quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Governador debate desafios da Educação em Fórum

Evento, que segue até quinta-feira (08.10), reúne 411 participantes e traz os resultados da auditoria especial realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) no Ensino Fundamental


22031906821_8b32cdd850_k.jpgA educação é um compromisso de todos. A responsabilidade é do estado e também dos municípios. Quando a criança vai para a escola, ela não quer saber se é municipal ou estadual, se o ensino é ciclado ou seriado. Quer uma educação que possa transformá-la para que ela transforme a realidade em que vive. A afirmação foi feita pelo governador Pedro Taques durante a abertura do III Fórum Municípios & Soluções "Diagnósticos e Desafios do Ensino Público em Mato Grosso", na quarta-feira (07.10), em Cuiabá. 

O evento, que segue até quinta-feira (08.10), reúne 411 participantes e traz os resultados da auditoria especial realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) no Ensino Fundamental. O trabalho contém informações coletadas entre 2012 a 2014 e apresenta um diagnóstico da situação. 

Taques destacou que sozinho o Governo do Estado não conseguirá mudar a situação em que a educação de Mato Grosso se encontra. Para ele, é necessário que Estado e municípios firmem um compromisso para elevar os índices educacionais. "É uma vergonha que os indicadores tenham revelado que o Mato Grosso tem o pior ensino médio do Centro Oeste até 2014". 

Com relação às escolas estaduais, Taques afirmou que muitas das 753 unidades precisam de algum tipo de reforma estrutural e que também é necessário construir novos ou melhorar os 66 laboratórios de ciências que estão em péssimas condições. "Estamos trabalhando pra transformar essa realidade e, em nove meses de gestão, já visitei 56 escolas acompanhado de professores e diretores a fim de compreender de perto a realidade", disse, destacando a importância da ambiência educacional para a transformação. 

"Temos 409 mil alunos que precisam de tratamento diferenciado. Mas também temos que focar nos professores. Precisamos de professores bem tratados, respeitados e com dignidade, a questão não é somente salário", completou o chefe do Executivo estadual. 

Em seu discurso, o presidente do TCE-MT, Waldir Julio Teis, ratificou que a educação não é assunto somente do governo ou dos pedagogos. "Ela é uma responsabilidade compartilhada com as famílias e com a sociedade. E a solução para muitos dos problemas enfrentados na atualidade passa por ela". Teis ressaltou ainda que o objetivo do evento é buscar o caminho da melhoria junto do governo, que tem dado especial atenção ao tema. 

O secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto Filho, frisou que já foram definidas e iniciadas ações como: a formação continuada de professores, a escola de gestores e estudos de como serão realizadas avaliações internas antes das avaliações externas que fundamentam os indicadores nacionais. "Um dos maiores desafios está no Ensino Fundamental, refletindo também no Ensino Médio, e vamos mudar esta realidade a partir de uma série de ações baseadas em tecnologias sociais e de informação, como a capacitação de professores e gestores e a instalação de laboratórios de informática nas escolas". 

Ainda de acordo com o secretário, o Ensino Médio precisa ser atrativo para atender ao anseio do aluno (que está entre os 15 e 17 anos). Um aluno altamente "tecnologizado", questionador, compartilhador e que quer ser agente protagonista do processo de aprendizado. "Temos que pensar sempre na realidade atual e nas demandas que os jovens têm, é preciso que o ensino seja atraente e interessante. Deste modo, vamos reverter o número de abandono e de baixa proficiência", concluiu Permínio. 

O painel de abertura contou com a apresentação da avaliação dos indicadores de políticas públicas de educação, feita pelo Conselheiro Corregedor-geral do Tribunal, Valter Albano; e a discussão dos temas "Desafios da gestão frente aos conflitos escolares contemporâneos" e "Direitos da criança e do adolescente", com o professor doutor em Educação pela Universidade do Rio de Janeiro, Álvaro Chrispino, e com o juiz auxiliar da Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Luiz Otávio Sabóia, respectivamente. A mediação ficou a cargo do promotor de Justiça do Estado, Henrique Schneider Neto. 

Auditoria especial 

Os auditores do TCE-MT vistoriaram 50 escolas das redes estadual e municipal, abrangendo 21 municípios que representam aproximadamente 40% da população de Mato Grosso. O diagnóstico do Ensino Fundamental verificou aspectos como a infraestrutura, o financiamento do ensino e a gestão. 

A metodologia para coleta de informações consiste nas observações das unidades quanto ao funcionamento e atendimento, exame da infraestrutura física e entrevistas estruturadas com o secretário Estadual, membros das equipes de monitoramento e avaliação das secretarias estadual e municipais. 

A auditoria contou com a Secretaria de Controle Externo de Auditorias Especiais e parceiros, entre eles: municípios, Governo de Estado e entidades. O documento será levado ao Pleno do TCE-MT, sob a relatoria do conselheiro Antonio Joaquim que tem acompanhado os trabalhos. 

VIVIANE SAGGIN
Assessoria/Seduc-MT

http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Governador-debate-desafios-da-Educa%C3%A7%C3%A3o-em-F%C3%B3rum.aspx

FEIRA CIENTÍFICA Projetos de alunos estimulam economia e evitam desperdício

ELIANA BESS
Assessoria/Seduc-MT
 nMayke Toscano / GCOMo / GCOM
http://www.secom.mt.gov.br//storage/1/webdisco/2015/10/07/374x280/2da0e7cad7b6f12e58653f5ea42920be.jpg
A 2ª edição da Feira de Ciências da Educação Básica de Mato Grosso (Feceb MT), promovida pela Secretaria de Estado de Educação, apresenta projetos que alavancam a economia e evitam o desperdício. Há ainda aqueles que priorizam a preservação do meio ambiente. Interessados em conhecer um pouco mais das 43 ideias que estão expostas no Cenarium Rural, em Cuiabá, devem se apressar, pois o evento termina na quinta-feira (08.10).

No encerramento serão conhecidos os 20 melhores que receberão a premiação, uma bolsa de Iniciação Científica Júnior do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para o desenvolvimento do projeto, além de certificação de participação no evento.

Pelo menos dois dos premiados na feira do ano passado retornaram ao evento este ano para apresentar o produto final. Um deles o Protótipo Econômico para Alunos Portadores de Necessidades Especiais (PEAPNE) e outro, o Levantamento da Avifauna da Mata Ciliar no Córrego Buriti, de Tangará da Serra.

Economia e sustentabilidade

É com essa visão de poder concluir e colocar em execução as ideias que os alunos montam suas invenções. Da Escola Estadual Mário Corrêa da Costa, do município de Paranaíta, no Norte do estado, por exemplo, os estudantes Micaela Ivo Romero e Matheus Pascoal Heinzen vislumbram a sustentabilidade com ar condicionado, ou seja, o aproveitamento da água tanto para limpeza quanto para regar as plantas, uma vez que é imprópria para o consumo.

“Esta é a segunda fase do projeto, que é de pesquisa. Agora vamos entrar na 3ª fase, que é a que depende de apoio e mão de obra de um engenheiro civil para a implantação. Sabe como é, tudo precisa passar pelo engenheiro que desenhará o projeto”, explicou a aluna.

Matheus, que divide as explicações com Micaela, tratou de defender a iniciativa. Disse que a execução contribuirá com a pintura e paredes da escola. “A captação da água vai evitar que a pintura seja danificada, manche e crie rachaduras que causam infiltração nas paredes. Além das calçadas que também são prejudicadas com as rachaduras”, explicou.

De acordo com os cálculos da dupla, 324 litros de água são desperdiçados diariamente com o uso dos ares condicionados da escola, que eles estudam. Isso resulta num desperdício de 1.620 litros por semana.
Mayke Toscano / GCOM
http://www.secom.mt.gov.br//storage/1/webdisco/2015/10/07/374x280/a7a68119bbb00c1cdbe7e52bda751a7f.jpg
Devido à escassez de água na Escola Estadual Geny Silvério, de Alta Floresta, alunos pesquisadores inventaram um meio de minimizar a falta do líquido utilizando as calhas. A ideia é captar a água em uma caixa grande de cimento para o consumo, usando a gravidade para abastecimento. Também precisa de parceria para execução. Enquanto isso, “o projeto ganha repercussão em casa, tem alguns pais interessados em implementa-lo em suas residências”.

Outro destaque é um projeto sobre os impactos causados pelo cemitério municipal de Juína (MT). A degradação atinge os lençóis freáticos por meio da chorume, líquido liberado na decomposição dos corpos.

“Um corpo de 70 kg, por exemplo, tem 30 litros de necrochorume que penetra no solo e atinge os lençóis d’água. Os moradores que tem poço em casa ou consomem água do Departamento de Água e Esgoto afirmaram (por meio de questionário) que sentiram gosto de metal ou se depararam com a presença de gordura na água”, revelou uma das estudantes.

Como solução para o problema, Yasmim Gonçalves da Rocha e Larissa Eshiley de Oliveira, alunas do 8º e 9º, apresentam o processo de desidratação do corpo antes do sepultamento.

“Muitos acham que a cremação resolve. Não, porque de certa forma, ela contamina o ar. O melhor é a desidratação”, explicou Yasmim, com base na pesquisa apurada.

Inovação 

O fato é que cada vez as escolas estão mostrando mais interesse, ou melhor, os alunos e professores. A conclusão é do coordenador da Feira, pela Seduc, professor Kilwangy kya Kapitango-a-Samba.

“Os projetos estão cada vez mais instigantes. São alunos que mostram interesse e aptidão científico e tecnológico nas suas escolas e avançam na elaboração do projeto”, explicou Kapitango.

Segundo ele, ainda não foi possível alavancar o evento como ele deseja, pensando na área da educação, devido os recursos que são escassos. “Mas me motivo porque acredito no potencial pedagógico inovador da Feira de Ciências no processo de ensino e aprendizagem”, frisou.

A Feira acontece juntamente com a 7ª Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec-MT) e a 12ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI).

Experimentos científicos como Planetário Digital, lançamento de foguetes Asterpet, robôs e telescópios, além de palestras integram a programação.
Confira:

Quarta-feira (07.10)
08h - "A importância da pesquisa na formação do estudante" - Prof. Dr. Renilson Rosa Ribeiro.
09h30 - “Ciência em Show” - Cientistas que apresentam experiências nos Programas da TV (SBT/Record).
14h - “A luz através dos tempos” – Prof. Msc. Decio Schäffer (UNEMAT).
15h - “Ciência em Show” - Cientistas que apresentam experiências nos Programas da TV (SBT/Record).
20h - “Ciência em Show” - Cientistas que apresentam experiências nos Programas da TV (SBT/Record)

Quinta-feira (08.10)
08h - “Robótica Educacional” - Prof. Dr. Ronan Marcelo Martins (IFMT).
09h30 - “Ciência em Show” - Cientistas que apresentam experiências nos Programas da
TV (SBT/Record).
14h - "A inovação e empreendedorismo na formação estudantil" – Me. Sofia Ruiz
(UFMT).
15h - “Ciência em Show” - Cientistas que apresentam experiências nos Programas da TV
(SBT/Record).
19h - Entrega da Premiação aos finalistas da VII Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e da 2ª Feira Estadual de Ciências da Educação Básica

Índice de Oportunidades da Educação Nacional - IOEB


Assinado pelos mesmos autores do Ideb - Reynaldo Fernandes, ex-presidente do INEP, e Fabiana de Felicio, ex-Diretora de Estudos Educacionais do INEP -, o IOEB (Clique para acessar o site) aperfeiçoa o sistema de controle social da educação.
O índice identifica quanto cada cidade ou estado contribui para o sucesso educacional dos indivíduos que lá vivem. O IOEB oferece os dados sobre a qualidade do ecossistema da educação para crianças e jovens de uma determinada localidade.
A pergunta a que o IOEB se propõe a responder é: qual município e estado oferecem as melhores oportunidades de educação para crianças e adolescentes?
O IOEB inclui as crianças e adolescentes em idade escolar que deveriam estar na escola e não estão - responsabilizando, de forma inédita, municípios e estados por todas as crianças e adolescentes que vivem naquela localidade e não estão na escola.
A menor unidade de análise do IOEB é o município (o índice por UF é uma agregação do IOEB municipal). Isso quer dizer que ele calcula, de forma conjunta, como está o comportamento de todas as redes de educação do município (estadual, municipal e privada).
Por isso, o IOEB é também uma ferramenta para incentivar e cobrar que os gestores da educação trabalhem em conjunto pela melhoria da qualidade da educação dos municípios e estados, uma vez que a atuação em regime colaborativo é pouco utilizada pelos gestores da educação no Brasil.

http://www.ioeb.org.br/destaque/ioeb-indice-que-mostra-as-oportunidades-da-educacao-dos-municipios-e-estados

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...