sexta-feira, 30 de junho de 2017

Educomunicação: Case de sucesso na rede estadual é ampliado para mais escolas ​


Um dos maiores cases de sucesso na rede estadual de Mato Grosso, o projeto Educomunicação, será oferecido para mais 800 alunos de 20 escolas do Estado.
Resultado de parceria entre a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Educomunicação tem o objetivo de estimular práticas de comunicação social visando à formação de cidadãos responsáveis.
A ampliação da parceria foi anunciada na tarde desta quinta-feira (29.06), na Arena Pantanal, durante a cerimônia de entrega de certificados para 300 alunos que participaram do projeto.
Conforme o secretário de Estado de Educação, Esporte e Lazer, Marco Marrafon, o projeto é icônico e fundamental para os tempos atuais. “Este é um projeto muito importante nesta era da comunicação, nestes tempos modernos. A Seduc e a parceria da UFMT trazem a possibilidade de construção da comunicação a partir das diversas mídias. Os jovens constroem áudios, vídeos, textos e tudo isso em uma plataforma colaborativa de conteúdo, mostrando como se deve tratar a internet com responsabilidade social”, afirmou.
Segundo Marrafon, o projeto é um case de sucesso no Estado e por isso merece ser replicado por mais unidades. “Os professores aprenderam mais com os alunos do que propriamente a gente conseguiu passar. Os alunos tiveram uma grande possibilidade de nos ensinar a trabalhar com mídia, eles demonstraram muita responsabilidade social, muita sensibilidade, dever ético na hora de tratar de temas delicados como o racismo, então isso nos deixa muito felizes, porque é assim que se constrói cidadania”.
O governador Pedro Taques também participou da cerimônia e elogiou a iniciativa. “Este programa tem sido um sucesso e por isso nós vamos aumentar o número de escolas e o número de alunos, para que ele possa a cada dia mais fazer o aluno entender que é importante. E que este meio de comunicação possa auxiliar no processo de ensino, para que ele possa a cada dia mais aprender, porque quem hoje não se antenar, não se linkar com conhecimento, tecnologia e informação, vai ficar para trás – e Mato Grosso não pode ficar para trás”.
De acordo com o idealizador e coordenador do Educomunicação, Diélcio Moreira, com o novo convênio o número de escolas atendidas pelo projeto passará de nove para 20, aumentando também o número de alunos atendidos, que subirá de 300 para 800. Todo o conteúdo criado é disponibilizado gratuitamente na Plataforma+10.
Segundo a professora Luzia do Nascimento, da EE Benedita Augusta Lemes, do município de Jangada, afirmou que o projeto transformou a vida da sua comunidade escolar. “Antes do Educomunicação, nós víamos os celulares como adversários do ensino; hoje, vemos que ele pode ser uma importante ferramenta de aprendizado”.

Veja mais: Educomunicação é lançado em Acorizal

Pró-Escolas
O Educomunicação também faz parte do Pró-Escolas, maior programa de investimentos da história da educação estadual, com o objetivo de melhorar o ensino em Mato Grosso.
Também participaram da cerimônia o deputado estadual Adriano Silva, o secretário adjunto de Política Educacional, Edinaldo Gomes, o secretário adjunto de Esportes e Lazer, Leonardo de Oliveira, e Evandro Soares, vice-reitor da UFMT.
Gustavo Nascimento
Seduc-MT


SEDUC

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Estudante de MT cria bandejas sustentáveis feitas com talo de buriti para substituir o isopor


Em Barra do Garças, Mato Grosso, a estudante Kemilly Barros Virissimo, de 18 anos, desenvolveu um projeto que transforma o talo do buriti em uma bandeja para substituir os tradicionais suportes de isopor. Muito usado pela indústria alimentícia, o isopor leva centenas de anos para se decompor. Com a descoberta de Kemilly, surge mais uma possibilidade de adoção de embalagens sustentáveis capazes de diminuir o impacto da ação humana sobre o meio ambiente.
A ideia de Kemilly surgiu a partir de um programa de televisão, onde ela viu uma história de bandejas ecológicas feitas com bagaço de cana. “Eu assisti uma reportagem sobre uma moça que fez a bandeja, só que com o bagaço da cana de açúcar. Como a minha intenção era elaborar um projeto que melhorasse a fabricação e o tempo do produto que estivesse na bandeja, surgiu a ideia de fazer com o talo do buriti, já que ele, quando cortado, se regenera, não prejudicando o meio ambiente”, disse.
O buriti é utilizado para fabricar diversos produtos, já que possui uma fibra resistente usada em cestos e outros recipientes biodegradáveis. A escolha da planta veio após muitas pesquisas, realizadas em parceria com o seu orientador, o professor Márcio Batista de Andrade. “Nós descobrimos que o buriti é um material leve e poroso que, quando triturado, vira um pó próprio para a bandeja”, explica. A estudante destaca o incentivo recebido pelo docente durante a execução do projeto.
Márcio de Andrade ressalta a importância do apoio aos projetos dos estudantes. “Se tem um agente que vai promover transformação social, tecnológica e econômica no país é a educação. Enquanto nós não enxergarmos que isso é realmente uma premissa básica para o desenvolvimento, pouca coisa vai acontecer”, defendeu o professor.
Kemilly já foi finalista em duas premiações, sendo uma delas com o projeto do buriti: o Prêmio Impacto na Comunidade, criado pela Google Science Fair. O outro espaço conquistado pela estudante de Barra do Garças foi no Prêmio Jovem Cientista, em 2014, organizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “A sensação é incrível, ainda mais eu que sou de uma cidade que não é muito reconhecida”, comemora.
A jovem ressalta outro ganho com o projeto: despertar a curiosidade pela ciência nos colegas da escola. “Muitos colegas me perguntavam como era o projeto, se eu fazia alguma coisa, se ia ter outros trabalhos. Eles se interessavam bastante, ficavam muito empolgados”, lembra. Agora, Kemilly quer levar o projeto de bandejas sustentáveis feitas com o talo de buriti adiante. Ela estuda a possibilidade de buscar um financiamento coletivo para produção em grande escala, já que parte do material usado na fabricação do produto é de alto custo.
Assessoria de Comunicação Social
portal.mec

sexta-feira, 23 de junho de 2017

MT: Mais de 84 mil estudantes da rede estadual participam da Prova Brasil


A expectativa da rede estadual de Educação de Mato Grosso é que 84 mil estudantes sejam avaliados na Prova Brasil 2017. Promovida pelo Ministério da Educação (MEC), a prova será aplicada entre os dias 23 de outubro e 03 de novembro, com o objetivo de avaliar o conhecimento dos alunos nas disciplinas de matemática e língua portuguesa.
De acordo com a secretária-ajunta de Gestão Educacional e Inovação da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), Marioneide Kliemaschewsk, até o ano de 2015 a Prova Brasil era aplicada de forma censitária, ou seja, para os estudantes somente nos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental. Em 2017, será também censitária para os estudantes do 3º ano do Ensino Médio.
“Como histórico, tivemos no SAEB 2015-MT, 86.055 estudantes mato-grossenses participando, sendo 41.144 do 5º ano do Ensino Fundamental e 40.790 do 9º ano do Ensino Fundamental e apenas 3.260 estudantes do Ensino Médio, visto que essa etapa era por amostragem”, destaca.
Marioneide informa que a Prova Brasil faz um diagnóstico em larga escala e é desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC.
“O objetivo é avaliar a qualidade do ensino brasileiro a partir de testes padronizados e questionário socioeconômico. O resultado desta proficiência, somado às taxas de evasão e retenção, compõe o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)”, ressalta a secretária, destacando que pela primeira vez a prova vai englobar os alunos do Ensino Médio da rede privada.
Com a mudança, o Inep estima que 2,4 milhões de estudantes de todo o país, do 3º ano do Ensino Médio, tanto de escolas públicas quanto privadas, participem da Prova Brasil. No total, o Governo Federal prevê que cerca de 7,5 milhões de estudantes façam as provas.
Participantes
Participam da avaliação em 2017: - escolas públicas localizadas em zonas urbanas e rurais que tenham 10 ou mais alunos matriculados em cada uma das etapas de 5º e 9º anos (4ª e 8ª séries) do Ensino Fundamental;
- escolas públicas localizadas em zonas urbanas e rurais que tenham pelo menos 10 alunos matriculados em cada uma das etapas de 3ª ou 4ª série do Ensino Médio, quando essa última for a série de conclusão do Ensino Médio;
- uma amostra de escolas privadas localizadas em zonas urbanas e rurais que tenham pelo menos 10 alunos matriculados em cada uma das etapas de 5º e 9º anos (4ª e 8ª séries) do Ensino Fundamental e de 3ª ou 4ª séries do Ensino Médio, quando essa última for a série de conclusão do Ensino Médio, distribuídas nas 27 unidades da Federação;
- mediante adesão, escolas privadas localizadas em zonas urbanas e rurais que tenham pelo menos 10 alunos matriculados na 3ª série ou na 4ª série do Ensino Médio, quando essa última for a série de conclusão do Ensino Médio.
Particulares
As escolas particulares que aderirem ao sistema terão de pagar pelos custos de aplicação das provas. O valor fixado é de R$ 400 para escolas que tenham entre 10 e 50 alunos matriculados em turmas de 3ª ou 4ª série de Ensino Médio, R$ 2 mil para as que tiverem entre 51 e 99 alunos; e R$ 4 mil para as que tiverem a partir de 100 alunos matriculados.
Apenas ficará isenta da taxa a escola privada de Ensino Médio que for sorteada para participar da amostra.
Todas as informações referentes à data e as novas diretrizes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) 2017 encontram-se publicadas no Diário Oficial da União do dia 25 de maio de 2017 – Veja aqui.​
Viviane Saggin
Assessoria/Seduc-MT
seduc.mt

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Inep abre debate sobre remuneração média de professor da educação básica

Resultado de imagem para remuneração professores cifrão
Estudo inédito apresentado nesta quarta-feira, 21, servirá de base para debate nacional com as redes de ensino sobre a remuneração média dos professores em exercício na educação básica. O levantamento, resultado de uma nova metodologia do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), traz informações importantes que poderão contribuir, por exemplo, para a formulação do Custo Aluno-Qualidade Inicial (Caqi) e com um novo debate acerca da carreira dos professores.
O estudo foi feito a partir de um pareamento das bases de dados do Censo Escolar com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e da Previdência Social, e foi apresentado no “Seminário 10 Anos de Metodologia de Coleta de Dados Individualizada dos Censos Educacionais”, que celebra uma década do acompanhamento longitudinal de estudantes e professores. Foi essa metodologia que permitiu o cruzamento das bases. O cruzamento levou a uma população de 2.080.619 professores, o que corresponde a 93,3% dos docentes da educação básica. A robustez dos dados fortalece o monitoramento e amplia os subsídios para condução das políticas educacionais dos diferentes níveis de governo.
Principais resultados – Para chegar à remuneração média a jornada de trabalho foi padronizada. Dessa forma, o levantamento, referente a 2014, revela que a maior remuneração é dos professores da rede federal de ensino, que atuam, prioritariamente, no Ensino Médio. A rede municipal, 45 vezes maior que a federal, paga menos da metade. E a rede privada tem os salários mais baixos. Os dados revelam, ainda, disparidades regionais e inter-regionais na remuneração de professores. Apesar das redes se ensino serem distintas, há casos de estados em que os professores fazem 20 horas semanais e, mesmo assim, têm remuneração maior que professores com carga de 40 horas semanais, apesar de o MEC determinar um piso nacional.
REMUNERAÇÃO MÉDIA PONDERADA POR CARGA HORÁRIA
PADRONIZADA PARA 40H SEMANAIS – BRASIL – 2014
Rede de ensino
Número de docentes
Média padronizada
40 horas semanais
Média de horas
semanais do contrato
Federal
23.921
R$ 7.767,94
39,3
Estadual
717.144
R$ 3.476,42
31,1
Municipal
1.065.630
R$ 3.116,35
30,6
Público
1.806.695
R$ 3.335,06
30,9
Privada
377.700
R$ 2.599,33
30,2
            Fonte: INEP
Metodologia – Os dados de remuneração de docentes só foram possíveis pela combinação de duas bases de dados. De um lado, o Censo Escolar, de âmbito nacional, realizado anualmente pelo Inep com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país. O levantamento abrange diferentes etapas e modalidades: ensino regular (educação infantil e ensinos fundamental e médio), educação profissional, educação especial e educação de jovens e adultos (EJA). São coletados dados sobre: estabelecimentos de ensino, inclusive dependência administrativa; alunos e matrículas; movimento e rendimento escolar dos estudantes docentes e vínculos dos docentes com as escolas. Desde 2007, o Censo Escolar faz uma coleta de dados individualizados que permitem um acompanhamento do estudante e do docente.
Do outro lado está a base de dados da Rais, do Ministério do Trabalho e Previdência Social, que determina, como obrigatória, a declaração de todas as pessoas jurídicas de direito privado; órgãos da administração direta e indireta dos governos federal, estadual ou municipal; inscritos no CNPJ com ou sem empregados; todos os empregadores, conforme definidos na CLT; empresas individuais; cartórios extrajudiciais e consórcios de empresas; autônomos e profissionais liberais que mantiveram empregados; condomínios e sociedades civis; empregadores rurais, pessoas físicas que mantiveram empregados; filiais, agências, sucursais, representações vinculadas à pessoa jurídica domiciliada no exterior.
Remuneração-média – A partir do cruzamento, a metodologia considerou a média das remunerações mensais informadas na Rais por esfera administrativa (empregador), referentes ao ano-base 2014 e devidas em cada mês trabalhado, pagas ou não, computados os valores considerados rendimentos do trabalho. Compõem a remuneração mensal informada na Rais: salários, ordenados, vencimentos, soldos, soldadas, honorários, vantagens, adicionais extraordinários, suplementações, representações, bonificações, gorjetas, gratificações, participações, produtividade, porcentagens, comissões e corretagens. O 13º não é incluído no cálculo.
Seminário – O “Seminário 10 Anos da Metodologia de Coleta de Dados Individualizados dos Censos Educacionais” faz parte das comemorações dos 80 anos de fundação do Inep e está sendo realizado em 20 e 21 de junho, na Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), em Brasília (DF).  A programação envolve debates sobre os ganhos informacionais com a mudança da metodologia de coleta de dados, a potencialidade de uso das bases de dados estatísticas e os desafios futuros. O seminário reúne parceiros do Censo Escolar e do Censo da Educação Superior, Secretarias Estaduais de Ensino e Pesquisadores Institucionais, institutos de pesquisa, organizações da sociedade civil, instituições governamentais, associações científicas, além de técnicos e pesquisadores interessados na produção, disseminação e utilização das informações produzidas pelos Censos Educacionais.
Clique aqui para acessar a apresentação
Clique aqui para acessar os dados de remuneração média organizados por Brasil, Unidades da Federação e Municípios
portal.inep

Plano Nacional de Educação completa três anos com apenas 20% das metas cumpridas

Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil

Após três anos de vigência do Plano Nacional de Educação (PNE), apenas seis das 30 metas e estratégias que deveriam ter sido cumpridas até 2017 foram alcançadas total ou parcialmente. O número representa 20% do total, o que significa que quatro em cada cinco metas não foram atingidas. O balanço é do Observatório do PNE (OPNE), uma plataforma formada por 24 organizações parceiras, coordenada pelo movimento Todos Pela Educação.
O PNE é uma lei federal, sancionada em 2014, que prevê metas para melhorar a qualidade do ensino brasileiro em um prazo de dez anos, desde a educação infantil até a pós-graduação. As estratégias preveem aumento do investimento, melhorias em infraestrutura e valorização do professor. O texto estabelece 20 metas para serem cumpridas até 2024, das quais oito têm prazos intermediários, que já venceram. A lei também aponta 254 estratégias relacionadas a cada uma das metas e 14 artigos que definem ações a serem realizadas no país.
Na avaliação da presidente executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, o principal entrave para o cumprimento do PNE é a falta de um plano estratégico que estabeleça uma ordem de execução das metas. Para ela, os governos federal, estaduais e municipais deveriam ter traçado uma estratégia de execução para definir o que deve ser feito primeiro.
“O plano não coloca as metas e as estratégias em uma ordem para que a gente consiga fazer com que ele seja realmente executado e cumprido. Algumas metas são gargalos para outras, é preciso definir quais deveriam ser cumpridas antes para que outras avancem e quais metas vão impedir que as demais sejam cumpridas”, aponta.
Para a pedagoga Anna Helena Altenfelder, superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o balanço dos três anos do PNE é preocupante. “Ainda mais se levarmos em consideração que as metas são articuladas e o sucesso de uma depende da execução da outra. Temos que pensar no plano como um todo”, diz.

Valorização dos professores
Recife Alunos da Escola Municipal Abílio Gomes, na capital pernambucana, usam livros didáticos que podem ser proibidos pela Câmara de Vereadores (Sumaia Villela / Agência Brasil)
Alunos da Escola Municipal Abílio Gomes, no RecifeSumaia Villela / Agência Brasil
Entre as metas consideradas fundamentais para o avanço da educação no país e que não foram cumpridas, algumas dizem respeito à valorização dos professores, considerada um dos gargalos para o avanço do ensino. A meta 18, por exemplo, estabelece que devem ser assegurados planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior públicas, tomando como referência o piso salarial nacional. Segundo o Observatório, não há iniciativas em curso em âmbito federal.
“Com um bom professor, em uma escola com um bom diretor e bem gerida, com infraestrutura adequada, você consegue andar com várias metas [previstas no plano]”, diz Priscila.
Ela também cita como exemplo a meta que prevê a melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicador criado pelo Ministério da Educação (MEC) para medir a qualidade do ensino em diferentes etapas. A avaliação do Observatório é que apenas a meta do 5º ano do ensino fundamental foi cumprida, enquanto os anos finais dessa etapa e o ensino médio ainda estão em um patamar muito baixo. “Essa meta do Ideb não vai acontecer se não melhorarmos a formação dos professores. O maior determinante para a aprendizagem de alunos é a qualidade do professor”, diz.
A valorização da carreira docente também é apontada pela superintendente do Cenpec como fundamental para o sucesso do restante do plano. “Se queremos uma educação de qualidade, não se pode pensar nisso sem a valorização da carreira docente, que passa pelas condições de trabalho, pela carreira do professor e pela formação”, diz Anna Helena.

Educação infantil
Crianças da educação infantil em sala de aula
O PNE determina que todas as crianças de 4 a 5 anos deveriam estar matriculadas na escola até 2016 Arquivo/ Agência Brasil
Uma das metas do PNE determina que todas as crianças de 4 a 5 anos deveriam estar matriculadas na escola até 2016. Os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), que são de 2015, mostram que a taxa de atendimento nessa faixa etária é de 90,5%. O cumprimento real da meta só poderá ser aferido quando a Pnad 2016 for divulgada, mas o relatório da Observatório destaca que o percentual de 9,5% restante representa cerca de 500 mil crianças dessa faixa etária fora da escola.
“Se a criança não entrou na educação infantil, ela vai ter mais dificuldades de se alfabetizar. Não se alfabetizando, ela não vai conseguir aprender tudo aquilo que ela deveria. Não aprendendo, ela vai abandonar a escola antes do tempo. É uma reação em cadeia”, explica Priscila Cruz.
No Brasil, a educação infantil é responsabilidade dos municípios. Para o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Aléssio Costa Lima, a garantia da matrícula de todas as crianças nesta etapa de ensino depende de políticas públicas de inclusão social, uma vez que quem está fora da escola nessa faixa etária são moradores de periferias de centros urbanos ou de lugares distantes, com difícil acesso. “Teremos que ter um conjunto de políticas articuladas que venham a garantir a questão da inclusão”, diz o secretário.
O PNE prevê também que o investimento público em educação deve ser ampliado para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2019 e para 10% até 2024. O presidente da Undime destaca que a ampliação de recursos para a educação é fundamental para o cumprimento das metas restantes. Para ele, o modelo atual de financiamento, que ocorre principalmente por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), não é suficiente para atender as necessidades do setor.
“É preciso assegurar novas fontes de investimentos porque a melhoria da qualidade e a ampliação da oferta, como está colocado em muitas metas, isso não se faz sem acréscimo de investimentos”, diz o secretário.

Expectativa
Entre as metas que já foram cumpridas no PNE estão a formação de um fórum permanente para acompanhar o piso salarial do magistério público na educação básica e a divulgação de resultados pedagógicos de indicadores educacionais.
Outra meta alcançada, embora com atraso, foi a que estabeleceu o encaminhamento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A proposta foi encaminhada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) em abril deste ano, quando o prazo inicial era até 2016. Também foi considerada cumprida parcialmente a meta que determina que os estados e municípios deverão elaborar seus planos de educação, com metas próprias para seus sistemas. Apenas dois estados e 14 municípios ainda não sancionaram seus planos.
Agência Brasil procurou o MEC para um posicionamento sobre o cumprimento das metas do PNE, mas a pasta ainda não respondeu às perguntas da reportagem, e informou que irá se manifestar nos próximos dias.
Com o avanço ainda lento do plano, a presidente do Todos pela Educação diz que tem uma perspectiva pessimista quanto ao cumprimento da lei até 2024. “A gente já perdeu muito tempo. A falta desse planejamento estratégico fez com que a gente não conseguisse dar uma certa ordem na execução do plano. Então ficamos sem prioridade nenhuma”, diz Priscila, embora reconheça que dificilmente planos de metas são cumpridos em sua totalidade.
Para Anna Helena, é preciso uma ampla mobilização da sociedade para que o país avance no cumprimento das metas. “O PNE deve ser uma discussão de todos, não só das áreas especializadas. Ele precisa ser discutido nas escolas, pelos alunos, pelos professores, pelas famílias, pela sociedade como um todo, porque o plano fala sobre a escolha que estamos fazendo para o futuro do nosso país”.

Edição: Amanda Cieglinski
agenciabrasil.ebc

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Atleta da matemática

O mineiro João César Vargas quer o ouro na olimpíada internacional, que acontece no Rio em julho, antes de seguir para a universidade de Princeton

O estudante João César Campos Vargas disputará a Olimpíada Internacional de Matemática no Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)


terça-feira, 20 de junho de 2017

Escola fundada por Marechal recebe livros “As aventuras de Rondon” com a Turma da Mônica

Secretaria do Estado de Cultura e Instituto Mauricio de Sousa levam a alunos e professores da Escola Estadual Santa Claudina, no Distrito de Mimoso, kits com livro e manual do professor
Assessoria SEC-MT 
Nas páginas da Turma da Mônica, por vezes seus personagens embarcam em aventuras fantásticas de super-heróis. Mas nesta nova publicação, Mônica, Magali, Cascão, Cebolinha e Cia viajam no tempo para conhecer um herói de verdade. Ele não tem superpoderes, mas por suas grandes ações, escreveu seu nome na história do Brasil. Trata-se do Marechal Cândido Rondon, agora imortalizado pelos desenhos de Mauricio de Sousa.
Os primeiros brasileirinhos a conferirem o livro idealizado pelo Instituto Mauricio de Sousa, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, serão os estudantes da Escola Santa Claudina, de Mimoso, lugar onde nasceu um dos mais célebres brasileiros, Patrono das Comunicações.
Nesta quarta-feira (21), às 10h, o secretário de Estado de Cultura, Leandro Carvalho, lança o livro e entrega kits aos estudantes. Na ocasião, será apresentado aos educadores, o Manual do Professor, material de apoio para utilização do livro como ferramenta pedagógica.
De acordo com o secretário, a interface da cultura com a educação pode ser determinante para aprimoramento do ensino. “O livro ilustrado e o Manual do Professor darão subsídios a educadores das mais diversas disciplinas para seus conteúdos programáticos. Além das disciplinas de história e geografia, outras como biologia, química e física terão no livro, fonte de informações graças aos diversos interesses e pesquisas que o Marechal realizou em vida”, aponta.
“As dezenas de sugestões de atividades têm também uma característica especial: valorizam a ética, a cidadania, respeito ao próximo e à diversidade e a importância da preservação da natureza e dos recursos naturais. Tudo sempre de forma lúdica e divertida”, completa o secretário.
O responsável pela obra, um dos grandes quadrinistas do mundo, Mauricio de Sousa, entusiasma-se com o resultado. “O livro ilustrado, colorido e rico em detalhes históricos conta a história de um grande herói brasileiro. A Turma da Mônica saiu do mundo mágico das histórias em quadrinhos e foi parar em Mimoso, onde nasceu o Marechal. Eles narram o nascimento, infância, juventude e até incríveis aventuras que ele viveu pelo sertão do Brasil”, conta Maurício e arremata, “super-heróis podem existir de verdade”.
O local para distribuição dos primeiros livros guarda um forte laço com a história de Rondon. A Escola Estadual Santa Claudina, foi fundada pelo próprio Marechal Rondon em 1948. A escola, inclusive, leva o nome da mãe de Rondon, Claudina Evangelista.
A parceria do Governo de Mato Grosso, via Secretaria de Estado de Cultura e o Instituto Mauricio de Sousa aposta no potencial de uma linguagem lúdica para que o legado de Rondon seja preservado e conhecido pelas próximas gerações de brasileiros.
Sobre o Instituto Mauricio de Sousa (IMS)
Fundado em 1997 o IMS, vem aplicando projetos e ações sociais focados na construção de conteúdos, que através de uma linguagem clara e lúdica, estimulam o desenvolvimento humano, a inclusão social, o respeito entre as diferenças, a formação de cidadãos conscientes e conhecedores de seus deveres e direitos. 
Informações para a imprensa
Instituto Mauricio de Sousa
Jal Lovetro – (11) 3851 5221 | (11) 99614 1623 | (11) 98107-6197 | jal.comunicacao@gmail.com
Bete Faria Nicastro – (11) 3862–1586 | (11) 3862–0483| (11) 99659-2111 |bete@waycomunicacoes.com.br
Governo de Mato Grosso  - Secretaria de Estado de Cultura 
Assessoria de imprensa - (65) 98120-6483|98464-9060 |
imprensa@cultura.mt.gov.br
mt

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...