segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Londrina faz "concurso" para secretário de Educação; 129 se inscreveram

Rafael Moro Martins
Colaboração para o UOL, em Curitiba





O processo seletivo que irá, segundo o prefeito eleito Marcelo Belinati (PP), definir o secretário da Educação de Londrina (381 km ao norte de Curitiba) recebeu 129 inscrições. Deles, 70 vivem na cidade, mas há também "gente do Ceará, da Paraíba, do Mato Grosso, de São Paulo", comentou o político. O prazo terminou na terça-feira (15).

Belinati foi eleito no primeiro turno, com 51,57% dos votos válidos, e irá comandar pelos próximos quatro anos a cidade de 553.393 habitantes, segundo maior município do Paraná e o quarto do Sul do país.

"Será um processo semelhante ao da escolha de um CEO de uma empresa", prometeu o novo prefeito. "Haverá análise curricular, psicológica, se pessoa tem conhecimento da rede pública municipal de Londrina", elencou. "Serão selecionados de três a cinco nomes, submetidos a mim, que darei a palavra final."
 
A opção pelo "concurso" não foi uma promessa de campanha. "Veio depois [do resultado nas urnas]. Eu tinha a ideia de fazer isso para toda a administração. Mas priorizei a Educação", explicou. "Quero mudar essa lógica [da indicação política]."

"Nós inovamos em relação ao João [Dória, tucano que comandará São Paulo a partir de 2017] (risos). Espero que ele se inspire em nós (risos)", brincou Belinati. O político garante que não há custos "nem para a prefeitura, nem para os inscritos".

Questionado pelo UOL sobre o motivo de fazer o processo apenas para a escolha do secretário da Educação, e por que não o estendeu para, por exemplo, a Fazenda ou a Saúde, ele disse que o "processo de escolha é lento e demorado, mas não está descartado".
Apesar de a seleção estar em curso, Belinati disse não descartar nomeações políticas no lugar do candidato aprovado para o cargo. 
"Mesmo no processo seletivo [do secretário da Educação], a experiência em gestão pública será levada em conta. E não há [no acordo com a empresa que realiza a seleção, a Vetor Brasil] a obrigatoriedade expressa de que o nomeado deverá ser escolhido entre os finalistas", acrescentou.

"Tanto faz", diz sindicato

Presidente do Sindiserv (Sindicato dos Servidores Municipais de Londrina), Marcelo Urbaneja não demonstrou empolgação com o método anunciado pelo prefeito eleito para escolher o secretário da Educação. "É uma ideia que ele teve, está dentro da prerrogativa dele, então ele faz como achar melhor. Não temos que opinar a respeito disso", afirmou.
"Para nós, é indiferente. Nem positivo, nem negativo. Quando [o novo secretário] for escolhido, teremos que negociar condições de trabalho, número de alunos em sala de aula, toda a pauta que temos, que será trabalhada com qualquer secretário", argumentou.
"Ele [Belinati] está procurando maneiras de inovar, achou que esse ato atenderia a esse propósito. Não vejo como [algo] marqueteiro. A Secretaria da Educação sempre foi a menina dos olhos [da cidade]: 100% dos professores têm nível superior, muitos têm pós-graduação, alguns têm mestrado", afirmou Urbaneja.
Segundo o prefeito eleito, Londrina tem mais de 40 mil estudantes na rede pública municipal, distribuídos em 116 escolas, 34 centros de educação infantil próprios e 53 conveniados. O presidente do sindicato informa que cerca de 3,8 mil professores trabalham para o município, mas "4,5 mil seria o número ideal."
"É uma proposta bastante ousada, e positiva. Vejo com bons olhos a tentativa de buscar talentos que trabalhem com Educação, para dar um impacto na área. Normalmente, se escolhe um professor bem preparado da casa, ou um indicado político, que não tem preparo para o cargo. Mas, com certeza, vai encontrar muita resistência", avaliou o consultor em educação Renato Casagrande, ex-pró-reitor Acadêmico e de Planejamento e Avaliação na Universidade Positivo, em Curitiba.
"Se o prefeito eleito não for capaz de convencer os professores de que a estratégia dele vale a pena, vão lhe puxar o tapete. Se o secretário não mostrar a que veio, o projeto fracassa. E, muito importante, precisa ter estratégia de implantação [do novo modelo de administração], não basta apenas a novidade na escolha [do secretário]", argumentou.

Sobrenome famoso

Marcelo Belinati carrega consigo um sobrenome famoso em Londrina. O tio dele, Antonio Belinati, um ex-radialista, foi prefeito da cidade por três vezes entre as décadas de 1970 e 90. No terceiro mandato, foi alvo de acusações de desvio de dinheiro público, nepotismo, enriquecimento ilícito e fraude de licitações, entre outras irregularidades.
"Devido às acusações, foi afastado três vezes do cargo e, em 23 de junho de 2000, foi cassado pela Câmara Municipal de Londrina por 14 votos a seis. Após a cassação, o Tribunal de Contas do Paraná (TCE/PR) rejeitou a prestação de contas referente à sua gestão na prefeitura nos anos de 1997 e 1998, apontando gastos irregulares de cerca de 113 milhões de reais. Em 2001, foi preso duas vezes. Após ser libertado, voltou a comandar um programa de rádio", registra o verbete sobre ele no CPDOC da Fundação Getúlio Vargas.
Apesar disso, Antonio Belinati seguiu um político popular na cidade. Candidatou-se para um quarto mandato, em 2004, mas perdeu. Em 2008, venceu nas urnas, mas teve o registro cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e não tomou posse. A mulher dele, Emilia Belinati, foi vice-governadora entre 1995 e 2003, sob Jaime Lerner (sem partido, então no DEM). Um filho do casal, Antonio Carlos Belinati, primo de Marcelo, o prefeito eleito, foi deputado estadual.
Procurado pela reportagem, Antonio Belinati decidiu não comentar as acusações.
O processo de seleção será realizado em parceria com a Vetor Brasil, ONG que informa em seu site a missão de "desenvolver talentos e práticas no governo para oferecer serviços públicos de qualidade a quem mais precisa". A companhia tem apoio, dentre outros, da Fundação Lemann, do multimilionário Jorge Paulo Lemann.






http://educacao.uol.com.br/noticias/2016/11/18/londrina-faz-concurso-para-secretario-de-educacao-129-se-inscreveram.htm

Escola Maria Leite Marcoski (Várzea Grande) encerra etapa de projeto de Educomunicação

Trazendo novas formas de ensino e aprendizagem, o projeto buscou a melhoria da comunicação entre os alunos, professores e demais instâncias da escola.
Viviane Saggin Seduc-MT 
Em andamento desde o ano passado na unidade escolar, a iniciativa promoveu oficinas de fotografia, vídeo, textos jornalísticos e contos, de forma colaborativa e compartilhável. - Foto por: Mayke Toscano
Alunos e professores da Escola Estadual Maria Leite Marcoski, em Várzea Grande, se reuniram na manhã desta sexta-feira (18.11) para apresentar o resultado do trabalho desenvolvido durante o projeto Educomunicação: Cultura Científica, outros Saberes e Cotidiano Escolar - uma parceria entre Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Em andamento desde o ano passado na unidade escolar, a iniciativa promoveu oficinas de fotografia, vídeo, textos jornalísticos e contos, de forma colaborativa e compartilhável.
Trazendo novas formas de ensino e aprendizagem, o projeto buscou a melhoria da comunicação entre os alunos, alunos com os professores e demais instâncias da escola, e dela mesma com seu entorno, com a sociedade, comunidade e famílias.
O professor de Língua Portuguesa da unidade, Welinton Sousa, que coordena o projeto de Educomunicação da escola e que esteve também envolvido no projeto da Seduc e UFMT, diz que a ação foi um sucesso e que contou com o engajamento dos estudantes. “Foi realizado de maneira democrática, por meio de uma mediação que soube ouvir e valorizar o processo comunicativo”.
Letícia Dantas, Wagner Mouta, Ketyllin Protti e Carol Franquini, todos do 2º ano, são alguns dos alunos participantes. Para eles, o projeto foi essencial para a ampliação e desenvolvimento dos conhecimentos técnicos da área de comunicação, estimulando o exercício crítico da cidadania, a prática do protagonismo juvenil e a valorização da região. 
A jovem Letícia gostou de conhecer os conceitos de fotografia. “Vimos coisas que só teríamos acesso se fizéssemos um curso ou faculdade”, afirma.
“O mais importante que o projeto trouxe, para mim, foi a ampliação de matérias e conteúdo que não temos na escola. Muitos assuntos interessantes para quem está no Ensino Médio e estamos gratos pela oportunidade”, comenta Wagner.
Ketyllin, que gosta de entrevistar pessoas, diz que o projeto a ajudou a aperfeiçoar suas técnicas e habilidades de produção de texto. Já Carol lembrou que as oficinas complementaram conteúdo vistos em sala de aula, de maneira transversal a muitas disciplinas.
Suporte pedagógico
O diretor da escola argumenta que ao adotar as novas tecnologias de informação e comunicação como suporte pedagógico, os educadores provocam mais o interesse dos alunos pelo conteúdo abordado em sala de aula e possibilita que eles possam se sentir em sintonia com o contexto da modernidade. “Atualmente, uma das principais dificuldades que encontramos como educadores é aliar o conhecimento com o interesse dos alunos, que contam com uma gama de tecnologia atrativa”.
De acordo com ele, o professor precisa utilizar novas ferramentas já uso das tecnologias de informação e comunicação tornou-se uma necessidade no mundo em que vivemos. “Isso irá facilitar também as relações sociais e a proliferação do conhecimento”.
A professora de matemática da escola, Rosana Aparecida Dias, diz que o desenvolvimento do projeto de Educomunicação despertou talentos, promoveu engajamento e pensamento crítico nos alunos. “Essas mudanças também apresentaram reflexos em sala de aula. Eles passam a desenvolver habilidades relacionadas à leitura, escrita e comunicação oral, destacando-se pela capacidade de compreensão e argumentação nos mais variados contextos”, frisa.
Compartilhamento
O professor doutor da UFMT, Dielcio Moreira, idealizador do projeto, lembra que o objetivo é combinar as funcionalidades de comunicação e disseminação de informação com a construção de um ambiente colaborativo e participativo.
“Com histórias, narrativas e contos curtos foram produzidos com a ideia de que não tivessem um fim. Assim, outros estudantes de outras escolas participantes podem pegar o contexto e dar continuidade à história, com um trabalho colaborativo”, relata Dielcio, destacando que a plataforma permitirá a divulgação do conhecimento de cada aluno para além dos muros das escolas, sem limitação de distância física.
Todo o conteúdo produzido pelos alunos está disponível na Plataforma+10 http://www.ufmt.br/mais10educomunicacao/.

http://www.mt.gov.br/-/5292116-escola-maria-leite-marcoski-encerra-etapa-de-projeto-de-educomunicacao

Ministro da Educação participa de audiência interativa sobre reforma do ensino médio

Os interessados poderão acompanhar o debate e encaminhar dúvidas e sugestões por meio de nova versão de sala criada para o cidadão participar
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realiza, na quarta-feira (23), audiência pública para debater a reforma do ensino médio com o ministro da Educação, Mendonça Filho. O debate, que terá início às 11 horas, também vai inaugurar uma nova versão da ferramenta para acompanhamento interativo das audiências públicas (audiencias.labhackercd.net). O objetivo do serviço é estimular a participação da sociedade no debate de temas legislativos importantes para o País.

As pessoas interessadas na reforma do ensino médio, prevista na MP 746/16, poderão entrar na plataforma para encaminhar dúvidas ao ministro da Educação ou aos demais parlamentares presentes na audiência, enquanto acompanham o vídeo de todo o debate. Também é possível discutir o assunto com os outros internautas em um espaço para troca de mensagens. As perguntas que tiverem apoio dos demais participantes, por meio de curtidas no texto, serão enviadas à comissão para que os convidados esclareçam as dúvidas ainda durante o evento.

A MP da reforma do ensino médio flexibiliza os currículos e amplia progressivamente a jornada escolar das atuais 800 horas para 1.400 horas. O texto, que recebeu 568 emendas dos parlamentares, será votado por uma comissão especial formada por deputados e senadores.

Avaliação dos usuários
Deste evento até o encerramento dos trabalhos legislativos neste ano, a nova ferramenta de audiências públicas interativas estará em fase de testes. Os internautas poderão, a qualquer momento, avaliar a plataforma, registrar erros ou problemas, e ainda deixar sugestões para aprimorar o serviço, que será lançado oficialmente em fevereiro de 2017, início do próximo ano legislativo.

A audiência para debater a reforma do ensino médio, proposta pelos deputados Angelim (PT-AC) e Maria do Rosário (PT-RS), será realizada no plenário 10.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Da Redação - RL

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http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/519555-MINISTRO-DA-EDUCACAO-PARTICIPA-DE-AUDIENCIA-INTERATIVA-SOBRE-REFORMA-DO-ENSINO-MEDIO.html

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