quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Para formar leitores


Escrito por Fábio Torres
A pequena Fernanda Tamaki, aluna do 4º ano do ensino fundamental do Colégio Santa Maria, de São Paulo (SP), leu no ano passado 83 livros, todos emprestados da biblioteca da escola. O motivo? “Eu gosto de ler porque imagino a história na minha cabeça como se fosse um filme de cinema”, diz Fernanda, que mantém o hábito ao ler um pouco sempre depois de realizar suas tarefas e demais obrigações. Com a popularização de aparelhos como smartphonesnotebooks e tablets, casos como o de Fernanda são cada vez mais raros entre as crianças. Segundo a pesquisa Retratos da leitura no Brasil, feita pelo Instituto Pró-Livro (IPL) com o apoio do Instituto Brasileiro de Opinião e Pública e Estatística (Ibope), o número de leitores no Brasil caiu de 2007 para 2011, passando de 95,6 milhões para 88,2 milhões, respectivamente, o que, no caso de 2011, representa metade da população. Além disso, o hábito da leitura aparece apenas em sétimo lugar, atrás de assistir à televisão, escutar música e sair com amigos, por exemplo.
Para melhorar esse cenário, a escola e o professor desempenham papel fundamental. É nisso que acreditam vários especialistas ouvidos pela Profissão Mestre a respeito do tema. “As duas principais instituições responsáveis pela formação do leitor são a família e a escola. No entanto, sabemos que as famílias estão cada vez mais absorvidas pelo trabalho, em busca da sobrevivência. À noite, quando os pais chegam em casa, o seu tempo é mais uma vez sequestrado pela TV ou por outros afazeres. Sobram, às vezes, alguns poucos minutos para a leitura de algum livro com os filhos antes de dormir, mas é muito pouco”, afirma a escritora Maria Helena Zancan Frantz, mestre em Romanística pela Universidade de Münster (ALE) e ex-professora de Literatura da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí). E completa: “A responsabilidade dessa tarefa, que precisaria ser dividida entre as duas instituições, fica, na maior parte das vezes, com a escola. Essa acaba sendo a única oportunidade que a criança tem para ingressar no mundo da leitura. E, se a escola falha, sobram poucas esperanças”. A opinião de Maria Helena é compartilhada pela professora Tamara Veras de Bittencourt, mestre em Educação e assessora pedagógica. “É na escola que a leitura pode ser orientada e conduzida por um leitor mais experiente – o professor. As crianças e os adolescentes leem bastante, mas não é uma questão de quantidade apenas, e sim de qualidade: o que ler, como ler e o que fazer com a leitura”, afirma Tamara.
A professora critica a mudança de postura da escola conforme o aluno cresce: a leitura é parte importante do currículo no ensino infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, mas, a partir do 5º ano, a literatura vai sendo deixada de lado ou, como afirma Tamara, tem seu real objetivo distorcido. “A literatura como componente curricular a afasta de sua própria essência artística, porque é tratada como ciência, ou seja, há uma resposta certa para cada pergunta, há um resumo que explica detalhadamente a obra, deixando de fora a experiência estética, o prazer de compreender, de descobrir e descobrir-se com base na leitura de uma obra”, considera. “O que se observa como prática nas aulas de Literatura, de escolas públicas e privadas, é a abordagem historicista das obras, que se sustenta em uma apresentação panorâmica da série literária, isto é, em uma sequência de movimentos literários ou estilos de época e dos principais autores e obras”, completa. Para Tamara, o recorrente tem sido a supervalorização da pseudocientificidade da disciplina, ensinada sob a perspectiva histórica que torna estática e dada a verdade que emana da obra literária, a ponto de já não ser mais necessária a sua leitura.
Interesse pela leitura
E como mudar essa situação e despertar nos alunos o interesse pela leitura? Tamara indica alguns passos que podem ser adotados para isso: “Dar novos objetivos à leitura, criar espaços de discussão, ter ótimos mediadores, tornar os livros mais acessíveis, criar atividades que complementem a leitura e que levem a novas experiências são possibilidades para atrair leitores”, diz a assessora pedagógica. Já a escritora Maria Helena acredita que a simples evolução da infraestrutura escolar deve auxiliar no incentivo à leitura. “A escola e a sociedade, até pouco tempo atrás, davam pouca importância ao assunto. Bibliotecas eram quase inexistentes nas escolas. A escola estava mais preocupada em trabalhar conteúdos. Muitas vezes, em vez de incentivar, apenas cobrava. Aí entravam as famosas fichas de leitura que, em vez de aproximar os alunos do livro, os afastavam cada vez mais”, adverte. E acrescenta: “Hoje a escola está mais bem preparada e investindo bastante na formação de leitores. As bibliotecas escolares e públicas têm recebido muitos incentivos do governo [federal]. O espaço está muito mais agradável (não é apenas um depósito de livros velhos) e o acervo está bastante rico e atualizado”. Apesar disso, o número de escolas com bibliotecas no País ainda é baixo – conforme os dados do Censo Escolar 2013, apenas 35% das escolas possuem biblioteca. Quando se trata de escolas da rede pública, o percentual é ainda menor: 29%.
A escritora acredita que o País ainda precisa criar mais oportunidades de leitura, uma vez que já conta com uma imensa gama de obras literárias disponíveis, de modo que todos – crianças, adolescentes e adultos – possam encontrar algum livro de sua preferência. “Nossa literatura infantojuvenil é uma das melhores do mundo. Temos grandes autores para o público adulto também. Além disso, dispomos de um universo belíssimo de obras traduzidas da literatura do mundo inteiro. Trata-se antes de oferecer oportunidades de aproximação entre livro e leitor para que este se sinta atraído, conquistado pelo universo fantástico que a leitura oferece”, afirma a escritora. Tamara, por sua vez, defende tornar a experiência da leitura um hábito conjunto, e não um ato solitário. “Um bom incentivador para atrair leitores é tornar o livro o centro de um processo que aproxima pessoas, cria vínculos e permite interação, troca. Ou seja, tornar a atividade menos solitária e mais compartilhada. Isso pode ocorrer tanto na escola quanto em praças, livrarias, cafés, salas etc. Não precisa de um local específico, precisa ser um momento de encontro entre pessoas e dessas pessoas com a literatura”, esclarece a professora.
A opinião das especialistas é unânime quando se trata dos benefícios que a leitura traz para os alunos em suas vidas acadêmica e social. “Quem lê é mais informado, comete menos erros na escrita e tem experiências estéticas que ampliam horizontes. A leitura é também um caminho de integração do aluno com o seu meio social, e isso é ainda mais importante quando falamos das classes menos favorecidas economicamente”, afirma Tamara. Maria Helena concorda e relembra os ensinamentos de Lev Vygotsky, cientista bielo-russo falecido em 1934. “Aprendemos com Vygotsky que a linguagem desempenha o papel fundamental de mediadora na construção do conhecimento. Linguagem e pensamento caminham de mãos dadas. Quando falamos em linguagem, pensamos em leitura, oralidade e escrita. A sociedade em que vivemos é permeada pela escrita. A cultura do mundo moderno é letrada. Nela a palavra desempenha papel decisivo. Saber fazer uso de práticas de leitura e escrita e ter competência linguística são fundamentais para construir conhecimento e responder às exigências da sociedade contemporânea”.
Trabalho diferenciado
Esse trabalho de criar oportunidades de leitura em prol da melhoria do aprendizado dos alunos não surte efeito se não existir dedicação dos professores, em sala de aula, de utilizar a literatura em suas atividades. Para Rosângela Márcia Magalhães, mestre em Educação pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e coordenadora pedagógica do Centro Educacional de Ouro Preto (CEOP), “há muitas estratégias. Você pode, por exemplo, contar histórias, trabalhar os recontos, usar fantoches, fazer teatros. Nas escolas, há vários recursos, várias tecnologias, o livro mesmo é uma tecnologia, então deve partir mesmo do professor. A criança tem que imaginar, tem que desenvolver essas linguagens que a literatura infantil possibilita: a linguagem imagética, a musical, a corporal, por meio de teatros etc.”.
Para Tamara, que desenvolveu uma tese de mestrado sobre a escola e a formação de leitores, existem outras atividades potenciais. “Há muitas possibilidades de realizar a leitura em sala de aula”, sugere a educadora gaúcha (Confira dicas de atividades no box). Ela também destaca que os professores devem tomar cuidado especial durante as aulas em relação à transição de uma disciplina para outra. “Despertar a curiosidade para o assunto que será lido é importante, porque há um rompimento brusco na mudança de período. Estão fazendo cálculos durante uma hora e, em trinta segundos, estão lendo um texto sobre biomas. É possível cuidar dessa transição, preparar [o aluno] para o que vai ser trabalhado”, ressalta.
Formação docente
As três educadoras apresentam visões diferentes em relação à formação dos professores. Para Tamara, “o que acontece na sala de aula é reflexo da formação dos professores, não é possível responsabilizá-los”. Ela prossegue: “Nós, professores, também lemos na faculdade para aprender os conteúdos sem que nos ensinem a melhor forma de fazer isso. Além disso, os cursos não ensinam os professores das mais variadas áreas do conhecimento a respeito da sua responsabilidade com a formação de leitores”. A formação continuada é vista por Rosângela como a principal alternativa para incrementar as competências e conhecer novas metodologias. “Hoje o professor tem que buscar conhecimento o tempo todo, e a formação continuada é o principal ponto. É pesquisar e trocar experiências com outros colegas, participar de encontros e oficinas para, com base nas trocas, elaborar estratégias e uma melhor prática situada”, afirma a educadora mineira.
A escritora Maria Helena destaca que a preocupação com a formação de leitores já está presente em muitas escolas. “Muitos eventos, como feiras de livros, encontros entre autor e leitores, são desenvolvidos nas escolas para fomentar o desejo de ler nas crianças e nos jovens. Tudo isso porque a escola percebe que investir na formação do leitor é cada dia mais necessário. Mesmo com os avanços tecnológicos, a leitura não se tornou dispensável; pelo contrário, ela ainda é uma tecnologia de ponta e sua importância se amplia, mesmo que com outros suportes. Ela continua sendo condição básica para a aprendizagem”, diz. A escritora aponta ainda qual é o principal obstáculo para que a formação de leitores possa ocorrer sem grandes problemas: “O maior entrave na formação de leitores continua sendo um professor não leitor”.
Profissão Mestre destaca o trabalho que vem sendo desenvolvido em algumas escolas brasileiras, por meio de projetos que visam contribuir para a formação de leitores. Acompanhe a seguir.
Revolução por meio dos livros
Na comunidade rural de Arcos (MG), distante 210 quilômetros de Belo Horizonte (MG), uma iniciativa da Escola Municipal Laura Andrade tem mudado a rotina dos alunos e de seus pais. Desde 2008, a escola realiza o projeto Lendo em Família, cujo foco é incentivar a leitura não só nas crianças, mas também nas famílias dos alunos. “A escola dispunha de 15 volumes de um mesmo livro, A ilha perdida. Eu comecei a ler pedacinho por pedacinho com os alunos e eles gostaram muito. Pedi então para eles lerem o livro em casa com os pais, mas sem TV nem rádio ligados. Os pais gostaram, os alunos gostaram. Desde então, levamos os meninos para a biblioteca e eles escolhem os livros que quiserem. Eles fazem a eleição do livro, fazemos a compra dos exemplares e eles os levam para a casa”, explica Soraya Marcelino, que era professora em 2008 e, hoje, é a diretora da escola.
De acordo com Soraya, a atividade causou uma verdadeira revolução na comunidade. “Os alunos se apaixonaram por leitura. Criamos um laço de afetividade muito grande entre alunos e pais. Há casos de pais que são analfabetos e nossos alunos, nesses casos, fazem o trabalho inverso, eles leem para os pais. É um efeito muito bonito na comunidade”, afirma a educadora. A intenção agora é criar uma biblioteca itinerante com os livros que já fizeram parte do projeto e levá-la para as diversas comunidades que a escola atende. “Vamos levar apresentações [sobre os livros], deixando algumas obras em cada comunidade e levando outras para as outras comunidades”, explica Soraya.
http://www.profissaomestre.com.br/index.php/reportagens/ensino/881-para-formar-leitores

Incentivos ao professor fazem o ensino avançar? Em alguns casos, sim

Prêmios e benefícios são necessários e importantes, mas na maioria dos casos se convertem apenas em despesas adicionais da educação


João Batista Araujo e Oliveira

O maior incentivo para um prefeito é ser bem votado. Outros gostam de ir para casa deixando um trabalho bem feito, seja ele reconhecido ou não pela população. Alguns, ainda, preferem as benesses do poder. Diretores, professores e alunos também gostam de incentivos.
Incentivos servem para mobilizar uma determinada ação. Mas nem todo programa de incentivo funciona. No que se refere à educação, poucos incentivos têm mostrado bons resultados. A maioria dos planos é economicamente inviável e acaba logo. Ou se transforma em direito adquirido e perde o poder de incentivar. Pagar mais por tempo de serviço não leva as pessoas a serem mais produtivas, especialmente no caso de professores. Dar bolsas e incentivos para professores fazerem cursos ou obterem diplomas em nada muda o desempenho de seus alunos. Vejamos a lógica dos incentivos.
Incentivos não funcionam quando a pessoa não sabe o que fazer para ganhá-lo. Por exemplo, dar incentivo aos professores para que melhorem a nota dos alunos não funciona. Primeiro porque pressupõe que os professores sabiam fazer isso e só não faziam porque não tinham incentivo. Além de ser uma hipótese ofensiva aos professores, não corresponde à realidade. O mesmo se aplica aos alunos – não adianta prometer prêmios para quem tirar boas notas se o aluno não souber o que precisa fazer para isso. Nesses casos, ganha o prêmio quem o ganharia de qualquer forma, e não gera esforço ou aprendizagem adicional.
Incentivos funcionam quando a pessoa pode e sabe fazer o que se pede. Se o professor falta às aulas, pode-se cortar o pagamento ou pode-se premiar o professor que nunca falta. Isso funciona.
Incentivos também funcionam quando você premia ações que sabidamente influem nos comportamentos ou resultados. Por exemplo, premiar crianças para que façam deveres de casa bem concebidos ou para que leiam livros funciona porque essas atividades sabidamente melhoram o conhecimento dos alunos. Premiar crianças para que se concentrem numa tarefa durante algum tempo ou para que façam algo que já aprenderam um pouco melhor do que na vez anterior – usar conjunções numa redação, por exemplo – também funciona.
Vale lembrar que incentivos não funcionam de forma permanente: a barra tem que subir, o que era prêmio ontem vira direito adquirido, o que requeria esforço ontem virou rotina. Programas de incentivo precisam ser constantemente atualizados.
Sabemos que há professores melhores e professores piores. Bons diretores sabem quem são os bons professores. Existem mecanismos e instrumentos para avaliar a eficiência de um professor, mensurada pelo desempenho dos alunos. Mas há problemas com essas medidas.
Primeiro, há muita variedade no desempenho dos alunos de um mesmo professor, de ano a ano. Aparentemente, isso depende menos do professor e mais de fatores que estão fora de seu controle – como a presença de alunos que requerem cuidados especiais ou alunos indisciplinados numa escola em que o diretor não atua com firmeza. A variância é de 50%, ou seja, quase ano sim, ano não. Como se basear numa medida tão instável para dar incentivos a professores? Segundo, o custo da avaliação é elevado, e como a avaliação envolve benefícios, ela precisa ser feita de maneira muito cuidadosa. É pouco viável e pouco recomendável avaliar todos os professores de todas as disciplinas. Terceiro, uma escola é uma comunidade, as ações que asseguram o sucesso de um professor dependem de outros professores e de outras pessoas da escola – o que sugere que, na melhor das hipóteses, os incentivos deveriam ser compartilhados, ainda que baseados na avaliação de algumas disciplinas.
Muitos países, especialmente os europeus, não possuem sistemas de incentivo especificamente voltados para professores ou para as escolas. No entanto, existem incentivos indiretos que atraem as pessoas para o magistério e as mantêm na profissão. Por exemplo, em alguns países a profissão de magistério é associada a um alto grau de prestígio social. Isso é particularmente acentuado na tradição cultural de países asiáticos, mas também é verdade em alguns países europeus, como a Finlândia.
Há também incentivos estruturais. Em muitos países, os professores trabalham menos dias por ano (entre 170 e 200 ante 220 a 230 para os demais trabalhadores), menos horas por dia ou possuem mais flexibilidade no arranjo de horários. Em alguns países, como na França, os professores também se aposentam mais cedo do que os demais trabalhadores (embora essa tendência esteja em baixa tendo em vista a mudança no perfil demográfico).
Em síntese: sistemas de incentivo não são assunto para amadores. Incentivos são necessários e importantes, mas na maioria dos casos, em educação, convertem-se apenas em despesas adicionais. As condições de sucesso são bem conhecidas. Apesar disso, são poucos os sistemas que efetivamente dão certo.
João Batista Araujo e Oliveira é presidente do Instituto Alfa Beto
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/incentivos-ao-professor-fazem-o-ensino-avancar-em-alguns-casos-sim

Secretaria divulga inscrições deferidas para tutores do ProInfo Integrado

ROSANE BRANDÃO
Secom Cuiabá
A Secretaria Municipal de Educação divulga a relação das inscrições deferidas e indeferidas para tutores do Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado).
Todos os candidatos selecionados deverão participar, obrigatoriamente, da formação oferecida pela Secretaria, por meio do Núcleo de Tecnologia Municipal da Coordenadoria de Formação.
Conforme consta no edital, o tutor será responsável pela catalogação de conteúdos midiáticos e pelo apoio à aprendizagem on-line e off-line dos professores cursistas para que estes se tornem capazes de produzir e de estimular a autoria de produtos educacionais em diferentes mídias, executando a proposta curricular com tecnologia digital, de forma articulada ao PPP (Projeto Político Pedagógico).
Os tutores receberão uma bolsa no valor de R$ 765 mensais, concedida pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC).
Confira a relação das inscrições deferidas e indeferidas abaixo:

Inscrições Deferidas Proinfo
Inscrições Deferidas.pdf (971.7 KB)
http://www.cuiaba.mt.gov.br/educacao/secretaria-divulga-inscricoes-deferidas-para-tutores-do-proinfo-integrado/9346

Quase 80% dos jovens com acesso à internet mantêm perfil em redes sociais


Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo
Entre as crianças e os adolescentes brasileiros que acessam a internet, 79% mantêm perfis em redes sociais, segundo estudo divulgado hoje (6) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A pesquisa TIC Kids Online Brasil, feita entre setembro de 2013 e janeiro deste ano, ouviu 2.261 usuários com idades entre 9 e 17 anos, em todo o território nacional. Os pais ou responsáveis desses jovens também foram ouvidos. Na pesquisa anterior, feita em 2012, esse índice era 70%.
O levantamento revelou uma tendência de crescimento no uso do telefone celular como principal forma de acesso às redes sociais – o aparelho é usado por mais da metade desse público (53%). Em relação a 2012, houve crescimento de 32 pontos percentuais. O acesso à internet por meio dos tablets cresceu de 2%, em 2012, para 16%, em 2013.
Os computadores de mesa, porém, continuam sendo os dispositivos mais utilizados para acessar a internet por este público – é usado por 71% das crianças e dos adolescentes.
O local onde os acessos mais ocorrem é a sala de casa, mencionada em 68% dos casos, seguido pelo quarto da criança ou do adolescente (57%). A preferência por centros de acesso pago, como as lan houses, estão em queda, passando de 35% em 2012, para 22% em 2013. As atividades mais desenvolvidas pelos jovens que acessam internet são: pesquisa para trabalho escolar (87%), assistir a vídeos (68%) e baixar músicas ou filmes (50%).
Nesta edição, a pesquisa avaliou pela primeira vez a exposição à publicidade e a conteúdos mercadológicos na internet. Os resultados apontam que 61% dos usuários com idade entre 11 e 17 anos lembram de ter visto publicidade nas redes sociais, enquanto 30% viram em sites de jogosonline.
Entre os usuários, 57% disseram ter curtido alguma publicidade em redes sociais, 36% disseram ter compartilhado. Cerca de 21% disseram não aprovar a publicidade e 20% bloquearam o anúncio.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-08/quase-80-dos-jovens-com-acesso-internet-mantem-perfil-em-redes-sociais

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...