sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Já parou para pensar em como será a escola em 2032?

Iniciativa se propõe a ouvir a opinião dos estudantes para entender o que eles querem para a educação brasileira
Durante o mês de setembro, o Porvir convidou estudantes brasileiros a responderem um questionário on-line sobre como eles gostariam que as escolas fossem em 2032. As respostas dos alunos foram levadas para um debate que um grupo de atores e líderes influentes vem realizando desde o início do ano para construir cenários a respeito de como será a escola do futuro. O grupo engloba educadores, gestores, especialistas e representantes de organizações sociais, mas também quer levar em conta a opinião daqueles que estão estudando hoje.
No total, 175 jovens de 7 a 25 anos responderam a perguntas como: O que deseja que a Escola do Futuro não tenha?; O que você deseja que a Escola do Futuro tenha?; Como você imagina que será a escola em 2032? Eles também foram convidados a postar contribuições em forma de textos, fotos ou vídeos.
Escola do Futuro
As respostas foram diversas, mas algumas palavras e ideias foram recorrentes como o desejo usar mais tecnologia na sala de aula. Sobre o professor, muitos apontaram a necessidade que ele tenha uma melhor remuneração. Também ficou claro que os estudantes não querem ser testados através de provas e a demanda por uma maior liberdade, tanto em relação ao espaço físico, quanto ao conteúdo curricular.
Esse primeiro levantamento foi um piloto para uma pesquisa maior que será realizada em 2015 e que além de estudantes, também pretende ouvir professores, para que eles possam subsidiar toda a discussão de qual caminho a educação brasileira deve traçar e quais práticas pedagógicas estão ligadas ao século 21.
Veja a seguir algumas das respostas:
Como será a escola do futuro?
“A tecnologia presente em sala. Aulas onde os alunos são o centro, não o professor. Os alunos buscam o conhecimento ao invés de absorvê-lo”Maria Victória, 17 anos, São Paulo
“A escola em 2032 será altamente tecnológica, com infraestrutura de primeira. A biblioteca será um grande painel touchscreen em que será possível visualizar todo o catálogo de livros, após a escolha do título será gerado um QR code onde o aluno fará a leitura em seu smartphone/tablet e terá o livro em “suas mãos”. As salas de aula vão ser virtualmente conectadas com o mundo, haverá intercâmbio de informações culturais entre alunos do mundo todo.Todos os alunos irão para a escola através do transporte coletivo, para redução de despesas, de CO² e outros benefícios da coletividade.Se o aluno não estiver se sentindo “bem” (saúde) para comparecer à escola, sua projeção holográfica ao vivo estará presente”Arthur, 17 anos, Rio Grande do Sul
“Todos os alunos vão usar notebooks ao invés de cadernos, todos vão se formar com uma profissão e até uma vaga na universidade. Os professores vão ser mais bem pagos e mais respeitados dentro de sala de aula. Os aluno usarão tablets e o uniforme não seria obrigatório”Letícia, 15 anos, Rio de Janeiro
O que você deseja que a escola do futuro tenha?
“Experiências em diversas carreiras e ambientes de trabalho, professores on-line para responder a toda e qualquer dúvida 24h por dia, todos os dias. Uma rede mundial de escolas para que os alunos sejam incentivados a passar parte de cada ano letivo em um outro país. A possibilidade de eletivas em todas as matérias e pequenos núcleos onde fosse possível a vivência de um pouco do cotidiano de cada profissãoMarianna, 15 anos, São Paulo
“Laboratórios mais completos, tempo para livre recreação, aulas facultativas (de música, teatro, tecnologia, idiomas, etc), aulas ao ar livre, empresas juniores, professores mais bem remunerados e com programas de incentivo. Que tenha cachorros e o dia do animal 4 vezes na semana”Michele, 11 anos, São Paulo
“Mais arvores, mais amor, inspiração e comprometimento por parte dos educadores. Alunos construtores do próprio conhecimento e valores socioambientais”Ana Carla, 19 a 25 anos, Espírito Santo
O que você deseja que a escola do futuro não tenha?
“Professores ruins. Não queremos ser obrigados a receber aulas de péssimos professores, apenas por serem concursados. Queremos ter nas mãos uma forma de assegurarmos a conduta dos mesmos”Pedro Henrique, 17, Bahia
“Provas. Acho que prova não prova nada”Larissa, 19 a 25 anos, São Paulo
“Relações de mercado aplicadas à prática educacional, ceifar o pensamento criativo dos alunos, excessiva preocupação com provas e esquecimento do ‘eu’”
Brenda, 17 anos, Rio de Janeiro
http://porvir.org/porfazer/ja-parou-para-pensar-em-como-sera-escola-em-2032/20141030

Indígenas reivindicam que Educação respeite suas identidades culturais

Da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
Mais de 100 professores indígenas, representando 49 etnias de todas as regiões do país, se reuniram, hoje (29), na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Brasília, para o lançamento do Manifesto sobre Educação Escolar Indígena no Brasil – Por uma Educação Descolonial e Libertadora. A intenção é reforçar o direito a educação específica para esses povos e dar visibilidade à importância que os processos de educação próprios dos indígenas têm na manutenção e preservação de sua cultura e identidade.

"Hoje, o projeto que é apresentado para as escolas das comunidades indígenas é idêntico ao apresentado para o sistema não indígena. Isso não é bom para gente porque a gente perde nossos valores, destratando nossa própria identidade cultural, nossas crenças e religiões”, ressalta Flauberth Guajajara, professor e representante da etnia Guajajara, do Maranhão.

De acordo com Eunice Dias de Paula, missionária do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), para que a preservação desse universo sociocultural dos indígenas seja possível é importante a presença de uma pessoa que transmita, no papel de professor, a cultura daquele povo baseado na vivência e experiência autêntica. "Um professor indígena é fundamental para essa escola funcionar, porque ele faz parte daquela cultura”.

Dados divulgados em 2012, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apontam que a realidade é diferente. O quadro que compõe as 2.954 escolas indígenas, distribuídas em 26 estados, a maioria dos professores é representado por pessoas que não fazem parte daquela sociedade. Os indígenas professores são 7.321 de um total de 15.289, menos da metade.

Eunice avalia que essa situação é reflexo de um desrespeito dos governos, principalmente os estaduais. "No MEC [Ministério da Educação] tem o setor da diversidade onde o pessoal faz força para que o respeito às leis sejam implementadas. O problema todo é que a responsabilidade da educação escolar indígena ficou para os estados e dentro dos estados isso não se efetiva”, ressalta.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-10/indigenas-reivindicam-que-educacao-respeite-suas-identidades-culturais

Projeto Cor da Cultura realiza 3ª edição

ALINE MARQUES
Assessoria/Seduc-MT

A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá, realiza nos dias 04 e 05 de novembro, o III Seminário do Projeto “A Cor da Cultura”. O evento será durante todo o dia nas Faculdades Evangélicas Integradas Cantares de Salomão (FEICS), localizada no Grande Templo, na avenida do  CPA, em Cuiabá. O objetivo é o aprofundamento das questões étnico-raciais, além de compartilhar experiências relevantes realizadas em sala de aula por professores das redes estadual e municipal.

Mais de 400 professores  da rede estadual e municipal são esperados para o evento. Na oportunidade, além das experiências de educadores serão realizadas quatro oficinas e pesquisas das ações desenvolvidas nas escolas da rede. Segundo a gerente de Diversidades Educacionais da Seduc, Ângela Maria dos Santos, uma das unidades visitadas será a Escola Estadual Quilombola Reunidas Cachoeira Rica, de Chapada dos Guimarães. A unidade apresentou o projeto sobre os trabalhos que desenvolve para ampliação de conhecimentos e valorização da cultura e identidade quilombola. Eles receberão a visita da equipe de pesquisa da Cor da Cultura, para conhecimento e divulgação dos resultados desses trabalhos.

Acesse a página da Cor da Cultura

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...