quinta-feira, 10 de novembro de 2016

ENSINO MÉDIO: Prazo de adesão para Escola em Tempo Integral vai até o dia 25


Termina em 25 de novembro o prazo para as secretarias estaduais de educação de todo o Brasil aderirem ao Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral para o Ensino Médio, lançado pelo Ministério da Educação, em setembro, por meio da Medida Provisória 746. Trata-se de uma iniciativa pioneira em termos de políticas públicas, via governo federal.
O cronograma, formulário para adesão e documentos orientadores foram enviados pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC aos secretários estaduais de educação e também ao Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) no início desta semana.
Conforme exigências da Portaria nº 1.145, de 10 de outubro de 2016, além do termo de adesão e o formulário do plano de implementação, os secretários devem enviar ao MEC, até 25 de novembro, os seguintes documentos: plano de gestão escolar; planejamento pedagógico; proposta de plano de diagnóstico e nivelamento, e o plano de participação da comunidade nas escolas. Instruções para a elaboração desses planos constam no formulário do plano de implementação.
Cada secretaria estadual de educação deverá submeter sua inscrição e apresentar ao MEC, para análise, uma proposta pedagógica, incluindo o estudo e mapeamento das escolas a serem contempladas. A migração de todas as turmas de cada escola para a nova proposta de escolas integrais poderá ocorrer de uma única vez ou de maneira gradual. “Os estados selecionados deverão realizar um diagnóstico inicial acadêmico dos alunos e prever um plano de nivelamento para os que apresentarem defasagem”, informa o secretário da SEB, Rossieli Soares da Silva.
Recursos – O MEC fomentará esta política com investimentos na ordem de R$ 1,5 bilhão, ao longo de dois anos, chegando a 500 mil novos estudantes de ensino médio no regime de tempo integral até 2018. “Uma escola em tempo integral, até por sua carga horária diferenciada, tem custo de operação superior a uma escola regular”, destaca Rossieli. “Desta maneira, para induzir esse tipo de escola e entendendo o momento fiscal dos estados, decidimos subsidiar a operação de um volume de escolas, por estado.”
Segundo o secretário da SEB, a intenção é estabelecer uma forma atrativa de fazer escola, cabendo aos estados arcar, desde o início, com toda a operação e seus custos. “Pela experiência de outros estados, três a quatro anos é o tempo que leva para uma escola integral atingir a plenitude de seus resultados acadêmicos e, também, é um tempo razoável para que os estados consigam se planejar para absorver estes custos sem maiores sobressaltos”, esclarece.
A admissão dos alunos deverá ocorrer por proximidade da escola pública de origem ou local de moradia. Já as escolas e regiões de vulnerabilidade social ou com baixos índices sociodemográficos deverão ser priorizadas no momento da seleção.
“As escolas em tempo integral existentes hoje nos Estados foram implementadas por iniciativa própria. Esta política de fomento à educação em tempo integral terá apoio efetivo para a expansão nas redes estaduais de todo o país, com uma proposta baseada não apenas em mais tempos de aula, mas sim, em uma visão integrada do estudante”, destaca o secretário da SEB.
Qualquer dúvida das secretarias estaduais sobre a adesão pode ser encaminhada ao MEC por mensagem eletrônica.  
Assessoria de Comunicação Social 

Como problemas com os pais afetam a vida escolar dos filhos?

A educação infantil engloba uma série de aspectos, que se estende além ao ensino escolar. Sua formação pessoal se desenvolve no contato mais íntimo da criança com seus cuidadores, portanto, o papel dos pais neste processo é fundamental, uma vez que são os primeiros a fazer parte de sua rotina.
O comportamento das crianças e adolescentes reflete seu relacionamento parental. Se mal resolvido, pode acarretar sérios problemas à sua saúde mental. Segundo a vice-presidente do Departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Dra. Denise de Sousa Feliciano, muitas doenças físicas e psicológicas estão ligadas às questões emocionais, ou até mesmo potencializadas por elas. “Crianças até os três anos possuem a mente fortemente ligada aos pais, o que pode afetar tanto as questões básicas, como sono e alimentação, quanto seu comportamento. Elas estão altamente sensíveis ao ambiente familiar, à questão dos pais e suas dificuldades”, explica.
Na escola, o primeiro contato entre as crianças é parte do que aprenderam ou viram em casa. Esse contato com o outro em grupo estimula o desenvolvimento de seu psiquismo e amplia as experiências de sua rotina familiar, mas não a substitui. “Muitas vezes, os pais querem delegar à escola o papel de educar a criança e definir limites para ela. A escola não consegue abranger questões éticas ligadas aos valores da família, ela lidará com a socialização, convivência e competências da criança, que contribui para sua identidade, porém os principais valores são advindos de seus familiares”, afirma a Dra. Denise.
Com um acompanhamento atento do pediatra, os pais, especialmente os de primeira viagem, podem reconhecer seus limites, facilitando a aceitação de uma ajuda externa por parte de um psicólogo, quando necessário. A psicanalista afirma que não é preciso uma assistência psicológica da criança sem precedentes, porém, os pais não podem ignorar se o filho demonstrar sinais de algum problema.
Muitas vezes, problemas emocionais são comunicados pela criança e adolescente através de seu comportamento e rotinas funcionais (alimentação, sono, excreções, etc.), mas são tomados como uma situação passageira e deixam de ser atendidos, fazendo com que esses conflitos se tornem mais agudos e significativos. Por isso, é fundamental se atentar ao que ocorre nessa fase, saber os problemas que estão enfrentando, pois, uma vez deixados de lado, reaparecerão no futuro como algo muito mais grave em termos psicológicos.
Em crianças pequenas até 3 anos o atendimento psicanalítico é feito com toda a família, são as consultas terapêuticas pais-bebê. Mas é
importante que o encaminhamento seja feito à um psicanalista com formação nessa modalidade de atendimento. “Nunca é tarde para um pedido de ajuda, mas quanto mais cedo puder ser atendido, menores serão os desdobramentos e complicações para o desenvolvimento da saúde mental da criança. Por isso, os pais devem ouvir as dificuldades na rotina familiar como um pedido de socorro. Um profissional qualificado pode auxiliar nesse processo, contribuindo para sanar as dificuldades do relacionamento entre pais e filhos”, esclarece a Dra. Denise.

http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2016/11/como-problemas-com-os-pais-afetam-vida-escolar-dos-filhos

Educadores criticam foco profissionalizante da MP do Ensino Médio

Educadores criticaram, nesta quarta-feira (9), a medida provisória que reforma o ensino médio (MP 746/16). Em debate promovido pela comissão mista que analisa a matéria, eles questionaram a ênfase do texto em disciplinas profissionalizantes e a ausência de critérios para melhorar a formação de professores.
A MP permite que as escolas ofereçam, após a conclusão do ciclo de matérias básicas, formação específica com foco em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Audiência pública (interativa) da Comissão Mista sobre a MP 746/16, que reforma o currículo do ensino médio. Coordenadora do Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio, Monica Ribeiro da Silva
Monica Ribeiro da Silva: ensino médio não pode ser visto como cursinho preparatório para a universidade ou para o mercado de trabalho
Para a coordenadora do Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio, Monica Ribeiro da Silva, a ideia de fatiar o currículo em cinco áreas fere a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9.394/96). “A proposta destrói aquilo que a lei conseguiu consagrar: de que o ensino médio não é um cursinho preparatório para o ensino superior e nem para o mercado de trabalho”, argumentou.
Ainda segundo ela, os jovens querem um currículo que corresponda ao contexto em que vivem, com destaque para questões de ciência, tecnologia e política, sem “tapar o sol com a peneira”. “Eles desejam aprender geopolítica para entender as guerras, querem aprender sobre desigualdades sociais e relações de gênero. Como posso reduzir essa necessidade a noções de ética, office e vocação profissional? ”, indagou.
Na opinião da presidente da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope), Iria Brzezinski, a reforma defendida pelo governo consiste em grave à formação da juventude, “Teste vocacional é algo do século XVIII. Na prática, a proposta configura um retrocesso de décadas ao instituir, sob o argumento da flexibilização, uma precarização do ensino”, sustentou.
Com esses comentários, as debatedoras dados da Pesquisa Repensando o Ensino Médio, apresentada pela qual a demanda dos alunos do ensino médio se concentra em matérias voltadas para a vida profissional, economia, informática, administração e noções financeiras.
Formação dos professores
Para o representante do Movimento Todos pela Educação, Olavo Nogueira, a reforma do ensino médio vai além de matérias tratadas na medida provisória e esbarra no desafio de aprimorar a formação de professores, tema que, na avaliação dele, deveria ser incluído no texto.
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Audiência pública (interativa) da Comissão Mista sobre a MP 746/16, que reforma o currículo do ensino médio. Gerente de Projetos do Movimento Todos pela Educação (TPE), Olavo Nogueira Filho
Olavo Nogueira: MP esbarra no desafio de melhorar a formação dos professores
“Nenhum outro fator é mais crítico que a ausência de professores”, apontou Nogueira. Ele informou que, segundo levantamento do Ministério da Educação (MEC) de 2015, 53,7% dos docentes do ensino médio, ou seja, 192 mil profissionais não tinham proficiência adequada nas disciplinas que lecionavam. A deficiência de formação é mais grave em física e sociologia.
Ocupações 
Durante o debate, a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, criticou a decisão do MEC de acionar a Advocacia-Geral da União (AGU) para cobrar multa das entidades representativas dos estudantes pelos prejuízos causados com o adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
“O MEC não consultou os representantes das ocupações para dialogar sobre garantias para a realização das provas”, declarou. “Desde o princípio, o adiamento do Enem foi uma medida para culpar os ocupantes das escolas”, completou.
Além da reforma do ensino médio defendida pelo governo Michel Temer, os movimentos estudantis são contra a proposta que limita os gastos da União por até 20 anos (PEC 241/16).


ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Marcelo Oliveira




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http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/519160-EDUCADORES-CRITICAM-FOCO-PROFISSIONALIZANTE-DA-MP-DO-ENSINO-MEDIO.html

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