Professores de 64 escolas da rede municipal de ensino de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, entraram em greve nesta segunda-feira (17). Eles reivindicam a reestruturação do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS) e revisão salarial. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep-VG), o salário pago atualmente pelo município não está amparado por lei. A secretaria de Comunicação do município informou ao G1que a prefeitura ainda não irá se manifestar sobre a greve.
"O piso não foi pago em 2013 e nem em 2014. O piso hoje é de R$ 906, mas deveria ser de R$ 1.060,00, que todo mês impacta em 16% a menos no salário do profissional. Temos que corrigir isso", cobrou o presidente do sindicato da categoria, Gilmar Soares. Ele reclama que um professor do município vai receber quase a metade do que um profissional do estado, a partir do próximo mêsm quando o salário do professor da rede estadual deve subir de R$ 1.568,00 para R$ 1.750,00.
Das 80 unidades do município, entre creches e escolas localizadas na zona rural, 64 entraram em greve nesta segunda. Porém, conforme o sindicato, profissionais de outras unidades podem aderir à paralisação. Por isso, ao final desta segunda-feira, deve ser feito um levantamento para verificar quantas não tiveram aulas. Com isso, mais da metade dos 23 mil alunos da rede devem ficar sem aula. A greve foi deflagrada por tempo indeterminado.
Além disso, a categoria cobra a reestruturação do PCCS e o pagamento de férias e a concessão de licença-prêmio.
No ano passado, os profissionais também entraram em greve com a alegação de que a prefeitura não teria cumprido os acordos assinados nas paralisações anteriores. Depois de 16 dias de paralisação, eles retomaram as atividades após reunião com o prefeito da cidade, Wallace Guimarães, e o secretário de Educação do município, Jonas da Silva.