quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Plano de Educação será debatido em encontro de conselheiros do Centro-Oeste


Secom Cuiabá
A elaboração e avaliação dos Planos de Educação será um dos temas do 3º Encontro dos Conselhos de Educação da Região Centro-Oeste, que ocorre nesta quinta e sexta-feira (4 e 5). O encontro também vai propiciar formação continuada aos conselheiros de Educação, a fim de fortalecer a atuação dos Conselhos no âmbito dos sistemas de ensino. A abertura do evento será na quinta-feira, às 18h, no Hotel Mato Grosso Palace.
O Encontro é uma realização da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase), do Ministério da Educação (MEC), Conselhos Municipais de Educação de Cuiabá, Goiânia (GO) e Ponta Porã (MS) e os Conselhos Estaduais de Educação de MT, GO e MS.
O encontro contará com a presença da consultora da Campanha Nacional pelo direito à educação, Maria Rehder, que vai proferir a palestra “Políticas Públicas para a Educação Infantil e Ensino Fundamental: Financiamento e Qualidade da Educação”.
Também serão temas de palestra no encontro a “Formação dos professores da Educação Infantil”, proferida pela consultora do MEC, Ângela Rabelo Barreto; “Conselho Municipal de Educação: papel e principais atribuições, proferida pelo assessor da Conferência Nacional de Educação (Conae); e o “Sistema Nacional de Educação e Respectivos Sistemas de Ensino frente ao PNE”, proferida pelo assessor parlamentar da liderança do Governo Federal, Carlos Abicalil.
O coordenador do Sase, Geraldo Grossi Junior, coordenará o grupo de trabalho que vai debater sobre a “Construção de Agenda comum para os Estados”.
O professor Genuíno Bordignom, assessor da Conae fará o aprofundamento nas questões da “Organização dos sistemas de ensino: atribuições e competências dos Conselhos Municipais de Educação”.
São parceiros do evento a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc), Secretarias Municipais de Educação de Cuiabá, Goiânia e Ponta Porã e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) de MT, MS e GO.
http://www.cuiaba.mt.gov.br/educacao/plano-de-educacao-sera-debatido-em-encontro-de-conselheiros-do-centro-oeste/9497

Para aprender, à mão é melhor

Estudo das universidades de Princeton e da Califórnia mostra que escrever à mão garante maior e melhor memorização e compreensão da informação do que teclar no computador.
Por: Cássio Leite Vieira
Os estudantes foram avaliados nos quesitos memória, entendimento, capacidade de síntese e de generalização. Os que tomaram nota à mão se saíram melhor. (foto: Lavinia Marin/ Freeimages)
O signatário da seção Mundo de Ciência da revista Ciência Hoje é velho o suficiente para ter visto a passagem da máquina de escrever para o computador nas redações de jornais e revistas e a posterior (e triste) substituição do charmoso bloquinho de repórter pelos teclados dos laptops pela nova geração de jornalistas. Agora, artigo mostra que há pelo menos uma vantagem em ser ‘das antigas’: escrever à mão é melhor que teclar quando o assunto é memorizar informação e garantir um aprendizado de mais alta qualidade.
A troca da escrita pelo ato de teclar também vale para estudantes. Em salas de aulas – e também nas coletivas de imprensa – laptops abundam. Certo, eles têm muitas vantagens quando comparados à velha caneta esferográfica ou ao quase hoje primitivo lápis – dá saudade ver aquelas antigas redações de filmes de Hollywood com os repórteres carregando, na orelha, os lápis amarelos com ponta de borracha e sacando-os imediatamente para anotar o ‘furo’ do dia nos... bloquinhos de reportagem.
Quem toma nota à mão aprende mais e melhor
Agora, pesquisa de Pam Mueller, da Universidade de Princeton (EUA), e Daniel Oppenheimer, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA), mostra que quem toma nota à mão aprende mais e melhor. Para chegar a esse resultado, eles dividiram estudantes em dois grupos: os que anotavam à mão e os que o faziam com laptops. Ao final, os dois grupos – que assistiram a aulas sobre biologia, religião, bioquímica, matemática, economia etc. – foram julgados nos quesitos memória, entendimento, capacidade de síntese e de generalização.
Os voluntários que anotaram à mão – apesar de terem perdido no que diz respeito à quantidade de dados registrada – acabaram se saindo melhor nos itens acima. Os resultados estão em Psychological Science. E o início do título é criativo: ‘A caneta é mais poderosa que o teclado’.

Fazer sem pensar 

Por quê? Mueller e Oppenheimer acreditam que escrever à mão requer um processo cognitivo distinto do envolvido em teclar. Segundo eles, quem anota manualmente tem que ouvir, digerir e resumir a informação, pois não se tem a velocidade obtida ao se datilografar. E assim se captura a essência do conteúdo, obrigando o cérebro a se esforçar, o que aumentaria a compreensão e a retenção dos dados.
Ao se teclar, o cérebro não processaria o significado da informação, pois a velocidade da datilografia não deixaria muito tempo para se elucubrar sobre o conteúdo daquilo que se anota. Ou seja, teclar é algo, digamos, robotizado. Ou, como se diz popularmente, ‘fazer sem pensar’, ‘ligar no automático’.
Teclado computador
Os voluntários que teclaram registraram maior quantidade de dados, mas não foram capazes de elucubrar sobre o conteúdo daquilo que digitaram. (foto: Krzysztof Szkurlatowski/ Freeimages)
E se... fosse pedido aos estudantes que usassem laptops para que pensassem sobre o que anotavam, tomando notas com as próprias palavras, em vez de copiar literalmente o que o professor dizia? De novo, os que escreviam à mão foram melhor nos testes.
E se... os dois grupos fossem testados sobre os conhecimentos uma semana depois da aula, podendo estudar a partir das anotações? Mais uma vez, vitória para os que tomaram notas à mão.
Para os autores, os que escrevem à mão acabam, com as próprias palavras, recriando o contexto, fazendo observações auxiliares, sínteses, conexões, conclusões pessoais etc.
E deveria contar também o aspecto visual das anotações, como flechas, interrogações, exclamações, grifos, rabiscos, desenhos etc.? Mueller, em entrevista à CH, diz que outros estudos na mesma linha sugerem que essa estratégia é benéfica. “Qualquer coisa que force você a relacionar e rearranjar o material certamente irá ajudar”, disse a pesquisadora.

Outras distrações 

Os computadores usados pelos alunos no experimento não estavam conectados à internet. Isso quer dizer que não havia distrações que tiram, como já mostraram estudos, a atenção dos estudantes nas aulas (correio eletrônico, mensagens, novidades em páginas de comunidades sociais etc.).
May: “Mesmo quando a tecnologia nos permite fazer mais em menos tempo, ela nem sempre melhora o aprendizado”
Cindi May resumiu bem os resultados, em reportagem na Scientific American.  “A pesquisa de Mueller e Oppenheimer serve para nos lembrar que, mesmo quando a tecnologia nos permite fazer mais em menos tempo, ela nem sempre melhora o aprendizado.”
Adendo: vai aqui observação sem significância estatística – pois baseada na observação de um só pré-adolescente –, mas talvez pertinente: as crianças de hoje aprendem primeiro a teclar e depois a escrever à mão – esta última atividade tornou-se algo de que eles parecem não gostar e que lhes imputa caligrafia indecifrável. São capazes de passar horas e horas teclando, mas queixam-se de dor nas mãos ao ter que escrever mais do que 10 linhas para uma tarefa escolar.
A escrita à mão vai acabar? Cartas à redação, por favor.
Cássio Leite Vieira
Ciência Hoje/ RJ 

http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2014/317/para-aprender-a-mao-e-melhor

Declaração para um novo ano

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