sexta-feira, 24 de maio de 2019

Estudante de Osório premiada nos EUA será nome de um asteroide: 'Muito inacreditável'

Por Carolina Cattaneo, G1 RS
Juliana se emociona ao receber o anúncio de que havia ganho o prêmio — Foto: ISEF/Divulgação
A estudante gaúcha Juliana Estradioto, de 18 anos, egressa do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), será nome de um asteroide. A oportunidade é dada para os vencedores que ficam em primeiro e segundo lugar em cada categoria da International Science and Engineering Fair (Isef), evento considerado a maior feira de ciências do mundo.
A jovem ficou em primeiro lugar na categoria de Ciências Materiais. O resultado foi anunciado na sexta-feira (17), no evento que ocorreu em Phoenix, no Arizona, Estados Unidos. A feira contou com a participação de mais de 1,8 mil estudantes de ensino médio de 80 países.
"Muito inacreditável. Parece mentira, nunca pude imaginar que ia conseguir primeiro lugar nesta premiação. Fico muito realizada em representar como investir nos jovens é importante. Quanto ao asteroide, é muito impactante. Quando eles anunciam a premiação, eles mostram um vídeo com cientistas importantes que deram seus nomes a asteroides", afirmou Juliana ao G1.
Foi a terceira vez que Juliana participou do evento. Ela elaborou a pesquisa vencedora quando cursava Técnico de Administração Integrado ao Ensino Médio no Campus Osório do IFRS, no Litoral Norte do estado, segundo informou a instituição. A pesquisa teve orientação da professora Flávia Twardowski e coordenação do professor Thiago Maduro.
"Muito orgulhosa de ter acompanhado toda essa caminhada dela. Desde que ela entrou no Instituto [Federal do Rio Grande do Sul], é orientada por mim. Viajamos várias vezes juntas em competições. É uma honra ser professora dela e poder ter apresentado a importância da pesquisa", conta Flávia.
O programa Ceres Connection, em parceria com o MIT Lincoln Laboratories, dá nome de estudantes e professores premiados para asteroides. Desde 2001, mais de 4 mil objetos receberam nomes dos vencedores.
"Eu já tinha participado da feira outras vezes. É um marco poder estar lá. Ter participado da pesquisa no ensino básico mudou minha vida. Um dos meus sonhos é que todos os jovens possam ter esse tipo de contato com a pesquisa", acrescenta Juliana.
"A ciência tem que ser mais popular. Foi muito importante para mim, a educação e a ciência são transformadoras."


Premiação na feira

O estudo de Juliana aborda o aproveitamento da casca da noz macadâmia para confeccionar uma membrana biodegradável, que pode ser utilizada em curativos de pele ou em embalagens, substituindo o material sintético. Além de contribuir com a sustentabilidade, o material é mais econômico. 
"Material bem multifuncional, que tem potencial e pode ser explorado de muitas formas. São utilizados em curativos, então pode auxiliar na medicina, na saúde das pessoas. A ciência está ligada ao cotidiano e deve ser valorizada", conta Juliana.
Juliana se credenciou para participar do evento norte-americano ao participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em março deste ano, na Universidade de São Paulo (USP).
No evento, o projeto da gaúcha conquistou o 1º lugar em Ciências Agrárias, o 2° lugar no Prêmio Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e o Prêmio Destaque Unidades da Federação como melhor trabalho do estado.
No ano passado, ela havia recebido o prêmio de Jovem Cientista na categoria Ensino Médio, com o projeto "Desenvolvimento de um filme plástico biodegradável a partir do resíduo agroindustrial do maracujá", também desenvolvido no IFRS.

https://g1.globo.com/rs/

Prêmios de Alfabetização da UNESCO de 2019 estão abertos para inscrições e indicações

A UNESCO abriu para inscrições e indicações os seus Prêmios Internacionais de Alfabetização que, neste ano, irão reconhecer programas e indivíduos que promovam de maneira excepcional a alfabetização ao redor do mundo sob o tema Alfabetização e Multilinguismo.


Desde 1967, os Prêmios Internacionais da UNESCO de Alfabetização reconhecem iniciativas de excelência e inovação no campo da alfabetização. Mais de 490 projetos e programas realizados por governos, organizações não-governamentais e indivíduos ao redor do mundo já foram premiados e apoiados em seus excelentes trabalhos.

O multilinguismo é um bem tanto para a alfabetização quanto para o desenvolvimento educacional em geral e, em particular, para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS4) e a sua meta 4.6 que trata da qualidade inclusiva e da expansão do acesso à educação. A educação multilíngue facilita o acesso à educação enquanto promove equidade para as minorias que falam línguas não-oficiais e indígenas, especialmente meninas e mulheres.

Por meio desses dois prestigiados prêmios, a UNESCO apoia a eficiência de práticas de alfabetização e encoraja a promoção de sociedades alfabetizadas para diminuir a lacuna de aproximadamente 750 milhões de analfabetos.

A UNESCO possui dois diferentes prêmios de alfabetização:

O Prêmio UNESCO-Rei Sejong de Alfabetização (dois premiados) foi estabelecido em 1989 e é apoiado pelo Governo da República da Coréia. Ele considera especialmente programas que focam no desenvolvimento e na utilização da língua materna na alfabetização durante a educação e treinamentos.

O Prêmio UNESCO-Confúcio para a Alfabetização (três premiados) foi criado em 2005 e é apoiado pelo Governo da República dos Povos da China. Esse prêmio reconhece programas que promovem a alfabetização de adultos, especialmente em áreas rurais e jovens que estão fora das escolas, especialmente meninas e mulheres.

Cada um dos vencedores dos prêmios recebem uma medalha, um diploma e 20 mil dólares.

Quem pode se candidatar e quem pode indicar?

Governos, organizações não-governamentais e indivíduos são convidados a participar. Todos os formulários de inscrição devem ser submetidos às entidades de indicação, como Comissões Nacionais da UNESCO no país do programa, ou alguma ONG que já tenha parceria oficial com a UNESCO. Os formulários de inscrição devem ser submetidos por meio de uma plataforma online. Informações detalhadas sobre o processo de candidatura e indicação podem ser encontradas no site dos Prêmios Internacionais de Alfabetização da UNESCO.
Todos os programas e projetos devem obedecer os critérios de seleção (link em inglês) para serem considerados.

Governos dos Estados-membros da UNESCO e Organizações Não-Governamentais em parceria oficial com a UNESCO são encorajados a levar em consideração indivíduos, instituições e organizações que tenham feito contribuições excelentes para a promoção da alfabetização e que tenham requisitado a indicação.

O prazo para encaminhar as candidaturas para as entidades de indicação vai até 16/06/2019, a meia noite do horário de Paris (19h do dia 15/06/2019, no horário de Brasília). O prazo para que as entidades de indicação submetam as suas indicações para a UNESCO vai até 23/06/2019, a meia noite do horário de Paris (19h do dia 22/06/2019, no horário de Brasília).

As indicações serão avaliadas um júri internacional independente, composto por cinco especialistas nos critérios de seleção (link em inglês). Com base nas recomendações do júri, a Diretora-Geral da UNESCO, Audrey Azoulay, irá selecionar os finalistas para a cerimônia de premiação que acontecerá por ocasião do Dia Internacional da Alfabetização (08/09/2019).

•    Veja outras informações no site dos Prêmios
•    Contato: literacyprizes(at)unesco.org

http://www.unesco.org/

Policias e professores reivindicam regras especiais na reforma da Previdência

Tema foi discutido nesta quinta-feira (23) em audiência pública da comissão especial que analisa a proposta do governo
Policiais e professores apresentaram nesta quinta-feira (23) aos deputados da Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 6/19) argumentos que, segundo as categorias, justificam regras especiais para as suas aposentadorias.
Eduardo Ferreira: professores enfrentam turmas superlotadas e estão expostos
a situações que afetam a saúde física e psíquica
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O assessor político e jurídico na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Eduardo Ferreira, disse que a fixação de uma idade mínima de 60 anos para os professores, sem diferenciação entre homens e mulheres, prejudica a categoria, que é formada em sua maioria por mulheres – 88% nas prefeituras –, que hoje se aposentam, em média, com 50 anos, a atual idade mínima.
Ferreira também criticou o aumento do tempo de contribuição de 25 para 30 anos. Ele salientou que os docentes enfrentam turmas superlotadas, salários baixos, são recordistas em licenças médicas e têm, em média, 24 horas por semana de sala de aula. Na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada por países desenvolvidos, a média seria de 19 horas.
Ele acrescentou que o tempo de contribuição de 30 anos é maior que o dos trabalhadores em geral, que é de 25 anos no caso do setor público, e de 20 anos, no setor privado. “O professor que está em sala de aula possui a maior carga de trabalho e está exposto a todos os agentes que mexem com seu lado físico e psíquico. Não é justo ter de ficar mais tempo em classe dos que os demais, que não estão nessas condições”, afirmou Ferreira.
Atividades de risco
Por sua vez, o vice-presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, Luciano Leira, pediu regras similares às oferecidas aos militares, já que, sustentou ele, o risco que enfrentam é semelhante. O dirigente informou ser favorável à criação da idade mínima de 55 anos, mas defendeu uma transição justa e sem aumento futuro.
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre as categorias com Critérios Diferenciados de Aposentadoria. Vice-Presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, Luciano Soares Leiro
Para Luciano Leira, policiais devem ter direito a regras similares às dos militares
“Não é possível que a segurança pública seja tratada dessa forma pelo governo federal, sendo um dos pilares da campanha presidencial. Além de Jair Bolsonaro, praticamente todos os deputados e governadores fizeram da segurança uma das bandeiras de suas plataformas”, comentou.
Oficiais de Justiça, agentes dos Detrans e guardas municipais também solicitaram terem as mesmas regras dos policiais. Já os vigilantes querem que o texto mantenha o critério atual da periculosidade para aposentadorias diferenciadas.
Déficits
Para Emerson Garcia, da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, os servidores públicos não devem ser diferenciados dos demais trabalhadores com a criação de contribuições extraordinárias. Essas contribuições temporárias seriam utilizadas para cobrir déficits futuros.
“O servidor público acabará arcando com um déficit que não é culpa dele. Vai arcar com a incompetência do gestor, com o fisiologismo político; e, ao final, tudo isso é discricionariedade administrativa”, comentou.
Especificidades
A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) afirmou entender as especificidades de cada categoria, mas ressaltou que outros trabalhadores também enfrentam riscos e não têm direito a aposentadoria especial por conta disso.
“Quantas classes e categorias teremos de criar? Percebo que todas têm a sua razão. Professores enfrentam situações horrorosas em sala de aula, porém operadores de telemarketing e o pessoal da construção civil também enfrentam dificuldades”, apontou. “Não estou desqualificando de maneira nenhuma tudo o que vocês trouxeram. No entanto, meu questionamento é: não somos todos especiais?”, continuou.
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre as categorias com Critérios Diferenciados de Aposentadoria. Secretário Especial Adjunto de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Gutierre Nogueira
Narlon Nogueira: aposentadorias diferenciadas impactam estados e municípios
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que não basta garantir os direitos atuais dos segurados especiais. Segundo ela, caso o regime de capitalização seja aprovado, todos terão aposentadorias ainda menores no futuro.
Estados e municípios
O secretário-especial adjunto de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Nogueira, informou que os servidores com aposentadorias diferenciadas impactam principalmente as despesas de estados e municípios. No Rio Grande do Sul, seriam 70% do total.
Nogueira disse ainda que os professores da rede pública que faleceram em 2003 receberam seus benefícios por 9 anos em média. Em 2017, esse total teria subido para 17 anos.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Marcelo Oliveira


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