quarta-feira, 20 de maio de 2020

Quanto mais cedo, melhor? O debate sobre a idade certa, os métodos e a avaliação na alfabetização de crianças

GEtty Imagens

Quando assessorava a Secretaria de Educação da prefeitura de São Paulo, em 2019, a especialista Silvia Colello costumava escutar as angústias dos pais sobre o processo de alfabetização de seus filhos, matriculados na rede municipal. "Existem muitas dúvidas quanto a se há uma idade certa para se alfabetizar, assim como há no sistema privado", diz Colello, que é professora da pós-graduação da Faculdade de Educação da USP.

"Também há muita dúvida quanto ao modo como se alfabetiza, porque, do século passado para cá, mudou o referencial técnico e tudo o que sabíamos sobre alfabetização. E os pais ficam angustiados ao ver os filhos serem alfabetizados de um jeito diferente do deles."

A alfabetização é um dos temas que mais mobilizam educadores e geram discussões no âmbito de políticas públicas. Há, no Brasil, diferentes documentos oficiais sem consenso entre si quanto à série em que se espera que a criança esteja alfabetizada, além de divergências quanto a métodos e como medir os avanços das crianças nessa etapa.


Veja matéria completa em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51682664

Inep se prepara para implantação do Novo Saeb em 2021

Os estudantes do ensino médio terão, a partir de 2021, uma nova oportunidade de ingressar na educação superior, por meio do novo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Esta é uma das inovações a serem implementadas na avaliação, que completa 30 anos, em 2020. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é o responsável por formular os instrumentos do Novo Saeb, que integra a Política Nacional de Avaliação da Educação Básica, do Ministério da Educação, cujas normas foram publicadas pela pasta em 6 de maio.
A reformulação do Saeb prevê que todos os anos e séries da educação básica, das escolas públicas e privadas, serão avaliados anualmente, em todas as áreas de conhecimento. Até o ano passado, a aplicação era a cada dois anos, para os alunos do 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, com provas de língua portuguesa e matemática. A meta é que todas as áreas de conhecimento sejam aferidas no Novo Saeb. As mudanças serão implementadas, de forma gradual, nos próximos cinco anos.
Enem seriado – A primeira novidade é a aplicação dos testes, no ano que vem, para os estudantes da 1ª série do ensino médio. Com os resultados obtidos a cada ano, será possível avaliar a escola e o desempenho do aluno para o ingresso na educação superior. Os gestores escolares e professores terão dados para montar estratégias de intervenções pedagógicas pontuais. A proposta para avaliação seriada dos estudantes em cada ano letivo será uma alternativa ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por isso, é chamada de Enem seriado.
A avaliação será padronizada e os resultados poderão ser comparados ano a ano e entre escolas, de acordo com Alexandre Lopes, presidente do Inep, que planeja que as novas provas sejam digitais. “No ano que vem, todos os alunos das escolas públicas e privadas da 1ª série do ensino médio vão fazer o Novo Saeb em tablets, o que simplifica a logística da aplicação”, declara Lopes.
As provas serão em papel até o 4º ano do ensino fundamental e eletrônicas do 5º em diante, quando o Novo Saeb estiver totalmente implementado. No futuro, as provas digitais serão adaptativas, ou seja, a cada item que o aluno fizer, o equipamento apresentará a questão seguinte, baseada na resposta dada no item anterior. Cada avaliação, portanto, será única para o estudante. O exame realizado pelo computador permitirá ter estimativas mais precisas da proficiência dos alunos, assim como redução no tempo da coleta de dados e da divulgação dos resultados.
Programa de residência em avaliação educacional – Os professores das redes de ensino estaduais, municipais e distrital atuarão no Inep por períodos determinados para construir o Novo Saeb. Os acordos serão firmados com as secretarias de Educação, de acordo com a colaboração prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Os docentes serão capacitados para elaboração de itens, com vistas aos detalhes da logística de aplicação do exame em larga escala. Ao final do processo, atuarão como multiplicadores dos conhecimentos adquiridos em ambientes educacionais.

OBMEP 2020 divulga novo calendário devido à Covid-19


As provas da 16ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) já têm datas definidas. A primeira será em 22 de setembro de 2020 e a segunda, em 27 de março de 2021. 

A divulgação dos estudantes classificados para a segunda fase será em 4 de novembro deste ano. Os locais de prova da segunda etapa serão definidos em 24 de fevereiro de 2021. Os premiados serão anunciados em 15 de junho do próximo ano. 

A Obmep 2020 registrou 5.561 municípios inscritos, número recorde, com seis a mais do que em 2019. A Olimpíada alcançará 99,84% das cidades brasileiras. Um total de 17.729.451 alunos, de 51.932 escolas municipais, estaduais, federais e privadas, participará. 

As provas serão realizadas em duas fases. A divisão é pelo grau de escolaridade: Nível 1 (6º e 7º anos do ensino fundamental), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (ensino médio). Serão distribuídas 7.475 medalhas para os participantes. Para os alunos de escolas públicas, são 500 de ouro, 1.500 de prata e 4.500 de bronze; para os estudantes de instituições particulares, 75 medalhas de ouro, 225 de prata e 675 de bronze. 

Todos os medalhistas da Obmep são convidados para o Programa de Iniciação Científica (PIC Jr.), como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico. Os alunos da rede pública premiados recebem bolsa de Iniciação Científica Jr. do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 100 por mês. Medalhistas da rede particular poderão participar do PIC Jr. como ouvintes. Os premiados que ingressarem na graduação poderão concorrer ainda a vagas do Programa de Iniciação Científica e Mestrado (PICME), com bolsa de R$ 400 de Iniciação Científica do CNPq. 

Além de contribuir para estimular o estudo da matemática no país, a competição tem como objetivo identificar jovens talentosos e promover inclusão social por meio da difusão do conhecimento. Criada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) em 2005, a Obmep é realizada com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) a partir de recursos dos ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). 

Confira o calendário completo:

Inscrições: de 10 de fevereiro a 20 de abril de 2020.

Emissão e pagamento dos boletos (escolas privadas): 21 a 26 de abril de 2020.

Prova, 1ª fase: 22 de setembro de 2020.

Envio de cartões-resposta para alunos classificados para a 2ª fase: 23 de setembro a 6 de outubro de 2020.

Divulgação dos classificados para a 2ª fase: 4 de novembro de 2020.

Solicitação, pelas escolas, de tratamento especial: 9 de novembro a 10 de dezembro de 2020.

Indicação, pelas escolas, na página da Obmep, dos professores e alunos classificados para a 2ª fase: 11 de novembro de 2020 a 19 de janeiro de 2021.

Divulgação dos locais de provas: 24 de fevereiro de 2021.

Solicitação, pelas escolas, de prova em trânsito e transferência: 25 de fevereiro a 12 de março de 2021.

Prova, 2ª fase: 27 de março de 2021.

Divulgação dos premiados: 15 de junho de 2021.

Assessoria de Comunicação Social, com informações do Impa

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...