segunda-feira, 26 de maio de 2014

Tecnologia no Ensino: Projeto desafia estudantes a desenvolver pensamento crítico

Professora de ciências na Escola Municipal de Ensino Fundamental 25 de Julho, em Campo Bom, região metropolitana de Porto Alegre, Margarida Telles da Cruz avalia as tecnologias como ferramentas importantes para sensibilizar os alunos. São mecanismos capazes de “fazer mágicas” quando associados a uma boa pedagogia. “Nossos alunos são nativos digitais e já não podem aprender apenas dentro da sala de aula ou fechados em uma biblioteca ou laboratório de informática, com programas de busca na internet”, diz Margarida.
Para a professora, que dá aulas a três turmas do sexto ano e a duas do nono, é necessário levar os estudantes a ter contato com diferentes ambientes para conhecer os diversos ecossistemas, aprender sobre a história desses locais, verificar se está ocorrendo depredação e saber como preservá-los.
De acordo com Margarida, as tecnologias da informação e comunicação (TIC) permitem aos estudantes divulgar fotos, vídeos, relatórios e ações, além de compartilhar com a comunidade questões relacionadas a qualidade e quantidade de água do rio ou à função dos banhados. “Os alunos são desafiados a ir além de respostas simples, a sair dos muros da escola, a desenvolver habilidades de pensar criticamente e a resolver problemas do dia a dia”, destaca.
“Nas saídas de campo, ao filmar, fotografar, observar e comparar, os estudantes podem ter uma nova relação com o ambiente, fazer mapeamento e minimizar impactos como depósitos de lixo, assoreamento, erosão e falta de matas ciliares”, diz a professora. “Além disso, podem trocar informações, pesquisar, discutir, formular e testar hipóteses e tirar as próprias conclusões.” Margarida salienta que os estudantes, ao se apropriarem desse conhecimento, vão se sentir parte da natureza e descobrir razões para a preservação.
Prêmio — Há 27 anos no magistério, com licenciatura plena em biologia, licenciatura curta em ciências e pós-graduação em gestão regional de recursos hídricos, Margarida foi uma das vencedoras da sétima edição do Prêmio Professores do Brasil, com o projeto EcoWeb. Premiado na subcategoria Educação Digital Articulada ao Desenvolvimento do Currículo, o projeto usa as TIC como ferramentas para sensibilizar as pessoas sobre a importância de agir de forma sustentável visando à preservação e à conservação dos diferentes ecossistemas.
Criado em 2011, o trabalho continua. “O projeto está alicerçado em questões como sensibilização, reeducação, comprometimento e mudança de comportamento, o que deve ser retomado constantemente”, justifica a professora.
O projeto envolve alunos da escola, do maternal ao nono ano do ensino fundamental, e de outras unidades de ensino do município, além de grupos de professores. Inclui ainda estudantes com deficiência. “Trabalhamos com alunos que apresentam diferentes níveis de aprendizagem. Uns ajudam os outros e todos se sentem valorizados”, relata a professora. “Usando diferentes tecnologias associadas à sustentabilidade, todos aprendem (dentro de suas limitações) e ensinam os colegas.”
De acordo com Margarida, alunos que muitas vezes não conseguem escrever na sala de aula ou têm dificuldades de acompanhar a turma aprendem com maior facilidade a partir da vivência em práticas de campo. “Com o auxílio de tecnologias, eles podem dar contribuição oral na hora de fazer um relatório, um vídeo, de ajudar na escolha das fotos. Todos se sentem valorizados.”
Os estudantes usam ferramentas tecnológicas como tablets, smartphones, filmadoras, equipamento de GPS e máquinas digitais. Todo o material produzido é postado nas redes sociais — facebook, blogues e twitter do EcoWeb. “A partir das vivências no EcoWeb, consideramos que não temos alunos com problemas de aprendizagem, mas crianças e adolescentes que aprendem de formas e em ritmos diferentes”, analisa a professora. Ela ainda coordena outros projetos, em parceria com o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos) e com a prefeitura.
Fátima Schenini
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20452

Semana da África, 26 a 28 de maio

Dia da África ou a Semana da África, celebrado no dia 25 de maio ou de 26 a 28 de maio, é um evento anual promovido pelas Delegações Africanas Permanentes perante a UNESCO, que visa a aumentar a visibilidade da África, destacando a diversidade de seu patrimônio cultural e artístico.
No Brasil, o Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas celebra esse dia para promover o reconhecimento da importância da interseção da história e da cultura africana com a história e a cultura brasileira, buscando transformar as relações entre os diversos grupos étnico-raciais que formam o país.
Esta celebração é uma oportunidade para se organizar festividades culturais como, exposições artísticas, filmes, apresentações, exposições gastronômicas e noites de gala. É também uma ocasião para se organizar conferências e debates sobre várias questões importantes a respeito do continente africano e das influências desse continente na história e na cultura brasileira.

Veja mais sobre o Programa Brasil - África: Histórias Cruzadas


http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/prizes-and-celebrations/africa-day-africa-week/

Vitor Paro: "A razão da má escola não é a falta de tempo"

Suellen Smosinski
Do UOL, em São Paulo


Vitor Paro é professor titular da
Faculdade de Educação da USP
"Você pode fazer duas horas [de aula] por dia e ter uma educação excelente ou oito horas e ter uma educação porcaria", essa é a opinião de  Vitor Paro, professor titular da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo). Ele se refere à animação (por vezes exagerada e ingênua) em relação à educação integral como caminho para melhorar a qualidade do ensino público.
Logo em seguida, Paro explica que não é contra aumentar o tempo de aula, mas acredita que esse é apenas um dos requisitos para uma educação de qualidade. O pesquisador é um dos autores do livro "Escola de Tempo Integral - Desafio para o Ensino Público"que pode ser baixado gratuitamente na internet.
"A razão da má escola não é a falta de tempo. A escola que está ai não é ruim porque tem pouco tempo, ela é ruim porque tem um método ultrapassado e não existe a preocupação de educar. Só existe a preocupação de passar de ano. A nossa escola não é ruim hoje, ela sempre foi ruim", afirma o professor.

Mais horas na escola

O professor e pesquisador da USP chama a atenção: antes de estender o período dos alunos na escola é preciso pensar na qualidade das atividades. Caso contrário, existe o risco de multiplicar a precariedade por dois -- principalmente na escola pública. Ele aponta que ainda existe uma confusão entre o papel social e o educacional da escola em tempo integral. Muitas vezes o foco está em tirar o aluno da rua em vez de se priorizar a qualidade do ensino, como se fosse suficiente atingir o primeiro.
Para explicar, ele compara o processo de aprendizagem de crianças ricas e de pobres: "As crianças ricas já têm educação de tempo integral, mas não é que a criança tem que ir para a escola e ficar confinada. De manhã, ela tem aula e no outro período ela vai na academia, no futebol, aprende piano, aprende língua, ela tem propriedade de aprender o dia inteiro", diz. 
E ele aponta ainda a importância do ambiente cultural, que é diferente conforme o poder de compra: "Eles [os estudantes de famílias mais ricas] têm acesso a teatros, bibliotecas, ideias mais avançadas. Não é isso que oferecem para as pobres [na escola pública], o que você propõe é que o mesmo que ele faz de manhã ele faça a tarde".
Ainda assim, o professor acredita que os alunos mais carentes acabam tendo uma melhora, pois o tempo adicional também é usado para revisões e brincadeiras, que, segundo ele, são importantes no processo de aprendizagem.

O que é educação integral

Numa escola de tempo integral, o aluno teria sete horas de atividades. E a intenção é que as crianças e os adolescentes possam desenvolver outras habilidades e competências nas horas a mais. O foco estaria não apenas em reforço escolar, mas no desenvolvimento de projetos de esporte, comunicação e artes, sustentabilidade e educação ambiental.
meta do governo federal para 2014 é atender um total de 7 milhões de alunos em 2014 por meio de um programa chamado Mais Educação.

http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/05/22/a-razao-da-ma-escola-nao-e-a-falta-de-tempo-diz-professor-da-usp.htm

Sete universidades dos Estados Unidos disputam aluno de Ourinhos

Jessé Leonardo Justino, de 17 anos, sempre gostou de estudar.
Inglês necessário para estudar fora ele aprendeu no ensino médio.

Do G1 Bauru e Marília


Jessé tem 17 anos e mora em Ourinhos (Foto: Reprodução/TV TEM)

Sete grandes universidades americanas estão disputando um jovem de Ourinhos(SP). Jessé Leonardo Justino, de 17 anos, é estudante de escola pública e foi aprovado em sete universidades das treze em que se inscreveu. E todas com bolsa de estudos.
“Penso seriamente em tentar encontrar soluções para conseguirmos continuar nos desenvolvendo tecnologicamente de uma maneira mais sustentável. A gente não pode consumir recursos naturais de forma desenfreada pra sempre. Os recursos são limitados e a gente precisa mudar alguma coisa. Realmente penso em atuar nesse sentido e também poder fazer que muitos outros brasileiros tenham acesso e oportunidades como as que eu tive”, completou o estudante.
Ele é o filho mais novo de quatro irmãos. O pai, Francisco Cândido Neto, é ferroviário e, a mãe Elisa Justina da Silva Cândido, professora. “Sempre estudou e gostava de estudar. Isso sempre por conta dele”, diz o pai.
Todos os filhos fizeram o ensino fundamental em escola pública e tiveram bolsa integral para o ensino médio em colégio particular. O curso superior também foi feito em universidades públicas. Jessé conquistou vaga nos Estados Unidos. “[Ele] Tem o sonho de fazer uma faculdade lá fora. Tem que ir porque educação é tudo na vida da gente. Tem que buscar sempre o melhor”, enfatiza a mãe.

O inglês necessário para estudar fora ele aprendeu durante o ensino médio e fez uma prova em uma escola de idiomas. Ele recebeu um convite para fazer o curso sem pagar nada e sempre foi um bom aluno. “Participei de olimpíadas avançadas em física na USP São Carlos, Unicamp, e de engenharia mecatrônica na Poli/USP”, conta Jessé.
Brasileiros no exterior
Jessé vai elevar o número de estudantes brasileiros matriculados em universidades norte-americanas. No ano letivo 2012 -2013, o número cresceu 20,4% em relação ao período anterior. São 10.868 pessoas buscando um diploma em universidades americanas. O resultado empurrou o país da 14º para a 11ª posição no ranking dos países que mais enviam alunos para os Estados Unidos. Quem não tem condições financeiras precisa se dedicar para conseguir uma bolsa.
Renata Moraes é gerente de educação em uma entidade mantida por investidores que oferece gratuitamente 50 bolsas preparatórias por ano . Ela explica que a fundação existe há 23 anos e somente em 2014 ajudou 64 estudantes a entrarem em universidades americanas.

Jessé mais uma vez prestou uma prova e conseguiu de graça a preparação que precisava para estudar fora do país. “A gente sempre está procurando alunos que tiveram notas excelentes e que têm histórico pessoal de grande superação. Exatamente esse tipo de aluno que a gente procura para oferecer essas 50 bolsas de preparação todos os anos”, diz.
http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2014/05/sete-universidades-dos-estados-unidos-disputam-aluno-de-ourinhos.html

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...