstenho de disputar o seu conteúdo na Comissão de educação, guardando minhas fichas pro plenário do Senado".
Araújo explica que o substitutivo da comissão de educação tem preferência na votação do plenário, mas que o governo pode solicitar preferência para o relatório da Comissão de Constituição e Justiça, o qual contemplaria melhor os seus interesses.
O PNE é composto de 14 artigos com 20 metas. O plano tem duração de dez anos e traz, entre suas diretrizes, a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar.
*Com informações da Agência Senado
http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/11/27/pne-e-aprovado-em-comissao-de-educacao-e-segue-para-plenario-do-senado.htm
O texto foi aprovado com pedido de urgência e será encaminhada diretamente ao plenário do Senado. Foram apresentadas 92 emendas. Deste total, 44 foram acatadas total ou parcialmente pelo relator.
"Como não há voto em separado apresentado, só as emendas, avaliamos as emendas e na segunda encaminhamos o parecer com o acolhimento de algumas emendas e rejeição de outras. O texto que distribuímos na segunda é o texto que estamos submetendo a essa comissão", explicou Dias.
O relatório do senador Alvaro Dias foi lido parcialmente no último dia 19, mas a votação foi adiada em atendimento a pedido de vista coletiva.
Sobre a ausência de representantes do governo na votação, Luiz Araújo, mestre em políticas públicas em educação e assessor da liderança do PSOL no Senado Federal, escreveu em seu blog no site da revista Escola Pública, parceira do UOL: "A suspeita maior é que o governo tenha feito um jogo de cena, o qual funcionou mais ou menos assim: peço tempo pra pensar, penso e não concordo com o texto, mas me abstenho de disputar o seu conteúdo na Comissão de educação, guardando minhas fichas pro plenário do Senado".
Araújo explica que o substitutivo da comissão de educação tem preferência na votação do plenário, mas que o governo pode solicitar preferência para o relatório da Comissão de Constituição e Justiça, o qual contemplaria melhor os seus interesses.
O PNE é composto de 14 artigos com 20 metas. O plano tem duração de dez anos e traz, entre suas diretrizes, a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar.
*Com informações da Agência Senado
http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/11/27/pne-e-aprovado-em-comissao-de-educacao-e-segue-para-plenario-do-senado.htm
Projeto Amigos do Zippy é encerrado com exposição de trabalhos dos alunos
Foto: Jorge Pinho (SME) |
“O Programa Amigos do Zippy foi um presente que os nossos alunos receberam este ano. É um programa de educação emocional, que oferece ferramentas e recursos para ajudar a criança a lidar com seus problemas e conflitos, vivenciados no dia a dia”. A observação foi feita pelo secretário Municipal de Educação de Cuiabá, Gilberto Figueiredo, nesta terça-feira (26) durante a solenidade de encerramento do programa.
A cerimônia foi realizada com uma exposição, denominada Expozippy, no Hotel Fazenda Mato Grosso, onde foram expostos os trabalhos realizados pelos alunos das 35 escolas beneficiados com o programa em Cuiabá. O evento reuniu autoridades da área de educação, professores, coordenadores tutores e diretores das 35 escolas.
A mostra dos trabalhos, que ficaram expostos no salão, revelou como os alunos aprenderam a lidar com os conflitos do dia a dia. “Uma vez eu briguei com a minha irmã e eu ia bater nela, mas eu me lembrei do Zippy e contei até dez para não brigar”, relatou um aluno em um de seus desenhos feitos durante a aula.
Outros depoimentos, como “antes eu não gostava de vir para a escola, agora eu gosto”, ou “antes eu era bravo, agora eu brinco com meus amigos”, também foram relatados no papel junto com os desenhos.
O Amigos do Zippy é um programa de educação emocional, que tem como objetivo desenvolver habilidades emocionais e sociais em crianças com idade de 6 e 7 anos. Por meio de histórias com os personagens Zippy e seus amigos, as crianças aprendem, de maneira divertida e eficaz, a lidar com as dificuldades do dia a dia.
O Programa Amigos do Zippy foi implantado em Cuiabá em 2013 pela Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEC), beneficiando 3.368 alunos de 35 escolas da rede municipal.
Ao longo deste ano foram ministradas 24 aulas, no período de maio a novembro. Pelo menos 124 educadores foram capacitados pela equipe da ASEC para atender o programa.
Durante a cerimônia de encerramento, a presidente da ASEC, Tania Paris, elogiou o trabalho dos educadores envolvidos no programa em Cuiabá. “Estamos muito felizes e satisfeitos com a forma com que o programa foi conduzido”.
Durante as aulas os alunos aprenderam a reconhecer seus sentimentos; desenvolveram maneiras de se sentir melhor quando estão enfrentando situações difíceis; aprenderam formas eficazes de comunicação; fazer e manter amizades saudáveis; resolver conflitos, tanto os próprios quanto ajudando outros quando estão em apuros; lidar com a solidão, ameaças e perdas; e interagir com outras pessoas de forma saudável, buscando e oferecendo ajuda, quando necessário.
Conforme Tania, os resultados dessa intervenção em Cuiabá estão sendo apurados, mas já ficaram evidenciados pontos positivos, como o aumento de autoestima e de autoconhecimento por parte dos alunos; a redução de comportamentos agressivos; aumento de solidariedade; e o aumento de motivação para aprender; desenvolvimento de autonomia cognitiva, que impacta o aprendizado acadêmico.
“Nós, que trabalhamos na periferia, sabemos o quanto nossas crianças estão vulneráveis. A desestrutura familiar, a violência e as drogas são questões que acabam influenciando na saúde emocional delas. Mas o programa veio justamente para trabalhar isso e fazer com que essas crianças aprendam a lidar com essas situações de forma saudável”, disse a secretária-adjunta de Educação, Marioneide Angelica Kliemaschewsk.
O programa Amigos do Zippy em Cuiabá conta com o apoio do HSBC e seu programa global de apoio à educação, denominado Future First.
http://www.cuiaba.mt.gov.br/noticias?id=7869
Resultado do ENEM 2013
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta quarta-feira (27) que 24 escolas entraram com pedido de revisão das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012. Destas, três tiveram o pedido deferido, e o Colégio Objetivo Integrado, de São Paulo, passa a ter o melhor desempenho do Brasil com 740,81 pontos.
O Colégio Objetivo Integrado de Mogi das Cruzes aparece com nota de 675,16; e o colégio Classe A, de Mato Grosso do Sul, tem nota de 625,03. Estas escolas estavam sem pontuação na divulgação que ocorreu na terça-feira (26).
saiba mais
Segundo nota divulgada pelo Inep, estas escolas tiveram na base de inscritos mais estudantes concluintes do que o informado no censo escolar, o que gera uma taxa de participação superior a 100%, e impede o cálculo da média.
No primeiro ranking, feito a partir das notas divulgadas pelo MEC na terça-feira, o melhor desempenho era do Colégio Bernoulli, de Minas Gerais, que com média de 722,15 pontos, passou a ser a segunda na classificação.
O Objetivo Integrado foi criado em 2009 com foco nos vestibulares e em atividades acadêmicas extracurriculares, como olimpíadas, e funciona em período integral. No ano passado, o Objetivo também conquistou o primeiro lugar do Enem.
Não foi a primeira vez que o Objetivo Integrado pediu revisão da nota junto ao MEC. Em 2010, entrou com recurso no ministério para ter sua nota alterada. Na primeira versão estava na 20ª posição (com 715,95 pontos), depois da correção (subiu para 753,92 pontos), passou para o terceiro lugar entre as escolas com maior média no exame em todo o país.
Segundo o Inep, as escolas podem entrar com recurso até o dia 4 de dezembro e solicitar uma revisão das notas e após análise técnica, se for identificada inconsistência nos dados, elas podem ser inseridas no sistema. As notas que aparecem consideram apenas as escolas que tiveram mais de dez participantes no Enem e com taxa de adesão dos alunos concluintes do ensino médio acima de 50%.
O Colégio Objetivo Integrado de Mogi das Cruzes aparece com nota de 675,16; e o colégio Classe A, de Mato Grosso do Sul, tem nota de 625,03. Estas escolas estavam sem pontuação na divulgação que ocorreu na terça-feira (26).
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Segundo nota divulgada pelo Inep, estas escolas tiveram na base de inscritos mais estudantes concluintes do que o informado no censo escolar, o que gera uma taxa de participação superior a 100%, e impede o cálculo da média.
No primeiro ranking, feito a partir das notas divulgadas pelo MEC na terça-feira, o melhor desempenho era do Colégio Bernoulli, de Minas Gerais, que com média de 722,15 pontos, passou a ser a segunda na classificação.
O Objetivo Integrado foi criado em 2009 com foco nos vestibulares e em atividades acadêmicas extracurriculares, como olimpíadas, e funciona em período integral. No ano passado, o Objetivo também conquistou o primeiro lugar do Enem.
Não foi a primeira vez que o Objetivo Integrado pediu revisão da nota junto ao MEC. Em 2010, entrou com recurso no ministério para ter sua nota alterada. Na primeira versão estava na 20ª posição (com 715,95 pontos), depois da correção (subiu para 753,92 pontos), passou para o terceiro lugar entre as escolas com maior média no exame em todo o país.
Segundo o Inep, as escolas podem entrar com recurso até o dia 4 de dezembro e solicitar uma revisão das notas e após análise técnica, se for identificada inconsistência nos dados, elas podem ser inseridas no sistema. As notas que aparecem consideram apenas as escolas que tiveram mais de dez participantes no Enem e com taxa de adesão dos alunos concluintes do ensino médio acima de 50%.
Entre os graduados, professor é o profissional mais mal pago
Paulo Saldaña e Rodrigo Burgarelli, do Estadão
SÃO PAULO - Os dados da Rais revelam uma situação problemática no campo da educação. De todas as profissões que exigem formação universitária, são os professores os que recebem os menores salários em São Paulo.
Quando consideradas apenas as ocupações com mais de 20 mil registros profissionais, o menor salário de nível superior é o dos professores de ensino fundamental – 53 mil pessoas que exerciam esse ofício em 2012 receberam, em média, R$ 2,2 mil mensais. É menos do que ganham os supervisores de telemarketing (R$ 2,6 mil), agentes penitenciários (R$ 3.3 mil) e ferramenteiros (R$ 3,4 mil).
O cenário é ainda pior quando se analisa quem ensina certas disciplinas específicas. Um professor de matemática aplicada no ensino superior, por exemplo, ganhava em média R$ 1,8 mil no ano passado por mês. Quem dava aulas na educação infantil com um diploma universitário recebia R$ 1,7 mil. E um professor de filosofia no ensino médio ganhava apenas R$ 1,5 mil mensais.
Valorização do professor? Estudos já mostraram que o salário médio dos professores no País são 40% menores do que os profissionais com a mesma titulação de ensino superior. Com base nos dados da Rais em São Paulo, é possível perceber que um professor de ensino fundamental recebe 71% menos do um engenheiro civil, no topo da lista.
Especialistas em educação apontam que qualquer melhora da educação passa pela rediscussão da carreira do professor. Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) é valorizar os profissionais do magistério das redes públicas da Educação Básica, a fim de equiparar o rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
"É uma vergonha que o Estado mais rico do País apareça com esse índice salarial", diz o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em educação (CNTE), Roberto Leão. Ele lembra que já há uma grande dificuldade de atrair gente para virar professor. "É uma profissão que não atrai ninguém e hoje o problema atinge todas as áreas e disciplinas", diz ele.
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