terça-feira, 10 de maio de 2016

Brasil e Portugal lançam acervo online de bibliotecas nacionais


Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil
 
Conhecer o acervo da Biblioteca Nacional de Portugal, incluindo originais da Torre do Tombo, que guarda arquivos históricos das navegações e da chegada dos portugueses ao Brasil, em Lisboa, já é possível sem precisar cruzar o Oceano Atlântico.

Reprodução da capa da edição de 1572 de Os Lusíadas, de Camões, disponível na íntegra no portal Biblioteca Digital Luso-Brasileira
Reprodução da capa da edição de 1572 de Os Lusíadas, de Camões, disponível na íntegra no portal Biblioteca Digital Luso- Brasileira
Reprodução/Biblioteca Digital Luso-Brasileira 
Por meio de uma parceria com a Biblioteca Nacional, o acervo das duas instituições está sendo digitalizado e colocado à disposição do público na internet. São milhares de títulos dos dois países, incluindo jornais e revistas, que podem ser acessados a qualquer hora do dia, de qualquer lugar do mundo. A expectativa é atrair cerca de 100 mil acessos por mês.

O material está reunido no portal Biblioteca Digital Luso-Brasileira, disponível a partir de hoje (10), com mais de 2 milhões de documentos, sob domínio público, de várias épocas e gêneros. Entre eles, a primeira edição de Os Lusíadas, de Luís de Camões, de 1572, e a Carta de Abertura dos Portos, de 1808, assinada pelo príncipe regente, Dom João de Bragança, quatro dias após a chegada da família real à Salvador.

“É a primeira iniciativa a reunir coleções de língua portuguesa, preservando o material – porque, no momento que você digitaliza, você evita o manuseio do original – e o mais importante, democratizando o acesso”, disse a coordenadora da biblioteca, Angela Bettencourt.

O acervo da Biblioteca Luso-Brasileira conta também com obras de 30 instituições de Portugal e mais 20 do Brasil, incluindo o Real Gabinete de Leitura, fundado por imigrantes portugueses no Rio, em 1837. O prédio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Estadual.

Esta é a primeira vez que bibliotecas de países de língua portuguesa se juntam para disponibilizar seus acervos conjuntamente e buscam se igualar a outras iniciativas mundiais. Na Europa, a Biblioteca Digital Europeia – Europeana, tem o maior acervo digital do mundo, com mais de 53 milhões de títulos entre livros, desenhos, pinturas, mapas, vídeos e fotos.

De acordo com a coordenadora, o próximo passo é integrar acervos de países de língua portuguesa de outros países e o primeiro deve ser Moçambique. “Eles já vieram aqui fazer um estágio e, provavelmente, serão os primeiros a se juntar nesta iniciativa”. A Biblioteca Digital Luso-Brasileira foi concebida em software livre.
 
Edição: Luana Lourenço

http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2016-05/brasil-e-portugal-lancam-acervo-online-de-bibliotecas-nacionais

domingo, 1 de maio de 2016

Pesquisa mobiliza jovens a pensar na escola dos sonhos

Iniciativa do Porvir e da Rede Conhecimento Social busca escutar estudantes e promover reflexão sobre como conectar a educação com a realidade do jovem do século 21

por Redação  28 de abril de 2016
O que os jovens pensam da escola e como eles gostariam que ela fosse? Para estimular estudantes de 13 a 21 anos de todos os estados do país a pensar sobre suas experiências de aprendizagem e ouvir seus desejos em relação à educação, foi lançada hoje, dia 28 de abril, o Dia da Educação, a pesquisa Nossa Escola em (Re)Construção. A escuta é uma iniciativa do Porvir, programa do Instituto Inspirare que completa quatro anos na mesma data, em parceria com a Rede Conhecimento Social, realizadora da metodologia PerguntAção, utilizada para a consulta.
“Quando discutimos educação, normalmente consultamos adultos: gestores, diretores, professores, pais. Nossa intenção é dar voz aos alunos e mobilizá-los para que reflitam sobre o seu papel na escola e sobre as características que elas devem ter para promover aprendizado e desenvolvimento com sentido. Queremos entender o que o aluno do século 21 espera da educação”, afirma a diretora do Inspirare, Anna Penido.
questionário online, que estará disponível até o dia 30 de junho, vai perguntar qual é a percepção dos jovens em relação à escola atual e como eles acham que ela pode estimular mais o seu aprendizado, respeitar suas características individuais, ser inovadora e contribuir com a sua felicidade. A grade curricular, os conteúdos, as metodologias pedagógicas, os recursos usados para ensinar e aprender e o formato das salas de aula são alvo do estudo. Além disso, a escuta também quer saber se há espaço para participação do jovem nas decisões da escola e se eles de fato participam.
Quando discutimos educação, normalmente consultamos adultos: gestores, diretores, professores, pais. Nossa intenção é dar voz aos alunos e mobilizá-los para que reflitam sobre o seu papel na escola e sobre as características que elas devem ter para promover aprendizado e desenvolvimento com sentido
A consulta utiliza a metodologia PerguntAção, que envolve o público pesquisado em todas as etapas do processo, desde a reflexão sobre o tema, a concepção do questionário, a mobilização para a coleta de respostas e a análise dos resultados. A Nossa Escola em (Re)Construção começou a ser concebida em uma oficina de 4 horas com um conselho orientador, formado por profissionais com experiência em educação e processos de escuta de jovens. Fazem parte deste conselho Ana Lúcia Lima, do Instituto Paulo Montenegro, Andrelissa Ruiz, da Fundação Tide Setúbal, Camila Khoury, da AIESEC, Carla Mayumi, da Box 1824 e Talk Inc., Ives Rocha, do CEDAPS, Rosi Rosendo, do IBOPE Inteligência, Marilse Araújo, da Ação Educativa, e Renan Ferreirinha, do Mapa Educação.
Posteriormente, um grupo de 25 jovens de diferentes perfis, das cinco regiões do país, se reuniu em São Paulo, para debater sobre suas escolas, seus anseios e propor as perguntas para o questionário, que depois foi refinado pela equipe do Porvir e da Rede Conhecimento Social e pelo conselho orientador.
“O PerguntAção é um processo de construção participativa de consultas de opinião para gerar mobilização. É diferente de uma pesquisa tradicional porque aqui queremos ter resultados não só no final, mas no próprio processo de elaboração de todas as etapas, gerando muito debate, sempre de forma colaborativa com o próprio público alvo. Quem melhor do que os próprios jovens para dizer o que perguntar para os estudantes sobre a escola dos sonhos?”, diz Marisa Villi, cofundadora da Rede Conhecimento Social.
Dois jovens integrantes do grupo que ajudou a construir a pesquisa e vai mobilizar outros estudantes a refletirem sobre a escola dos sonhos vão participar de uma transmissão ao vivo no dia 28 de abril, às 11h, na página do Porvir no Facebook.
crédito: Porvir
Resultados
Os resultados quantitativos da mobilização e a análise das respostas serão divulgados em agosto deste ano. Além dos dados gerais da escuta no Brasil, também será possível analisar as respostas por escola ou organização social/coletivo de jovens com pelo menos 50 participantes. “A ideia é que o questionário também se torne uma ferramenta para que os professores e as escolas ouçam os seus alunos e promovam debates. Nosso sonho é que mudanças concretas aconteçam em escolas de todo o Brasil a partir da escuta dos jovens”, explica Tatiana Klix, editora do Porvir.
São parceiros de divulgação e mobilização da iniciativa o evento Bett Brasil Educar, a revista Nova Escola, o portal Catraca Livre e a Escola de Notícias. Outras instituições que desejem receber resultados segmentados da pesquisa ou apoiar a divulgação e mobilização devem entrar em contato com o Porvir pelo email porvir@porvir.org ou pelo telefone  11 3813-7719 Ramal 19

http://porvir.org/pesquisa-mobiliza-jovens-pensar-na-escola-dos-sonhos/

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...