quinta-feira, 22 de maio de 2014

Baixo rendimento de alunos faz prefeitura de SP repensar escola modelo para País

Na Amorim, alunos escolhem
o que querem aprender a partir de
um roteiro de estudo
Considerada como um modelo de gestão da educação no Brasil, a escola municipal Desembargador Amorim Lima, localizada na zona oeste de São Paulo, vem apresentando resultados ruins nos principais índices oficiais que ajudam a medir o nível de apropriação de conhecimento pelos alunos. A situação levou à prefeitura de São Paulo a repensar agora o formato experimental adotado pela unidade de ensino fundamental desde 2003.
A postura do governo pode ser vista pela comunidade escolar como o duro golpe à lógica pedagógica seguida pela unidade, baseada no ideário das escolas democráticas. Na Amorim Lima, não há provas, os professores não seguem o currículo oficial e os alunos têm a autonomia de decidir os assuntos que vão estudar.
Uma das principais medidas que a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME) vai propor é o retorno de avaliações aos estudantes da unidade. A previsão é que a escola passe a fazer avaliações bimestrais para ser melhor monitorada pela prefeitura, como já ocorre nas demais escolas municipais. Desde que conseguiu apoio e autorização da prefeitura para adotar um regime diferente das outras unidades da rede, há 11 anos, os estudantes da Amorim Lima não fazem provas. Eles são avaliados por professores a partir da participação em atividades e realização de projetos durante as aulas. 
Mesmo com tais inovações, que contam ainda com salas sem paredes e integração de estudantes de séries diferentes em um mesmo salão, apenas 30% dos mais de 100 alunos do 5º ano conseguiram aprender o que é considerado como adequado em leitura e interpretação de textos. O porcentual é inferior à média das escolas da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo, do Estado e até do Brasil. Em matemática, só 15% dos alunos do 9º ano aprenderam o adequado. O ideal era que ambos os índices alcançassem pelo menos 70%. 
"Agora chegou o momento da cobrança mais efetiva. Exigiremos da escola uma prestação de contas mais quantificada [sobre o desempenho dos alunos]. Vamos cobrar da Amorim Lima uma melhoria nos índices. Não é possível, que o garoto que estuda numa escola como ela, não saiba fazer uma conta ou que tenha um desempenho tão básico", afirma Fernando Almeida, diretor de Orientação Técnica (DOT) da SME.

Continue lendo: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2014-05-22/baixo-rendimento-de-alunos-faz-prefeitura-de-sp-repensar-escola-modelo-para-pais.html

Escolas "modelo" investem em infraestrutura, gestão e professores

Lucas Rodrigues
Do UOL, em São Paulo

Se houvesse uma receita para alcançar a qualidade do ensino, ela teria três ingredientes essenciais: infraestrutura adequada,  boa gestão e professores com boa formação.
Essa foi a conclusão de um encontro entre representantes de quatro colégios brasileiros públicos e privados realizado nesta quarta-feira (21) na Educar/Educador, que acontece em São Paulo. As experiências foram escolhidas por conta de seu bom desempenho no Enem por Escola.
Diretora da escola Sesc de ensino médio desde 2008, Cláudia Fadel diz que o projeto foi inspirado nas escolas-residência pelo mundo. "No começo falavam qual aluno e qual professor iriam querer morar na escola", lembra.
Hoje a instituição, que é gratuita, possui 500 estudantes que são selecionados por meio de uma prova de nível nacional. As escolas do Sesc têm um nível bastante diferente das escolas públicas brasileiras: boa infraestrutura, turmas pequenas (no máximo 15 alunos), aulas de de segunda a sábado e professores de dedicação integral. 
Para o coronel Fabio Facchinetti Freire, que representava os colégios militares, é inviável fazer educação de qualidade sem uma boa infraestrutura presente nas instituições. "Nas 12 unidades do Colégio (Militar do Exército) tentamos garantir condições materiais, dimensões humanas, que seriam professores bem selecionados com uma proposta de carreira, e dimensões simbólicas, como valores e costumes", conta.
No Colégio Rio Branco, em São Paulo, uma das iniciativas que mais vem dando resultados é a aproximação da escola com a família, segundo a diretora-geral, Esther Carvalho. Outra escola particular, St. Paul's School, que tem foco no estudo bilíngue, também investe "na construção de relacionamentos de confiança, entre os alunos, professores e o corpo administrativo". Segundo Paul Morgan, vice-diretor da escola, que fica em São Paulo, o grande desafio da escola é preparar as crianças e os adolescentes não só para os exames nacionais, mas também o SAT, dos EUA.

Desafios da educação

Os representantes das escolas concordam que outro ponto importante para o sucesso de uma instituição é a boa formação dos professores. "Admitir que não sabe é o maior passo para a capacitação", diz Cláudia, da escola Sesc.
Francisco Cordão, conselheiro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, acredita que o investimento para a melhoria da educação no Brasil começou apenas na segunda metade do século passado.
"Estamos com educação ruim, que precisa melhorar muito. Mas essa de hoje é muito melhor do que a anterior. Havia dois tipos de escolas, uma para as elites condutoras do país e outra para os filhos dos operários", opina.
Cordão lembra ainda que embora a constituição republicana de 1891 tenha elegido como uma das cláusulas pétreas o fim do analfabetismo, o próximo Plano Nacional de Educação continua com a mesma cláusula.
Para ele, um dos desafios é assegurar que todo currículo seja interdisciplinar, onde os conteúdos mantenham permanente diálogo entre si, e contextualizado, para fazer sentido ao aluno.

http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/05/21/escolas-modelo-investem-em-infraestrutura-gestao-e-professores.htm

Programa pode ajudar governo na construção de creches


Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade


Programa idealizado por participantes da segunda edição do Hackathon Dados Educacionais pode ajudar o governo a construir creches em áreas de maior necessidade. O instrumento mostra aos gestores públicos as áreas de maior carência de acordo com o nível de renda, de desemprego e de desenvolvimento humano. O chamado GeoEdu ficou em segundo lugar na competição. 
Dois integrantes do grupo, Rafael Rocha e Rafael Crespo, têm uma startup, empresa de inovação tecnológica, no Rio de Janeiro, onde trabalham com educação infantil. Eles se juntaram a Marcelo Reis, de São José dos Campos (SP). "Sabemos da necessidade de creches no Brasil. Uma criança não aprende, não tem desenvolvimento adequado para continuar os estudos, se enturmar, sem a educação infantil", explica Rocha.
Em todo o país, dados de 2011 mostram que o atendimento em creches chegava a 22,95% das crianças até 4 anos de idade. Segundo o Censo da Educação Básica, esse número correspondia a 2,3 milhões de crianças. Em 2013, a oferta aumentou em 500 mil vagas e o atendimento chegou a 2,7 milhões. Ainda assim, os problemas estão em todo o país. O atendimento terá que praticamente dobrar para atender à meta de 50% até 2020, prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso Nacional.
Rocha explica ainda que além de mapear as regiões para os gestores, o programa oferece informações aos pais. Eles poderão acessar as creches que já existem e verificar a situação de cada uma. "Qualquer um vai poder entrar no site, fazer uma busca pela cidade, ver uma lista de creches e verificar se têm estrutura, se oferecem alimentação, berçário. A intenção é que a própria população use o instrumento para fazer pressão. Mostrar que quer melhores condições".
Os integrantes apresentaram um protótipo na maratona e ainda vão se reunir e decidir pela continuidade do projeto.
A segunda edição do Hackathon ocorreu no último fim de semana. Participaram 38 pessoas, entre programadores, desenvolvedores de sistemas, estudantes, professores e outros profissionais. Os projetos inscritos foram avaliados em relação ao interesse público da iniciativa, à criatividade, à qualidade técnica e à aplicabilidade no trabalho desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inpe). Os três primeiros colocados receberão bolsas da Fundação Lemman de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente.
O primeiro lugar foi para a iniciativa Dados Abertos API. Trata-se de uma interface que vai facilitar o acesso aos dados do Inep. Luís Leão, um dos integrantes do grupo que criou o projeto, explica que atualmente para ter acesso aos microdados da Prova Brasil ou do Exame Nacional do Ensino Médio, por exemplo, é necessário baixar um arquivo pesado, descompactá-lo, instalar um programa e seguir um manual para conseguir visualizar os dados.
"A interface vai possibilitar o acesso online, sem precisar baixar os arquivos. Além disso, será possível atualizar os números sem precisar baixar novos arquivos", diz Leão. O API pode ser acessado na internet.
O terceiro lugar ficou com o Cultiveduca, voltado para a formação dos professores. Com o programa, é possível verificar por município a porcentagem de professores com ensino fundamental, ensino médio e ensino superior e pós completos. A intenção é orientar os gestores para a oferta de formação continuada. "O nosso objetivo é identificar onde estão os professores sem nenhuma formação continuada e aqueles que ainda não têm ensino superior completo. Até agora, é possível verificar por município. Pretendemos chegar a nível de escola", diz o integrante do grupo Breno Neves.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-05/programa-pode-ajudar-o-governo-na-construcao-de-creches

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...