segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

“Vivi o Estado Novo e passei pela ditadura, mas nunca vi um período tão assustador como este na Educação”

Uma das maiores autoridades em Alfabetização, Magda Soares considera as ideias do novo governo um retrocesso sobre o tema

POR:
Laís Semis
Magda Becker Soares tem 86 anos e não costuma perder o sono à toa. Recuperando-se de uma cirurgia delicada, uma das maiores autoridades brasileiras em Alfabetização diz que nem mesmo o fato de encarar a mesa de cirurgia a deixou preocupada. “Mas quando saiu o anúncio sobre essa Secretaria de Alfabetização com o Carlos Nadalim, eu passei noites e noites em claro. Não conseguia dormir. Não sei o que vai ser”, diz a professora emérita da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e uma das criadoras da Faculdade de Educação nessa instituição.

Pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), ela tem uma longa trajetória entre escolas e universidades. Magda introduziu no Brasil o conceito de letramento e, entre livros acadêmicos e didáticos, publicou mais de 40 títulos. Seu último livro, “Alfabetização: a questão dos métodos”, levou o Prêmio Jabuti de melhor livro de Educação e Pedagogia e também de não-ficção do ano de 2017. Ainda hoje, Magda mantém contato com escolas e professores trabalhando voluntariamente com o desenvolvimento profissional de alfabetizadores na rede municipal de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde há 11 anos lidera o Núcleo de Alfabetização e Letramento. Parte desse trabalho no município foi registrado em uma série de vídeos produzida pela Atta Mídia e Educação com financiamento da Fundação Lemann, mantenedora de NOVA ESCOLA, e que pode ser conferida aqui.

Clique AQUI para ler a entrevista 

Secretário da Educação em SP diz que a ideologia que interessa é a da aprendizagem

O novo secretário da Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, afirmou que as discussões em torno de projetos como o Escola sem Partido só atrapalham. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele explicou que a prioridade da pasta precisa ser o aprendizado dos alunos. "A única ideologia que deve nos interessar é a ideologia da aprendizagem, essa tem de ser a nossa obsessão", disse o ex-ministro da Educação no governo de Michel Temer. A posição é contrária ao que disse o governador João Doria (PSDB) ao anunciá-lo para o cargo. O tucano afirmou ser favorável à bandeira do presidente Jair Bolsonaro, que quer combater uma suposta doutrinação de professores nas escolas. 

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Governo Bolsonaro: Contra 'ideologia' na alfabetização, novo secretário quer guinada metodológica no ensino

Para Carlos Nadalim, diretrizes do Ministério da Educação têm 'preocupação exagerada com a construção de uma sociedade igualitária' e 'ignoram evidências científicas sobre como alfabetizar crianças'
"O trabalho do Carlos Nadalim é a única alternativa aos 80% de analfabetos funcionais das universidades brasileiras", exalta postagem de 2017 em uma das páginas oficiais de Olavo de Carvalho no Facebook.
Essas elevadas expectativas poderão agora ser testadas na prática. Carlos Nadalim, coordenador pedagógico de uma pequena escola em Londrina (PR) e autor do blog "Como Educar seus Filhos", estará à frente da nova Secretaria de Alfabetização, criada pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez, outro nome elogiado por Olavo.
Para o novo secretário de alfabetização, uma das causas principais do alto analfabetismo funcional (quando a pessoa reconhece as letras, mas não consegue interpretar textos simples) no Brasil é a prevalência nas diretrizes do Ministério da Educação de métodos de ensino "construtivistas" - abordagem em que a criança é vista como construtora do conhecimento e o aprendizado do alfabeto ocorre de forma integrada com o uso social da leitura e escrita.
Nadalim defende como alternativa o "método fônico", que apresenta as crianças às letras e aos sons da fala antes de iniciá-las em atividades com textos.
Esse tipo de disputa em torno da melhor forma de ensinar o alfabeto não é exclusiva do Brasil. Em países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, o conflito ficou conhecido como "reading wars" (guerras da alfabetização) e acabou influenciando debates em outros locais.

Educação Infantil em MT não terá ponto facultativo: é serviço essencial, diz Lei


LEI Nº 10.786, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2018 - DO 28.12.18. 

Autor: Deputado Guilherme Maluf 


    Determina que os centros de educação infantil e escolas de educação infantil sejam considerados serviços essenciais no âmbito do Estado de Mato Grosso.


 A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em vista o que dispõe o art. 42 da Constituição Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a seguinte Lei: 

Art. 1º Os centros de educação infantil e escolas de educação infantil são considerados serviços essenciais no âmbito do Estado de Mato Grosso. 

Parágrafo único O funcionamento de centros de educação infantil e escolas de educação infantil em dias quando o ponto facultativo é declarado pelo Poder Público está incluído nas implicações da determinação do caput. 

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 

Assembleia Legislativa do Estado, em Cuiabá, 22 de novembro de 2018. 

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 28 de dezembro de 2018. 


as) JOSÉ PEDRO GONÇALVES TAQUES Governador do Estado 


Veja a Lei

Veja a Propositura

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...