sexta-feira, 13 de abril de 2018

Professores e estudante representam MT no 11º Encontro Internacional de Astronomia e Astronáutica

Grupo apresenta projeto de robótica que tem como objetivo fazer o lançamento de um foguete
Yuri Ramires Seduc-MT 

O resultado do estudo teórico e prático da física, por meio da robótica e da astronáutica, levou o aluno Mishel Laurenti Mulleta, a professora Silvana Copceski e a diretora Leniuza de Souza, da Escola Plena Ramon Sanches Marques, em Primavera do Leste (a 231 km da Capital), para o 11º Encontro Internacional de Astronomia e Astronáutica, que ocorre desde a última quinta-feira (12.04), em Campos do Goytacazes, no Rio de Janeiro.
Mishel, um dos alunos protagonistas da escola, vai apresentar o seu projeto de robótica, que tem como objetivo fazer o lançamento de um foguete. Ele está sendo orientado pela professora Silvana, conhecida pela sua paixão pela astronomia. Pela primeira vez no encontro, o estudante contou que ficou nervoso no início, mas que o resultado, após o segundo dia, já era muito gratificante. “Gostei muito de estar aqui, é um momento de muito aprendizado. Uma experiência ótima”, disse.
Na troca da experiência o jovem precisou se comunicar em inglês, além de várias oportunidades dentro da robótica, como lançar um balão meteorológico.
“Além disso pude aprofundar ainda mais no estudo do nosso projeto de Caça Asteroides. Já achei um, inclusive. Mas, além de todo o conhecimento que vamos adquirindo, tem também as amizades que estamos fazendo”, lembrou.
O projeto de Caça Asteroides é orientado pela professora Silvana, que também apresentou o balanço do trabalho desenvolvido pelo projeto em duas escolas do município. O coordenador da iniciativa, o americano Patrick Miller, da Hardin-Simmons University, do Texas (EUA), esteve presente no encontro.
“É muito gratificante participar de um evento como esse. Estamos aprendendo ainda mais e vamos levar na bagagem muitos projetos para serem colocados em prática nas escolas”, lembrou Silvana.
Caça Asteroides
O projeto está sendo aplicado também, além da Escola Plena Ramon Sanches, na Escola Estadual Jada Torres, atingindo um grupo de 60 estudantes. A caça é realizada por meio de uma plataforma que contem imagens enviadas por um telescópio de 1.8 metros, localizado em Haleakala, no Hawai.
As imagens são analisadas pelo programa Astrometrica e assim são identificados os asteroides. Segundo a professora, no ano passado, os alunos encontraram 18 asteroides e, a partir do trabalho, começaram a desenvolver ações de matemática, física e astronomia.
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Professores de escolas estaduais compartilham experiências de MT na conferência de Harvard

Os profissionais atuam em uma escola de Cuiabá e Várzea Grande
Rosane Brandão Seduc-MT 

Compartilhar experiências exitosas realizadas nas escolas de Mato Grosso e conhecer novas metodologias para serem trabalhadas com seus alunos. Foi com esse objetivo que dois professores da rede estadual participaram, na semana passada (6 e 7.02), da Brazil Conference at Harvard & MIT, em Bostom (EUA).
Os professores Flávia Goulart Pinto, que leciona Língua Portuguesa na EE Zélia da Costa Almeida, em Cuiabá, e Ivan Gontijo, que ensina Matemática na EE Governador José Garcia Neto, Várzea Grande, integram a rede estadual por meio do Programa de Formação de Liderança e Inovação Metodológica, da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), em parceria com a Organização Não Governamental (ONG) Ensina Brasil. 
Eles são destaques em suas comunidades escolares pelos trabalhos desenvolvidos e metodologias diferenciadas que usam para atrair e prender a atenção dos alunos em sala de aula. E foi justamente por esse trabalho diferenciado que os professores foram convidados para participar da conferência. O convite partiu do movimento “Todos pela Educação”, que tem como uma das principais bandeiras a valorização do professor.
Na conferência, os dois professores participaram da mesa “Educação Já”, que contou também com a participação de várias personalidades ligadas à área de educação para discutir políticas públicas para o setor. “Foi um debate de alto nível, com a participação de pessoas muito experientes na área. Nós professores falamos da nossa realidade e como é o nosso dia a dia em sala de aula. Além disso, debatemos como é possível contribuir para melhorar a educação no nosso país”, ressaltou Flávia Goulart.
Segundo a professora, um dos pontos principais compartilhados no evento foi a metodologia de trabalho que ela usa com os alunos na escola Zélia Costa. “Primeiramente verifico de onde vem cada um e o que eles mais gostam de fazer. A partir dessas informações adapto meu conteúdo de trabalho com a realidade deles”.
Ela citou como exemplo a metodologia que usa para explicar aos alunos o uso dos porquês. “Eles gostam muito de ouvir funk, gênero musical muito popular entre os jovens. Então resolvi criar uma música com esse ritmo, explicando como usar os porquês e foi sucesso entre eles”.
Ela acredita que essa troca pode ser incluída como formação continuada do professor. “Trazer experiências de outras comunidades e compartilhar práticas pedagógicas que dão certo pode enriquecer o trabalho do professor”, acrescenta.
Para o professor Ivan Gontijo, os professores precisam de espaços como esse realizado em Harvard, em que podem debater melhorias para a educação. “É raro participarmos de eventos com debates educacionais em que o professor pode ser ouvido de um modo geral. Pra mim, foi uma honra muito grande estar em Harvard, representando os professores do Brasil e a minha escola”.
O professor também contou um pouco da sua experiência na escola de Várzea Grande. “Trabalho com os alunos em uma metodologia baseada em aulas pouco expositivas, mas que os alunos vão descobrindo a matemática por eles mesmo. Nas minhas aulas utilizo muitas atividades lúdicas, com jogos e brincadeiras, pois acredito que a matemática pode ser muito divertida para os alunos”.
O professor explica que já está com um novo projeto para trabalhar este ano na escola. Ele vai promover um curso gratuito para os alunos que pretendem participar do processo seletivo do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT). 
O Programa de Formação de Liderança e Inovação Metodológica é uma iniciativa do Governo do Estado em parceria com a ONG Ensina Brasil. Todos os participantes são graduados e passaram por um processo de seleção rigoroso, que teve mais de 3.300 inscritos, antes de serem contratados como professores temporários especialistas. Os participantes recebem formação diferenciada e tutoria pedagógica ao longo de dois anos. 
O objetivo do programa é atrair talentos com vocação para educação e formá-los para que futuramente assumam posições de liderança nessa área. A ideia do programa é que a experiência de ser professor e dar aula seja a base dessa formação, em busca de vencer os desafios vividos por educadores e gestores nas escolas públicas e de gerar transformação positiva na vida dos estudantes. 
Flávia Goulart destaca que o mais gratificante em ser professor, além de ensinar, é ajudar o aluno a realizar sonhos. “A partir do momento em que falamos para o aluno ‘eu acredito em você’, ele também passa a creditar e não tem mais barreiras para os seus sonhos. Esse é meu trabalho e o meu legado desses dois anos, que ficarei em Cuiabá, quero o aluno entenda que não existe nada que ele não possa conquistar”, disse a professora, 24 anos, graduada em Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Hoje ela cursa Letras, com habilitação em Português na Faculdade Anhaguera.
O trabalho da professora tem dado resultados positivos e conquistodo os alunos. “Gosto bastante da aula dela, pois é diferenciada. Ela brinca, faz a gente se sentir à vontade e isso incentiva a estudarmos mais”, disse a aluna Rizia Naindra Gonçalves, 17 anos, acrescentando que ficou encantada com o relato da professora. “Ela faz a gente acreditar que tudo é possível”.
“As aulas dela são incríveis. As brincadeiras cativam o aluno e a gente aprende de modo divertido”, completa Kamilla Nunes, 16 anos. “É isso que eu quero, fazê-los acreditar que estão na melhor escola e podem ser os melhores”, observou Flávia Goulart.
Brazil Conference
A Brazil Conference at Harvard & MIT é realizada pela comunidade brasileira de estudantes em Boston para promover o encontro com líderes e representantes da diversidade do Brasil, com a missão de encontrar soluções inovadoras para o futuro do país. Em 2018, a missão foi levar para Boston pessoas que falam sobre iniciativas que estejam acontecendo, para ajudar na mudança do país.



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