sábado, 31 de janeiro de 2015

Histórias da unha do dedão do pé do fim do mundo - Manoel de Barros

Secretário vai até as escolas ouvir as demandas

Fotos: ​Lenine Martins/Gcom-MT
O secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto Filho, visitou nove escolas de Cuiabá e Várzea Grande na sexta-feira (30.01). O gestor ouviu diversas demandas dos diretores, coordenadores e professores relacionadas à estrutura física das unidades escolares. 

A primeira escola visitada foi a Fenelon Müller, localizada no CPA II. Nesta unidade, estão matriculadas 170 alunos do 7º ao 9º ano. Permínio constatou várias deficiências estruturais. “A gente tem que ter solução para esta precariedade”, observou o secretário. 

Uma das sugestões apontadas, neste momento, é transferir as atividades desta unidade para outro local até que seja feita uma reforma no prédio. A diretora Maria Helena da Silva afirmou que diante da precariedade do prédio os alunos que moram mais próximos não querem estudar no local. 

Na escola professor Benedito de Carvalho, também localizada no CPA II, a diretora Rebeka Ruiz informou que a unidade existe há 32 anos e nunca foi realizada uma reforma geral, apenas reparos. Há problemas no telhado e na parte hidráulica. O banheiro masculino está interditado. 

“Carrego um peso nas minhas costas do risco que corre os alunos”, avisa Rebeka. Já são 510 alunos matriculados nesta escola. Também foi visitada a escola Padre João Panarotto, que está passando por pequenos reparos. Em seguida, Permínio foi até a escola Newton Alfredo Aguiar, no CPA IV. 

O diretor João Abílio Ilha Teixeira disse que o cupim está comprometendo todo o telhado. “Desde 2006 os laudos indicam que o telhado pode desmoronar. É uma questão de calamidade pública”, acrescentou. São aproximadamente 900 alunos divididos nos três turnos. 

Permínio reforçou que a estrutura deve ser melhorada, iniciando pelo telhado. Técnicos da Secretaria de Educação (Seduc) vão indicar como deve ser feito o reparo para não prejudicar o início do ano letivo, marcado para o dia 9 próximo. 

Em conversa com o secretário, o diretor da escola Leovegildo de Melo, localizado no CPA III, Joilson de Jesus, afirmou que são vários os problemas da escolas, principalmente, neste período de chuvas. Ele apontou a necessidade de reformar o telhado, banheiros e estrutura hidráulica. 

VÁRZEA GRANDE 

As escolas Gonçalo Botelho de Campos, Maria da Cunha Bruno, professora Vanil Stabilito e Fernando Leite foram visitadas. Permínio também ouviu reivindicações e reafirmou o compromisso de melhorar a estrutura das escolas. Ainda neste município, ele esteve na assessoria pedagógica.

Assessoria
Seduc/MT

http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/Secret%C3%A1rio-vai-at%C3%A9-as-escolas-ouvir-as-demandas.aspx

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Aula inaugural para os profissionais da educação será na segunda-feira

Foto: Jorge Pinho
Os profissionais da educação da rede municipal participam na segunda-feira (2 de fevereiro) da aula inaugural do ano letivo de 2015. O evento será realizado no Hotel Fazenda Mato Grosso e vai reunir pelo menos cinco mil profissionais, entre efetivos e contratados.
A aula inaugural foi dividida em dois momentos: no período matutino, a partir das 8h, participam os gestores escolares (diretores, coordenadores e secretários de escolas) e professores do ensino fundamental. No período da tarde, a partir das 13h30, participam os gestores, professores e Técnicos em Desenvolvimento Infantil (TDIs) que atuam nas creches e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).
Na oportunidade, a psicóloga e psicopedagoga Daniela Piloni vai proferir palestras com os temas: “Ser Educador” e “Cuidar educando e educar cuidando”.
As aulas para os cerca de 50 mil alunos das escolas, creches e CMEIs da rede municipal de Cuiabá iniciam na terça-feira (3).

http://www.cuiaba.mt.gov.br/educacao/aula-inaugural-para-os-profissionais-da-educacao-sera-na-segunda-feira/10200

Celular é ferramenta de leitura e de aprendizagem de história

Professor de história em escolas das redes estaduais de educação de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, Rodolfo Alves Pereira criou um blogue e um aplicativo para incentivar a leitura de textos históricos pelos alunos. Ele garante que os estudantes ganharam habilidade na leitura, capacidade de articular ideias e argumentos de forma escrita e se tornaram mais reflexivos.
As inovações fazem parte do projeto O Celular como Ferramenta de Leitura e de Aprendizagem, iniciado há quatro anos com alunos do nono ano do ensino fundamental da Escola Estadual Luiz Salgado Lima, no município mineiro de Leopoldina. Em agosto do ano passado ─ até então, era usado apenas o telefone celular ─, o professor criou um aplicativo para facilitar o acesso dos alunos aos textos e conteúdos por ele postados no blogue.
O aplicativo permite a postagem de textos de diversos gêneros, com notícias, mapas e pinturas. “Todo tipo de documento que sirva como fonte histórica de leitura e pesquisa em nossas aulas”, ressalta o professor. As novidades tornaram as aulas mais atrativas. Os estudantes passaram a ler mais e a registrar reflexões sobre os textos. “Muitas dessas reflexões são postadas no blogue e tornam os alunos produtores do conhecimento, na medida em que se posicionam e têm seus trabalhos publicados”, explica Rodolfo. Segundo ele, o projeto atende diretamente cerca de 90 estudantes, mas todos os alunos podem baixar o aplicativo e usá-lo em sala de aula.
De acordo com o professor, o blogue tem apresentado resultados expressivos, quantitativa e qualitativamente. O trabalho deve ser intensificado este ano, a partir das propostas de manter o blogue atualizado com postagens de qualidade e de aumentar a participação dos alunos nas atividades de manutenção. “Vamos dar continuidade à metodologia aplicada, mesclando aulas tradicionais com o uso das tecnologias da informação no ensino-aprendizagem”, ressalta.
Prêmio — O projeto foi um dos finalistas da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, destinada a escolas públicas e particulares, o que deixou o professor orgulhoso. “Ficar entre os finalistas significa um reconhecimento, a coroação de um ano de trabalho muito feliz e produtivo”, afirma. Ele revela que pretende dar prioridade ao desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para formar alunos leitores, reflexivos e capazes de exercer a cidadania em uma sociedade democrática e plural. “Terei de fortalecer os planos de aula para que os alunos tenham objetivos e metas claras e exequíveis”, diz.
Graduado em história, com pós-graduação em ciências humanas, Rodolfo cursa especialização em cultura e história indígena na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 
O Prêmio Vivaleitura é uma iniciativa dos ministérios da Cultura e da Educação e da Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI). 

Fátima Schenini

Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue do projeto Acrópole

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21062

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Após a alfabetização, desafio do professor é inserir as crianças na cultura letrada

Rodas de leitura devem fazer parte da rotina em sala de aula


Débora Rubin e Claudia Jordão


Em um contexto de pouca valorização da leitura, como a escola pode contribuir para a formação de leitores no Brasil? Como superar seus desafios e formar leitores autônomos que gostem de ler? Ensinar algo tão grandioso é uma tarefa desafiadora, mas, talvez por isso mesmo, uma das mais fantásticas que existem.
Após a alfabetização, é importante que as crianças sejam estimuladas a participar ativamente da cultura letrada. Veja abaixo o cenário da formação de leitores no ensino fundamental 1, seus desafios e exemplos de práticas.
CenárioUm dos problemas dessa etapa é avançar para além da alfabetização. "Quando se acompanha uma geração de alunos percebe-se que, em muitos casos, alcançadas as metas de alfabetização plena, os esforços para oferecer atividades de leitura diminuem", lamenta o relações-públicas Volnei Canônica, coordenador do programa Prazer em Ler do Instituto C&A. A educação no Brasil ainda tenta avançar no que diz respeito ao aprendizado de leitura nos primeiros anos do fundamental. A pesquisa Geres (Estudo Longitudinal da Geração Escolar 2005), feita em parceria por seis universidades e realizada em 303 escolas públicas e particulares, de 2005 e 2008, mostra que, ao final do EF 1, os alunos de escolas públicas apresentam uma defasagem equivalente a dois anos de aprendizado em relação aos estudantes de instituições privadas.
Desafio
Desenvolver e consolidar a fluên­cia na língua e a compreensão leitora são os grandes desafios da etapa. Ao mesmo tempo, seguir estimulando a participação ativa na cultura letrada numa hora em que já é possível dar autonomia para esse pequeno leitor. Professores podem e devem indicar livros, mas precisam propiciar à criança momentos em que ela possa fuçar bibliotecas e livrarias para descobrir o que a encanta. "A natureza, os animais, mistérios e fantasias atraem garotos e garotas", diz Zoara Failla, gerente executiva de projetos do Instituto Pró-Livro.
Exemplos de práticas
Para trabalhar a fluência, a compreensão leitora e promover o interesse pela leitura, Gilda Carvalho, da Unesp, propõe o ensino da língua através de textos literários. "Ao mesmo tempo que aprendem a gramática, as crianças estão lidando com vários tipos de textos, gêneros e autores", diz. Além disso, a criança recém-alfabetizada precisa ser estimulada a ler em voz alta. "O professor pode priorizar desde textos que contribuam para a alfabetização, com sílabas bem marcadas e rimas, até outros mais complexos, com narrativas mais engendradas, além de livros ilustrados e gibis", recomenda Gilda. Rodas de leitura devem fazer parte da rotina em sala. "Encontros com autores e produções de texto também estimulam", completa. 
Leia sobre a formação de leitores em outras etapas da Educação Básica:

http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/213/apos-a-alfabetizacao-desafio-do-professor-e-inserir-as-criancas-335640-1.asp

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Alunos podem confirmar vagas até esta terça


Os alunos ou responsáveis que fizeram a solicitação da matrícula pela internet tem até esta terça-feira (27.01) para confirmar a matrícula na unidade escolar.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) reforça que os interessados procurem a escola, cuja opção foi solicitada no cadastro pela internet, munidos dos documentos pessoais.

O secretário-adjunto de Políticas Educacionais, Gilberto Fraga, alerta aos interessados para procurarem o quanto antes as escolas desejadas para que em caso de não confirmar o interesse, a vaga possa ser disponibilizada para outros estudantes.

Foram 42.345 solicitações de matricula web realizadas e até a tarde desta segunda-feira (26.01) apenas 17.486 foram confirmadas.

Para efetuar a matrícula, o aluno precisa dirigir-se diretamente até a unidade escolar com os documentos pessoais (RG e CPF), comprovante de residência e histórico escolar. No site da Secretaria de Educação (www.seduc.mt.gov.br), o cidadão pode tirar as suas dúvidas. 

Mato-grossense de 23 anos lança segundo livro e terceiro está a caminho


Da Redação - Isabela Mercuri


“Ao passo das horas”, segundo livro do mestrando Joe Sales, será lançado na próxima quinta-feira (05) em Rondonópolis. Quando decidiu publicar o primeiro livro, Joe já tinha 300 poemas escritos, todos separados em coletâneas com títulos específicos, “sou metódico nessa parte”, afirma o escritor. 

Leia mais:
Rondonopolitano que já publicou no Museu Nacional de Poesia de Belo Horizonte lança livro na UFMT
Novo livro de Eduardo Mahon traz realidade paralela onde segredos são penhorados


Depois que ele descobriu a editora Penalux, separou duas coletâneas, a “Porta Estreita”, lançada em setembro de 2014, e “Ao passo das horas”. “Pedi para meu amigo-leitor-e-crítico-ferrenho que lesse ambos os textos e me dissesse qual deles eu deveria enviar. A sua escolha (de meu amigo Léo) foi por Porta Estria; não hesitei o enviei. Depois disso, comecei a reelaborar o Ao passo das horas. O que resultou no nascimento de o Livro Fugaz. Primeiro pensei torná-lo em uma coletânea mas depois de pensar e reler o Ao passos vi que ambos se completavam e resolvi juntá-los numa obra única. Daí veio o livro”, conta Joe. 

No entanto, poucos dos poemas publicados nos dois livros fazem parte dos 300 iniciais. O autor afirma que, assim como Leminski, acredita que “o mundo não deve ler os nossos treinos poéticos”. 

O segundo livro, “Ao passo das horas”, fala sobre sentimentos. Segundo Joe, sobre “Como o tempo escreve nas incertezas em nosso peito os silêncios do instante já”. Ele busca unir o formal e o informal, e é formado por quase poemas, ou frases que se juntam e se separam ao longo do livro. “Pede ao leitor paciência e pressa”, comenta o poeta. 

O lançamento acontece na quinta-feira às 14h, no Anfiteatro da Universidade Federal de Mato Grosso em Rondonópolis. Em Cuiabá, o livro será lançado junto com um de Luana Madrepérola, mas ainda não tem data marcada. 

O terceiro livro de Joe Sales está em processo de edição. O autor afirma, ainda, que acredita ser importante valorizar os escritores regionais: “chamar as pessoas a conhecer o trabalho poético de autores da nossa região: prestigiar nosso povo, nossa cultura, nosso chão”, finaliza. 


http://www.olhardireto.com.br/conceito/noticias/exibir.asp?noticia=Mato-grossense_de_23_anos_lanca_2_livro_e_terceiro_esta_a_caminho&id=6616

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Pacto pela Alfabetização terá novo ciclo a partir de abril

Está previsto para abril o início do terceiro ciclo do Pacto pela Alfabetização na Idade Certa, promovido pelo Ministério da Educação em parceria com universidades públicas e os sistemas de ensino de estados e municípios. O curso, presencial, qualifica professores das redes públicas da educação básica que lecionam em turmas de alfabetização, do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental.
Na primeira etapa do pacto, em 2013/2014, os professores receberam formação em letramento; na segunda, em 2014/2015, em matemática, curso que será concluído em março próximo, de acordo com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB). O terceiro ciclo, que será desenvolvido em 2015 e 2016, vai abordar as demais áreas do conhecimento de forma integrada, com o objetivo de promover a educação integral das crianças.
De acordo com dados da coordenação de formação continuada de professores da SEB, dos 317.207 educadores inscritos no ciclo do letramento, 313.598 concluíram o curso; no ciclo de matemática, que está em fase final, 311.194 educadores estão em aula e devem finalizar a formação em março próximo.
A qualificação dos docentes alfabetizadores tem duração de 120 horas por ano, com metodologia que propõe estudos e atividades práticas. Os encontros são conduzidos por orientadores de estudos, que são professores das redes públicas a que os alfabetizadores estão vinculados.
Parceria – O Pacto pela Alfabetização na Idade Certa é realizado por uma parceria que reúne quatro segmentos com responsabilidades compartilhadas: o Ministério da Educação, uma rede de universidades públicas federais e estaduais, as redes estaduais e municipais e os professores alfabetizadores.
São responsabilidades do MEC os encargos das bolsas de estudos pagas aos alfabetizadores e das demais bolsas – para educadores das universidades envolvidas na formação, aos coordenadores no pacto nos estados, Distrito Federal e municípios e aos professores orientadores dos cursos em cada município. Também é atribuição do ministério providenciar, produzir e distribuir cadernos de formação dos educadores e enviar material didático, paradidático, dicionários, obras literárias e jogos às escolas que tenham classes de alfabetização.
Cabe às instituições públicas de ensino superior que aderiram ao pacto – hoje elas são 41 e representam as cinco regiões do país – coordenar, supervisionar e qualificar os professores formadores. As tarefas dos estados, Distrito Federal e municípios que aderiram ao pacto são criar condições para que os alfabetizadores tenham acesso à formação continuada, designar coordenadores das ações do pacto em âmbito estadual e municipal e selecionar alfabetizadores experientes em cada rede para orientar os cursos.
As escolas também têm responsabilidades no Pacto pela Alfabetização na Idade Certa. Elas devem liberar os educadores para a formação, presencial, e fazer avaliação diagnóstica anual das suas turmas de alfabetização.
Ionice Lorenzoni
Confira os detalhes na página eletrônica do Pacto pela Alfabetização na Idade Certa

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21044

domingo, 25 de janeiro de 2015

Domínio da oralidade


 Escrito por Anna Veronica Mautner
Durante muitos e muitos milênios, o homem, graças a seu polegar na magnífica posição que ocupa na mão, pôs-se a fazer. Mas o humano não é apenas aquele que faz; ele tornou-se complexo, muito complexo, ao também se comunicar. O humano diz ao outro, por meio de gestos, mímicas, palavras, o que deseja para formar uma base comum. Começou com um nome para chegar à palavra que designa o fazer, o falar, o lembrar. O nome e a palavra nos tiram do isolamento. Uma árvore, o vento e o frio podem ser comuns a todos. E se ganham um nome, o grupo está formado.
Ainda antes de escrever, logo depois dos primeiros gestos, veio o som e, com ele, a palavra. Muitos seres que se identificam entre si chegaram até o som. Mas a palavra é só do homem. Nós ouvimos sons e reconhecemos esses grupos sonoros, palavras que o semelhante entende mesmo na ausência do denominado objeto.  É o caso do grito que reconhecemos ser de um semelhante mesmo na ausência dele. Tentar fazer a história da humanidade e a gênese da oralidade humana em um parágrafo é muita pretensão. Mas eu só pretendo dizer que somos os autores de nossa sociedade. Não há sociedade sem comunicação.
Algumas palavras são onomatopaicas, isto é, imitam o fato referido. Por exemplo: mãe. Em quase todas as línguas ocidentais, a letra “m” tem a ver com a palavra que designa mãe. Existe uma língua ocidental que eliminou a letra “m” da designação de mãe, que em húngaro é anja. Mas isso não esgotou o sentido de mãe, porque mama, na gíria familiar, é a palavra usada com os nenês e avó é nagy mama, que significa grande mãe. Provavelmente isso tem a ver com a gênese da fala do nenê. A letra “m” está entre as primeiras consoantes que dizemos, é um som fácil que requer muito pouco da língua: vem da garganta até o lábio, sem precisar de dente. Eis aí o primeiro som: mama, mèremothermutterima. O som das letras “d” ou “s” é muito mais complicado de emitir: é preciso movimentar a boca inteira, inclusive os dentes.
Por esses dias, tive contato com alguns bebês, e a presença do “m” saltou aos meus ouvidos. Aí eu fui falar a palavra pai e percebi que para dizê-la precisa-se de lábio, enquanto mãe, não. As vogais nascem nas cordas vocais e no ar que passa por elas, dispensando a morfologia da boca, diferentemente das consoantes. Se nós pensarmos que a junção da consoante com a vogal foi um dos saltos fundamentais da passagem para a condição humana, vamos começar a dar importância ao estudo da língua e da intenção. O grito de dor ou a exclamação de alegria são um salto do sentimento ou do sentir para o som. A consoante demanda intenção, escolha. O sim e o não, que são resultado de pensamentos ou escolhas, têm ou não na consoante a sua base e, no gesto, a sua confirmação. 
A linguagem tem a ver com o quanto de pensamento, sentimento e impulso está envolvido na ideia que a palavra expressa. Quente e frio têm tanto de universalidade quanto mamãe. E por que o primeiro som é “m” e a primeira pessoa é mãe?  Será que é assim em todo lugar? Será que as vogais existem em toda parte? Existem. A predominância da letra “m” como primeiro som, não tenho informações concretas, mas acho que é natural, pela facilidade de ser enunciada. A oralidade e o emitir o som são amálgamas da formação de grupo e da pertinência a esses grupos. Os grupos não são todos iguais pelo planeta afora, mas emitir o som que se ouve logo ao nascer é universal. A ordem de aquisição dos sons é a história do grupo e dos recém-nascidos. Hoje precisamos rever muita coisa por causa da mobilidade dos grupos pelo mundo, seja de barco, de avião, por telefone ou outros meios de comunicação. Somos um planeta cheio de grupos e dá a impressão de que quanto mais grupos, mais dessemelhanças. Derreter as diferenças orais não é a tendência da humanidade, pelo menos até hoje.  

Artigo publicado na edição de novembro de 2014.

http://www.profissaomestre.com.br/index.php/colunistas-pm/anna-veronica/1136-dominio-da-oralidade

Por que os alunos não aprendem com seus slides

É chegada a hora de repensar a estratégia de ler apresentações de PowerPoint linha por linha durante as aulas
Não se preocupe, todos já fizemos isso: ficamos acordado até tarde e temos que dar aula às 8 da manhã do dia seguinte. Então o que você faz? Joga algum texto no PowerPoint e se prepara para falar sobre os tópicos. Não vai fazer nenhum mal, né? Você pode nem ler os slides inteiros – eles só vão ajudá-lo a dar sequência à aula, e se perder o ritmo, o texto estará lá para te ajudar.
Infelizmente, não importa se você está trabalhando as Grandes Navegações na quarta série ou física quântica com recém chegados à universidade, você pode estar mais prejudicando do que ajudando seus alunos.
Power Point Sala de AulaCrédito: Brian Jackson/Fotolia.com

Vamos explorar por que o design instrucional na maioria das vezes não funciona com estudantes e quando você deve ensinar com PowerPoint – e também quando deve evitá-lo. Tudo começa um pequeno conceito chamado de “carga cognitiva”. 
Muita coisa para o estudante processarImagine o cérebro dos estudantes como uma caixa. Conforme você começa a jogar pedras, ela fica mais e mais pesada – e assim, é mais difícil para o estudante aguentá-la e mantê-la organizada. Basicamente, essa é a definição de carga cognitiva. Ela descreve a capacidade da memória do nosso cérebro em suportar e processar partes de informação. Todos temos uma limitação de memória, então quando temos que lidar com informações de mais de uma maneira, a carga fica mais pesada e mais difícil de ser controlada.
Na sala de aula, a carga cognitiva do estudante é muito afetada pela origem externa da informação – em outras palavras, a maneira pela qual ela é apresentada a eles. Todo professor instintivamente sabe que existem jeitos melhores – e piores – de apresentar um conteúdo. A razão para isso, segundo pesquisas, é que, ao aliviar a carga, fica mais fácil para o cérebro do estudante acessar a informação e a transformar em memória.
Ensinar com slides de texto do PowerPoint durante uma leitura em voz alta, infelizmente, significa o mesmo que jogar muitas pedras dentro da caixa do aluno e faz com que ele retroceda. 
O efeito de redundância
A apresentação simultânea de um texto de modo visual e oral, como slides de PowerPoint, atualmente é muito comum nas salas de aula. Pense a respeito: quantas você entrou em uma sala ou auditório e viu uma professora lendo textos dos slides?
Um estudo australiano do final dos anos 1990 (o 1999 Kalyuga Study) comparou o resultado acadêmico de um grupo de universitários que assistiu a uma aula de um professor que usou texto e áudio (o que significa que havia palavras na tela enquanto ele falava) com um outro em que os alunos só ouviam a uma explicação sem PowerPoint. Os pesquisadores concluíram que a utilização de estímulos visuais com palavras durante uma apresentação aumenta a carga cognitiva, em vez de diminui-la.
Isso se deve ao chamado efeito redundante. A redundância verbal “surge da apresentação verbal e discurso na íntegra”, aumentado o risco de sobrecarregar a capacidade de memória – por isso, pode causar efeito negativo no aprendizado.
Considere, por exemplo, uma aula de ciências sobre cadeias alimentares. O professor pode começar explicando a diferença entre carnívoros e herbívoros. Aparece um slide com a definição de cada termo. O professor começa a ler diretamente do slide. As partes duplicadas de informação – falada e escrita – não vão reforçar positivamente uma a outra; no lugar disso, as duas sobrecarregam as habilidades do estudante em controlar a informação.
Pesquisadores como John Sweller e Kimberly Leslie defendem que seria mais fácil para estudantes aprenderem as diferenças entre carnívoros e herbívoros se eles fechassem os olhos e só ouvissem à explicação. Mas estudantes que ficam com olhos fechados durante a aula são acusados de “não estarem prestando a devida atenção”. 
Como aliviar a cargaEntão o que fazer? Como garantir que as crianças aprendam a partir de suas explicações orais em vez de ficarem com o cérebro saturado? (Empreendedores, saibam que isso também poderia ser aplicado em suas apresentações).
Richard Mayer, um neurocientista da Universidade de Santa Barbara e autor do livro “Multimedia Learning” (Aprendizado multimídia) oferece a seguinte receita: elimine elementos textuais de suas apresentações e passe a falar por tópicos, compartilhando imagens ou gráficos com os alunos. Clique no Vídeo para ver exatamente o que ele quer dizer:
Este método, segundo Mayer, é particularmente apropriado para assuntos em que gráficos geométricos e imagens são cruciais para a compreensão dos conceitos-chave, como cadeia alimentar, cálculo de área de uma superfície ou ciclo da água.
Outros estudos, como um outro estudo separado feito por Leslie et al (2012), sugere que misturar pistas visuais com explicações orais (em aulas de matemática e ciências, em particular) é essencial e eficiente. No estudo de Leslie, um grupo da quarta série que não sabia nada sobre magnetismo aprendeu significativamente mais quando teve contato tanto com imagens quanto com a explicação do professor em comparação a outro grupo que só teve a explicação oral.
Você é professor de ciências? Coloque uma foto dos dentes de um leão e de uma zebra na tela enquanto explica a diferença entre carnívoros e herbívoros. Ensina estudos sociais? Coloque em volta da data “1776” pinturas dos Pais Fundadores dos Estados Unidos assinando a Declaração de Independência (o mesmo vale para a História brasileira), em vez de incluir fatos relacionados em sua apresentação.
E se você tem dificuldades em tirar completamente as palavras de suas apresentações em PowerPoint, especialmente quando quer que os estudantes tomem nota, aqui vão mais algumas dicas:
– Limite-se a uma palavra por slide. Se for explicar termos, tente coloca-lo associado a um conjunto de imagens – e peça para os alunos para deduzirem;
– Obedeça ao “princípio da personalização”, que basicamente diz que atrair leitores entregando conteúdo de modo conversacional vai aprimorar o aprendizado. Por exemplo, Richard Mayer sugere usar muitos “Eus” e “Vocês” em seu discurso, porque alunos reagem melhor à linguagem mais informal.
Tem alguma estratégia que funciona melhor para seus alunos? Comente

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Por que a tecnologia não mudou a educação: porque o sistema é o mesmo

Karina Yamamoto
Do UOL, em São Paulo
A educação não vai bem -- isso todo mundo sabe por estatística ou por experiência própria. O que intriga muita gente é por que a situação não melhora com toda a tecnologia disponível.
Para o trio da Santo Caos, uma "consultoria de engajamento" de São Paulo, a resposta é que o modelo educacional é o mesmo. O aparato tecnológico é usado apenas como outra modalidade de material, sem alterar a maneira como o conteúdo é ensinado ou modificar a administração das verbas e do tempo.
Usando um método de pesquisa chamado "bola de neve", em que um entrevistado indica o próximo, os publicitários fizeram um documentário de 30 minutos que pretende esclarecer a questão com o título "Do giz ao tablet: por que a tecnologia não mudou a educação".

Derrubando paredes

"É preciso haver uma remodelagem da escola", afirma Guilheme Françolin, 25, que buscou as respostas em companhia dos sócios Jean Soldatelli, 25, e Daniel Santa Cruz, 25. Ele cita a escola municipal Amorim Lima, que derrubou as paredes das salas de aula e estabeleceu roteiros de estudos para os alunos, flexibilizando a aula.
Segundo ele, a escola de hoje não atende mais as necessidades do mercado de trabalho que os filhos da geração Y (nascidos nos anos 1980) terão que enfrentar. "Temos que mudar isso de um cara no tablado, um professor que só transmite os conhecimentos."
A mudança, indica o jovem publicitário, estaria na maneira de organizar o tempo e as verbas da escola. Como exemplos ele aponta a construção de conhecimento em rede como nas plataformas wiki ou a personalização das experiências de cada aluno.
Ele faz uma analogia tecnológica para explicar seu ponto: "a gente viu que precisava mesmo era de uma plataforma de código aberto". Ou seja, com liberdade e espaço para soluções particulares surgirem, mas com um objetivo comum de ensinar o mesmo para os alunos.
Além do conteúdo, Françolin acha que a escola precisa desenvolver competências nos aluno, as novas chaves para o sucesso.

http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/01/23/por-que-a-tecnologia-nao-mudou-a-educacao-porque-o-sistema-e-o-mesmo.htm

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Matrículas na rede pública estadual continuam com modelo convencional

ASSESSORIA
Seduc-MT
Encerrado o prazo para as matrículas pela internet na rede estadual de ensino, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) continua a partir desta quinta-feira (22.01) com as matrículas convencionais nas 746 unidades escolares.

Durante três dias, novos alunos puderam fazer a solicitação da matrícula, via internet, em 500 escolas da rede. O levantamento realizado na tarde desta quarta-feira (21.01) apontou que 36.662 estudantes fizeram o cadastro pela web para ingressar na rede estadual.

A partir desta quinta, os alunos ou responsáveis poderão confirmar a matrícula na unidade escolar solicitada por meio do sistema web. Este processo continua até o próximo dia 27. Até lá, as unidades com vagas disponíveis farão novas matrículas utilizando o método convencional, com os estudantes ou responsáveis tendo que se dirigir ao colégio.

O secretário de Estado de Educação, Perminio Pinto, reforça que ainda existem centenas de vagas em dezenas de unidades escolares. A orientação é para o estudante procurar uma escola mais próxima da sua residência.

As escolas estaduais da zona rural, indígenas, quilombolas, os Centro Educacionais de Jovens e Adultos (Cejas) e as salas de aula que atendem alunos do sistema prisional e socioeducativo continuam usando o processo tradicional de matrículas.

Para efetuar a matrícula, o aluno precisa dirigir-se diretamente até a unidade escolar para verificar a disponibilidade de vagas e, consequentemente, efetuar sua matrícula. No site da Secretaria de Educação (www.seduc.mt.gov.br), o cidadão pode tirar as suas dúvidas.

Semana Pedagógica marca o início do ano letivo da Secretaria de Educação

O ano de 2015 teve seu início oficial nesta quarta-feira (21) para a Secretaria Municipal de Educação, que retoma suas atividades com a Semana Pedagógica. Ao longo de 10 dias, cerca de oito mil profissionais da rede municipal de ensino passarão por formação, preparação e planejamento das atividades que serão desenvolvidas durante o ano letivo.
De 21 a 30 de janeiro, todos os servidores que atuam nas unidades de ensino debaterão questões pontuais sobre as diversas modalidades de educação, além dos grandes desafios que virão em 2015.
“A Semana Pedagógica é o momento que marca a abertura do nosso ano letivo e aqui vamos traçar metas, rever as ações que fizemos em 2014 e dar todo subsídio necessário para nossos coordenadores e demais profissionais para que façamos deste um ano exemplar”, afirma Vanilda Carvalho Mendes, diretora de ensino da Secretaria Municipal de Educação.
Esta capacitação é a primeira do programa Revitalizando a Formação, que abrange todos os cursos de aprimoramento realizados durante o ano.
Para o secretário municipal de Educação, Gilberto Figueiredo, a semana tem papel fundamental e os assuntos tratados são essenciais para o alinhamento do trabalho de cada um.
“É importante frisar que o que acontece aqui tem alinhamento com o plano estratégico da secretaria. Daqui saem decisões e posicionamentos que vão aprimorar a qualidade do nosso ensino e a forma como lidamos com os alunos e seu aprendizado”, conta.
O encontro foi dividido por modalidades: Educação Infantil; Ensino Fundamental 1° Ciclo, Ensino Fundamental 2° e 3° ciclo, e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
De acordo com Gilberto, a setorização do encontro é fundamental para que os assuntos que competem a cada modalidade possam ser abordados com eficácia e sua devida importância.
“Todos os nossos profissionais passam por essa dinâmica de formação e optamos por dividir cada grupo para que eles possam ter a liberdade necessária para discutir e alinhar ideias e projetos. Por exemplo, a escola Maria Dimpina reúne apenas os professores de proficiência das disciplinas de Português e Matemática”, revela.
Para a secretária-adjunta de Educação, Marioneide Klimaschesk, a pasta quer conquistar grandes coisas e isso só será possível com o empenho de cada servidor atuante nas unidades.
“Em 2016 queremos colher os frutos de um ensino de qualidade ainda maior e para isso contamos com o trabalho de toda nossa equipe”, conclui.
Os encontros da Semana Pedagógica acontecem nas Faculdades Evangélicas Integradas Cantares de Salomão (Feics), localizada na Avenida Historiador Rubens de Mendonça; na Escola Municipal Maria Dimpina, localizada na Avenida Fernando Corrêa da Costa; na escola estadual Presidente Médici, na Avenida Mato Grosso; e na escola estadual Nilo Póvoas, no bairro Bandeirantes.
As atividades serão realizadas das 7h30 às 11h e das 13h30 às 17h, e das 19h às 21h para os profissionais da EJA.

Cuiabá: calendário de pagamentos dos servidores


A Prefeitura de Cuiabá divulgou no Diário Oficial de Contas, que circula nesta quarta-feira (21), o cronograma com as datas de pagamento dos salários dos servidores e, também, das aposentadorias e pensões.
Conforme estabelecido pelo prefeito Mauro Mendes desde o início da gestão, os salários dos funcionários municipais serão pagos no último dia útil do mês trabalhado. Já os pagamentos de pensões e aposentadorias serão feitos no dia 25 dos meses de janeiro a novembro e no dia 23, em dezembro. O 13º salário será pago no dia 18 de dezembro para os servidores ativos e no dia 20, para aposentados e pensionistas.
Confira abaixo as datas de pagamento:
CRONOGRAMA DE FOLHA DE PAGAMENTO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CUIABÁ - ANO 2015
JANEIRO – 30
FEVEREIRO – 27
MARÇO – 31
ABRIL – 30
MAIO – 29
JUNHO – 30
JULHO – 31
AGOSTO – 31
SETEMBRO – 30
OUTUBRO – 30
NOVEMBRO – 30
DEZEMBRO – 30
13º SALÁRIO – 18
http://www.cuiaba.mt.gov.br/gestao/prefeitura-divulga-datas-de-pagamentos-de-salarios-de-servidores-e-aposentados/10176

sábado, 17 de janeiro de 2015

Curso sobre ensino híbrido terá início em março de 2015 pela primeira vez no Brasil

Professores e alunos de todo o Brasil começam o ano com um presentão: o primeiro curso sobre ensino híbrido do país estará, em breve, disponível gratuitamente. Resultado da parceria entre a Fundação Lemann e o Instituto Península e fruto de um longo processo de pesquisa e validação do melhor formato, o curso Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação poderá ser realizado na plataforma online Veduca.
Cada aluno possui sua maneira e tempo de aprendizado, e o ensino híbrido fornece ao professor ferramentas e estratégias de ensino que, além de facilitar seu trabalho, possibilitam que todos os alunos tenham uma experiência mais personalizada.  A tecnologia por si só não amplia a conexão do aluno com o aprendizado, mas o curso de Ensino Híbrido irá ensinar os professores a usá-la como facilitador e potencializador desse processo.
Os educadores participantes poderão escolher assistir às videoaulas e fazer os exercícios gratuitamente ou realizar o programa de certificação que contém conteúdos exclusivos, tutoria personalizada, interação entre os cursistas e exercícios com aplicação prática em sala de aula e oferece um certificado. Esta segunda opção de formação é paga. Em ambos os formatos, o curso apresentará aos interessados ferramentas e recursos para a personalização do ensino, utilizando a tecnologia para benefício do aluno. O professor aprenderá novas formas de engajá-lo no estudo e também como aproveitar melhor seu próprio tempo e potencial impacto de trabalho.
Professores de Ensino Fundamental ou Médio que têm interesse em integrar tecnologias digitais à sala de aula estão no foco da formação, mas qualquer interessado poderá cursar o Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação.
Como material complementar do curso é indicado o material do Porvir sobre personalização do ensinoque, entre outros, utiliza e indica conteúdos do QEduCourseraKhan Academy e Geekie.
O início do curso está previsto para março, mas já é possível se pré-inscrever a partir de agora. Não perca esta oportunidade: http://goo.gl/MDQiWI.
Assista o vídeo de divulgação do curso CLIQUE AQUI


http://fundacaolemann.org.br/novidades/curso-sobre-ensino-hibrido-tera-inicio-em-marco-de-2015-pela-primeira-vez-no-brasil

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

'Só penso no que faltou', diz candidata que tirou 980 na redação do Enem

Tássia LimaDo G1 Sorocaba e Jundiaí
Nathalie Poveda teve 980 na redação do Enem
(Foto: Arquivo Pessoal)
No momento em que viu a nota que recebeu na redação do Enem, a estudante Nathalie Poveda, de Sorocaba (SP), teve uma grata surpresa: tirou 980 - muito perto da nota máxima, que é de 1.000 pontos. A alegria é inevitável, mas, passada a euforia, ela se questiona onde poderia ter feito melhor. "Estou pensando no que faltou. Talvez eu tenha errado em algumas pontuações. Também poderia ter focado mais no Brasil, porque falei do tema em um aspecto generalizado", opina.
Segundo ela, escrever não foi tão difícil quanto esperava, porque o curso pré-vestibular que a estudante frequentou havia pedido uma redação com tema semelhante ao do Enem, que foi  “Publicidade infantil em questão no Brasil”. "Eu já tinha feito uma redação parecida, então comecei a 'linkar' a redação que eu fiz no cursinho com a do Enem, na hora da prova. Deu resultado", comemora Nathalie.
Ela conta que estudou em escola pública durante toda a vida, e que, no ano passado, ao terminar o ensino médio, passou no vestibular para uma universidade federal, mas decidiu não cursar. "Eu estava indo fazer a matrícula quando falei para o meu pai que eu não queria. Lá, eu ia fazer curso de ciência e tecnologia, e depois pretendia me especializar em neurociência, mas desisti. Meu sonho é fazer medicina. Com essa nota na redação, tenho uma esperança a mais", diz a jovem de 19 anos.
A nota da redação de Amanda Lamarca foi 960 (Foto: Arquivo Pessoal)A nota da redação de Amanda Lamarca foi 960
(Foto: Arquivo Pessoal)
Mas Nathalie não foi a única a chegar perto da "redação perfeita". A vizinha dela, Amanda Lamarca, teve 960 e, apesar do "notão", também se pergunta onde errou. "Eu senti que falhei um pouco na conclusão, acho que não sintetizei muito bem. Coloquei várias intervenções", afirma a estudante.
Autocríticas à parte, Amanda se diz satisfeita com a nota - resultado de muita dedicação. "Eu fazia duas redações por semana, de temas atuais. Estudei materiais de atualidades não só do ano passado, como de anos anteriores. É preciso estar por dentro de tudo, porque o tema do Enem nunca é óbvio. Dificilmente vai ser alguma coisa que está em destaque na mídia", acredita a jovem.
Além de fazer curso pré-vestibular de manhã, Amanda tinha aulas particulares de redação uma vez por semana. A professora dela, Maria Luiza Arruda Lima, garante que a estudante fez por merecer. "A Amanda é uma menina que cultiva o hábito de ler e que treinou bastante durante o ano todo, lendo muitos textos e fazendo, no mínimo, uma redação por semana. Ela chegou a fazer mais - duas, três por semana. É esse treinamento intensivo que tem bom resultado", orienta Maria Luiza.
Outra que teve 960 na redação do Enem foi Beatriz Moraes, também de Sorocaba. "Foi a primeira nota que eu olhei, e pensei 'não acredito'. Minha professora tinha corrigido a minha redação e dado 940, então não esperava que fosse acima disso", declara a estudante.
Para atingir a nota máxima, Beatriz acredita que o tempo para realização da prova atrapalhou. "Talvez eu precisasse colocar um vocabulário mais rebuscado. É que, na pressa, você acaba deixando palavras que poderiam ser trocadas por sinônimos melhores", diz.
Entre as qualidades que levaram a redação a receber uma nota alta, ela cita o enriquecimento do texto com pensamentos de filósofos. "Antes de sair de casa para fazer a prova, eu pensei que gostaria de fazer alguma citação, mas, como não tinha nenhuma ideia, peguei meu caderno de filosofia e fiquei lendo os pensamentos dos filósofos", conta a estudante, que acabou citando Aristóteles.
Outro fator que ela acredita ter contribuído para os 960 na redação foi o hábito de ler. "Sempre li muito, tanto livros de escola quanto os de fora, e sempre gostei muito de escrever. Também fiz pelo menos uma redação por semana durante o ano", diz a jovem, que pretende estudar letras.
A professora Maria Luiza, que também deu aulas para Beatriz, reforça que a leitura é mesmo fundamental para quem vai prestar vestibular. "Não existe escrita sem leitura. O aluno que tem o hábito de ler vai assimilando a gramática sem perceber, vai melhorando o nível vocabular, vai aprendendo a pontuar. O aluno que lê muito desenvolve os textos com mais facilidade", encerra.

http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2015/01/penso-no-que-faltou-diz-candidata-que-tirou-980-na-redacao-do-enem.html

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO: Professora paulista aproxima crianças de culturas diferentes

A partir da exploração de temas como moradia, alimentação, transporte e brincadeiras, uma professora de Valinhos, no interior paulista, desenvolveu projeto para comparar o modo de vida dos alunos de uma escola da rede particular de ensino com os de uma escola indígena do Pará. “Queríamos promover uma leitura intercultural”, diz Josane Batalha Sobreira da Silva, professora polivalente no Colégio Visconde de Porto Seguro.
Seu projeto, Aproximando Culturas por Meio da Tecnologia, confrontou semelhanças e diferenças entre estudantes do quarto ano do ensino fundamental do colégio paulista e da Escola Professor Antônio de Sousa Pedroso (Escola Borari), em uma comunidade indígena da vila Alter do Chão, distrito paraense, a 30 quilômetros de Santarém.
Alunos de seis turmas formularam perguntas relacionadas à escola, moradia, alimentação, meios de transporte, brincadeiras e festas típicas. “Ficamos três semanas trocando perguntas e respostas”, diz Josane. As perguntas, elaboradas em sala de aula, eram postadas no portal educacional Faceduc, durante as atividades realizadas no laboratório de informática. Além de postar e responder perguntas enviadas pelos alunos da comunidade indígena, os estudantes paulistas tinham de refletir e escrever sobre o que acharam de mais interessante nos comentários postados a cada semana.
Além disso, os professores postaram vídeos e fotos de diferentes locais para permitir a comparação de pontos geográficos, modos de vida e cultura. Foi possível, assim, analisar a situação dos alunos de uma comunidade indígena nos dias atuais e perceber aquela comunidade como “um outro diferente, mas não inferior”, enfatiza a professora.
Os estudantes pesquisaram sobre a vila Alter do Chão para conhecer um pouco mais sobre o lugar, localizaram a comunidade indígena no mapa, conheceram o cotidiano das crianças e compararam a forma de vida dos indígenas de antigamente com a de hoje. “Os alunos puderam perceber o cuidado que as crianças indígenas têm com a natureza, tirando dela apenas o que necessitam para seu sustento”, ressalta a professora. Os estudantes paulistas também aprenderam sobre o nheengatu, língua da família linguística do tupi-guarani, falada pela comunidade de Alter do Chão.
Livro — As reflexões sobre o que cada um aprendeu a respeito dos temas trabalhados foram registradas em um livro, criado no Faceduc. “Ao ler os relatos, percebemos que essa troca pode estabelecer correlações entre o conteúdo estudado em história e geografia e a realidade”, analisa a professora.
O trabalho foi finalizado com uma videoconferência. Por meio do skype, os alunos puderam se conhecer em tempo real, conversar e finalizar o trabalho. “Foi um momento mais que especial”, diz Josane.
Prêmio — A inclusão do projeto entre os finalistas da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, voltada para escolas públicas e particulares, deixou Josane emocionada. “Sempre acreditei na tecnologia como algo que oferece ao aluno um espaço de interação e conhecimento, que possibilita uma diversidade de caminhos para a melhoria do ensino-aprendizagem”, ressalta. Ela pretende dar continuidade ao projeto este ano, com mudanças e ampliação. “Estamos trabalhando nas adaptações, desenhando as mudanças e acrescentando ideias.”
Professora há 18 anos, Josane é graduada em pedagogia e em psicopedagogia, com pós-graduação em relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral. Tem ainda especialização em ética, valores e saúde na escola.

Fátima Schenini

Saiba mais no Jornal do Professor

Declaração para um novo ano

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