quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Melhor escola de Cuiabá no Ideb acompanha trajetória escolar do aluno

Foto: Jorge Pinho
Pelo segundo ano consecutivo, a escola Ana Teresa Arcos Krause conquistou a melhor colocação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre as escolas públicas (municipais e estaduais) de Cuiabá. 
Com nota 6,4 no Ideb, a unidade de ensino ultrapassou a meta projetada pelo Ministério da Educação para 2021, que é de 6,1. Em 2011 a escola também conquistou o primeiro lugar em Cuiabá, obtendo nota 5,7. 
A diretora da escola, Olinda Gonçalves, explica que várias ações realizadas pela unidade escolar contribuíram para o bom desempenho dos alunos. “Ter uma proposta pedagógica diferenciada e uma equipe comprometida contribuiu para o fortalecimento do trabalho e os resultados positivos”, observa.
Segundo Olinda Gonçalves, a escola atende cerca de 800 alunos, desde a educação infantil até o 6º ano. “A maioria dos nossos alunos entram ainda na pré-escola, por volta dos 4 e 5 anos, o que permite um acompanhamento das dificuldades e o progresso de cada um deles”.
Alvaro Kauã Pires da Silva, do 1º ano, é um desses alunos. Ele foi alfabetizado pela escola e hoje, com apenas 6 anos de idade, consegue dominar a leitura. “Ele adora ler e sempre traz livros de casa para usar em sala de aula”, conta a professora alfabetizadora, Leili Lima.
Foto: Jorge Pinho
Conforme a diretora Olinda, outro ponto positivo que ajuda no desempenho do aluno é o envolvimento afetivo com os professores. “Muitos de nossos alunos têm histórias de vida sofridas, mas o carinho e o amor dos professores ajudam a minimizar esses problemas, e isso reflete no desenvolvimento escolar deles”, avalia. 
Esse envolvimento com os professores é reconhecido pelos próprios alunos. Como é o caso daqueles que participaram da Prova Brasil, um dos itens que colaboram para a nota do Ideb. “Eu estava muito nervosa, me sentia apavorada mesmo, achando que não ia conseguir terminar a prova, mas ela passou confiança para gente, dizendo que éramos capazes. Isso nos deu força”, disse a aluna Anna Pereira da Silva, 12 anos, se referindo à professora do 5º ano, Ediana Paula.
O orgulho e a satisfação pelo bom resultado obtido no Ideb estão estampados na carinha de cada um dos alunos, entre eles as alunas Isabella Vitória Moraes e Valeria de Souza, ambas de 11 anos. “Eu sempre gostei muito de estudar e de ler, mas a nossa professora incentivou bastante”, disse Isabella. “Eu tenho o apoio da minha mãe em casa e da professora na escola, isso ajuda muito”, acrescenta Valéria.
Uma das ações mais recentes da escola para ajudar no desenvolvimento escolar dos alunos foi a criação da sala de leitura. “Queria um espaço que fosse além da sala de aula, que fosse atrativa e incentivasse os alunos a terem gosto pela leitura”, disse a diretora. 
Olinda Gonçalves assumiu a direção da escola este ano, após ser eleita pela comunidade escolar em uma eleição direta. Antes disso ela atuou por oito anos como coordenadora pedagógica na escola. Os bons resultados do Ideb em 2011 permitiram que o secretário Gilberto Figueiredo a convidasse para assumir o cargo de diretora de ensino na secretaria. Mas este ano ela decidiu voltar para a escola. “Eu sonho com uma escola pública de qualidade, e os meus professores sonham comigo e acreditam que isso pode se tornar realidade”. 
A escola possui um quadro de profissionais formado por 71 servidores, desse total 40 são professores.
http://www.cuiaba.mt.gov.br/secretarias/educacao/melhor-escola-de-cuiaba-no-ideb-acompanha-trajetoria-escolar-do-aluno/9534

CNE estuda implantar competências socioemocionais no currículo escolar

Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo
Francisco Cordão integra o Conselho Nacional da
Educação (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)
O Conselho Nacional de Educação (CNE) estuda a implantação de diretrizes que desenvolvam as competências socioemocionais na educação básica. Essas competências, também chamadas de não cognitivas, estão relacionadas a caraterísticas como capacidade de resolver desafios, inovar, trabalhar em equipe, liderar, entre outras habilidades.

Estudos apontam que tais competências impactam no desempenho dos estudantes nas sala de aula. O CNE é um órgão normativo ligado do Ministério da Educação que recomenda diretrizes para a construção dos currículos da educação básica. Segundo o conselheiro Francisco Cordão, o debate sobre as competências socioemocionais começou em outubro do ano passado na Câmara da Educação Básica e deve continuar até o fim deste ano.

"É uma discussão bastante rica, vamos retomar o debate com os novos conselheiros que serão nomeados e a partir daí vamos tirar o parecer conclusivo", diz Cordão, que participou de um encontro sobre o tema promovido pelo Instituto Ayrton Senna, em São Paulo, nesta terça-feira (9). Segundo ele, o parecer e resolução das diretrizes das competências socioemocionais vão dialogar com as já existentes desde 2010, que definiram as diretrizes gerais para a educação básica e específicas para o ensino fundamental de nove anos, o ensino médio e o ensino profissionalizante de nível médio.

Os conselheiros se reúnem sempre na primeira semana de cada mês. No próximo encontro, em outubro, segundo Cordão, deve haver a posse dos novos conselheiros – cinco dos 12 estão com o mandato vencido, mas dois deles ainda podem participar de uma nova gestão. Por isso, a discussão deverá ser retomada com os novos integrantes e a expectativa é que o tema seja abordado nos encontros de novembro e dezembro.
Para Cordão, é importante que as competências socioemocionais sejam desenvolvidas de maneira interdisciplinar e contextualizada na educação. “Sempre que se fala em desenvolvimento de competência, supõe sempre a capacidade de decidir, corrigir, fazer, resolver desafios, conviver com o inusitado. É nessa perspectiva que se trabalha o desenvolvimento das competências.” O conselheiro condena o desenvolvimento dessas habilidades dentro, por exemplo, de uma disciplina isolada na grade curricular de uma escola. Para ele, esta é uma ação cultural que deve ser pensada de maneira global.
Segundo Anita Abed, psicóloga e consultora que preparou um estudo encomendado pela Unesco sobre o tema em 2013, um dos requisitos para que diretrizes voltadas às competências emocionais sejam aplicadas nas escolas é a formação de professores. "Formação inicial, formação continuada e formação em serviço", explicou ela, afirmando que o embasamento por trás dos conceitos é teórico, mas o treinamento dos professores deve ser prático e contemplar os projetos pedagógicos da própria escola onde trabalham os docentes.
Bem estar dos alunos no Canadá
Fora do país, o desenvolvimento de competências socioemocionais na educação já é realidade, como no distrito de Ottawa-Carleton, no Canadá, que integrou as competências socioemocionais ao seu currículo oficial. Jennifer Adams, educadora que dirige o distrito, que tem cerca de 70 mil alunos disse que, desde 2009, faz parte do projeto pedagógico das escolas "expandir o papel da educação pública para promover também o bem estar dos alunos". 

Jennifer afirma que todos os anos os diretores das escolas precisam elaborar planos de como vão garantir esse bem estar nos aspectos físico, psicoemocionais e cognitivos. No ano letivo que começou na semana passada, o desafio dos professores e gestores tem como tema o sentimento de "pertencer". "Toda e qualquer criança que entra pela porta da escola deve sentir que pertence àquele local", explicou ela.
Bolsa para formar especialistas
No Brasil, a proposta de reunir habilidades cognitivas e não cognitivas no currículo está sendo aplicada no Colégio Estadual Chico Anysio, no Rio de Janeiro, e em mais 53 escolas de tempo integral, em uma parceria com o Instituto Ayrton Senna.
O governo federal quer formar especialistas no tema e está oferecendo bolsas a professores e pesquisadores interessados em se aprofundar na área. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação, está com o edital 44/2014 aberto com bolsas para dois cursos de doutorado, seis de mestrado, 18 para graduação e 18 para professores da educação básica. A duração é de 24 a 48 meses. No total, a Capes vai investir R$ 566 mil em bolsas de estudo.
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/09/cne-estuda-implantar-competencias-socioemocionais-no-curriculo-escolar.html

Ferramentas interativas auxiliam na alfabetização

No dia internacional da alfabetização, Porvir reúne 8 dicas de recursos digitais que podem ser bons aliados durante esse período



No dia 8 de setembro, é celebrado o dia internacional da alfabetização, instituído pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 1967, com o objetivo de despertar a consciência internacional em relação ao tema. Atualmente, o aprendizado e o desenvolvimento da habilidade de leitura e escrita tem como novo aliado algumas ferramentas digitais.
A revista norte-americana Edweek, especializada em educação, identificou quatro tendências na alfabetização atual: interação, ambientes personalizados, criação de histórias e envolvimento dos pais (leia matéria no Porvir). Se antes os instrumentos utilizados se resumiam a lápis e cartilhas, hoje existem inúmeros recursos como jogos, aplicativos, livros multimídia e ambientes digitais de aprendizagem.
crédito: PhotoSG / Fotolia.com

Para a educadora Renata Aquino, doutora e pesquisadora de tecnologias na educação na PUC-SP, existe uma necessidade de integrar o uso de recursos tecnológicos na escola, inclusive no processo de alfabetização. “A tecnologia já está presente na forma como o aluno lê o mundo hoje”, aponta, ao mencionar que eles fazem parte da chamada geração de nativos digitais.
Segundo ela, os tablets e dispositivos móveis são ótimas ferramentas por conterem elementos visuais que incentivam a leitura e a escrita. Além disso, os games e as redes sociais educativas também ajudam a engajar e despertar o interesse do aluno. No entanto, ao utilizar a tecnologia como aliada durante o processo de alfabetização, a pesquisadora faz uma ressalva. “O professor precisa investir muito em planejamento. Para qualquer instrumento, ele deve pensar no contexto em que irá utilizar.”
Os pais também são outros agentes que podem participar de processo de alfabetização com o uso das tecnologias digitais. “Eles devem estar atentos na interação dos filhos com esses recursos”, afirma Renata. Com essas ferramentas, as possibilidades são infinitas. Desde baixar aplicativos educativos no tablet, até a incentivar que o filho crie uma história contando sobre a última viagem da família.
Porvir reuniu algumas dicas de plataformas ou recursos digitais que podem ser aplicados durante a alfabetização. Confira a lista:
1. Pé de Vento (ambiente digital de aprendizagem)
Com jogos, músicas, contação de histórias e conteúdos, a plataforma Pé de Vento insere o aluno em um ambiente de aprendizagem que o conduz por uma aventura gamificada. Voltada para alunos do primeiro ano, a ferramenta reúne diferentes atividades planejadas para durar 32 semanas.  Conforme o aluno realiza tarefas, ele é apresentado a personagens e histórias. A plataforma é gratuita e está disponível na Educopédia.
2. Ludo Primeiros Passos  (jogo on-line)
Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia, do CNPq, e o Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos, da Fapesp, o jogo on-line Ludo Primeiros Passos apresenta recursos interativos que auxiliam as crianças em diferentes níveis de alfabetização. O game busca associar sons a imagens e conforme o jogador acerta, aumenta o grau de dificuldade, completando sílabas ou palavras.
3. Tartaruga Turbinada (livro digital)
O livro digital Tartaruga Turbinada permite que a criança leia e interaja com a história, mesmo sem estar completamente alfabetizada. Passando o dedo ou o mouse por cima das palavras, é possível ouvir o que está escrito em cada página. O livro possui acesso gratuito e está disponível on-line.
4. Livros Digitais (livro digital)
Com a ferramenta Livros Digitais, desenvolvida pelo Instituto Paramitas, os alunos podem ser alfabetizados criando e contando as suas próprias histórias. No site existe a opção de escolher entre quatro layouts pré-estabelecidos, adicionando imagens e textos. Após finalizar, o aluno pode imprimir sua publicação ou compartilhar o conteúdo nas redes sociais.
5. Forma Palavras (jogo on-line)
Para estimular a leitura e a escrita, o jogo Forma Palavras simula o cenário de uma fábrica e pede para que os jogadores organizem letras, dispostas em uma engrenagem, até formarem a palavra indicada pela imagem. Conforme o aluno acerta, ele acumula pontos e muda de fase.
6. Logos ABC (aplicativo)
Seguindo o formato de um Quizz, o aplicativo Logos ABC pronuncia palavras e faz com que as crianças conectem imagem e som. O jogo pode ser utilizando para a alfabetização e aprendizado de inglês e português. O aplicativo é gratuito e está disponível para IOS.
7. Aulas Animadas (aplicativos e planos de aula)
Desenvolvida pelo Instituto Paramitas, a plataforma Aulas Animadas reúne jogos e aplicativos de alfabetização para smatphones ou tablets. Para cada um dos games, o site disponibiliza um material para download que apresenta dicas e planos de aula para os professores trabalharem com cada um dos recursos apresentados.
8. Edmodo (redes sociais)
As redes sociais educativas também podem ser boas aliadas para fortalecer o processo de alfabetização. No Edmodo, por exemplo, os professores podem criar um grupo com os estudantes, compartilhando dicas, ferramentas e estimulando a interação entre os colegas.
http://porvir.org/porfazer/ferramentas-interativas-auxiliam-na-alfabetizacao/20140908

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...