quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

MEC divulga base comum para reformar a formação de professores

Por Ana Carolina Moreno e Flavia Foreque, G1 e TV Globo














O governo federal divulgou, na tarde desta quinta-feira (13), uma proposta de reformulação dos cursos de licenciatura que inclui a exigência de uma prova nacional para que professores possam dar aulas nas escolas básicas e a reformulação do curso de pedagogia. Batizado de Base Nacional Comum de Formação de Professores da Educação Básica (BNC Formação de Professores), o documento ainda não é final: a versão elaborada pelo Ministério da Educação será entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE), que será responsável pela discussão do texto e elaboração e aprovação da versão final.
Entre as principais mudanças propostas estão:
  • a criação de um instituto nacional de formação de professores para centralizar ações de acreditação de cursos, formulação de políticas avaliação e monitoramento
  • a substituição das horas de estágio por uma residência pedagógica desde o primeiro semestre do curso
  • a aplicação anual do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) para as licenciaturas, que seja obrigatório para que o estudante possa dar aulas
  • a criação de um estágio probatório para professores novatos, sob a mentoria paga de professores mais experientes
  • a redefinição da formação continuada no âmbito das secretarias estaduais e municipais, criando quatro níveis de proficiência
  • a instituição de avaliações ao longo da carreira docente
  • a atualização das diretrizes curriculares dos cursos de licenciatura e de pedagogia pelo CNE; no caso da pedagogia, a proposta do MEC é dividir os quatro anos de graduação em três etapas distintas de formação
Leia matéria completa https://g1.globo.com/educacao/

FNDE lança o primeiro Plano de Compras Nacional com previsão de licitações para 2019

  • Escrito por  Assessoria de Comunicação Social do FNDE
Gestores estaduais e municipais podem conferir os produtos e serviços que serão licitados até o fim do primeiro semestre de 2019
Construção de escolas indígenas, conjunto de robótica educacional, laboratório móvel de ciências, mobiliário infantil, ônibus escolar rural. Esses são alguns exemplos de serviços e produtos que constam do 1º Plano de Compras Nacional (PCN) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Concebido com o intuito de aprimorar a assistência técnica prestada aos entes federativos na área de compras para a educação, o PCN é um novo instrumento de planejamento e avaliação das compras governamentais que beneficiam estados e municípios de todo o Brasil.
Já em andamento, o Plano aponta todas as licitações previstas durante um ciclo de doze meses (até o fim do primeiro semestre de 2019), elenca as prioridades definidas pelo FNDE, apresenta o cronograma de cada uma e ainda traz uma avaliação dos pregões realizados no ciclo anterior. O objetivo final é melhorar a execução de diversos programas e projetos educacionais do FNDE e do Minstério da Educação (MEC), como o Caminho da Escola, o Proinfância, o Programa de Educação Conectada, entre outros.
“Essa nova ferramenta de planejamento vai possibilitar uma melhor gestão das ações na área de compras governamentais”, afirma o diretor de Administração do FNDE, Manuel Dernival. “Mas essa previsão de licitações não vai nos engessar. Caso haja qualquer mudança no cenário das políticas educacionais, o FNDE poderá alterar as prioridades ao logo do ano”, explica.
Segundo o coordenador de Compras do FNDE, João César da Fonseca Neto, os ganhos devem ser imediatos, como a redução do interstício entre as atas de registro de preços; mais eficiência e racionalidade para o planejamento das compras; ganhos na avaliação dos processos realizados e maior transparência nos processos de compras nacionais.
“O sucesso na implementação desse primeiro PCN dependerá não só do compromisso de todas as áreas envolvidas do FNDE e do MEC, mas também dos fornecedores e dos nossos parceiros nos estados e municípios, pois, em um modelo de compra compartilhada como o do Registro de Preços Nacional (RPN), o aprimoramento contínuo dos processo requer a participação de todas as partes envolvidas”, avalia o coordenador.
Modelo – O RPN pode ser definido como um modelo gerencial de compras governamentais que visa garantir a oferta de produtos de qualidade à comunidade escolar a partir de um processo compartilhado de compras públicas.
A União, por meio do FNDE, concentra seus esforços nos aspectos técnicos da licitação, notadamente na especificação dos produtos, realização do pregão eletrônico, controle de qualidade dos itens licitados e gestão da ata de registro preços disponibilizada aos entes federados. Estes, por sua vez, se responsabilizam pelo planejamento da demanda pelo produto em sua respectiva rede de ensino, por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR), pela gestão e fiscalização dos contratos administrativos e pela prestação de contas dos recursos transferidos pelo FNDE, quando for o caso.
Elaborado por diversas áreas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, com a participação da Secretaria de Educação Básica e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização Diversidade e Inclusão do MEC, o PCN já está disponível no portal eletrônico do FNDE. O Plano foi aprovado pelo Comitê Deliberativo de Compra Nacional em setembro passado e já têm diversos processos em andamento. Com acesso à previsão da publicação das atas de registro de preços, gestores estaduais e municipais podem se planejar melhor para adquirir os produtos prioritários para suas redes de ensino.
http://www.fnde.gov.br/

Dois brasileiros ficam no top 50 de professores do mundo e disputam ‘Global Teacher Prize’

Por Fabrício Vitorino, G1

Débora Garofalo é professora de tecnologias da EMEF Ary Parreiras, em São Paulo, e Jayse Ferreira é professor de Educação Artística na Escola de Referência em Itambé, Pernambuco. — Foto: Divulgação
Dois brasileiros estão na lista final dos 50 melhores educadores do mundo, e seguem com chances de ganhar Global Teacher Prize, considerado o “prêmio Nobel da Educação”. Débora Garofalo é professora de tecnologias da EMEF Ary Parreiras, em São Paulo, e Jayse Ferreira é professor de Educação Artística na Escola de Referência em Itambé, Pernambuco. Eles agora aguardam a próxima etapa da disputa pelo prêmio de US$ 1 milhão, que será entregue em março de 2019, em Dubai, capital dos Emirados Árabes.
Débora e Jayse foram selecionados entre mais de 10 mil candidatos de 179 países de todo o mundo. A lista dos 50 finalistas tem representantes de 39 países. Para a escolha, o comitê de premiação leva em consideração o emprego de práticas educacionais escalonáveis, inovadoras, que tenham resultados visíveis, causem impacto na comunidade, melhorem a profissão docente e ajudem os alunos a tornarem-se cidadãos. Na próxima etapa, em fevereiro de 2019, a Academia do Prêmio Global de Professores vai anunciar os 10 finalistas.
Débora Garofalo ensina matérias de tecnologia em uma área carente de São Paulo, cercada por quatro favelas famosas pela violência. Apesar de ser formada em Letras, Garofalo criou o projeto “Robótica com sucata promovendo a sustentabilidade”, que já removeu mais de 700 kg de lixo das ruas.
“Eu queria desmistificar que usar a tecnologia é somente usar o computador. A tecnologia vai além disso. Ela pode ser uma ferramenta de aprendizagem. Muitos falavam que nosso trabalho era artesanato. Precisávamos programar, prototipar”, explica, em entrevista exclusiva ao G1. De fato, dentro os projetos de seus alunos estão robôs, carros, barcos, aviões e até máquinas de refrigerante.
Além da constante falta de condições, a professora teve que enfrentar outro problema: o machismo. “Mulher não é aceita nesse mundo de tecnologia, mexer com ferramentas, com robótica... Mas houve um esforço muito grande dos alunos em integrar as mulheres. No início, elas apenas olhavam, e hoje os melhores trabalhos que eu tenho são de mulheres”, orgulha-se.
Jayse Ferreira é professor de Educação Artística em uma escola pública com poucos recursos, numa cidade pequena na divisa entre Pernambuco e a Paraíba. Eleito “Melhor Professor do Brasil em 2014”, Ferreira conta que encontrou uma escola com altíssimo índice de faltas e muitos problemas de preconceito racial e religioso na escola, que prejudicavam seriamente o desempenho escolar, além do fato de que os pais nunca atendiam às convocações.
Com projetos que envolviam filmes, ensaios fotográficos, internet e muitas atividades envolvendo a comunidade, Jayse conta que conseguiu resgatar a auto-estima dos alunos: “Mostramos a beleza de outros países, e quando perceberam que era bonito ser diferente, passaram a frequentar mais a escola, ter orgulho de seus corpos, usar guias de umbanda... Fizemos até mesmo uma exposição onde os alunos eram as obras de arte. Chamar o aluno pra fazer parte promove uma diferença gigantesca: permanência na escola, aumento do número de matrículas, envolvimento dos pais, tudo melhora”, conta.
Mas para iniciar seus projetos, o professor conta que é preciso ser “um pouco rebelde” para botar tudo em prática. “Uma a professora sempre me disse para dar uma aula que você gostaria de assistir. A gente tinha uma evasão gigantesca, os pais mal apareciam. Mas também, as reuniões só trazem más notícias. Porém, quando trouxe os os pais para participar, a família se tornou parceira da escola. E a escola tem que mostrar para a comunidade que funciona. A gente tem que mostrar que é pública, mas é da melhor qualidade. Eu não queria essa imagem de professor-‘sofressor’. A educação transformou minha vida e vai transformar a deles também”, diz.
Atualmente em sua 5ª edição, o Global Teacher Prize já teve 2 brasileiros entre seus 10 finalistas: o capixaba Wemerson da Silva Nogueira, em 2017, quando o prêmio ficou com a canadense Maggie McDonnell, e o paulista Diego Mahfouz, em 2018, que viu a professora de artes britânica Andria Zafirakou levar o prêmio.

https://g1.globo.com/educacao/

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...