terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Escolas públicas devem receber livros didáticos até fevereiro

Até o dia 10 de fevereiro, as escolas públicas devem receber os livros didáticos. As obras já começaram a ser distribuídas e, segundo o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), 57% foram entregues.
Esses recursos são voltados para os alunos do 6º ao 9º ano, que são os contemplados pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) em 2014. A cada ano, um grupo de séries é beneficiado com os livros reutilizáveis, que serão recebidos este ano e trocados apenas em 2017. Cabe aos estudantes o cuidado com eles, para que possam ser usados por outros colegas no próximo ano. Todos os anos, o FNDE repõe os livros estragados e compra aqueles para consumo, ou seja, que ficam com o aluno, nesse caso para todas as séries.Para este ano, há uma novidade no material: os objetos educacionais digitais. São jogos, vídeos e outros recursos disponibilizados em DVDs, que poderão ser livremente copiados pelos estudantes. Além disso, as ferramentas estarão disponíveis na internet, podendo ser acessadas por qualquer pessoa. Segundo o FNDE, 45% dos livros têm materiais digitais.
"O livro do PNLD, em geral, é melhor em qualidade que as editoras oferecem para o setor privado. A maioria das inovações que tem no setor público é replicado no privado, e não o contrário", diz o diretor de Ações Educacionais do FNDE, Rafael Torino.
Segundo dados do Censo Escolar de 2012, a educação básica no país tem 50,5 milhões de estudantes. Desses, 42,2 milhões, o equivalente a 83%, estão em escolas públicas.
Cada livro didático para os centros de ensino foi comprado a um preço médio de R$ 7,63. O livro mais caro custou, por unidade, R$ 26,19.
Em 2013, o governo investiu R$ 1,12 bilhão na compra de 137,8 milhões de livros pelo PNLD.
As compras do governo, em grande quantidade, pesam no faturamento das editoras. Segundo a presidenta do Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), Sônia Machado Jardim, elas representaram 26% do faturamento total do setor, em 2012. O levantamento de 2013, quando foram comprados os livros para este ano, ainda não foi concluído.
"O programa é essencial e indispensável para oferecer conhecimento de forma gratuita aos alunos da rede pública", diz Torino.
Mãe de duas alunas da rede pública do Distrito Federal - Elisa, de 10 anos, e Lívia, de 15 anos - a dona de casa Lilian de Jesus Soares conta que não teria condições de comprar todos os livros. "Eu sempre incentivei meus filhos a estudar. Se está difícil para quem estuda, imagina para quem não estuda. No ano passado, tive que comprar um livro extra de R$ 25 e quase não dei conta", disse a dona de casa, beneficiária do Bolsa Família. 
Luthier Carlos Henrique Gomes Clemente, pai de Maria Clara, 8 anos, relata que não gasta com livros, economiza para a compra de material que precisa ser adquirido pelo próprio aluno, como lápis, caneta e borracha. "Tudo que o governo puder fazer na parte de educação é válido", diz, acrescentando que os gastos com material escolar chegam a R$ 500.

http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/01/16/escolas-publicas-devem-receber-livros-didaticos-ate-fevereiro.htm

Em ano de Copa, futebol vira tema de aula

Bárbara Ferreira Santos - O Estado de S.Paulo

Projetos vão usar esporte na grade curricular na rede municipal das 12 cidades-sede

Em ano de Copa do Mundo no Brasil, o futebol vira ferramenta de aprendizado nas salas de aula de todo o País. Nas cidades-sede do torneio, as redes municipais de educação já têm parceria com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) e com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) para dois projetos que usam o esporte na grade curricular.
O projeto "Fifa 11 pela Saúde" foi implementado em agosto em Curitiba como piloto para as outras 11 cidades-sede. Nele, 32 professores de 15 escolas receberam um treinamento de cinco dias sobre como usar o futebol para ensinar saúde e bem-estar às crianças. Instrutores do México, da Colômbia, de Belo Horizonte e de Curitiba deram o treinamento. Durante 13 semanas, 370 alunos da rede municipal receberam aulas de 90 minutos sobre fundamentos da modalidade e sobre saúde.
Agora, entre 3 e 7 de fevereiro, esses docentes farão um novo treinamento para ensinar colegas de profissão de todo o País. No dia 10, eles se dividirão entre São Paulo, Brasília e Natal para treinar 242 professores de Educação Física das redes municipais das outras cidades-sede.
No dia 17, o programa começa oficialmente nas escolas, que vão ganhar coletes, cones e cartões de atividades. Os alunos vão ouvir 11 mensagens gravadas de jogadores de futebol, como Lionel Messi, Neymar, Cristiano Ronaldo e Marta.
O projeto foi criado em 2009 e ganhou fôlego na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. Já foi aplicado na Colômbia, México, Botsuana, Namíbia, Tanzânia e até nas Ilhas Salomão, entre outros países. No Brasil, ganhou apoio dos Ministérios da Educação (MEC), do Esporte, da Saúde e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). "Esse projeto começou na África do Sul na Copa e existe até hoje naquele país. A ideia é que se torne fixo nas escolas do Brasil em 2015", diz o coordenador operacional do projeto no País, Diogo Netto.
Redação. Desde o ano passado, a OEI está fazendo em 19 dos 23 países-membros - não participam apenas Cuba, Guiné Equatorial, Porto Rico e Venezuela - um projeto de ensino de valores sociais por meio do futebol, com atividades sobre resolução pacífica de conflitos e trabalho em equipe, por exemplo. Além de uma cartilha para os professores e alunos, a entidade lançou uma competição de redação entre estudantes de 12 a 14 anos desses países com o tema "Uma Copa do Mundo, um Mundo em sua escola". Os 32 alunos vencedores farão uma viagem ao Rio em abril. No País, concorrem alunos das redes municipais das 12 cidades-sede. Três brasileiros serão selecionados. Rio e Brasília já fizeram suas competições regionais. As demais cidades devem indicar os vencedores até março.
"Contratamos especialistas para fazer as atividades pedagógicas e as adaptamos para a realidade dos países. No Brasil, incluímos temas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Secretaria de Direitos Humanos (SDH)", diz a coordenadora de cooperação técnica da OEI, Cláudia Baena. No Brasil, o projeto tem parceria do MEC e da SDH.
Além da bola. A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo participa dos dois projetos. Para o "Fifa 11 pela Saúde" serão indicados 11 professores dos Centros Educacionais Unificados (CEUs). Todos os alunos da rede podem participar da competição de redação da OEI.
Além de alterar o calendário escolar para que as férias coincidam com a Copa e ter metade das creches funcionando no período, a rede usará o tema nas salas de aula. "Com a reforma da educação, trabalharemos focados em projetos. Uma das sugestões é trabalhar com o tema 'O que rola além da bola'", diz o secretário, César Callegari. 

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,em-ano-de-copa-futebol-vira-tema-de-aula,1123326,0.htm

UNESCO: Qualidade de professores e equidade no ensino são os temas do Relatório do Educação para Todos 2013/2014

O Relatório de Monitoramento Global de Educação Para Todos – EPT, publicado anualmente pela UNESCO, terá seu lançamento mundial na Etiópia e no Brasil simultaneamente no dia 29/01/2014, das 9h às 13h. Aqui, o evento de lançamento acontecerá em Brasília, no auditório do Museu da República, Esplanada dos Ministérios, com um seminário onde os resultados do Relatório serão apresentados e discutidos. O título da publicação deste ano é “Ensinar e aprender: alcançar a qualidade para todos”.

Criado para monitorar as Metas de EPT (*) até 2015, limite máximo para serem atingidas conforme estabelecido por 164 países no Fórum Mundial de Educação de Dakar, em 2000, o Relatório de Monitoramento Global do EPT 2013/2014 traz uma atualização do progresso do cumprimento das metas e conta com uma novidade: esta edição inclui o monitoramento do item financiamento para o alcance das Metas em âmbito global. O foco é a importância da equidade e da qualidade da educação, com atenção especial à formação dos professores, que são os pilares para o enfrentamento da crise na educação e no planejamento das políticas educacionais do Pós-2015.
Para a Coordenadora de Educação da Representação da UNESCO no Brasil, Rebeca Otero, o lançamento do Relatório de Monitoramento de EPT “é uma oportunidade de reunir os principais representantes e especialistas da educação e de fomentar o debate sobre a educação no Brasil, na América Latina e Caribe e no mundo”.
O evento de lançamento terá entrada livre, mas limitada à capacidade do auditório. As inscrições podem ser feitas até o dia 22/01/2014 pelo e-mail: t.guerra(at)unesco.org
(*) Metas do movimento Educação para Todos
Os seis objetivos aprovados durante a Conferência de Dacar de 2000 a serem alcançados até 2015:
  1. Cuidados na primeira infância e educação
  2. Educação primária universal (EPU)
  3. Habilidades para jovens e adultos
  4. Alfabetização de adultos
  5. Paridade e igualdade de gênero
  6. Qualidade da educação

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...