quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Sintep Cuiabá convoca Assembleia Geral


A  direção do Sintep Subsede de Cuiabá  convoca  os trabalhadores da rede municipal de ensino das escolas e creches para uma Assembleia Geral,  que tem como pauta a campanha salarial  de 2014. 

Esta importante atividade sindical será realizada no dia 21,  às 14:30h na EE Liceu Cuiabano. Participe. 

Quem participa, delibera.

João Custódio
Presidente

Jogos melhoram comportamento e assimilação do conteúdo


Lucas Rodrigues
Do UOL, em São Paulo
Ensinar habilidades socioemocionais, como disciplina, organização, cooperação e autocontrole, pode ser mais fácil com a ajuda de jogos. Professores ouvidos pelo UOLafirmaram que essa prática melhora o comportamento dos alunos e a assimilação do conteúdo.
"Os que estimulam a violência e a agressividade para resolver problemas não são adequados. Mas aqueles que ajudam a seguir regras, comunicar-se, negociar e resolver problemas são muito bons", diz Alessandra Turini Bolsoni Silva, professora de psicologia clínica e do desenvolvimento da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), de Bauru.
As escolas Cruz de Malta e Padre Moye, em São Paulo, contam com a metodologia da Mind Lab, empresa israelense que utiliza jogos de raciocínio para o desenvolvimento dessas habilidades.
 
Os professores têm encontros de 45 minutos por semana com os alunos nas chamadas aulas de "Mente Inovadora", onde introduzem os conceitos de jogos de tabuleiro como bloqueio, damas, octi e abalone.
 
Leila Romero, docente de matemática na Cruz de Malta, afirma que houve um estranhamento quando sua escola aderiu ao programa. "Tudo que é novo assusta um pouco. Os pais perguntavam o que era isso, se seus filhos teriam aula de jogo", diz. "Mas sempre quis implementar jogos em sala porque tem tudo a ver com o desenvolvimento de raciocínio."
 
Elizabete Márcia, professora de matemática e ciências na escola Padre Moye, ensinou a metodologia com jogos de tabuleiro para seus alunos no 2º ano do ensino fundamental e conseguiu acompanhar o desenvolvimento deles ao longo de sete anos.
 
"Pude perceber um crescimento emocional e social. Além da melhor assimilação dos conteúdos, eles estão aprendendo a ter atenção antes de tomar qualquer atitude", avalia.
 
As escolas parceiras do projeto participam de uma Olimpíada Internacional, onde alunos de vários países que utilizam a metodologia com os jogos se reúnem para reforçar os conceitos aprendidos em sala de aula. As duas equipes brasileiras que disputaram a competição foram premiadas.
Conheça alguns métodos de habilidades socioemocionais, clique no link abaixo.
http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/08/21/jogos-melhoram-comportamento-e-assimilacao-do-conteudo.htm

A educação e a formação dos valores

A educação empreendedora tem por base valores morais, que devem permear todas as atividades e atitudes em sala de aula, tanto dos alunos quanto dos professores. 
Um dos elementos que distinguem uma educação de qualidade, de excelência  e que realmente resulte duradoura e positiva para nossos educandos são as práticas de valores. Estes não se referem a ideias ou conceitos. Muitas vezes o professor, na melhor das intenções, confunde o princípio de valores com a prática de apresentar conceitualmente para os alunos o que é a fraternidade, a justiça ou a diversidade, porém essa é a parte visível do ensino de valores. Aprendemos valores quando os vivenciamos, assim percebemos que, efetivamente, praticamos esses conceitos nas escolas. 
O que são valores, então? Valores são uma espécie de bússola interior, ou um eixo norteador, que nos aproxima ou nos afasta de pessoas, experiências e atitudes, percebidas como positivas ou negativas, de acordo com o critério de avaliação do que seja importante para nós. É o valor da justiça que nos afasta de um comportamento inadequado - ao descontar na nota de uma prova um comportamento não adequado de um aluno em sala de aula, por exemplo -, assim como é o valor da fraternidade que nos faz nos aproximar de um aluno que percebemos muito calado em sala de aula, demonstrando um genuíno interesse por ele. 
António Damásio, em seu livro "E o Cérebro Criou o Homem", mostra que o cérebro precisa perceber que um conceito, um conhecimento ou um dado são realmente significativos para que recrute e direcione neurônios e perceba que aquele conhecimento é importante. Então, somos movidos de acordo com o neurologista, por um valor biológico, ou seja, se biologicamente nosso corpo não sente que determinado conhecimento é realmente importante, o aprendizado não é fixado de modo profundo. Por isso, muitas vezes o ensino de valores acaba não tendo uma efetividade. 
Os valores são importantes para o professor, pois o definem como pessoa e o ajudam a perceber como lidar com os alunos, os colegas, a instituição, na sociedade e até na vida pessoal. 
Eles também são relevantes para que o professor perceba qual é a importância e o valor que está imprimindo em sua matéria. Se o educador não mostrar que aquela matéria é importante e significativa para os alunos, dificilmente o cérebro deles vai incorporar esse conhecimento. 
E, finalmente, o valor se mostra relevante quando o professor valoriza o aluno, quando cuida, respeita, age de maneira zelosa e com consideração. E, assim, fundamentalmente, o valor se mostra ainda mais profundo quando o professor valoriza a vida, o respeito, a natureza e a aplicação daquilo que foi ensinado para melhoria da sociedade como um todo.

http://educacao.uol.com.br/colunas/leo-fraiman/2014/08/21/a-educacao-e-a-formacao-dos-valores.htm

LEO FRAIMAN

Leo Fraiman é psicoterapeuta, escritor e palestrante. É autor da Metodologia OPEE, adotada atualmente por mais de 150 escolas em todo o Brasil, e também do livro "Como Ensinar Bem", pela Editora OPEE, além de outros títulos publicados nas áreas de Orientação Profissional, Familiar e de Educação. Site: leofraiman.com.br

Educação integral: uma proposta para o nosso tempo

A entrevista com Lino de Macedo, professor do Programa de Pós-graduação em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano da Universidade de São Paulo (USP), é resultado do debate realizado em São Paulo no Encontro Regional de Educadores "Educação integral: experiências que transformam", contemplado nas ações de formação de 2012 pelo Prêmio Itaú-Unicef. Esse conteúdo é um dos textos que compõem a publicação Educação integral: experiências que transformam – subsídios para reflexão. (Veja abaixo o link para obter a publicação)




Livre-docente (1983) em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), Lino de Macedo é membro da Academia Paulista de Psicologia e professor titular aposentado (desde agosto de 2011) do Instituto de Psicologia da USP. Atualmente é professor e orientador no Programa de Pós-graduação em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano da USP.





Como o senhor vê as dificuldades hoje dos professores trabalhando a integralidade com os alunos no período da aula?
Lino de Macedo: Nós ainda raciocinamos de forma disciplinar, sobretudo do Ensino Fundamental II para frente. E mesmo no Fundamental I. É um professor especialista, que trabalha temas diferenciadamente.
O desafio da educação integral é adotarmos, dentro do possível, uma perspectiva interdisciplinar, mesmo dentro da sala de aula. Por exemplo, o pensamento que toma decisões, que argumenta, que calcula os riscos, não é privilégio da Matemática. Comportar-se na sala de aula de modo adequado e frutífero – frutífero é aquilo que faz bem e adequado é aquilo que é conveniente –também não é privilégio de nenhuma disciplina. Conversar é bom, mas dependendo da hora é inconveniente. Portanto, a ação do professor como um gestor é interdisciplinar, vale para todos.
A pergunta é: como construímos uma perspectiva multidisciplinar para trabalharmos
em equipe? Isso inclui o servente que limpa os banheiros, porque ele tem a oportunidade de observar condutas que os professores não têm.
A estrutura disciplinar dificulta algo que, para ser integral, precisa ser interdisciplinar e multidisciplinar. Existem escolas que estão conseguindo isso e essas experiências têm o valor da transformação. Existem gestores que conseguem juntar os professores nas suas diferentes disciplinas, em favor de um projeto comum. Essa é a saída, porque senão o
professor vai continuar atuando em sala de aula, em uma estrutura inadequada para o raciocínio integral. 


Qual o papel de cada agente – a família, a escola, a comunidade – na construção da educação integral? Qual é o aporte diferencial das Ongs, inclusive na perspectiva da diferenciação?
Lino de Macedo: É muito importante diferenciarmos as instituições família, escola, Ong, polícia, religião, enfim, as instituições que cuidam das crianças. A mesma criança que para a família é um filho, para a escola é um aluno, e para a Ong pode ser um consumidor de mídia. Mas é a mesma criança. Como não desagregar? Porque temos um raciocínio institucional e profissional.
Quando falamos em educação, mesmo em educação integral, pensamos nos educadores, nas agências educacionais, portanto, nos
adultos responsáveis pela transmissão de informações. É claro que os educadores fazem tudo para os educandos, mas em uma visão de
educação integral, temos que considerar a perspectiva dos educandos.
A questão da diferenciação opera em vários níveis de abstração. Uma coisa é o aspecto político, jurídico, as leis que regulam os sistemas educacionais, etc. Isso faz parte de um jogo muito complexo. Mas temos que saber que também somos jogadores, dentro dos limites da instituição e da comunidade.
Daí, quem trabalha com educação integral tem que enfrentar a problemática da família, nos termos em que ela se desenha hoje. Isto é, inserida na comunidade e em uma cultura, no seu sentido amplo. É mais trabalhoso e, por isso mesmo, é integral.

Proliferaram uma série de iniciativas do poder público que se autointitulam educação integral. Há um lado positivo, que é a inovação, a possibilidade de alcançar algumas dessas dimensões, mas há também aspectos que reduzem o conceito. Qual o papel do poder público?
Lino de Macedo: Educação integral é também fazer uma Lei de Diretrizes e Bases, regulamentos, Planos Nacionais de Educação, impondo deveres ao Estado, criado toda uma jurisprudência. Mas não é só isso. Educação integral é um novo jeito de pensar o lugar de todas as crianças no mundo de hoje.
E quem diz educação integral, diz diversidade, diferenciação. Todos têm o direito a aprender a ler e a escrever, mas cada um tem seu tempo, suas habilidades e suas capacidades. Uma criança com Síndrome de Down, por exemplo, tem direito, como qualquer outra criança, a ir ao máximo das suas possibilidades. Mas existe diferença. Confundimos diferença com desigualdade. A diferença é bem-vinda e precisa ser reconhecida, mas a desigualdade é injustiça, tem que ser combatida.
Cursar o ensino superior é uma aspiração cultural. Mas a maior parte das profissões não precisa de faculdade. Posso ser uma pessoa feliz, sendo cabeleireiro, cozinheiro, pedreiro. Por que não? Isso é uma realidade agora, inclusive em outros países. Isso é ser integraltodo mundo está na roda, mas cada um do seu jeito. Ainda temos muito o espírito da homogeneidade, da igualdade. Temos a ilusão de que todos podem e querem as mesmas coisas. Não podem e nem querem.
Nós, da escola pública, temos uma dívida com as Ongs, porque elas atuam em um espaço, que é o ponto fraco da escola pública: da formação de professores. Ainda que tenha melhorado muito, as Ongs desenvolveram ferramentas, metodologia, criaram condições. Uma coisa o professor lá com o seu dinheirinho fazer a autoformação, outra coisa é o trabalho mais sistematizado, com intencionalidade, desenvolvido pelas ONGs.
Os professores precisam e querem cada vez mais formação. E muitas prefeituras de cidades pequenas não têm condições de formar uma equipe técnica que dê esse suporte de formação aos professores e aos gestores.

Como trabalhar uma equipe que não tenha formação na área escolar para atuar na educação integral? Como aliar a integralidade na educação com uma escola deficitária, as Ongs despreparadas e a sociedade que não valoriza a educação e a cultura e, ao mesmo tempo, a universidade distante desse debate?
Lino de Macedo: Infelizmente tudo isso é verdade. A integração é um direito das crianças, porque elas têm direito de fazer parte do mundo. Elas não pediram para nascer, fomos nós que as inventamos, nós que decidimos tê-las. Elas têm direito de se inserirem nesta sociedade, que é cada vez mais integrada e precisa cada vez mais de integralidade. Então, que isso seja pelo menos um sonho, um desejo, porque os problemas são reais.
A universidade, muitas vezes, faz a crítica, mas é uma crítica teórica, não contributiva. Os professores têm razão quando nos devolvem a pergunta e pedem uma alternativa. Eles até reconhecem que a educação poderia ser melhor, mas se a universidade não der alternativa, a crítica fica injusta. Ela só é válida para o meio acadêmico.
A integralidade é um norte, é uma aspiração, não é o que a gente alcança, é algo que a gente busca. Por isso a integralidade é realizada em projetos particulares, mas o propósito é geral. O propósito é uma forma de ver a vida. A sustentabilidade, por exemplo, é educação integral. Integração é convivência, é respeito, é preservação da vida. Se não tivermos abertura para esses temas, vamos ter o discurso da integração, mas uma prática desintegradora.

As pesquisas apontam para alguma redução da pobreza e, no médio prazo, certo crescimento econômico. Que sociedade sai desse processo? Aumentar o poder aquisitivo das pessoas não significa necessariamente criar cidadãos e cidadãs plenos. Dinheiro no bolso não significa necessariamente valores, padrões de convivência. Afinal, que país queremos ser? O nosso modelo de desenvolvimento gera padronização e homogeneidade, integrando, mas sem assimilar as diferenças. Mas integrar não significa diluir a diferença e, sim, fortalecê-la. Em um país como o Brasil, que tem uma imensa diversidade cultural, como fazer que a escola assuma as diferenças como um valor e não como um problema?
Lino de Macedo: Integração é exatamente a construção de vínculos. A palavra coser existe com ’s’ e com ’z’. Coser com ‘s’ é tecer, costurar. Com um novelo de lã, é possível transformar os fios em uma blusa. Cozer com ’z’ é cozinhar. Neste caso, também se transforma algo em outra coisa. Por isso, a integração transforma o vínculo das pessoas com os outros, das pessoas consigo mesmas.
A educação integral é a grande aposta do século 21. Quando esse tema vem à tona, eu me reporto a um autor indiano que ganhou o Prêmio Nobel de Economia de 1998, chamado Amartya Sen. No seu livro, Desenvolvimento como Liberdade, a ideia central é que a distribuição de renda é necessária, mas se não houver a transformação educacional das pessoas, é insuficiente.
Houve um tempo não muito distante em que as coisas da escola só interessavam a algumas pessoas. Hoje, em uma sociedade tecnológica, todo mundo é atravessado pelos temas da escola, pelo conhecimento cientifico, tecnológico. Então, uma escola que vincule todas as pessoas em uma ideia de relação com o mundo, com os outros e consigo mesmo, é a aposta do século 21.
Por que a escola ficou tão importante? Infelizmente não é pelo nosso trabalho, às vezes muito bem feito. É que os economistas e os políticos descobriram que investir em educação traz vantagens muito maiores do que todas as outras coisas. Uma descoberta tardia!
Nós dependemos dos políticos e, sobretudo, da concepção que eles têm de escola, de educação, de cultura. Dependemos porque, na verdade, eles representam os nossos interesses. A visão deles é necessária, mas não substitui a nossa ação, que é uma ação técnica, se é que se pode usar esse termo.
De qualquer forma, essa ação está no cotidiano do professor, do diretor, está no cotidiano da sala de aula, na relação com a família, com a comunidade, com a vizinhança. É o dia a dia inteiro e que inteira, que complementa, que forma. E que vai, pouco a pouco, transformando as crianças em cidadãos de uma cultura do século 21.
A nossa parte é fundamental, aquilo que a gente faz no cotidiano da escola. É isso que tem valor, que transforma algo em um todo. Por isso, as Ongs não podem se abater se não estão tendo o reconhecimento que lhes é devido.
Hoje, nós pais e mães ficamos menos tempo com nossos filhos do que os membros da comunidade, seja na escola, seja nesses espaços culturais. Às vezes, os nossos filhos estão mais com essas pessoas e, por isso, dependemos dessas instituições.

Como fortalecer a conexão entre as riquíssimas experiências que o Brasil possui – as Ongs que trabalham com educação, com cultura, que também são pontos de cultura –, fortalecendo e propondo, inclusive, agendas públicas? Para fortalecer, é preciso algum grau de legitimação nas políticas públicas. Para nosso país, que está se transformando, que incorporará milhões de pessoas, não será suficiente a soma aritmética do que cada um faz, porque a demanda é imensa.
Lino de Macedo: Entendo a questão de rede como sistema complexo. Na verdade, a educação integral significa uma educação que funciona na sua complexidade. O que é um sistema complexo?
O sistema simples ou simplificado é aquele em que se pode trabalhar independente de outras variáveis. Achar que as crianças não aprendem porque são burras é um jeito simplificado de ver o problema da aprendizagem, porque reduz uma questão complexa a uma única dimensão. A mesma coisa é falar que os professores são desqualificados.
O sistema complexo é pensar as coisas em uma rede interligada, na qual tudo tem muita importância. Complexidade é ver as coisas de maneira interdisciplinar, multidisciplinar. Isso exige uma perspectiva de recorte. Recorte não significa simplificação.
É possível, por exemplo, escolher algumas experiências que ilustram transformação, em uma visão de educação integral. Esses recortes permitem iluminar certos aspectos do real. Isso tem a ver com a ideia do fractal. Isto é, pega-se um pedaço, mas naquele pedaço, está o todo. Trabalhamos o pedaço na sua perspectiva de totalidade, de rede.
Quem trabalha com educação integral tem que trabalhar com a ideia de rede, senão deixa de ser integral, porque as coisas estão interligadas. Não quer dizer que se confundam. Se, por um lado, é importante uma cumplicidade entre escola e família, por outro, em casa esse menino é filho e na escola ele é aluno. Não se confundem.
Então, trabalhar em rede é próprio da educação integral. E precisamos aprender a trabalhar em rede. Isso significa não ser cego, surdo e mudo para certas coisas que não são próprias da escola, mas aparecem na escola.
Uma criança, por exemplo, não dormiu bem à noite porque o pai bêbado ameaçou todo mundo, não deixou ninguém dormir direito. Naquele dia, ela vai estar desatenta, ou vai estar irritada, briguenta ou triste. Isso afeta o trabalho do educador. Então, é preciso ver a situação na sua complexidade e operar o trabalho em rede.
Mas precisamos aprender, porque a nossa tendência é de atuar de forma isolada ou ignorar as outras dimensões. Ver as coisas na sua complexidade é vê-las com a luz. É sair da indiferenciação, é diferenciar. É um trabalho longo e difícil, mas vale a pena.

Educação integral: experiências que transformam - subsídios para reflexão

Tendo como referência o processo de formação desenvolvido pelo Prêmio Itaú-Unicef em 2012, a publicação sistematiza as reflexões realizadas por especialistas em temas ligados à educação integral durante os debates ocorridos no período. Proteção social, educação e novos saberes, juventude, garantia de direitos de crianças e adolescentes e esporte são alguns dos assuntos. Baixe a publicação.

http://www.educacaoeparticipacao.org.br/todas-entrevistas/112-premio-itau-unicef/entrevistas-premio-itau-unicef/690-educacao-integral-uma-proposta-para-o-nosso-tempo

Capoeira pode entrar no currículo das escolas


Os alunos do ensino fundamental e médio poderão aprender a jogar capoeira nas escolas. Um projeto do senador Gim (PTB-DF) reconhece o caráter educacional da capoeira e autoriza os estabelecimentos de educação a celebrarem parcerias para possibilitar cursos de capoeira. Segundo o PLS 17/2014, o ensino de capoeira deve ser integrado à proposta pedagógica e as aulas terão que ser acompanhadas por professores de educação física.
A filósofa e educadora Heidi Strecker informa que a capoeira chegou ao Brasil junto com os escravos africanos e em terras brasileiras foi adaptada para o que é hoje. Segundo ela, tratava-se de uma maneira de os negros mostrarem resistência, mas para não levantar suspeitas, a luta foi misturada aos movimentos de canto da África. Assim, ficou mais parecida com uma dança. O senador Gim acrescenta que a capoeira foi proibida pelo Código Penal de 1890 e os praticantes passaram a ser perseguidos pela polícia.
A proibição vigorou até 1937, quando a capoeira foi permitida por lei e estruturou-se em duas escolas: a Capoeira Angola e a Capoeira Regional. “Nós, brasileiros, orgulhamo-nos de ser o povo criador da capoeira, arte hoje presente em praticamente todos os países do mundo. Entretanto, há muito a fazer para difundi-la, com qualidade e orientação pedagógica, em nosso próprio país”, afirmou Gim ao defender a aprovação do projeto.
O PLS 17/2014 vai ser votado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A proposta tramita em conjunto com o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 31/2009, que propõe o reconhecimento da prática da capoeira como profissão.
Após deliberação pela CAS, os projetos seguem para análise da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), em caráter terminativo, ou seja, não há necessidade de análise pelo Plenário do Senado a não ser que haja recurso com esse objetivo.
Autor: Agência Senado
http://undime.org.br/capoeira-pode-entrar-no-curriculo-das-escolas/

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...