quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Prefeitura de Cuiabá prorroga prazo de inscrição do Concurso da Secretaria de Educação

Os candidatos terão até o dia 1 de setembro para fazer inscrições e até o dia 2 de setembro para pagar a taxa


 
A Prefeitura de Cuiabá prorrogou o prazo de inscrição do Concurso Público da Secretaria de Educação. Os candidatos têm até o dia 01 de setembro para fazer as inscrições pelo site do organizador www.selecon.org.br e, até o dia 02 de setembro, para efetuar o pagamento da inscrição.
O secretário de Educação de Cuiabá, Alex Vieira Passos explicou que alguns candidatos encontraram dificuldade em pagar os boletos bancários de inscrição na data anteriormente prevista, 26 de agosto. “Então, estamos oportunizando uma maior participação de interessados no certame e, atendendo aos princípios da isonomia, ampla concorrência e maior competitividade, e da gestão humanizada determinada pelo prefeito Emanuel Pinheiro”, salientou o secretário de Educação de Cuiabá, Alex Vieira Passos.
CONCURSO
Mais de 10 mil candidatos já se inscreveram no certame que vai preencher 2.002 vagas de forma imediata, além de formar cadastro de reserva. São vagas para os níveis médio, médio técnico e superior, com remunerações que vão de R$ 1.198,96 a R$ 3.567,59 mensais.
Para o nível médio, as vagas são para Técnico em Administração Escolar, Técnico em Manutenção de Infraestrutura (Motorista CNH “D” e Serviços Gerais), Técnico em Multimeios Didáticos (TMD) e Técnico em Nutrição Escolar. Já para o nível médio técnico, o cargo é Técnico em Desenvolvimento Infantil (TDI).
Para o nível superior as vagas são para Professor do ensino fundamental nas áreas de: Pedagogia; Artes; Educação Física; Letras/Língua Inglesa, Administrador, Arquiteto, Assistente Social, Bacharel em Direito, Ciência da Computação, Contador, Engenheiro (Civil, Eletricista, Sanitário/Ambientalista) Fonoaudiólogo, Nutricionista, Psicólogo e Gestor Público.
Para informações a Selecon mantém canais de contato como a   Central Telefônica 0800 799 9905, (65) 3653 0131, (21) 2532-9638 / 2220-1139 / ou 2215 2131.  O atendimento é somente em dias úteis, das 9h às 17h.
O candidato pode solicitar informações ou tirar dúvidas também pelo e-mail: faleconosco@selecon.org.br, ou presencialmente no posto de atendimento situado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, nº 1856, sala 403, bairro Jardim Aclimação.
SERVIÇO
Concurso Público da Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá
Vagas: 2.002 + cadastro de reserva
Escolaridade: médio, médio técnico e superior
Inscrições: até 1 de setembro, no site do Selecon www.selecon.org.br 
Taxa: R$ 80 (médio e médio técnico) e R$ 95 (superior)
http://www.cuiaba.mt.gov.br/educacao/

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

ENSINO DE PORTUGUÊS: Projeto de escola foca na inclusão de alunos estrangeiros

Viviane Saggin
viviane@gazetadigital.com.br
ReproduçãoA vinda e a permanência em outro país nem sempre é algo fácil e adaptável momentaneamente. Às vezes leva-se um bom tempo para se acostumar, além dos costumes, frequentemente, diferentes, o idioma é sempre o maior desafio. Foi pensando nisso, que uma escola em Cuiabá implantou no início do ano letivo um projeto que busca ensinar a língua portuguesa a crianças e adolescentes estrangeiros da comunidade.

Preocupados que a baixa proficiência em português dos alunos dificultasse ainda mais a interação dos estudantes com seus colegas e professores, comprometendo sua inclusão e aprendizagem, a Escola Municipal de Ensino Básico José Luís Borges Garcia, no bairro Bela Vista, em Cuiabá, desenvolve o projeto “Timoun Yo” – que significa crianças em crioulo, língua natural haitiana. 
Reprodução
Projeto Timoun Yo

Tudo começou com a chegada do secretário escolar Rafael Lira, na unidade escolar. “Em 2013, após estudar em um seminário teológico, decidi passar um período no Haiti, me dedicando ao trabalho voluntário. Durante nove meses no país, entre as atividades que desenvolvia estava o ensino da língua portuguesa em uma escola local. Quando retornei a Cuiabá, foi convidado a integrar um projeto da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) voltado para o atendimento de haitianos. Então, em 2016, passei a fazer parte do quadro de servidores municipais, mas sempre com a ideia de manter um projeto social nesse sentido”, explica. 

Como secretário escolar, o técnico administrativo sugeriu à direção da EMEB José Luís Borges Garcia a instalação de um projeto para reforçar o aprendizado do português para crianças e adolescentes estrangeiros, já que a Capital estava recebendo muitos refugiados. “Quando abriu a vaga para essa escola, eu vim já sabendo que a unidade atendia alguns imigrantes. Atualmente são 15 crianças estudantes regulares”. 

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Projeto Timoun Yo

Com o aval da gestão escolar, buscou parceiras com uma pedagoga mestranda da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Renata Rodrigues, e juntos deram início ao projeto de forma voluntária. “A diretora e a coordenadora abraçaram a ideia, pois já tinham o desafio de lidar com a dificuldade de comunicação. Muitos desses alunos chegam sem conhecimento nenhum do idioma, principalmente os venezuelanos”. 

A iniciativa
O projeto ocorre aos sábados, das 9h às 11h, e atende atualmente cerca de 10 a 15 crianças, entre 7 e 14 anos, que frequentam do 3º ao 7º ano do ensino fundamental. “Mas não são apenas alunos da escola. O projeto abarca estudantes da comunidade e da rede municipal interessados em aprender a língua do país que os acolheu – são haitianos, venezuelanos e dominicanos”, cita Lira, destacando que a iniciativa é aberta a quem quiser.

Entre o conteúdo aplicado estão a conversação, vocabulário, assuntos práticos do cotidiano, leitura e escrita. “O planejamento de aula fica por conta da Renata e eu atuo como auxiliar dela. Por enquanto, não há certificado de participação, pois estamos estruturando. Mas há essa possibilidade, porém, a ideia é amenizar o impacto do choque cultural que essas crianças enfrentam ao chegar a um lugar com cultura e língua diferentes”. 

Ele destaca ainda que se trata de uma ação de apoio e de inclusão, a partir do contexto social que atinge todos os estados brasileiros, que é a chegada de famílias estrangeiras ao país por diversas circunstâncias e motivações, o que
significa também, dizer que uma mistura de culturas se faz presente num mesmo espaço geográfico, lembrando de uma questão que implica nas relações entre esses povos, ou seja, a comunicação.

"A nossa escola, não obstante desta realidade posta acima, recebe constantemente alunos de outras nacionalidades, sendo mais frequentes venezuelanos e haitianos. Trata-se, portanto, de um projeto humanitário e inclusivo e também social. O primeiro semestre foi mais experimental, trabalhamos conteúdos conforme a demanda, semanalmente. Para este semestre, a pedagoga já realizou o planejamento integral. Mas nesse curto período, já percebemos a diferença e a evolução das crianças”. 

O idealizador afirma que os estudantes são muito aplicados. “O comportamento, em geral, é de muita disciplina. Os professores da escola elogiam a postura e a dedicação deles”. 

A coordenadora pedagógica da escola, Ediana Andrade, está na função há dois anos, e aponta que o habitar outro país, cuja língua e a cultura são total ou parcialmente diferentes das suas, faz com que os sujeitos se sintam em meio a um caos enunciativo. Com o projeto, perceberam uma grande evolução desses estudantes, tanto na comunicação e interação com os outros, quanto no aprendizado das demais disciplinas. 

“Eles têm um avanço em sala de aula até melhor do que o dos nossos alunos brasileiros. Percebemos que eles são bem esforçados e comprometidos com os estudos. O projeto tem ajudado muito a todos”. 

Reprodução
Projeto Timoun Yo
Bina Cherilus, de 10 anos, se mudou para Cuiabá com a mãe.
A haitiana Lourde Bina Cherilus, de 10 anos, que cursa o 4º ano da escola, é uma das participantes do projeto e diz que está satisfeita com o curso. “Eu gosto e estou aprendendo muito. Quando minha mãe está em casa, ela me traz. Se ela não está, não posso vir sozinha”, conta a menina com um português bem compreensivo, explicando que a mãe está trabalhando como diarista e não é sempre que pode acompanha-la.

Há cinco meses morando em Cuiabá com a mãe, Bina afirma que já possui muitos amigos na escola e o curso a ajuda a compreender melhor as pessoas. “Estamos apenas eu e minha mamãe aqui. Meu pai está no Canadá e outros familiares ficaram no Haiti”, conta. 

O colega José Gregório Aguilera Marques, 12 anos, é venezuelano e está no 6º ano. Ele, que está há seis meses em Cuiabá, também aprovou a iniciativa do curso aos sábados.

Reprodução
Projeto Timoun Yo
José Gregório, 12 anos, frequenta o projeto desde o início do ano.
“Eu estou vindo todos os dias. É muito bom porque falamos mais com os colegas, somos todos venezuelanos e haitianos na sala, não tem brasileiros. Fazemos muitas tarefas e exercícios que ajudam”, explica o estudante, ressaltando que veio para o Brasil acompanhado dos pais, uma tia e uma prima. Para ele, o ambiente é bem diferente de onde estudava na Venezuela, mas a escola representa uma oportunidade de mudança e aprendizado para a nova vida que a família está vem busca. 

No curso, o português é trabalhado como uma língua adicional, seja pelo contexto de imersão, ou pelo uso diário e pela manutenção da língua materna de cada aluno. 

Material didático e ampliação 
Rafael ressalta que enfrentam certas dificuldades em encontrar materiais didáticos e livros. “Estamos buscando recursos. Os materiais voltados ao ensino do idioma para crianças estrangeiras ainda são bem difíceis de encontrar, mas com pesquisas e dedicação vamos conseguindo ampliar”.

O servidor lembra também que a escola tem o intuito de ampliar o atendimento. “O projeto é aberto a toda comunidade. Temos capacidade para atender cerca de 20 a 30 estudantes”.

Ediara reforça a intenção e afirma que o projeto também está aberto a voluntários que queriam dedicar seu tempo ou doar materiais diferenciados, como jogos didáticos, livros de alfabetização, entre outros. “A aula precisa ser também diferenciada para não ficar uma coisa cansativa. Precisa ser atrativa e que estimule a participação e impeça a desistência dos alunos. Quanto mais ajuda nós tivermos, melhor”. 

Reprodução
Projeto Timoun Yo

Ela declara ainda que a escola tem feito um trabalho de inclusão dos pais desses alunos, para que participem. “É importante que aprendam junto com os filhos, que falem o português em casa também. Estamos chamando outras unidades escolares para que divulguem entre seus alunos a nossa iniciativa. Não é apenas para a comunidade aqui ao entorno da escola e também independe da nacionalidade. Qualquer criança estrangeira pode participar”. 

Os interessados podem procurar a unidade escolar – que na Rua prof. Lorivande Nunes Chaves, n° 699, Bela Vista, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados das 9h às 11h. Mais informações podem ser obtidas na escola pelo telefone (65) 3313-3006.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Aposentadoria especial de professor atinge demais cargos de natureza pedagógica

LUIZ CARLOS PEREIRA
CONSELHEIRO SUBSTITUTO
Os requisitos de idade e de tempo de contribuição para fins de aposentadoria serão reduzidos em cinco anos para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. É o que diz a Constituição Federal no artigo 40, parágrafo 5º e, no entendimento do Tribunal de Contas de Mato Grosso, a apuração do tempo de serviço, para fins de aposentadoria especial, deve observar a natureza pedagógica das atribuições exercidas pelo professor fora da sala de aula em estabelecimento de educação básica, não se limitando à nomenclatura da função ou cargo ocupado. É o que define o reexame de consulta do Tribunal de Contas de Mato Grosso que revogou entendimento anterior sobre o tema considerando decisões recentes do Supremo Tribunal Federal. A decisão do TCE ocorreu na sessão plenária do dia 20/08 em processo de consulta relatado pelo conselheiro substituto Luiz Carlos Pereira.
O pedido de reexame foi formulado pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, solicitando alterações nas Resoluções de Consulta nº 48/2010 e 7/2017. O Pleno acompanhou o relator quanto à revogação da Resolução de Consulta nº 7/2017, haja vista a desconformidade com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, e a aprovação de nova Resolução de Consulta, com a finalidade de reexaminar o conteúdo normativo editado pela Resolução de Consulta nº 7/2017.
O relator considerou ainda que o ministro Marco Aurélio, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 3.772, ao destacar que "o que importa é a natureza do serviço, tomado como gênero e não como espécie, e a qualificação daquele que o desenvolva" demonstra que a Emenda Constitucional n.º 20/98 se centraliza na importância do papel exercido pelos professores na formação pedagógica, seja na condição de docente, seja na de diretor, de coordenador, de assessor, ou no exercício de outra função com denominação diversa, desde que atrelada, em essência, ao magistério.
DETALHES DO PROCESSO

VOTO DO RELATOR





TCE

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Profissionais da Educação de 43 municípios participam de seminário sobre diversidade étnico-racial

Mais de 500 pessoas já estão inscritas no evento que vai reunir profissionais da Educação da rede municipal de Cuiabá e de 43 municípios

 
A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com o Ministério da Educação, promove de quarta a sexta-feira (21 a 23), no Hotel Fazenda Mato Grosso, o Seminário “Educação Étnico-Racial: Perspectiva Inclusiva, Diversificada Intercultural”.
Mais de 500 pessoas já estão inscritas no evento que vai reunir profissionais da Educação da rede municipal de Cuiabá e de 43 municípios convidados, além de representantes de instituições e organizações da sociedade civil, ligadas ao tema.
As discussões estarão focadas em temas como a educação inclusiva e o direito à educação e ao ensino de forma igualitária, que respeite a individualidade e acredite nas potencialidades humanas, explicou a diretora geral de Gestão Educacional, Mabel Strobell.
“Nosso objetivo é promover a formação dos gestores dos municípios para que possamos implementar as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, na perspectiva da Educação Inclusiva e do currículo diversificado”, explicou a diretora geral.
Nesse sentido, as oito conferências, vivências e uma mesa redonda programadas para o evento vão abordar temas como direitos Humanos, Educação Inclusiva, Memória e Esquecimento Social, Curriculum em Interface com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais, o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Na abertura do encontro, na quarta-feira (21), às 19 horas, acontecerá a primeira conferência sobre tema, “A Educação em Direitos Humanos e Cidadania”, com o Prof. Dr. Luiz Augusto Passos.
Participarão do Seminário Educação Étnico-Racial profissionais de municípios do Araguaia, Norte, Médio Norte, e Vale do Rio Cuiabá. Também já confirmaram presenças representantes de unidades filantrópicas, Conselhos Estaduais de Promoção e Igualdade Racial, da Educação Escolar Indígena, da Pessoa com Deficiência, Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Grupo de União e Consciência Negra Nacional (GRUCON/MT), Fórum Estadual de Mulheres Negra entre outros.

Cuiabá_SME

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

MEC lança cartilha da Política Nacional de Alfabetização

Após o Ministério da Educação (MEC)ter divulgado nesta quinta-feira (15) uma cartilha com orientações para prefeitos e governadores implementarem na prática a nova Política Nacional de Alfabetização (PNA), especialistas em educação avaliaram o documento como muito teórico e pouco efetivo. A expectativa era de que a cartilha detalhasse um decreto publicado pelo presidente Jair Bolsonaro no início de abril, que trouxe os princípios da política de alfabetização. O decreto prevê, entre outras mudanças, que o ensino infantil reforce as atividades de pré-alfabetização, e que haja esforço extra para concluir o ensino da leitura já no primeiro ano do ensino fundamental.

Presidente- executiva do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz se diz frustrada. “A frustração é que esse caderno não traz nenhum detalhamento. Ele não traz a clareza que a gente precisa para ter uma política pública capaz de trazer resultados. É um caderno que tem objetivos ainda muito genéricos não traz clareza não tem o desenho de política pública ainda”, disse.


Para ler a matéria clique em G1

Para conhecer a cartilha clique em Política Nacional de Alfabetização

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...