quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Berta Lange de Morretes: “O prazer de ensinar e ajudar pessoas em busca de conhecimento está em primeiro lugar"

Professora da Universidade de São Paulo (USP) por mais de 70 anos (1941 a 2013), Berta Lange de Morretes, 97 anos, revela que o interesse pelo magistério surgiu quando ainda era estudante do antigo curso ginasial. Exemplo de dedicação e amor ao trabalho realizado, ela continuou atuante na universidade mesmo depois de aposentada. E justifica a motivação: “Em primeiro lugar está o prazer de ensinar e poder ajudar as pessoas que buscavam conhecimento”.
Com graduação em ciências naturais e livre docência pela própria USP e pós-doutorado pela University of California–Davis, Berta dedicou a vida ao ensino e à pesquisa na área de botânica, com ênfase em anatomia vegetal.
Berta nasceu na cidade de Iffeldorf, Alemanha. Filha de mãe alemã e pai nascido no Brasil, veio para o Brasil ainda criança.
Jornal do Professor – Como surgiu o interesse pela carreira acadêmica, tanto pelo ensino quanto pela pesquisa?
Berta Lange de Morretes – Surgiu quando era garota, no ginásio. Como meus pais eram professores, mantinham uma escola em casa para quem não tinha condições de pagar por aulas de música, canto e desenho.
Foram mais de 70 anos de dedicação à USP. O que a fez continuar a trabalhar, mesmo depois de aposentada?
– Em primeiro lugar, o prazer de ensinar e de poder ajudar as pessoas que buscavam conhecimento. Depois, eu tinha condições e vontade de continuar meu trabalho de pesquisa.
O que mais valeu a pena, no decorrer da carreira acadêmica? O ensino, a pesquisa?
– As duas são complementares e valeram muito a pena. Ao pesquisar eu podia ensinar e aprender.
 Nesse período de mais de 70 anos, a senhora detectou mudanças nos estudantes, de comportamento, atitudes, interesses?
– Em certo aspecto, o uso de muita tecnologia deixou tudo mais fácil para os alunos. Eu percebia uma certa falta de interesse por parte deles em relação a conhecimentos que para mim são essenciais, como fazer os desenhos anatômicos, por exemplo.
– A senhora teria alguma mensagem ou conselho para os jovens professores que estão começando suas atividades?
– É difícil aconselhar, mas gostar do que faz e dedicar-se já é um bom caminho.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=3541

Aluna de Cáceres é vendedora do Projeto Jovem Senador 2014

O resultado do concurso de redação do Projeto Jovem Senador 2014, foi anunciado nesta terça-feira, (07/10), pelo presidente da comissão coordenadora do projeto, senador Paulo Davim (PV-RN), o primeiro-vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC) e a diretora-geral adjunta da Casa, Ilana Trombka.
Os finalistas do Jovem Senador passam por várias etapas de avaliação antes de serem selecionados para a fase final do projeto. A partir da definição do tema para as redações (que ocorre na cerimônia de premiação da edição anterior), os inscritos entregam seus textos para suas escolas, que as encaminham para as respectivas secretarias estaduais de Educação. Cada secretaria seleciona três textos, que são enviados para a comissão julgadora do Senado.

A comissão é composta por servidores da própria Casa e por representantes do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). É esse colegiado que escolhe e ranqueia os 27 escolhidos – um de cada unidade da federação. Os finalistas são selecionados entre os 103,6 mil inscritos desta edição do projeto. O Projeto Jovem Senador é aberto a estudantes do ensino médio das redes públicas estaduais com até 19 anos de idade.
Neste ano, três alunas estão entre as primeiras colocadas do concurso. O tema deste ano foi “Se eu fosse senador...”. Nathalia Lima Janones, da cidade de Cáceres, no Mato Grosso, foi a grande vencedora. Sua redação, intitulada “Uma educação que transforma”, foi escolhida como a melhor pela comissão julgadora. O segundo lugar ficou com Ana Paula Schwengber, de Buritis (RO), que concorreu com a redação “Honra e honestidade”. Em terceiro ficou Maria Jéssica Silva de Almeida, de Surubim (PE), autora de “Lei boa é lei cumprida”.
Carla Fonseca, que representa o Consed na comissão desde a edição passada do Jovem Senador, elogiou o nível das redações recebidas este ano. “É comum termos uma variação na qualidade dos textos que chegam para a gente, mas estavam todas muito niveladas. Foi difícil escolher as melhores”, reconheceu ela.
Na etapa final, os finalistas virão a Brasília, entre os dias 17 e 21 de novembro, para a cerimônia de premiação e a simulação de um mandato de senador, com apresentação de proposições, eleição de Mesa Diretora, debates e votações. Os projetos idealizados pelos estudantes serão encaminhados à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), onde poderão ser transformados em projetos de lei, que passará a ser analisado pelos senadores seguindo os trâmites normais do processo legislativo.
O concurso é a primeira etapa do programa Senado Jovem Brasileiro, em que toda a rede pública estadual de ensino é convidada a participar. A seleção começa nas escolas, que orientam os alunos a produzir a redação, escolhem a melhor e a encaminham para a respectiva secretaria de Educação — responsável pela seleção final no estado.

Estão entre os finalistas de cada unidade da federação: Maria Caroline da Silva Wiciuk, do Acre; Taíse Lima dos Santos, de Alagoas; Lucas Rocha de Melo, do Amapá; Nataly Gonzaga Prestes, do Amazonas; Claudinéia Costa Oliveira, da Bahia; Jorge Tadeu Torres, do Ceará; Noemi Tavares Martins, do Distrito Federal; Juliana Prudêncio de Souza, do Espírito Santo; Jaqueline Ferreira da Silva, de Goiás; Élide Andressa de Andrade Rodrigues Severo, do Maranhão; Nathalia Lima Janones, do Mato Grosso e 1ª colocada; Carlos Henrique dos Santos Justino, do Mato Grosso do Sul; Anna Rita de Cascia Carvalho Barbosa, de Minas Gerais; Maria Cristiane Andrade, do Paraná; Kaique Porto Almeida, da Paraíba; Raquel Iara Lavareda Jamacarú, do Pará, Maria Jéssica Silva de Almeida, de Pernambuco e 3ª colocada; Leiliane Gomes da Silva, do Piauí; José Patrocínio Dantas Neto, do Rio Grande do Norte; Renata Brautigam Marques, do Rio Grande do Sul; Mateus Valle Sottani de Souza, do Rio de Janeiro; Ana Paula Schwengber, de Rondônia e 2ª colocada; Bruna Silva Figueira de Souza, de Roraima; Suyanne Paula Schwade Girotto, de Santa Catarina; Ricardo Ruan Rocha Santana, do Sergipe; Gabriel de Paula Campos, de São Paulo e Ana Paula Mendes de Oliveira, de Tocantins.
Sobre o Concurso:
São convidados a participar todos os alunos do 2º e do 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas estaduais e do Distrito Federal, com idade de 16 a 19 anos. Os 27 finalistas no Concurso de Redação são automaticamente selecionados para participar do Projeto Jovem Senador e terão a oportunidade de simular, em Brasília, a atuação dos Senadores da República, vivenciando o processo de discussão e elaboração das leis do nosso País.
Além disso, os finalistas serão premiados com notebook, medalha, certificado e publicação da sua redação no livreto produzido pelo Senado Federal. As escolas dos alunos classificados nos três primeiros lugares na etapa nacional receberão computadores (desktops), publicações técnicas e multimídia produzidas pelo Senado Federal e certificado de participação.
Texto com informações da Agência Senado*

Aptidão para o ensino surgiu cedo, revela professor do DF


Há 20 anos no magistério, com atuação em duas escolas do Distrito Federal, o professor Alessandro Santana Reis diz que trabalhar com educação é sua vocação e sua vida. “Não há nada que eu faça melhor e com mais satisfação do que ensinar. É o poder de transformar, de construir, de modificar positivamente as pessoas e a sociedade”, afirma.
Professor de biologia e de ciências naturais, ele explica que o gosto pela profissão começou cedo. Com muita facilidade para ensinar, costumava dar aulas aos primos e aos colegas de escola. O interesse pela biologia surgiu no primeiro ano do ensino médio, quando precisou estudar as matérias sozinho, por não ter bom professor. A paixão pela biologia aliou-se, então, à paixão pela docência. Teve, então, a certeza da escolha: “Seria um professor, com grande orgulho do papel que teria de desempenhar”, destaca.
Para ele, a educação é um processo dinâmico, no qual o professor e o aluno precisam interagir ativamente. “Devem ser momentos agradáveis, prazerosos, para os alunos e para mim”, diz. “Na medida do possível, respeitando as normas e seguindo o currículo vigente, minhas aulas são divertidas e participativas.”
Segundo Alessandro, a empolgação renova-se a cada aula, pois um assunto que não interessa a alguns pode ser extremamente atraente para outros. “Ao longo de uma manhã ou mesmo da semana, são feitos os vários ajustes necessários para compatibilizar disciplina, aprendizagem, conteúdo e satisfação”, analisa. “O desejo de aprender dos alunos é um propulsor superpotente.”
O professor costuma trabalhar com projetos nas duas instituições. “Na escola pública, o espaço curricular, denominado Parte Diversificada, permite que a escola selecione bons projetos e os execute”, salienta. Atualmente, ele trabalha com um projeto de educação sexual, que abrange todo o ano letivo e tem o objetivo de reduzir o número de jovens contaminados com doenças sexualmente transmissíveis (DST) e de adolescentes grávidas.
Realidades — Com graduação em ciências biológicas e especialização em educação, Alessandro trabalha nos três turnos. De manhã, leciona biologia no Centro Educacional Sigma, unidades Sul e Norte do Plano Piloto de Brasília. Nessa instituição também é coordenador de cadeira. Ele trabalha com alunos do terceiro ano do ensino médio que se preparam para o Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (UnB), para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e para os vestibulares tradicionais. À tarde, dá aulas de ciências naturais a alunos da sétima série (oitavo ano) no Centro Educacional 4, do Guará, escola da rede pública do Distrito Federal, da qual é professor concursado. Nessa mesma escola, à noite, ocupa o cargo de supervisor pedagógico da educação de jovens e adultos (EJA).
Embora vivencie realidades distintas nas duas instituições, Alessandro considera o professor como o elemento mais importante no processo de ensino-aprendizagem. “A ausência de alguns recursos não impede o trabalho do professor, mas, exige muito mais dele”, avalia. O segredo para ser um bom professor, ressalta, é acreditar no poder transformador da educação e no potencial dos alunos, estudar, dedicar-se à profissão e trabalhar com amor. “Esses fatores, somados, são os eixos fundamentais para que um professor possa ser considerado um bom profissional.”
Fátima Schenini
Saiba mais no Jornal do Professor
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20835

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...