sexta-feira, 23 de maio de 2014

Ouvir histórias e lendas é essencial para processo de alfabetização

Marcelle Souza
Do UOL, em São Paulo

Claudemir Belintane
Ouvir histórias, lendas, brincar de advinhas e trava-línguas são essenciais para as crianças em processo de alfabetização. Isso é o que defende o professor e pesquisador da USP Claudemir Belintane. Para ele, essas narrativas orais ampliam o repertório dos alunos e são instrumentos fundamentais na alfabetização.
Belintane defende que a fantasia é essencial para incentivar as crianças a ler mais e melhor. "A criança tem muita propensão a se envolver com mitos, aventuras, e esse envoltório é o que daria fôlego e vontade para ler textos longos. A fantasia da criança está em jogo no processo da leitura. O desejo de ler depende disso", diz.
Confira a seguir a entrevista com o professor que será palestrante da Educar/Educador nesta sexta-feira (23) em São Paulo.
UOL Educação - Qual é a diferença entre um aluno que fez a pré-escola e um que entrou direto no 1º ano do ensino fundamental?
Claudemir Belintane - Uma criança que não passa pela educação infantil tem menos chance de desenvolver determinadas habilidades, sobretudo ligadas à oralidade, ao uso de instrumentos relacionados à escrita e a brincadeiras. As crianças na educação infantil têm um programa de atividades que preparam para a alfabetização. Então, é de fundamental importância que a criança passe por esse ciclo de escolarização.
UOL Educação - De que forma a formação do professor da educação infantil impacta na preparação do aluno para a alfabetização?
Claudemir Belintane - Até um determinado momento da nossa história esse ciclo não era muito considerado uma educação formal, então não se exigia muito a formação do professor. Quando você tem professores bem formados, que sabem o que fazer, que sabem dividir o tempo, que manejam um currículo na educação infantil, o resultado é muito bom. Hoje é uma preocupação dos governos reduzir o número de professores que não tenha essa formação.
UOL Educação - O que é fundamental para um professor da educação infantil e dos primeiros anos do fundamental?
Claudemir Belintane - É importantíssimo que ele tenha um conhecimento razoável do que seja infância em contraposição ao mundo adulto, que ele conheça bastante a linguagem da criança, o modo com que ela se expressa e a possibilidade de expansão desse modo. Uma criança pode avançar muito na sua expressão, por exemplo, conhecendo diversidades de narrativas orais, de contação de histórias, de envolvimento com os tipos de narrativa. Ela pode chegar ao 1º ano do fundamental com um conjunto de narrativas diversificado na memória e isso dá um conjunto de matrizes textuais para receber o alfabeto. Então a criança vai ter o que escrever e, na hora de ler, ela vai ter esquemas, matrizes para ampliar a leitura, para tornar essa leitura mais dinâmica, porque senão ela passa a ser um leitor de frases curtas, de textos pequenos, que lê muito devagar.
UOL Educação - Essa ampliação de matrizes é feita só por meio da contação de histórias?
Claudemir Belintane - Eu posso dizer que é a contação de histórias de uma maneira geral. A professora vai usar a contação e a narrativa oral, mas ela pode fazer isso amparada por livros, pode usar bons filmes, vai trabalhar a narrativa em todas as linguagens. Pode usar o texto poético, as brincadeiras de infância e os jogos que vêm da tradição oral infantil. 
UOL Educação - O que deve vir primeiro: a leitura ou a escrita?
Claudemir Belintane - Muitas crianças aprendem a escrever, mas são apenas bons copistas, não são escritas significativas, próprias, com traço de autoria. Na minha opinião, a leitura está em primeiro plano. A criança precisa aprender a ler, a escrita vem junto com a leitura, mas não necessariamente tem que ir na frente. Em geral, eles até exercitam atividades da leitura, mas as de escrita ocorrem em maior número. 
UOL Educação - Daí a dificuldade das crianças em interpretar textos?
Claudemir Belintane - Com certeza. Às vezes a dificuldade é de leitura mesmo. As crianças leem muito devagar, de forma pouco fluente, não têm leitura significativa. O número de alunos que consegue interpretar um texto para sua idade é muito pequeno, menos de 40% dos alunos. Isso um texto bem simples. Se for mais complexo, esse número cai para 10%. O que se tem que ter é um bom projeto de leitura, trabalhar a cultura oral das crianças, sobretudo nas escolas públicas, em paralelo com uma boa convivência com livros. O aluno tem que aprender com textos e contextos maiores. A criança tem muita propensão a se envolver com mitos, aventuras, e esse envoltório é o que daria fôlego e vontade para ler textos longos. A fantasia da criança está em jogo no processo da leitura. O desejo de ler depende disso.
UOL Educação - De que forma os pais podem contribuir nesse processo de aprendizagem?
Claudemir Belintane - Os pais têm uma presença importantíssima. O interesse que a família tem por livros, a convivência que a família tem com materiais e mídias de qualidade, tudo isso tem uma influência muito grande.
Mas, e o se o pai não for letrado? A gente sabe que a família não letrada pode ter uma contribuição fundamental. Contar histórias, brincar de advinhas, com trava-línguas, isso qualquer pessoa, qualquer família pode fazer. O grande problema hoje é que as crianças são entregues a passatempos em que elas ficam muito passivas, como a televisão e o videogame.

http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/05/23/alfabetizacao.htm

Piso Salarial do professor de Várzea Grande será menor que o Piso Nacional.

Em mais uma sessão que demonstrou a completa submissão da Câmara de Vereadores ao Executivo Municipal, foi aprovado ontem (21.05) o piso de R$ 1.054,00 para professor com 25 horas de jornada de trabalho na rede municipal. O projeto de lei que apresentou o novo piso veio acompanhado de diversas mudanças na lei de carreira que aprofundará os problemas atualmente existentes.
De acordo com o presidente da direção da subsede de Várzea Grande do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares, o Projeto de lei aprovado, além do prejuízo de R$6,00 no piso inicial (o prejuízo vai aumentando conforme aumenta os coeficientes) é uma afronta do prefeito à categoria, à sociedade várzea-grandense e principalmente ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
"Em 24 de março, depois de 37 dias de greve, a 4.ª somente na gestão Wallace, a greve foi suspensa após 2 Termos de Mediação assinado pelo prefeito e seus secretários em se comprometeram até o mês de maio a atender a categoria nos seguintes pontos: 1) atualizar o piso conforme a lei; 2) estabelecer as tabelas salariais de 2013 e de 2014; propor calendário de pagamento dos valores salariais retroativos; apresentar as tabelas salariais dos funcionários não-profissionalizados e a reestruturação do PCCS", explica o professor Gilmar.
"Dos pontos esperados para o mês de maio, apenas o piso salarial de 2014 foi apresentado, de forma rebaixada, o que vai criar maior confusão na vida salarial dos educadores. Também outras alterações contidas no PCCS vão no caminho da destruição do já fragilizado PCCS que a categoria tanto cobra sua reestruturação', completou o presidente do Sintep/VG.
Para a diretora da subsede, Adriana Rocha, em Várzea Grande mão se respeita a Constituição Federal quando se trata de questões da educação. "Tudo parece fugir à regra. Agora pela lei aprovada, se um técnico da educação apresentar um título com curso superior na área de veterinária, a SME para ter que reconhecer o direito de movimentação na carreira, porque estabeleceu a alteração na carreira que aconteceu com a Mensagem 40/2014", contesta a diretora do sindicato.
Segundo o funcionário de escola e diretor do SintepVG,  Marcos Souza, há uma flagrante desrespeito às leis da educação em Várzea Grande, quando os funcionários não tem respeito a sua profissionalização ou quando a prefeitura não reconhece a tabela de salários dos funcionários não-profissionalizados. "A prefeitura aprofundará a situação de pagamento de salário com valor do profissionalizado aos que ainda não são profissionalizados e por outro lado não paga corretamente os profissionalizados desde 2010", ressalta o secretário de funcionários.  
Para a vice-presidente do Sintep/VG, Maria Aparecida Cortez, é incompreensível que o Executivo desconheças as leis da educação deste país e que a Câmara de Vereadores abone ou aprove as inconstitucionalidade que vem do Executivo, com aval inclusive da Procuradoria Municipal.
"A direção da subsede vai informar o Tribunal de Justiça acerca do descumprimento do Termo de Mediação e convocará a categoria para avaliar o cenário. Não está descartado o retorno da greve ainda no primeiro semestre de 2014. No entanto, ainda vamos aguardar o final de maio para comprovar que o objetivo do Prefeito Wallace, seus secretários, Procuradoria Municipal e a Câmara de Vereadores será o de afrontar o Tribunal de Justiça que brilhantemente intermediou negociações para a suspensão da greve", afirma Cortez.

http://www.sintep.org.br/site_novo/Noticias/NoticiaVisualizar.aspx?id=3250

Secretária de Educação de Barra do Garças pede demissão.

A Professora Fátima Aparecida Resende  pediu demissão do cargo de Secretária de Educação de Barra do Garças. O motivo foi o descaminho dado pelo Prefeito Roberto Farias (PSD) na negociação da política salarial da categoria do magistério. De acordo com a ex Secretária o Prefeito não cumpriu a promessa de campanha e nem discutiu com a categoria o aumento salarial que foi aprovado pela Câmara de Vereadores. 
A Professora Fátima Resende é a atual presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação - UNDIME-MT. O vice presidente é o Secretário de Educação de Cuiabá Gilberto Gomes de Figueiredo. 






PNE poderá ser votado na quarta-feira, dia 28

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, marcou a votação do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) para a próxima quarta-feira (28).

O anúncio foi feito durante reunião com representantes de diversas entidades ligadas ao movimento estudantil, como União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Nacional dos Estudantes Secundaristas.
Segundo Alves, o PNE será o primeiro item da pauta. O texto foi aprovado em comissão especial no dia 6 deste mês. Para favorecer a aprovação da proposta, o presidente da Câmara orientou os participantes da reunião a negociar acordo que reduza a quantidade de destaques ao texto. Até o momento, o texto tem pelo menos quatro destaques para votação em separado.
O PNE define 20 diretrizes para melhorar os índices educacionais brasileiros nos próximos dez anos. Na comissão especial que tratou do assunto, os deputados incluíram no projeto meta vinda do Senado que prevê incentivos para as escolas que apresentarem bom desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Indicador criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o Ideb é medido a partir de dados sobre aprovação escolar e das notas dos alunos em provas padronizadas de português e matemática.
Também participaram da reunião os deputados Glauber Braga (PSB-RJ) e Paulo Rubem Santiago (PDT-PE).
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/468555-HENRIQUE-ALVES-MARCA-VOTACAO-DO-PNE-PARA-A-PROXIMA-QUARTA-FEIRA.html

Câmara aprova proibição de castigos físicos em crianças

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (21) a redação final da proposta que estabelece o direito de crianças e adolescentes serem educados sem o uso de castigos físicos (PL 7672/10). A proposta, que vinha sendo chamada de Lei da Palmada desde que iniciou a sua tramitação, vai se chamar agora “Lei Menino Bernardo”.
O novo nome foi escolhido em homenagem ao garoto gaúcho Bernardo Boldrini, de 11 anos, que foi encontrado morto no mês passado, na cidade de Três Passos (RS). O pai e a madrasta são suspeitos de terem matado o garoto.
O projeto, que inclui dispositivos no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), será analisado agora no Senado.
Segundo a proposta, os pais ou responsáveis que usarem castigo físico ou tratamento cruel e degradante contra criança ou adolescente ficam sujeitos a advertência, encaminhamento para tratamento psicológico e cursos de orientação, independentemente de outra sanções. As medidas serão aplicadas pelo conselho tutelar da região onde reside a criança.
Além disso, o profissional de saúde, de educação ou assistência social que não notificar o conselho sobre casos suspeitos ou confirmados de castigos físicos poderá pagar multa de 3 a 20 salários mínimos, valor que é dobrado na reincidência.


Leia mais: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/468539-CAMARA-APROVA-PROIBICAO-DE-CASTIGOS-FISICOS-EM-CRIANCAS.html

Combate à exploração sexual de crianças vale prêmio ao MEC

O Ministério da Educação foi agraciado, nesta quarta-feira, 21, na Câmara dos Deputados, com o Prêmio Neide Castanha, que homenageia pessoas e instituições que se destacam na defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes, em especial dos direitos sexuais. O MEC recebeu o prêmio na categoria produção de conhecimento pelo Guia Escolar – Sinais de identificação de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Produzida em parceira com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a publicação tem como objetivo orientar os profissionais de educação a identificar os sinais de exploração sexual, além de informar sobre os procedimentos necessários para fazer a denúncia. O MEC está distribuindo 60 mil exemplares do guia para as escolas da rede pública e publicou o conteúdo na versão digital no Portal do Professor.
De acordo com a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Macaé Evaristo, a educação é uma grande política dentro das políticas de proteção às crianças e adolescentes. “O guia está sendo reconhecido por sua efetividade, por chegar a todas as escolas públicas”, afirmou a secretária.
A premiação integrou uma série de atividades realizadas ao longo desta quarta-feira, 21, em Brasília, em alusão ao Dia Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
Assessoria de Comunicação Social

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20447

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...