sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Após viagem à NASA, estudante de Mato Grosso conta sobre a experiência

100516_Seduc_NASA-7 (Small).jpgAcostumada desde muito cedo a admirar o céu por horas a fio, deitada, muitas vezes da calçada de sua casa, a jovem Maria Gisllany Bezerra da Silva, de 18 anos, acredita estar mais perto de, enfim, se aproximar dele, a exemplo das estrelas. “Consegui o meu passaporte para o espaço”, diz convicta, com a sinceridade expressa nos olhos que brilham, ao abordar o sonho maior de sua vida: se tornar astronauta.
Recém-chegada ao Brasil após visita à NASA (sigla em inglês de National Aeronautics and Space Administration), possibilitada após ter sido premiada em um concurso de redação promovido pela agência espacial norte-americana e apoiada pela Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Seduc-MT), Maria obteve maior clareza sobre o que precisa fazer para concretizar sua grande ambição.
“Sinto que os meus horizontes se expandiram. Continuarei a aprofundar as minhas pesquisas e estudos em astronomia, pretendo me inscrever em projetos futuros da própria NASA para capacitação de astronautas e, se tudo der certo, serei uma”, enfatiza. Ela é natural do município de Serra Talhada (PE), mas se mudou com a família para Mato Grosso logo no primeiro ano de vida.


Estudante do ensino médio da Escola Estadual 13 de Maio, de Tangará da Serra, Maria, nos 10 dias em que esteve nos Estados Unidos, conversou muito com diretores da agência espacial e, sobretudo, com gente que foi ao espaço e voltou. “Contaram histórias, me incentivaram e passaram várias dicas sobre projetos da NASA para eu me inscrever e ampliar os meus conhecimentos e chances em me tornar astronauta. E é nisso em que agora irei me dedicar”, explica.
Durante a estadia nas cidades de Houston e Washington D. C., Maria também teve a oportunidade de conhecer de perto os laboratórios da agência, ônibus espaciais, espaçonaves, equipamentos de pesquisa que devem ser utilizados daqui a 10 anos (na próxima viagem do homem à Lua) e foguetes – como o Saturno V, de 100 metros de comprimento, responsável por levar os primeiros seres humanos (os norte-americanos Neil Armstrong e Buzz Aldrin) ao satélite natural da Terra, em 1968.
Loucura
Além dos desafios para conseguir chamar a atenção da NASA no concurso de redação e realizar o sonho de conhecer a agência espacial, Maria teve que lidar com a desconfiança de alguns dos próprios professores e familiares, que a consideravam “louca”. Ela ainda foi vítima de violência verbal e, por vezes, física, dos colegas de sala de aula.
“Falaram que eu nunca iria conseguir chegar a lugar nenhum, que os meus sonhos não passavam de besteira. Justamente por isso eu quero agradecer, de coração, ao estado de Mato Grosso, a Seduc e a todos da equipe, que me acolheram em um momento muito difícil”, ressalta.
A estudante tomou conhecimento de que havia sido premiada pela NASA em março deste ano. Na redação, ela discorreu a respeito das vantagens da sonda Cassini em pesquisar o planeta Júpiter e enumerou os benefícios à astronomia, como consequência do referido estudo. Ela argumentou que, a partir da pesquisa, seria possível treinar a sonda para estudar planetas fora do sistema solar – os chamados exoplanetas.
Com a cabeça nas nuvens, mas com os pés no chão, Maria acredita que os sonhos existem por uma razão: para que sejam realizados. “Se você tem um sonho, seja lá qual for, e as pessoas dizem que é impossível, que é loucura, não desanime. Acredite em ti e siga em frente. Pode ser que aconteça, por exemplo, de a gente ser reprovado em uma prova. Isso não interessa, todo mundo reprova. O importante é fazer de novo e crer que na próxima vez você vai passar. É assim que deve ser. E quero, sim, levar a bandeira do Brasil para o espaço. Não irei desistir enquanto não conseguir”, dá o recado.
Sabatina
Bem humorada, Maria ainda lembra o episódio responsável por selar sua ida aos Estados Unidos. Já premiada pela NASA pela redação, faltava assegurar os recursos para a viagem. Por meio do assessor pedagógico de Tangará da Serra, foi então apresentada ao governador Pedro Taques, para falar do projeto.
“Durante quase uma hora ficamos conversando sobre física e astronomia. Ele perguntou a mim o que era o tempo, de qual parte da física quântica eu gosto mais, pediu-me para explicar as leis de Copérnico, para falar a respeito de Heliocentria e para que eu argumentasse sobre a ida do homem à Lua. Foi bem legal”, recorda. Após o bate-papo, a estudante ganhou o “sinal verde” e os bons votos do governador para a viagem.
Para o titular da Seduc, Marco Marrafon, os feitos de Maria servem de exemplo e inspiração para todos aqueles que almejam ir além. "O que a Maria nos traz é a prova do quanto a educação pode ser transformadora na vida de cada um. A Seduc fica muito feliz em participar e apoiar esse projeto e apoiará todos os que se dedicarem e buscarem melhores condições de estudo e vida”, conclui.

http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Ap%C3%B3s-viagem-%C3%A0-NASA,-estudante-de-Mato-Grosso-conta-sobre-a-experi%C3%AAncia.aspx

Censo da Educação Superior mostra alta taxa de evasão e baixa ocupação de vagas


Pela primeira vez, o Censo da Educação Superior traçou um perfil dos estudantes ao longo da graduação, considerando as taxas de permanência, conclusão e desistência. Os dados relativos ao ano de 2015, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quinta-feira, 6, revelam um acréscimo desordenado na taxa de desistência do curso de ingresso, na avaliação da trajetória dos alunos entre 2010 e 2014. Em 2010, 11,4% dos alunos abandonaram o curso para o qual foram admitidos. Em 2014, esse número chegou a 49%.
“Este Censo da Educação Superior reforça a tese de que há uma necessidade muito grande de reforma do ensino médio no Brasil. A mudança, proposta pela Medida Provisória nº 746/2016, terá um impacto direto nos indicadores do ensino superior”, garantiu o ministro da Educação, Mendonça Filho. Segundo ele, a ausência de orientação vocacional durante o ensino médio é um dos agravantes. “O Brasil tem apenas 8% dos alunos do ensino médio em programas vocacionais. A falta de orientação contribui para que haja uma desistência significativa dos jovens que ingressam no nível superior”, disse.
De acordo com o censo, 8.033.574 alunos estão matriculados no ensino superior. O número supera a estatística de 2014 em 2,5%, quando havia 7.839.765 matriculados. São ofertados 33 mil cursos de graduação em 2.364 instituições de ensino superior.
Um dado preocupante mostra uma grande ociosidade no sistema. Dos 8 milhões de vagas disponíveis, somente 42,1% estão preenchidas e 13,5% das vagas remanescentes foram ocupadas. “A falta de interesse em ocupar as vagas amplamente oferecidas, tanto na rede pública quanto na particular, deve-se ao fato de o jovem não identificar, na sua vontade, uma perspectiva desse ou aquele curso. É preciso haver uma conexão entre a educação básica e a de nível médio para ampliar as oportunidades de acesso à educação superior”, defende a presidente do Inep, Maria Inês Fini. “As vagas remanescentes indicam pouca eficiência do sistema. A reforma do ensino médio vai dar a esses jovens a oportunidade de vivenciar algumas trajetórias acadêmicas mais associadas a cursos e carreiras no ensino superior”, conclui.
Assessoria de Comunicação Social
Consulte os dados do Censo da Educação Superior 2015

Declaração para um novo ano

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