O Prêmio Educador Nota 10 foi criado em 1998 pela Fundação Victor Civita que, desde 2014, realiza a premiação em parceria com Abril, Globo e Fundação Roberto Marinho.
Reconhece e valoriza professores da Educação Infantil ao Ensino Médio e também coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas de todo o país.
O Prêmio tem o apoio da Nova Escola, Instituto Rodrigo Mendes e Unicef, e o patrocínio da Fundação Lemann e SOMOS Educação. Desde 2018, o Prêmio Educador Nota 10 é associado ao Global Teacher Prize, prêmio global da educação.
PREMIAÇÃO
Além do reconhecimento pelo trabalho de ótima qualidade, o Prêmio Educador Nota 10 premia os educadores com:
50 FINALISTAS
>> diploma de participação
>> assinatura anual do site NOVA ESCOLA DIGITAL, onde terão acesso aos conteúdos NOVA ESCOLA e GESTÃO ESCOLAR, além de diversos outros conteúdos, com vigência de janeiro/2020 a dezembro/2020
10 VENCEDORES
>> R$ 15 mil (quinze mil reais, em forma de vale-presente) para cada educador
>> 01 vale presente no valor de R$1 mil (mil reais) para a escola em que foi aplicado o projeto
>> diploma de participação
>> divulgação dos trabalhos na revista e no site NOVA ESCOLA e/ou GESTÃO ESCOLAR
>> 01 assinatura do site NOVA ESCOLA DIGITAL, onde terão acesso aos conteúdos NOVA ESCOLA e GESTÃO ESCOLAR, além de diversos outros conteúdos, com vigência de janeiro/2020 a dezembro/2020
EDUCADOR(A) DO ANO
Além dos prêmios acima, o(a) Educador(a) do Ano será contemplado com:
>> +01 vale presente no valor de R$5 mil (cinco mil reais) para a escola em que foi aplicado o projeto
>> +01 vale presente no valor de R$15 mil (quinze mil reais)
Os 10 vencedores também ganharão uma viagem para São Paulo e, além de participar da cerimônia, vivenciarão uma imersão de uma semana com atividades exclusivas, promovidas por todos os organizadores do Prêmio: Abril, Globo, Fundação Victor Civita, Fundação Roberto Marinho, Nova Escola, Instituto Rodrigo Mendes, UNICEF, Fundação Lemann e SOMOS Educação. A Cerimônia de entrega do Prêmio Educador Nota 10 – 2019 será realizada em São Paulo.
Alunos e moradores do distrito do Coxipó do Ouro, prestigiaram uma programação especial, na ultima sexta-feira (29), em comemoração aos 300 anos de Cuiabá. A Escola Municipal de Educação Básica do Campo (EMEBC) Nossa Senhora Penha de França, realizou durante o Rally Ecológico Cuiabá 300 anos ,uma distribuição de kits de livros. O evento da Prefeitura de Cuiabá é mais uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação (SME) e das Bibliotecas Comunitárias ‘Saber com Sabor’.
O principal objetivo da programação é o incentivo à leitura e a busca pelo conhecimento. Além dos kits de livros distribuídos, outras atividades foram realizadas entre elas uma exposição do acervo da fauna e flora Brasileira/Consciência Ambiental; jogos, brincadeiras, cantigas; A Mala e o Baú de Livros, varal literário; Tenda e cabaninha de livros; Oficina de desenho e pintura; Piquenique Literário; Narração de Histórias do folclore.
A coordenadora da escola EMEBC Nossa Senhora Penha de França, Mirian Margareth De Oliveira Zanca, disse que a programação foi muito bem-vinda e condiz com a realidade da região. “Ficamos muito felizes em sermos premiados para receber essa programação, pois somos uma comunidade do campo e já trabalhamos com projetos voltados ao Meio Ambiente e sua preservação. Os alunos vivenciam isso todos os dias, o cuidado com a natureza e com a terra porque é dela que tiramos o nosso sustento e o projeto trata justamente sobre a preservação do meio ambiente. E é ainda melhor com o apoio das Bibliotecas ‘Saber com Sabor’ que incentiva a leitura e faz com que os alunos viajem na imaginação e a maioria das nossas leituras têm a natureza envolvida”, relatou Mirian.
As professoras também aprovaram a iniciativa. “Esse evento foi muito importante para nossa escola e comunidade. Houve grande participação das crianças e eles ficaram encantados com as histórias e os livros e isso vai ajudar no incentivo à leitura e ao conhecimento que é fundamental para que eles cresçam com este hábito”, declarou a professora da EMEBC Nossa Senhora Penha de França, Eliane Evangelista da Silva.
As crianças estavam todas animadas e felizes com o kit de livros que receberam e não viam a hora de se aventurarem por meio da leitura e da imaginação. O kit contém 5 livros da Editora Paulus: A bruxinha dos nós (Ana Carolina Fernandes de Araújo); Mais um prato para Pedrinho (Carlos Ferrari); Conectados (Niccholay V. Marques); O grãozinho de areia em Cordel (Fernando Paixão) e um jogo de tabuleiro Caminho da Cidadania (Pedro Figueiredo de Moraes), que tem uma proposta lúdica e sociopedagógica.
Participaram do evento as Secretarias Municipais de Serviços Urbanos, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Saúde e Mobilidade Urbana.
Rally Ecológico
O Rally Ecológico ‘Cuiabá 300 Anos’ foi uma prova de regularidade, envolvendo carros e motos, realizada no ultimo dia 30, com largada no Parque Tia Nair, em Cuiabá e chegada ao Acqua Park Cuiabá, no Km 5 da Rodovia Vicente Bezerra Neto na Estrada do Manso.
(Estagiária Emilly Rodrigues com supervisão da jornalista Maria Barbant)
A Comissão de Educação debate nesta quinta-feira (4) a reforma da Previdência e os impactos sobre os professores. O debate atende a requerimentos de diversos parlamentares.
De acordo com a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), uma das parlamentares que pediu o debate, a especificidade do campo educacional e da ação docente não é reconhecida, o que agrava, ainda mais, a situação do setor e a qualidade da educação. “Avaliamos como extremamente oportuno e necessário o debate sobre as possíveis mudanças, especialmente os impactos sobre as instituições educativas, seus profissionais e a educação em geral”, afirma.
Foram convidados, entre outros, representante do ministério da Educação; e da Economia; o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo Filho; e o presidente da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico, Nilton Ferreira Brandão.
A reunião será realizada às 9h30 (horário de Brasília), no plenário 10.
Paula Adamo Idoeta - @paulaidoetaDa BBC News Brasil em São Paulo
O sucesso do sistema educacional da Finlândia tem sido objeto de estudo em todo o mundo desde que o país, que já foi um dos mais pobres da Europa, passou a despontar em rankings internacionais de educação, virou referência por conseguir promover ensino de qualidade de forma igualitária em toda a sua rede e, em consequência, viu seu Produto Iinterno Bruto (PIB) per capita se tornar um dos mais altos do mundo. Na semana passada, a Finlândia foi apontada como o país com o maior índice de felicidade do mundo, pelo World Happiness Report.
Minna Makihonko em debate em SP; especialista finlandesa busca parcerias para trazer modelo educacional do país ao Brasil. Foto: VINICIUS DOTI/FUNDAÇÃO FHC
Por trás dessa revolução educacional está uma reforma iniciada nos anos 1970 que teve entre seus pontos centrais a qualificação e a valorização da carreira dos professores, explica Minna Mäkihonko, conselheira-sênior para educação docente e para educação inclusiva da Universidade da Finlândia.
Mäkihonko esteve neste mês em São Paulo para uma palestra na Fundação FHC (do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e em busca de parcerias para estabelecer projetos com o modelo educacional finlandês no Brasil em escolas e universidades brasileiras.
"O que aprendemos é que apenas aumentar a certificação dos professores não necessariamente impactava a qualidade do aprendizado dos alunos", explicou ela. "Tivemos de olhar para a qualidade dessa educação, para o que oferecemos aos professores."
1 - Preparar docentes para um mundo em mutação
Para Mäkihonko, o ponto principal do treinamento de professores passa por "preparar os futuros professores para um mundo em mutação".
"Não sabemos para que tipo de mundo estamos treinando os professores. Por isso, é importante treiná-los para não apenas dar informações, mas ter a capacidade de encontrar, selecionar e analisar conhecimento."
A Finlândia é conhecida por ter adaptado suas salas de aula para o chamado "ensino baseado em projetos", em que os alunos - em vez de terem o conhecimento dividido por áreas estáticas, como matemática, línguas e geografia - aprendem com base em grandes projetos multidisciplinares, com grande autonomia.
Para Mäkihonko, isso exige professores que aprendam, em sua formação, a serem flexíveis e capazes de implementar "atividades inteligentes em situações novas".
Isso reflete uma questão importante da reforma educacional finlandesa: colocar os alunos como agentes ativos de seu próprio aprendizado.
Um relatório de 2010 da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) sobre a educação finlandesa aponta que "as salas de aula são centradas no aluno".
"O objetivo é aumentar a curiosidade dos estudantes e sua motivação para aprender, além de promover sua proatividade, autodirecionamento e criatividade, oferecendo-lhes problemas e desafios interessantes", diz o texto.
2 - Fundamento científico
Colocar em prática esse ensino centrado no aluno não é fácil e exige professores que entendam o processo de aprendizado. Por isso, nas universidades de Educação finlandesas, futuros docentes aprendem "tanto métodos baseados em pesquisas quanto pacotes de ferramentas que possam ser usadas quando eles forem ensinar", explicou Mäkihonko.
E também aprendem a usá-las com autonomia. "No treinamento, podemos dizer a um professor qual livro ou método pode ajudar uma criança com dificuldade em matemática. Mas é ele, com seu expertise e profissionalismo, que vai decidir o que usar. Os professores é que terão de saber quais métodos serão úteis para cada tipo de situação."
3 - Conhecimento aprofundado
Mäkihonko explicou que é exigido dos professores finlandeses "um profundo entendimento do conteúdo" que ensinam e da pedagogia adequada para cada faixa etária, de forma a "apoiar os alunos (na busca) por diferentes pontos de vista e para construir conexões entre (diferentes) conceitos".
Desde a reforma educacional dos anos 1970, a formação dos professores passou a ser centralizada em universidades (todas públicas), em cursos de cinco anos, com alto nível de exigência sobre os futuros professores. Todos são obrigados a fazer uma tese de mestrado para concluir sua formação. Nesse processo, disse Mäkihonko, "eles aprendem a ler artigos científicos e a estar a par das descobertas mais recentes em aprendizado, para se desenvolverem profissionalmente".
A OCDE explica que, tradicionalmente no mundo, "programas de treinamento de professores muitas vezes tratam a boa pedagogia como algo genérico, presumindo que habilidades (...) são igualmente aplicáveis a todas as disciplinas. Na Finlândia, como a educação é uma responsabilidade compartilhada entre a Faculdade de Educação e as faculdades de cada disciplina, há uma grande atenção à pedagogia específica para professores primários e professores das séries superiores".
Segundo o relatório da OCDE, outros fatores que parecem estar por trás do sucesso educacional da Finlândia são um "consenso político para educar todas as crianças juntas, em um sistema escolar conjunto; a expectativa de que todas as crianças conseguem atingir altos níveis (de aprendizado), a despeito de seu histórico familiar ou circunstâncias regionais; uma busca obstinada pela excelência de professores; responsabilidade compartilhada da escola pelos alunos com dificuldades; uso dos modestos recursos financeiros com foco na sala de aula e clima de confiança entre educadores e a comunidade".
4 - O professor não está sozinho
As exigências sobre os professores são altas, mas eles recebem bastante apoio - educacional e comunitário - e "não estão sozinhos" no desempenho de seu papel, afirmou a especialista finlandesa.
As universidades, disse ela, mantêm uma conexão próxima com os professores em sala de aula, para ajudá-los a praticar o que aprenderam durante seu treinamento e a garantir uma mentoria dos que estão estagiando ou aplicando novas metodologias.
"É importante escutar os professores para entender suas necessidades e desafios. Por exemplo, quando eles começam a colocar em prática o ensino baseado em projetos, passam a ter dúvidas e precisam de ajuda, de mentoria", disse.
"Esses professores-mentores têm uma dupla responsabilidade - de ensinar e ao mesmo tempo de acompanhar os professores. Estamos buscando parcerias para implementar isso também no Brasil", afirmou Mäkihonko à BBC News Brasil.
5 - Ética e papel social
Segundo Mäkihonko, a carreira de professor na Finlândia equivale, em prestígio, às de médico e advogado.
"São profissionais respeitados pela comunidade. Por isso é importante cuidar das questões éticas quando estamos treinando os professores. Eles aprendem não apenas técnicas (de ensino) mas também a apoiar o desenvolvimento pessoal do estudante e a serem modelos de comportamento. Eles têm muita responsabilidade: a de moldar diamantes brutos. E são cobrados pela sociedade."
A educadora Beatriz Cardoso, filha de FHC e que participou do debate com Minna Mäkihonko, opinou que a Finlândia é o país com quem o Brasil mais tem a aprender em educação, por ter criado um modelo baseado não na competitividade individual, mas sim na igualdade de acesso. Mas também destacou que o Brasil tem desafios ainda maiores que a Finlândia teve nos anos 1970, por sua dimensão continental, problemas históricos de iletramento e analfabetismo e dificuldades na capacitação de qualidade aos professores.
Mäkihonko destacou que a Finlândia também "teve muitos desafios e cometeu erros" durante sua reforma educacional e sugeriu que profissionais brasileiros da educação que queiram promover mudanças busquem formar um ambiente propício, engajem um grupo de professores e apenas "comecem com algo menor e busquem formas de multiplicá-lo".
"Quando eu escrevia minha tese de PhD, meu professor me dizia para não pensar no problema inteiro logo no começo. Mas sim pensar em pequenas partes. Mordida por mordida é possível comer o elefante."