quarta-feira, 3 de abril de 2019

Escolas de São Paulo recebem 583 impressoras 3D

Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil  São Paulo
Resultado de imagem para impressora 3dA prefeitura de São Paulo anunciou hoje (1º) a entrega de 583 impressoras 3D para escolas municipais, um investimento de R$ 3,8 milhões. E antecipou que vai liberar R$ 1,9 milhão para os estabelecimentos da rede municipal comprarem itens para aulas de tecnologia. Cada escola receberá R$ 3,5 mil para adquirir pilhas, baterias, motores, interruptores, lâmpadas de LED e resistores.
O anúncio foi feito pelo prefeito Bruno Covas, na Escola Municipal Ensino Fundamental Almirante Ary Parreira, na Vila Babilônia, zona sul paulistana.
Na semana passada, uma das docentes do colégio, a professora de Língua Portuguesa Débora Garofalo, ficou entre os dez finalistas do Global Teacher Prize 2019 com um projeto de ensino de robótica com sucata. A premiação internacional selecionou métodos inovadores e criativos entre 10 mil candidatos de 179 países.
Débora disse que o prêmio fortaleceu a autoestima e motivou os alunos. “Mudou muita coisa. Essas crianças não são mais aquelas crianças que não acreditam em si, que era o meu intuito maior”, enfatiza a professora. “Outra coisa que eles me relatavam era a questão de ser aluno de uma escola da favela. Eles tinham vergonha disso. E hoje eles não têm vergonha”, acrescentou.
A expectativa é que a experiência possa ser replicada dentro da própria rede municipal e também em outras partes do país.
“A proposta é que a gente ganhe escala pelo Brasil, que o ensino de programação e robótica se torne uma política pública de fato nas escolas. Mas que esse trabalho se expanda para dentro da própria rede. Essa verba anunciada hoje é uma oportunidade que isso ocorra”, ressaltou.
Edição: Kleber Sampaio

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Em Parecer CNE se julga incompetente para definir CAQi

Maria Helena Conselheira relatora do CAQi

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil  Brasília
Qual é o investimento necessário para oferecer uma educação pública de qualidade? A pergunta deveria ter sido respondida pelo governo brasileiro há pelo menos três anos, em 2016. Esse foi o prazo estipulado em lei, no Plano Nacional de Educação (PNE), para a definição do chamado Custo Aluno-Qualidade inicial (CAQi).
De acordo com o PNE, o CAQi é o valor calculado com base nos insumos indispensáveis ao processo de ensino e aprendizagem. Após definido, esse valor deveria ser progressivamente reajustado até a implementação plena do Custo Aluno Qualidade (CAQ).  
Nesta semana, CAQ e CAQi foram discutido na reunião extraordinária do Conselho Nacional de Educação (CNE). Nela o CNE se declarou incompetente “para definir o valor financeiro e precificação do Custo Aluno Qualidade Inicial”, dando, segundo entidades e movimentos educacionais, passos atrás para a definição desses instrumentos.
O próprio CNE foi o autor, em 2010, de parecer que definia o CAQi. O documento nunca chegou a ser homologado pelo Ministério da Educação (MEC) e, portanto, nunca chegou a vigorar.

Cálculo

O cálculo do Custo Aluno-Qualidade inicial (CAQi) leva em consideração os custos necessários para a formação e valorização dos professores, despesas com água, luz e telefone, além de aquisição de materiais em geral, como equipamentos para esportes, brincadeira e música, aparelhos e utensílios para cozinha, coleções e materiais bibliográficos, entre outros.
De acordo com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, entidade responsável pelo desenvolvimento do CAQ e que reúne centenas de organizações de educação, para ofertar o mínimo necessário, o Brasil deveria investir até cinco vezes mais do que gasta hoje para garantir uma educação pública de qualidade da creche ao ensino médio.

Parecer

No governo de Dilma Rousseff, após a aprovação do PNE, começou-se a elaboração de um novo documento que substituiria o parecer já aprovado pelo CNE. A intenção, segundo a gestão do MEC na época, era criar um documento que pudesse ser reajustado com facilidade. O documento não chegou a ser aprovado.
Em nota divulgada esta semana, a Campanha posiciona-se pela aprovação e implementação do CAQi e CAQ cujo objetivo é “garantir que todas as crianças, todos os adolescentes, jovens, adultos e idosos que cursam ou deveriam cursar a educação básica tenham escolas dignas e capazes de garantir a realização do processo de ensino-aprendizagem”.
Para o cientista político Daniel Cara, coordenador da Campanha, o CNE “se eximiu de obrigações”, previstas no PNE. O parecer aprovado pelo CNE ao final da reunião de terça-feira (26) estipula que ao Conselho “compete apenas mediar o processo, contribuindo para o debate qualificado da vinculação de referenciais nacionais de qualidade da oferta e o financiamento da educação no país, a partir do diálogo institucional entre o MEC, os sistemas de ensino subnacionais responsáveis pela oferta de educação básica (em especial os Conselhos de Educação) e as representações sociais dos fóruns de educação”.
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Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...