terça-feira, 8 de novembro de 2016

Flexibilização de disciplinas no ensino médio divide debatedores

Em audiência, defensores da MP 746/16 argumentaram que currículo atual engessa o ensino; para os críticos, proposta não assegura qualidade da formação técnica
Parlamentares, dirigentes de instituições privadas de ensino e especialistas divergiram nesta terça-feira (8) sobre a flexibilização do conteúdo ensinado nas salas de aula, um dos pontos da reforma do ensino médio (MP 746/16).
Após a conclusão do núcleo comum obrigatório, em no máximo 1200 horas, a proposta permite que as escolas ofereçam formação específica com ênfase em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.

Na quarta audiência da comissão mista que analisa o tema, os defensores da flexibilização argumentaram que o currículo atual, com 13 disciplinas obrigatórias, engessa o ensino médio e desmotiva o aluno. Já para os críticos, a proposta não traz requisitos suficientes para assegurar a qualidade da formação técnica. 
Redução da evasão
Na visão do superintendente executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, a flexibilidade na agenda curricular aproxima a escola à realidade do aluno e reduz a evasão.
“A grande vantagem é que você certifica no ensino regular com a possibilidade de formar um técnico profissionalizante, o que pode funcionar como um motivador para o aluno”, disse.
No entanto, para ele, a falta de esclarecimento sobre a certificação do ensino técnico é um dos gargalos da reforma. “Há a possibilidade de abertura de cursos de qualidade questionável e quem vai aferir isso?”, questionou.
Segundo ele, isso enseja a discussão sobre o papel do Sistema S (Senai, Sesc, Sesi, Senat etc) e sua responsabilidade frente ao ensino médio regular. 
Conteúdo técnico
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) criticou dispositivo do texto que autoriza profissionais com “notório saber” a dar aulas de conteúdos técnicos.
“Como um professor vai dar aula sobre aquilo em que não é formado, não fez uma especialização? Nós temos que investir em licenciaturas, mesmo em áreas técnicas para juntar o saber técnico com o saber pedagógico”, avaliou.
O reitor da Universidade Estácio de Sá, Ronaldo Mota, por sua vez, argumentou que uma das falhas do sistema atual é privilegiar o conteúdo em vez da metodologia.
Segundo ele, é possível melhorar o desempenho em matérias pouco atrativas, como matemática e física, se essas forem ensinadas dentro da disciplina escolhida pelo aluno. Pelo método inglês, por exemplo, o aluno aprende noções de física e química nas aulas de biologia, se essa for sua opção. 
Relatório 
Presidente do colegiado, o deputado Izalci (PSDB-DF) reafirmou que o relatório à MP deve ser votado até o final deste mês na comissão para que a reforma vigore a partir do ano que vem.
“Queremos aprovar ainda esse ano para que em 2017 estados e municípios possam regulamentar e definir a questão dos livros didáticos e da Base Nacional Comum Curricular", afirmou. 

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem - Emanuelle Brasil
Edição - Rosalva Nunes


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http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/519041-FLEXIBILIZACAO-DE-DISCIPLINAS-NO-ENSINO-MEDIO-DIVIDE-DEBATEDORES.html

Seduc cria canal de comunicação com escolas para solucionar problemas de infraestrutura

Serviço está disponível no portal da Seduc-MT e qualquer cidadão pode acessá-lo.
Camila Cecílio Seduc-MT

Para dar agilidade aos atendimentos emergenciais nas escolas estaduais de Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) criou o SOS Escola, um canal de comunicação pelo qual toda a comunidade escolar poderá informar e denunciar problemas de infraestrutura nas unidades. O serviço já está disponível no portal da SEDUC-MT e qualquer cidadão pode acessá-lo.
Por meio dessa ferramenta é possível relatar situações em que a estrutura física de uma escola encontra-se comprometida e, ainda, solicitar visita técnica da equipe da Secretaria Adjunta de Obras e Estrutura Escolar.
Para acessar, basta clicar em SOS Escola, primeira opção do menu localizado no lado esquerdo do portal. Em seguida é necessário preencher dados como nome e telefone ou, se o solicitante preferir, há a opção “anônimo”, em que nenhuma informação pessoal é requisitada. O informante deve classificar a natureza do contato como solicitação, reclamação, sugestão ou denúncia. Após relatar a situação é necessário clicar em “enviar” e aguardar a confirmação do envio da mensagem. Fotos também podem ser anexadas ao texto.
Todas as mensagens serão automaticamente encaminhadas à equipe técnica da Seduc. O secretário adjunto de Obras e Estrutura Escolar, engenheiro civil Edmar Augusto de Oliveira, explica que o SOS Escola surgiu a partir da necessidade de atender rapidamente escolas que foram afetadas pelas chuvas do mês de outubro em todo o Estado, como a Escola Estadual Barão de Melgaço, de Cuiabá. Após ter a estrutura física, que já estava abalada, ainda mais prejudicada em decorrência de uma tempestade, a unidade foi interditada pela Secretaria de Educação no mês passado para receber reforma geral.
A partir do momento em que a Seduc toma conhecimento de situações como essa é possível agilizar o envio de fiscais e profissionais da área para solucionar os problemas, conforme Oliveira. “Esse canal de comunicação é extremamente necessário entre a Seduc e a comunidade, seja para relatar um problema no telhado ou no muro da escola, por exemplo, ou para fazer uma denúncia de um teto que está caindo. São emergências e requerem ações rápidas”, ressalta o secretário adjunto.
Estrutura
Mato Grosso possui 759 escolas estaduais espalhada por todos os 141 municípios. Cerca de 70% da rede está em condição de receber manutenção ou reforma geral, uma vez que boa parte dessas unidades foi construída há mais de 30 anos e nunca recebeu reparos ou reformas completas. A situação, segundo Silva, não pode ser considerada normal, pois é reflexo de projetos construtivos mal executados e da falta de manutenção. “É um problema que se arrasta pelos últimos 15 anos, pelo menos. Temos escolas que foram entregues em 2012 e já apresentam problemas estruturais”, afirma.
Nos últimos três meses foram realizados em torno de 100 atendimentos em escolas de todo o Estado, como fiscalizações, vistorias e levantamento de dados para elaboração de projetos. Além disso, a Seduc liberou aproximadamente 30 verbas emergenciais no valor de R$ 14,5 mil, cada, somente neste período. Caso necessário, as escolas podem solicitar à Seduc esse recurso para reparos e consertos.
Orientação
De acordo com o secretário adjunto de Obras e Estrutura Escolar, a melhor forma de prevenir situações de risco é antecipar um possível problema e informar a Seduc. “Ninguém melhor do que os diretos, professores, alunos e pais de alunos, que estão na escola, para saber o que está acontecendo. Por isso contamos com o apoio de toda a comunidade para encontrarmos rapidamente a solução que cada situação requer”, reforça Oliveira.
“A Seduc está criando novos mecanismos de comunicação com a população e a internet é um meio que será cada vez mais utilizado para nos ajudar a atender a comunidade escolar com mais agilidade e eficiência”, completa.

http://www.mt.gov.br/-/5235741-seduc-cria-canal-de-comunicacao-com-escolas-para-solucionar-problemas-de-infraestrutura

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