segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Ministro lança Olimpíada de Língua Portuguesa

O ministro da Educação, Henrique Paim, participa nesta segunda-feira, 24, do lançamento nacional da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, às 18 horas, no Itaú Cultural, em São Paulo. O programa busca aprimorar a prática didática de professores de Língua Portuguesa da rede pública em todo o Brasil com o objetivo de desenvolver competências de escrita nos alunos e contribuir com a qualidade do ensino.

O período de inscrições da quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa começa nesta segunda-feira, 24, e termina em 30 de abril. A Olimpíada é mais que um concurso de textos, já que realiza ações de formação de professores para atividades com gêneros de escrita. Mesmo professores que participaram de edições anteriores e que já estejam cadastrados no portal deverão fazer sua inscrição. Para que o professor possa participar do concurso é preciso que a secretaria estadual ou municipal de Educação – dependendo da rede à qual esteja vinculado – faça a adesão ao projeto no mesmo período de inscrição.

Prêmios – A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro vai distribuir prêmios nas etapas estadual, regional e nacional a estudantes, professores e escolas públicas.

Etapa estadual - Os professores inscritos e os alunos autores dos 500 textos semifinalistas selecionados na etapa estadual receberão os seguintes prêmios: professor – medalha e cupom para retirada de um ou mais livros na livraria montada no local do encontro regional; aluno – medalha e cupom para retirada de um ou mais livros na livraria montada no local do encontro de semifinalistas.

Etapa regional – Serão distribuídos os seguintes prêmios: professor – medalha e um tablet; aluno – medalha e um tablet; escola participante – placa de homenagem.

Etapa nacional – Os professores inscritos e os alunos autores dos 20 textos selecionados na etapa nacional receberão os seguintes prêmios: professor – medalha, um notebook e uma impressora; aluno – medalha, um notebook e uma impressora; escola participante: 10 microcomputadores, uma impressora, um projetor multimídia, um telão para projeção e livros.

Histórico – Em 2008, a Olimpíada de Língua Portuguesa se tornou política pública de educação, sob a coordenação do MEC, em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). A olimpíada teve origem no programa Escrevendo o Futuro, desenvolvido pela Fundação Itaú Social, entre 2002 e 2006, em edições bienais, que contaram, naquele período, com a participação de mais de 3,5 milhões de estudantes em todo o país.

Na segunda edição, em 2010, a olimpíada teve a participação de mais de 7 milhões de alunos da educação básica, 60,1 mil escolas públicas e 239,4 mil professores; em 2012, na terceira edição, foram 5 milhões de alunos, 40 mil escolas públicas e 90 mil professores. 

Assessoria de Comunicação Social


http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20258

PEC inclui na Constituição direito a educação especial para altas habilidades (superdotação)

Desde 2013, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) já prevê esse direito para os alunos com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Arquivo/Gustavo Lima
Paulo Wagner
Paulo Wagner: “a melhor forma de salvaguardar esse direito é incluindo-o no texto constitucional”.
A Câmara dos Deputados analisa a Proposta de Emenda à Constituição 336/13, que inclui no texto constitucional que alunos com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação também têm direito a atendimento educacional especializado. Atualmente, aConstituição prevê esse tipo de atendimento somente para pessoas com deficiência (artigo 208).
A PEC também inclui na Constituição que o atendimento especializado ocorrerá em todas as faixas etárias e níveis de ensino, em condições e horários adequados às necessidades do aluno.
O autor da proposta, deputado Paulo Wagner (PV-RN), ressalta que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei 9.394/96) já estendeu aos alunos com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação o direito à educação especial. A inclusão ocorreu por meio das alterações promovidas com a Lei12.796/13.
Para o parlamentar, no entanto, “a melhor forma de salvaguardar esse direito é incluindo-o no texto constitucional”.
Tramitação
Inicialmente, a proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) quanto à admissibilidade. Se aprovada, terá de ser analisada por comissão especial criada unicamente para essa finalidade. Posteriormente, será votada em dois turnos pelo Plenário.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Maria Neves
Edição – Pierre Triboli







http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/462593-PEC-INCLUI-NA-CONSTITUICAO-DIREITO-A-EDUCACAO-ESPECIAL-PARA-SUPERDOTADOS.html

Projeto que institui residência pedagógica para professores deve ser votado na terça

Da Redação


Em reunião na terça-feira (25), às 10h, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) deverá examinar, em caráter terminativo, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 284/2012, que institui a residência pedagógica para os professores da educação básica.
O projeto altera o artigo 65 da Lei 9.394/1996 - que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional – e determina que aos professores habilitados para a docência na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental será oferecida a residência pedagógica, etapa ulterior de formação inicial, com o mínimo de 800 horas de duração, e bolsa de estudo.A discussão do projeto, de autoria do senador Blairo Maggi (PR-MT), teve início no último dia 18. A proposição tem como relator o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), favorável à proposta com emenda.
http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/02/21/projeto-que-institui-residencia-pedagogica-para-professores-deve-ser-votado-na-terca

Educação Infantil: Aprendendo com Cachinhos Dourados

Para especialista em educação infantil, experiências lúdicas, incluindo os contos de fada, são a melhor forma de ensinar as crianças


Para uma criança, se sentar e ouvir o professor explicar por que um alimento muda de temperatura pode ser muito chato. Mas, quando esse tipo de informação é importante para ajudar Cachinhos Dourados a comer um prato de mingau nem muito quente nem muito frio, a situação muda de figura. Aprender, nesse caso, deixa de ser algo aparentemente sem sentido e se torna crucial para ajudar a simpática garotinha que invadiu a cabana de uma família de ursos na floresta. E se a solução pode ser buscada em parceria com os coleguinhas, a partir de uma série de brincadeiras que inclui até mesmo preparar um prato de mingau com areia e construir um forno de micro-ondas, a escola se transforma numa grande — e instrutiva — aventura.
A descrição não é nada absurda. Ela resume um dos projetos de pesquisa da especialista em educação infantil Marilyn Fleer, professora do Departamento de Educação da Universidade Monash, na Austrália. Depois de visitar inúmeras escolas, observar professores em salas de aula e registrar, em muitas horas de vídeo, a reação de alunos, Fleer tornou-se convencida de que a brincadeira e a liberdade criativa são as melhores ferramentas do ensino.
Baseada na teoria de Lev Vygotsky (1896-1934), bielo-russo pioneiro no estudo do desenvolvimento infantil, Fleer garante que brincar está longe de ser um passatempo inconsequente para os pequenos. Quando transforma um pedaço de madeira em um cavalinho, um menino e uma menina estão pensando de forma abstrata, afirma, realizando um exercício parecido com o de usar, mais tarde, um outro pedaço de madeira como régua para medir objetos.

Em um de seus estudos mais recentes, a professora investigou se os contos de fada podem ser uma boa forma de trabalhar conceitos científicos no início da infância, com alunos entre 3 e 4 anos. Ao colocar em prática o projeto em uma escola australiana, ela e sua equipe puderam observar que histórias fantasiosas como a de Cachinhos Dourados são uma poderosa forma de envolver as crianças na busca por conhecimento. “Elas ficam tão ligadas ao conto que se sentem motivadas a encontrarem soluções para os problemas dos personagens. Elas realmente querem ajudar o herói, o que as torna emocionalmente engajadas”, conta.
Ao visitar Brasília recentemente para palestras na Universidade de Brasília (UnB) e no Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCeub), a convite do professor das duas instituições Fernando González Rey, Fleer conversou com o Correio sobre seus estudos, a teoria de Vygotsky, o ensino científico para crianças e a importância da educação infantil.


A senhora baseia seus estudos  na teoria de Vygotsky. O que ele  ensinou de mais importante  sobre a educação de crianças?
Muitas coisas. Mas, em termos de pedagogia para crianças, destacaria seu trabalho sobre o brincar e a definição que ele deu à brincadeira. A literatura tradicional assumia que as crianças brincam de uma forma predeterminada, mas Vygotsky disse que, na brincadeira, crianças e professores criam juntos uma situação imaginária, na qual o significado de objetos e ações podem ser mudados. E isso é muito importante na relação entre brincadeira e aprendizado. Em sua teoria, quando uma criança pega um pedaço de madeira e o transforma em um cavalinho, faz algo parecido com usar um pedaço de madeira como uma régua para medir as coisas. A medida também é algo abstrato, desenvolvido culturalmente, não existe na natureza. Da mesma forma, a brincadeira é algo construído. Por isso, o jeito de brincar é diferente em cada país, porque não é algo natural, biológico.

Foi essa concepção de brincadeira  que a levou a investigar se os  contos de fada são uma boa  forma de ensinar conceitos  científicos para crianças?

Sim. Por que escolhi os contos de fada? Eles são uma importante tradição em muitas comunidades, e sua carga dramática faz com que a criança responda emocionalmente à história e se identifique com os personagens. Ao mesmo tempo, eles têm a vantagem de permitir à criança entrar e sair daquela situação. Ela se envolve, mas, se fica com medo, pode se afastar. Outros autores que trabalham com a teoria de Vygotsky já argumentaram que esse gênero é um importante apoio ao desenvolvimento infantil, então considerei interessante investigar como ligá-los ao aprendizado de conceitos científicos. E o que acontece é que as crianças ficam tão ligadas ao conto que se sentem motivadas a encontrarem soluções para os problemas dos personagens. Elas realmente querem ajudar, o que as torna emocionalmente engajadas. E isso é experimentado de forma coletiva.

Isso é interessante, porque  Vygotsky dizia justamente que o  aprendizado envolve a emoção,  não é um processo  apenas racional.
Exato. A cognição não funciona isoladamente. Tudo que aprendemos está em um contexto, há sempre uma dimensão social envolvida. Seus sentimentos influenciam seus pensamentos e vice-versa. E nós estamos sempre respondendo emocionalmente ao nosso pensamento e pensando sobre nossos sentimentos. Não é possível separar um do outro, não é assim que funcionamos como seres humanos. Esse é um ponto com o qual concordo totalmente com Vygotsky e que torna seu trabalho tão útil.

Deveríamos, então, considerar a  importância da brincadeira  também em outras fases do  ensino? Hoje, ainda parece mais  fácil deixar as crianças  aprenderem dessa forma na  pré-escola. Mas, quando elas  chegam ao 1º ou 2º anos, estão  com 6, 7 anos, surge uma  necessidade de tornar o  ensino algo “sério”.
Há vários indícios de que as crianças têm um aprendizado mais rico quando você muda as condições de ensino, saindo dessa forma mais “séria” e as deixando viver experiências de aprendizado criativas, seja por meio do teatro e da arte, seja por alguma outra forma. Em Vitória (estado australiano), por exemplo, existe uma escola para crianças de até 12 anos que se destaca nesse aspecto. E, quando outros colégios recebem os alunos que saem de lá, os novos professores ficam admirados, pois são estudantes motivados, interessados, curiosos. Eles perguntam: “O que tem na água desta escola? O que é feito lá?”.

Continue lendo:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ultimasnoticias_geral/33,104,33,95/2014/02/18/me_gerais_interna,413395/aprendendo-com-cachinhos-dourados.shtml

Declaração para um novo ano

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