sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

OCDE pede que Brasil, Chile e México aumentem acesso à educação de qualidade

Em Sydney
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) pediu nesta sexta-feira que Brasil, México e Chile melhorem o acesso à educação de qualidade, resolvam os gargalos no desenvolvimento de infraestrutura e na formação dos trabalhadores, a fim de melhorar a produtividade.
A OCDE, que apresentou hoje em Sydney seu documento "Avançando rumo ao crescimento 2014", ressaltou a necessidade de melhorar a educação para elevar os padrões de vida e corrigir os desequilíbrios na produtividade para alcançar os países de renda mais alta.
Enfocando especialmente o Brasil e o México, o organismo reivindicou melhorias na universalização do ensino, apesar de considerar as medidas já realizadas.

No âmbito profissional, a OCDE pediu para levar em conta as desigualdades nas habilidades e a baixa participação profissional, especialmente de mulheres e de recém-chegados ao mercado de trabalho, para levar a taxa de emprego aos níveis anteriores à crise.

A organização também ressaltou o problema do repasse de recursos aos setores mais produtivos e os controles estatais generalizados, assim como as infraestruturas legais frágeis e os mercados financeiros superficiais.

Em relação ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a OCDE opinou que começou em 2007 com grandes projetos de desenvolvimento, teve atrasos e, recentemente, o governo federal obteve alguns avanços com concessões e simplificações dos trâmites para as obras públicas.

Além disso, o organismo adverte que o Brasil - assim como China, Rússia e Turquia - experimentou um aumento do crédito nos últimos anos e corre o risco de mostrar sinais de vulnerabilidade no setor financeiro.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2014/02/21/ocde-pede-que-brasil-chile-e-mexico-aumentem-acesso-a-educacao-de-qualidade.htm

‘Aprendizado on-line é mais natural para o cérebro’

‘Aprendizado on-line é mais natural para o cérebro’
Crédito Ag Visuell / Fotolia.com
Ler um livro ou uma história pode parecer uma atividade natural para boa parte das pessoas, mas para o nosso cérebro é questão de treino. Quando, no século 15, o livro passou a ser um instrumento difusor de informação, as pessoas tiveram que ensinar o cérebro a se desconectar do mundo ao redor e mergulhar neste outro universo, senão muito do conteúdo não seria absorvido. É esse o argumento que Jolanta Galecka, especialista em marketing on-line na editora europeia Young Digital Planet, usa para explicar porque a internet entrou com tanta facilidade na vida moderna ­– principalmente entre as crianças. “A internet permite que nosso cérebro funcione do jeito que ele mais gosta”, defende.
De acordo com a especialista, que esteve nesta semana na Contec Brasil, conferência sobre educação, conteúdo de mídia infantil e tecnologia, o cérebro sempre se desenvolveu em movimento, prestando atenção em tudo que está ao redor. “É assim que aprendemos com mais facilidade e a internet é um ambiente disperso de aprendizagem, é mais natural para nosso cérebro”, argumenta. Até por isso, a introdução desse novo universo é muito difícil em escolas com modelos de ensino tradicional, que não fomentam nos alunos a multiconexão entre conteúdos, informações e experiências de vida.
“Se o conteúdo não é ensinado de maneira interativa, o aluno não aprende. O cérebro absorve informações quando constrói seus próprios modelos mentais de conexões. Armazenamos a informação por meio dessas conexões, e elas vão ser feitas de acordo com o conhecimento prévio de cada um”, explica a especialista, que completa: “Por isso que conexões não podem ser ensinadas, ou mesmo forçadas, da mesma maneira que não se pode dar conhecimento. Podemos dar informação, para que ela seja absorvida. Com base nela é que se constrói o conhecimento”.
Entender como o nosso cérebro aprende e como ele responde a estímulos é um grande passo para melhorar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem, defende a especialista. “É aí que o professor estará usando por completo sua habilidade pedagógica, todo o seu potencial. Incitando discussões, instigando a curiosidade, mostrando caminhos para relacionar os conteúdos ao mundo real e a vida fora da escola”, afirma Galecka.
Desse modo, modelos como a sala de aula invertida Glossário compartilhado de termos de inovação em educação ou o aprendizado baseado em projetos Glossário compartilhado de termos de inovação em educação ganham força, já que trazem melhores resultados no desenvolvimento dessas conexões. “A sala de aula invertida não é a solução sozinha, assim como trabalhar com projetos também não é. Tudo precisa ser misturado, combinado com uma série de outras práticas que mostrem para os estudantes a relevância do tema que está sendo abordado. É preciso conectá-lo com o mundo real e não apenas replicá-lo porque está no livro ou faz parte do currículo”, afirma.
Ainda segundo a especialista, o principal papel da escola tem que ser fomentar o pensamento crítico e a análise das informações. “Temos que ensinar as crianças a pensar. É por meio do pensamento que vem a diversidade de informação e opinião. Os alunos tem que saber discernir o que é importante do que não é. Eles têm que saber como usar as informações adquiridas para qualquer propósito que eles queiram, têm que se apoderar delas”, conclui.

http://porvir.org/porpensar/aprendizado-on-line-e-mais-natural-para-cerebro/20140219

Semana da Aprendizagem Móvel: uma revolução para uma educação inclusiva e de qualidade

O que devemos fazer para tornar materiais educacionais acessíveis a uma menina de uma família pobre na África, onde mais de 50% das mulheres de sua idade nunca chegarão a frequentar a escola? O que devemos fazer para que livros cheguem às mãos das pessoas mais pobres da Terra?

© UNESCOMobile Learning Week
A resposta, pelo menos no curtíssimo prazo, está nos aparelhos móveis – mais precisamente, nos telefones móveis (telefones celulares, smartphones, tablets etc.). Aparelhos móveis são a tecnologia de informação e comunicação mais onipresente e bem-sucedida na história da humanidade. Elas existem em grandes quantidades, em lugares onde livros e escolas são escassos.
Em menos de uma década, a tecnologia móvel se espalhou para os lugares mais longínquos do planeta. Da população estimada da Terra, por volta de 7 bilhões de pessoas, 6 bilhões já possuem acesso a um telefone móvel em funcionamento. A África, que apresentava um índice de penetração da telefonia móvel de somente 5% nos anos 1990, atualmente é o segundo maior e mais crescente mercado de telefonia móvel do mundo, com um índice de penetração de mais de 60%, e ainda aumentando.
Os aparelhos móveis estão transformando o modo pelo qual nós nos comunicamos, vivemos e aprendemos. Devemos garantir que essa revolução digital torne-se uma revolução na educação, promovendo uma aprendizagem inclusiva e de melhor qualidade em todos os lugares.
De 17 a 21 de fevereiro de 2014, a Organização promoverá a Semana de Aprendizagem Móvel da UNESCO (UNESCO Mobile Learning Week – MLW 2014), que vai analisar como as tecnologias móveis podem atender às necessidades dos educadores e ajudá-los a melhorar a sua eficácia. Com o tema “Empoderar professores por meio da tecnologia”, a MLW 2014 considerará os benefícios, assim como os desafios associados à aprendizagem móvel, como garantir a equidade de aparelhos, a segurança online, conteúdos limitados e de uso amigável, além da necessidade de capacitação dos professores. “A tecnologia pode ser um poderoso multiplicador da educação, mas devemos saber como usá-la... A tecnologia, por si só, não é o suficiente. O empoderamento vem de habilidades e oportunidades para utilizá-la; vem da qualidade dos conteúdos, os quais devem ser inclusivos e disponíveis nas línguas e nos sistemas de conhecimento locais”, afirmou a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova.
Leia mais:
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/mobile_learning_week_a_revolution_for_inclusive_better_education/#.UwZ422JdXN0

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...