quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Undime reúne seu Conselho Nacional de Representantes

Foto: Undime
Começou na tarde desta quarta-feira (8) a reunião do Conselho Nacional de Representantes da Undime, em Brasília (DF). Representantes de todos os estados da federação participam do encontro que vai até sexta-feira (10).
A abertura foi marcada pela presença do Ministro da Educação, José Henrique Paim; a secretária de educação básica do Ministério da Educação (SEB/MEC), Maria Beatriz Luce; o presidente do FNDE, Romeu Caputo e o presidente do Inep, Chico Soares.
A presidenta da Undime e Dirigente Municipal de Educação de São Bernardo do Campo/ SP, Cleuza Repulho, aproveitou a oportunidade para agradecer a parceria do MEC, principalmente no que diz respeito ao convênio estabelecido ainda em 2011 que possibilitou a realização de várias ações da Undime, entre elas o último Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação, o qual reuniu mais de mil dirigentes de educação.
O Ministro da Educação ressaltou a iniciativa da Undime em discutir a Base Nacional Comum. Isso porque, na quinta-feira (9), será realizado o seminário “Base Nacional Comum em debate: desafios, perspectivas e expectativas”. Paim acredita que a discussão da Base Nacional Comum é necessária e essencial para que se possa reduzir as desigualdades. “Tenho muita esperança nessa discussão”, afirmou.
O seminário tem início amanhã, às 8h. Confira aqui a programação completa.

http://undime.org.br/comeca-a-reuniao-do-conselho-nacional-de-representantes-da-undime/

Distorção idade-série: "Na raiz do problema, está a alfabetização", diz Inês Miskalo, do Instituto Ayrton Senna

Quais são os danos da distorção idade-série? No mês de setembro, a revista Profissão Mestre trouxe uma matéria especial sobre o tema em suas páginas. Inês Miskalo, coordenadora da área de Educação do Instituto Ayrton Senna, colaborou com a publicação e falou sobre o papel das políticas públicas no assunto. 

"Não há metas de médio e longo prazos nem ações integradas que constituam uma política", afirmou Inês. "Em nossa história recente, observamos altos e baixos [no que se refere a políticas de aceleração do ensino]. No geral, as propostas de ajuste de fluxo escolar nunca surtiram os efeitos desejados em larga escala", completou. 

Os dados do Inep/QEdu indicam que a taxa de distorção idade-série, em 2013, passa de 15% nos primeiros anos do Ensino Fundamental para 28% nos finais, chegando a 30% no Ensino Médio. "Na raiz do problema, está a alfabetização", reforçou a coordenadora de Educação. 

Quer saber mais sobre o assunto? Confira a matéria completa no link abaixo: 

Como combater a distorção idade-série no Brasil

http://senna.globo.com/institutoayrtonsenna/home/noticias_interna.asp?cod_Noticia=726

Educação: mais eficiência e mais foco


O Brasil vem melhorando no campo da educação, mas numa velocidade aquém do desejável. A avaliação é do diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos. Em artigo exclusivo publicado no jornal Correio Braziliense, Ramos cita os principais destaques do relatório recentemente divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), chamado “Education on a Glance”, que trouxe alguns dados sobre a realidade da educação brasileira. 

O diretor menciona, por exemplo, que o gasto público total do País em educação avançou entre 2000 e 2011. Foi a nação cujo gasto mais cresceu entre todos os pesquisados, saltando de 3,5% para 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Por outro lado, ele cita que, ao olhar os números com base no custo por aluno, a situação se inverte. Segundo o texto, o Brasil gasta US$ 2.985, bem abaixo do que fazem os países da OCDE, que aplicam U$ 8.952 por aluno por ano. 

“Isso decorre, em grande parte, da baixa eficiência do sistema educacional; a reprovação, o abandono escolar e a distorção idade-série são muito elevados quando comparados com os dos países da OCDE”, avalia o diretor. 


Confira o artigo na íntegra: 

Educação: mais eficiência e mais foco 

O recente relatório Education at a Glance 2014: OECD Indicators traz informações relevantes sobre a estrutura, o financiamento e o desempenho de vários sistemas educacionais ao redor do mundo, incluindo o Brasil. 

Chama a atenção, no caso do Brasil, o crescimento do gasto público total em educação entre 2000 e 2011. Foi o país cujo gasto mais cresceu entre todos os pesquisados, saltando de 3,5% para 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso equivale a 19% do total de gasto público, bem acima da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que foi de 13%. Por seu lado, olhando os números com base no custo por aluno, a situação se inverte. 

O Brasil gasta US$ 2.985, bem abaixo do que fazem os países da OCDE, que aplicam U$ 8.952 por aluno por ano. Com base na referência custo por aluno, o Brasil é o segundo que menos investe. Isso decorre, em grande parte, da baixa eficiência do sistema educacional; a reprovação, o abandono escolar e a distorção idade-série são muito elevados quando comparados com os dos países da OCDE. Não se pode também esquecer o baixo desempenho escolar dos alunos brasileiros quando comparado com o dos estudantes dos países da OCDE, levando-se em conta os resultados do Pisa. 

Fato que também chama a atenção é a redução gradual da diferença de investimento no aluno do ensino superior quando comparado com o do ensino fundamental. Hoje, o gasto por aluno do ensino superior é quatro vezes maior do que o praticado no ensino fundamental, mas a diferença já foi bem maior. Em 2000, a proporção era de 11 vezes! 

No que se refere às taxas de matrícula, o Brasil vem em parte fazendo o dever de casa, em particular na pré-escola, que inclui crianças de 4 e 5 anos de idade. De 2005 para 2012, a taxa das crianças de 4 anos cresceu de 37% para 61%, e a de 5 anos saltou de 63% para 83%. O problema é que, de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil deve universalizar, até 2016, a oferta de matrículas na pré-escola. E, apesar do crescimento verificado, será muito difícil o país alcançar a universalização daqui a dois anos. A taxa de matrícula na pré-escola, em 2012, agregando as duas idades, é de 82,2%. Isso significa que, mal o PNE foi aprovado, o país já vai precisar rever a primeira das 20 metas do plano. 

Outra informação que nos chama a atenção é o grande impacto do fator educação no rendimento salarial dos trabalhadores quando comparado ao que ocorre nos países da OCDE. Por exemplo, os adultos com educação de nível superior ganham 2,5 vezes mais do que os que cursaram o nível médio; na OCDE, esse fator é de apenas 1,6. 

Ainda nesse contexto, o rendimento salarial dos brasileiros sem educação de nível médio é 42% menor que o dos que têm o diploma desse nível. Comparando os rendimentos salariais relativos a cada gênero no Brasil, as mulheres ganham, em média, 63% menos do que os homens de mesmo nível educacional. Na OCDE, o percentual é de 73%. 

Fica também evidente, no relatório da OCDE, quanto o país precisa avançar na internacionalização do ensino. O Brasil tem o menor percentual de alunos estrangeiros cursando suas universidades: menos de 0,5% do total de matrículas do ensino superior. E mais: desse pequeno contingente de estudantes estrangeiros, 27% vêm de países de língua portuguesa. Isso é resultado da baixíssima oferta, por parte das nossas universidades, de disciplinas e cursos em língua estrangeira, em especial a inglesa. 

Em resumo, o relatório mostra que, de fato, o Brasil vem melhorando no campo da educação, mas numa velocidade aquém do desejável. É preciso que os novos recursos aplicados nesse campo cheguem à escola, ou seja, sejam gastos com mais eficiência e mais foco.
http://senna.globo.com/institutoayrtonsenna/home/noticias_interna.asp?cod_Noticia=728

Refletindo mais sobre o ambiente alfabetizador

Eduarda Diniz Mayrink, coordenadora pedagógica, e Leninha Ruiz, formadora 
na área de Educação Infantil
Há algumas semanas, escrevi um texto sobre a necessidade de retomar a questão da organização da sala de aula (leia aqui) com um professor muito comprometido, mas que havia feito uma assimilação deformante em relação ao alfabeto na sua sala. Foram muitos os comentários e sugestões bem bacanas, com todos os leitores se mostrando preocupados em sempre respeitar o profissional. Na ocasião, eu ainda estava preparando uma formação para trabalhar essa questão, então, hoje, quero compartilhar com vocês qual foi a estratégia que adotei.
Tenho como pressuposto que a formação do professor deve ser feita com base na reflexão sobre a prática e na dialética embasada em teorias e pesquisas didáticas. Portanto, planejei um encontro para tematizar a organização da sala e o ambiente alfabetizador em uso pelas crianças.
Criança consulta alfabeto localizado abaixo do quadro (Foto: Leninha Ruiz)
Criança consulta alfabeto localizado abaixo do quadro (Foto: Leninha Ruiz)
Selecionei uma filmagem de uma situação didática de escrita de listas (leia aqui o relato da atividade) que também mostrava uma parte considerável da sala de aula, que era bem organizada e tinha materiais que indicavam claramente quais projetos estavam acontecendo. Abaixo do quadro, havia um alfabeto com letras bastão e uma lista de números de 1 a 50 com 4 centímetros de altura. Ao lado, havia algumas parlendas e duas listas com os nomes das crianças das turmas da manhã e da tarde. Em um mural, existia uma listagem dos animais do fundo mar e algumas imagens de peixes, corais, tubarões e baleia (tais imagens não estavam ilustrando a lista). Em cada mesa, havia uma cartela pequena com o alfabeto para que os pequenos pudessem consultar.
Depois de assistir ao vídeo com o grupo de sete professores, propus a discussão em duplas e a posterior socialização das seguintes questões:
  1. Em que situação as crianças se reportam aos materiais escritos?
  2. Como elas utilizam esses materiais?
  3. Podemos afirmar que essa sala favorece a alfabetização? Por quê?
  4. Analise a organização e a disposição dos diferentes materiais escritos, apontando os pontos fortes e o que pode ser melhorado tendo em vista a estética, o sentido dos textos, o acesso e a visualização pelas crianças.
As respostas das duplas possibilitaram uma boa discussão sobre a disposição e altura dos textos, do alfabeto e até da reta numérica. Para vocês terem uma ideia do que os professores falaram, transcrevo aqui uma das respostas de uma dupla: “Muito interessante as parlendas estarem colocadas como se fossem cartazes, uma ao lado da outra. Assim, ficou mais fácil para os garotos procurarem uma palavra que pudesse ajudar na escrita e também deu para ver que eles sabiam o que estava escrito em cada cartaz. Aqui na escola, só escrevemos as poesias no quadro no dia que as apresentamos e deixamos escrito até precisarmos daquele espaço”.
Criança consulta lista de nomes afixada em uma das paredes da sala (Foto: Eick Mem)
Criança consulta lista de nomes afixada em uma das paredes da sala (Foto: Eick Mem)
Na filmagem, ficou visível que os pequenos precisam colocar a mão e apontar cada letra ou palavra – se os textos ou alfabeto ficam no alto, isso não é possível. Nessa hora, é claro que eu puxei o assunto sobre não ter ilustrações no alfabeto, porque se na letra C tem um desenho de cavalo, por exemplo, eu estou informando apenas uma das possibilidades de uso do C, o que pode levar a turma a associar o C sempre à sílaba CA. Além disso, queremos que as crianças utilizem um repertório amplo de escritas que são de uso real, como a listagem de títulos de histórias lidas. A criança sabe o que está escrito porque as histórias foram lidas para ela várias vezes. Pelo ajuste do falado ao escrito, ela, então, localiza onde está determinada palavra.
Após a socialização das respostas, coloquei o vídeo novamente e pedi que focassem na análise da organização e na estética da sala. A discussão foi bem produtiva e houve professor que disse fazer algumas “decorações” por achar que era seu dever enfeitar o ambiente, mas que, de fato, uma sala menos poluída visualmente lhe parecia mais agradável.
E o docente que inspirou essa formação? Ele participou da reflexão e fez uma análise comparativa da sala dele com a do vídeo, elencando algumas alterações que pretende fazer. Uma delas é a de disponibilizar pequenos alfabetos em cartelas para que as crianças possam manusear. Ele percebeu que esse material ajuda bastante as crianças na localização de determinada letra, por exemplo, algo que alfabeto no alto, com desenhos e muitos tipos de letra pode dificultar.
Acredito que poder refletir coletivamente à luz de um bom modelo é muito formativo para o grupo. E você, o que acha?
Um abraço, Leninha

http://gestaoescolar.abril.com.br/blogs/coordenadoras/2014/10/07/refletindo-mais-sobre-o-ambiente-alfabetizador/

Unemat prorroga inscrições para mestrado em Educação

O Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus de Cáceres, divulgou o Edital Complementar Nº 001/2014, que prorroga até o dia 10 de outubro as inscrições do processo seletivo para a turma 2015 para ampla concorrência.
O Edital Nº 001/2014 – PPGEDU oferece 20 vagas para candidatos com qualquer nível superior. As vagas foram divididas em duas linhas de pesquisa: ‘Educação e diversidade’ e ‘Formação de professores, políticas e práticas pedagógicas’.
A prova escrita será realizada em 17 de novembro, no período matutino, e a entrevista entre os dias 17 e 19 do mesmo mês. O resultado final será divulgado no dia 5 de dezembro.
Os interessados em concorrer devem acessar o Edital Complementar Nº 001/2014 e o Edital Nº 001/2014 – PPGEDU, na página da PPGEDU.

http://www.novoportal.unemat.br/index.php?pg=noticia/9008

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...