quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Vélez Rodriguez recua de novo; não é mais para enviar filmes; será medo de conhecer as escolas sem partido e sem telhado

Por: Reinaldo Azevedo
O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, recuou de novo. Agora não precisa mais enviar para o ministério o filme dos alunos cantando o Hino Nacional. Ele descobriu que não haveria como arquivar.
Então fica o dito pelo não-dito.
E o que se experimentou nestes quatro dias foi só o ridículo em estado puro.
E assim é num governo que precisa reunir gente para obter os votos necessários para a reforma da Previdência.
Em qualquer governo razoável, estaria no olho da rua.
Mas esse não é um governo razoável.
Grupos estavam se organizando para enviar ao ministro a escola como ela é.
Vai ver o valente ficou medo de conhecer escolas sem partido e sem telhado.
https://www3.redetv.uol.com.br/blog/reinaldo/

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

EUA, CANADÁ E IRLANDA: Capacitação no exterior tem mais de 600 vagas para a educação básica

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Profissionais da educação básica da rede pública de ensino do País podem se candidatar às vagas para cursos de capacitação em três países: Estados Unidos, Canadá e Irlanda. Ao todo, a CAPES oferece 618 oportunidades a professores, coordenadores e supervisores pedagógicos.
A iniciativa marca a retomada dos investimentos para a educação básica com parcerias em países estratégicos na formação de professores, “valorizando a prática docente e as experiências internacionais que possam agregar mais conhecimento ao ensino brasileiro”, afirma Carlos Lenuzza, diretor de Educação a Distância e Educação Básica da CAPES.
As inscrições, gratuitas, são feitas online com preenchimento de formulário e envio de documentos pela internet. Além da passagem área, os participantes terão direito, a uma ajuda de custo, seguro de saúde e alojamento.
O edital para os Estados Unidos, em parceria com a Comissão Fulbright, é direcionado aos professores de língua inglesa. São 486 vagas para um curso intensivo de seis semanas em universidades norte americanas. Podem participar docentes da rede publicas estadual, municipal e distrital, em efetivo exercício da profissão. As inscrições vão até 17 de março.
O outro edital é promovido pelo Colleges and Institutes Canada (CICan). São 102 vagas destinadas aos professores de todas as áreas da educação básica da rede municipal, estadual e distrital. Dividido em duas partes – a primeira em um curso básico de inglês e a outra em um curso de formação, voltado para gestão de sala de aula e aprendizagem centrada no aluno. O curso terá duração de oito semanas e as inscrições podem ser feitas até 26 de março.
No caso da Irlanda, são 30 vagas para coordenadores e supervisores pedagógicos de qualquer escola da rede pública (municipal, estadual, distrital e federal). As inscrições vão até 26 de março. A parceria com o Mary Immaculate College oferece cursos de inglês, desenvolvimento de habilidades em liderança e gestão pedagógica. O curso tem duração de doze meses.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CCS/CAPES
http://www.capes.gov.br/

Enem 2019 será aplicado em 3 e 10 de novembro

As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 serão aplicadas em 3 e 10 de novembro em todo o Brasil. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou as datas na tarde desta quarta-feira, 27 de fevereiro. Também estão definidas as datas da solicitação de isenção e justificativa de ausência no Enem 2018, e o período de inscrição. O Edital do Enem 2019 será publicado em março.
Cronograma Enem 2019
Etapa
Período
Solicitação de Isenção/Justificativa de Ausência
1 a 10 de abril
Inscrições
6 a 17 de maio
Aplicação
3 e 10 de novembro
http://portal.inep.gov.br/

Ministro indica sete pontos centrais para melhorar a educação

O ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, compareceu à audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, nesta terça-feira, 26, para falar sobre as diretrizes e os programas prioritários de sua pasta. Acompanhado de secretários e assessores, o ministro especificou para senadores e deputados, brevemente, os sete pontos que o governo considera centrais para melhorar a educação brasileira.
Para o ministro Ricardo Vélez, o primeiro ponto chave para a educação é a política nacional de alfabetização. “Seguindo o discurso do presidente (Jair Bolsonaro), precisamos inverter o triângulo da educação. Hoje o ensino superior tem precedência orçamentária sobre a educação básica. Isso precisa mudar. Não é rápido, não é fácil, mas precisamos dar os primeiros passos. Por isso, escolhemos a elaboração de uma política nacional de alfabetização como nossa meta prioritária nestes 100 primeiros dias de governo”, afirmou.
Segundo o ministro, a má qualidade da alfabetização compromete todo o sistema de ensino em suas diferentes etapas e níveis. “Por que alfabetização? Porque ela é a cesta básica da educação. O Brasil, sistematicamente, tem apresentado índices muito ruins de alfabetização. Precisamos rever isso. O mais grave é que a falta de acesso à escola não é o principal motivo de as crianças não serem alfabetizadas”, continuou ele.
Enfrentamento – De acordo com o ministro, as crianças vão à escola e, mesmo assim, não são alfabetizadas por vários motivos. Por isso foi criada, segundo ele, a Secretaria de Alfabetização (Sealf). “É um problema complexo que exige enfrentamentos em diferentes frentes. Tanto é que criei uma secretaria específica para a questão da alfabetização.”
Ricardo Vélez disse ainda que, em 2003, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados divulgou o relatório Alfabetização infantil: os novos caminhos, elaborado por um grupo de trabalho composto por eminentes cientistas e pesquisadores e em 2007 foi publicada uma segunda edição desse documento. “Esse relatório apresentou conclusões importantes. A principal delas era de que, no Brasil, as políticas e práticas de alfabetização, bem como a formação dos professores alfabetizadores, não acompanhavam o processo científico e metodológico que nas últimas décadas do século 20 ocorreu no campo do ensino e aprendizagem da leitura e da escrita.”
Segundo ele, poucos anos depois, em 2011, a Academia Brasileira de Ciências publicou um documento chamado Aprendizagem Infantil: uma abordagem da neurociência, economia e psicologia cognitiva. “Na parte três, que se intitula Métodos de alfabetização, faz-se referência a alguns países que modificaram suas políticas públicas para a alfabetização com base nas evidencias científicas mais recentes. Como Finlândia, França, Inglaterra, Estados Unidos, Austrália e Israel. Em todos eles, verificou-se um progresso significativo na aprendizagem da leitura e da escrita. Não queremos reinventar a roda. Vamos ter humildade e fazer o que o mundo está fazendo com sucesso”, afirmou.
O ministro afirmou também que o Brasil é signatário da Organização dos Estados Americanos (OEA), que publicou recentemente, em 2018, o Guia Interamericano de Estratégias de Redução de Desigualdade Educativa, que elenca, com base em várias evidências cientificas, recomendações que estão sendo incorporadas à política nacional de alfabetização. “Por exemplo: é um fato científico bem estabelecido que aprender a ler bem requer cinco coisas destacadas pelo National Reading Panel. Primeiro: compreender o princípio alfabético. Segundo: aprender as correspondências entre grafemas e fonemas. Terceiro: segmentar sequências ortográficas de palavras escritas em grafemas. Quarto: segmentar sequências fonológicas de palavras faladas em fonemas. Quinto: usar regras de correspondência grafema-fonema para decodificar a informação. Assim, a Política Nacional de Alfabetização terá em alta consideração as evidências e os critérios da ciência cognitiva da leitura, conforme a vontade expressa do senhor presidente da República na sua mensagem ao Congresso Nacional", concluiu.
BNCC – De acordo com Ricardo Vélez, o segundo ponto é a base nacional comum curricular. “Voltemos nossa atenção agora para a educação básica como um todo. A Base Nacional Comum Curricular é um documento com mais de 500 páginas, extenso, fruto de muita discussão e anos de trabalho. Mas palavras impressas no papel não bastam para que o ensino tenha real qualidade e como diz Fernando Pessoa: “livros são papeis pintados com tinta”. Mas na realidade, na sala de aula, a base precisa ser compreendida e complementada pelas contribuições das redes estaduais e municipais”, disse ele.
O ministro aproveitou para convidar todos os gestores e professores a tornarem a Base Nacional Comum Curricular um documento vivo. “O que significa criticá-lo, adaptá-lo e entendê-lo no contexto das localidades. O MEC não é um leviatã centralizador. Não é essa a proposta da Base. Para este ano de 2019 está prevista a formação de professores e a revisão dos projetos pedagógicos das escolas, conforme os novos currículos da educação infantil e do ensino fundamental. Para o ensino médio está prevista a elaboração dos novos currículos alinhados à própria Base Nacional Comum Curricular e aos referenciais para os itinerários formativos.”
Segundo o ministro, o terceiro ponto trata da educação básica. "É importante lembrar que em breve o formato do Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb) será rediscutido. Os principais atores da educação brasileira, como o FNDE, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) precisam ser ouvidos. É um tema central para fortalecermos os municípios e assim, fazer valer a orientação do presidente: 'mais Brasil, menos Brasília'. Sabemos que há inúmeras desigualdades regionais no Brasil. O Fundeb cumpre um papel fundamental no financiamento da educação dos locais mais vulneráveis. A distribuição de recursos deve ser justa e inteligente para beneficiar aqueles que mais precisam”, afirmou.
Ensino médio – Segundo ele, o quarto ponto é o novo ensino médio. "Quanto ao ensino médio, é necessário torna-lo atrativo aos jovens, aproximando-os das realidades práticas do trabalho. Mas um trabalho que supere lógicas fordistas. Hoje é para o empreendedorismo, para a criatividade que temos que formar os jovens. O fortalecimento do quinto eixo formativo do novo ensino médio é estratégico para isso. Uma educação profissional e tecnológica robusta é o que marca as economias mais avançadas atualmente. Precisamos de um ensino médio moderno, em diálogo com novas tecnologias.  A rede federal, com seus mais de 600 campi pelo Brasil, pode ser indutora de um ensino médio vocacionado para a produção de tecnologia, atendendo as reais demandas do setor produtivo e da sociedade.”
o quinto ponto é a escola cívico-militar. "Avançando para outro ponto importante no âmbito da educação básica, destaco a criação, na Secretaria de Educação Básica (SEB), da subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares. Durante a campanha, o presidente Bolsonaro destacou o desejo de ver difundido o modelo de escola de alto-nível com base nos padrões de ensino e gestão empregados nos colégios militares. Experiências já em andamento em diversos estados brasileiros têm mostrado que a presença de militares no espaço escolar é algo bem-visto pelas famílias. Os indicadores de aprendizagem melhoram e ocorre redução da criminalidade. A adesão ao programa de escolas cívico-militares no MEC será voluntária. Ou seja, o Governo Federal respeitará a autonomia dos entes federados”, afirmou Ricardo Vélez.
O sexto ponto trata da educação especial. “Já para fortalecer a educação especial, criamos uma nova secretaria, a Semesp, Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação, que possui duas diretorias voltadas para a educação especial. A Diretoria de Acessibilidade, Mobilidade, Inclusão e Apoio a Pessoas com Deficiência e a Diretoria de Política de Educação Bilíngue Surdos. Daremos continuidade e apoio à política nacional de educação especial. Priorizaremos a formação de tradutores de intérpretes de libras. Nosso mote é: 'nenhum brasileiro para trás'", disse o ministro.
E por último, o sétimo ponto, que é a formação de professores. "É indispensável falar de um tema pelo qual tanto tenho apreço. A formação de professores. Como professor, sei dos desafios e dos aspectos inglórios da nossa profissão. Nem sempre o professor recebe o reconhecimento merecido. Tornou-se frequente no Brasil saber de casos de professores agredidos verbalmente e até fisicamente por alunos. Isso é muito triste. Tornaram-se urgentes medidas que assegurem a disciplina dentro das escolas e a promoção de uma cultura de respeito e valorização da dignidade do professor.”
De acordo com o ministro, a valorização do professor vai além do salário. “O que os professores querem hoje? Trabalhar em um ambiente salubre e ver seus alunos aprenderem. Também querem ter oportunidades de aprimoramento profissional. Vamos investir na formação inicial e continuada de professores, cabendo à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) o papel central nesse processo. É assim, valorizando alunos, professores e demais atores da educação brasileira, que construiremos bases sólidas e duradouras para o desenvolvimento humano e econômico do país”, concluiu.
Assessoria de Comunicação Socia
http://portal.mec.gov.br/

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Senadores protestam ao ministro da Educação contra filmagem de estudantes


O e-mail enviado na segunda-feira (25) pelo Ministério da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, para direções de escolas em todo o país, pedindo que alunos fossem filmados cantando o Hino Nacional e repetindo o slogan "Deus acima de tudo, Brasil acima de todos", foi duramente criticado por senadores durante audiência com o ministro nesta terça-feira (26) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).
O slogan foi usado pela coligação do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, e a intenção do governo era publicar as imagens na internet "como um sinal dos novos tempos". Após protestos de inúmeras entidades, o uso do slogan foi cancelado, mas o pedido de filmagens de crianças cantando o hino foi mantido.
Em entrevista coletiva concedida antes da audiência, e também nas respostas aos senadores, Vélez Rodríguez admitiu que o uso do slogan foi um erro. No que tange às filmagens, deixou claro que elas só poderão ser feitas se autorizadas pelos pais.
— Percebi o erro e pedi que não usem mais a frase. No e-mail enviado hoje às escolas, o Ministério também esclarece que qualquer imagem só poderá ser publicada se estiver dentro da lei. Ou seja, se contar com a autorização dos pais — esclareceu, protestando qualquer intenção de enquadrar a diretriz original como crime de responsabilidade, improbidade administrativa e uma afronta ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA , Lei 8.069, de 1990).

Repercussão no Senado

Para o senador Lasier Martins (Pode-RS), o ministro demonstrou ser "preparado e culto" ao se retratar e desistir da medida original. O senador considera incentivar os alunos a cantarem o hino "algo perfeitamente aceitável e louvável". Mas considera filmá-las algo indevido e o uso do slogan governamental "completamente descabido".
Para o senador Alessandro Vieira (PPS-SE), o início da gestão de Vélez Rodríguez tem sido marcado pela predominância de "um forte viés ideológico". O senador pediu que a pasta concentre mais esforços na melhoria da gestão, diante do gigantismo dos desafios a serem enfrentados na educação pública.
— O Brasil necessita de qualificação do ensino e a superação de enormes gargalos, em vez de medidas midiáticas. Temos 45 milhões de estudantes nas escolas públicas, com 60% delas sem redes de esgoto, 50% sem bibliotecas e 10% sem nem sequer energia e água. Um ministro do governo [em referência a Onyx Lorenzoni, da Casa Civil] disse que era preciso despetizar o Estado, mas penso que a educação e outras áreas também não precisam de uma bolsonarização ou coisa parecida — disse Vieira, cobrando da pasta a definição de um plano efetivo de gestão a ser apresentado ao país.
O senador ainda reclamou que priorizar o homeschooling (ensino em casa) ou a militarização das escolas também está longe de resolver os problemas. Lembrou que o homeschooling só é praticado por cerca de 7.500 famílias, e que as escolas comandadas por militares "mal chegam a duzentas".
Já o senador Fábiano Contarato (Rede-ES) pediu a diretores e professores que filmem a ausência de infra-estrutura que marca a maioria das escolas públicas, assim como seus próprios contra-cheques, e enviem as imagens para o Ministério.
— Quem sabe assim o governo perceba o que deve priorizar, porque a impressão que vocês passam é que ainda não se tocaram da realidade. Há escolas convivendo com esgotos a céu aberto, com ausência total de segurança... Vocês falam tanto contra ideologia, mas tentam implantar uma, ao tentar filmar crianças repetindo slogans. O caminho tomado pela pasta até o momento não é razoável.
A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) é outra que acha que o Ministério está errando nas prioridades.
— É preocupante perceber os temas que a pasta tem trazido. Não vem ao encontro da realidade e da urgência para a adoção de medidas concretas. Neste caso falo ainda como mãe, me incomodaria também, neste sentido, ver uma criança minha sendo obrigada a cantar o hino e a ser filmada. Pode ser caracterizado como um constrangimento se não for espontâneo — disse a senadora, que pediu ao ministro a revogação total da medida. Ela também acha que o governo confunde educação com ideologia, e que a maior parte da população espera mais do que isso nesta área.
A ação do governo também foi criticada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
— É assombroso o pedido para que crianças sejam filmadas repetindo slogans, ferindo de forma tão flagrante a lei. Onde estão a cabeça dos senhores? Isto se caracteriza como crime de responsabilidade e fere a Constituição, que prevê a impessoalidade como um princípio da administração pública.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

https://www12.senado.leg.br/

Marioneide diz que MEC foi truculento ao pedir filmagens e festeja recuo de Vélez

Rodinei Crescêncio
Marioneide Klimaschewsk
Marioneide Klimaschewsk em reunião no Palácio Paiaguás; secretária critica comunicado enviado pelo MEC e reforça intenção de melhorar ensino
A secretária estadual de Educação Marioneide Klimaschewsk classificou como  “truculento” o e-mail enviado pelo Ministério da Educação (MEC) para escolas de todo país pedindo que crianças sejam gravadas em vídeo, após serem perfiladas para cantar o Hino Nacional. Além disso, considera como inadequado a leitura da carta finalizada com o slogan de campanha do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL): "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos".
Por isso, Marioneide comemorou a decisão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, de rever a orientação enviada para as escolas. Segundo ela, o pedido do MEC não seria atendido pela rede de ensino público estadual de Mato Grosso.
“Considero um pedido truculento por não ter sido debatido com a comunidade escolar e pode desrespeitar a autonomia das escolas. Em Mato Grosso, nosso foco continua sendo a melhoria da qualidade do ensino, da aprendizagem dos nossos alunos e da estrutura das escolas. Ainda bem que o próprio ministro Vélez Rodriguez reconheceu o equívoco e se retratou”, disse Marioneide ao .

No Estado de Mato Grosso, nenhuma criança será filmada em pátio de escola

Marioneide
Sobre cantar o Hino Nacional, a secretária de Educação afirma que a prática já é adotada nas escolas de Mato Grosso em momentos de acolhida dos estudantes. Entretanto, afirma que filmagens de crianças em ambiente escolar não são permitidas.
  “No Estado de Mato Grosso, nenhuma criança será filmada em pátio de escola. Isso é uso indevido da imagem, precisa de autorização dos pais e não é nosso foco. Queremos sim um grande pacto nacional pela melhoria do ensino”, completou.
Marioneide também descartou a leitura de carta com o slogan de Bolsonaro no ambiente escolar. Para a secretária, isso afronta as diretrizes básicas do ensino. “Somos contra qualquer impregnação de ideologia político-partidária no ambiente escolar. A Seduc não concorda e não permite esse tipo de prática”.
O próprio movimento Escola Sem Partido, que apoiou a nomeação de Vélez Rodríguez no MEC, criticou o pedido às escolas. Na segunda (25), eles haviam comparado o uso do slogan com o "canteiro de sálvias em forma de estrela no jardim do Alvorada", no Governo Lula. As flores foram plantadas, em 2004, a pedido de Marisa Letícia, mulher do ex-presidente, e causaram polêmica.
https://www.rdnews.com.br/

E-mail do MEC é 'surreal', diz Janaina: 'Ministro, contrate um assessor jurídico'

A deputada estadual  Janaina Paschoal (PSL-SP) criticou o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, pelo envio de e-mail a escolas de todo o País com orientação para que alunos fossem filmados cantando o hino nacional, como noticiou o Estado.
"Ministro, contrate urgentemente um assessor jurídico, especialista em ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)", escreveu Janaina nesta terça no Twitter. "Não se pode sair filmando as crianças (isso vale para os amantes de face, insta, etc). Ademais, primeiro realize algo concreto e os elogios virão naturalmente."
https://politica.estadao.com.br/

Veja também: Ministro diz que errou 

Mec manda email para escolas pedindo para que cantem o hino nacional e filmem as crianças

Veja abaixo as mensagens:

Íntegra da primeira mensagem do MEC:

“O Ministério da Educação (MEC) enviou a escolas do país uma carta do ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, com um pedido de cumprimento voluntário para que fosse lida no primeiro dia letivo deste ano.
A carta diz o seguinte:
“Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de você, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!”.
No e-mail em que a carta foi enviada, pede-se ainda que, após a sua leitura, professores, alunos e demais funcionários da escola fiquem perfilados diante da bandeira do Brasil, se houver na unidade de ensino, e que seja executado o Hino Nacional.
Para os diretores que desejarem atender voluntariamente o pedido do ministro, a mensagem também solicita que um representante da escola filme (com aparelho celular) trechos curtos da leitura da carta e da execução do hino. E que, em seguida, os vídeos sejam encaminhados por e-mail ao MEC (imprensa@mec.gov.br) e à Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República (secom.gabinete@presidencia.gov.br). Os vídeos devem ter até 25 MB e a mensagem de envio deve conter nome da escola, número de alunos, de professores e de funcionários.
A atividade faz parte da política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais.”

Íntegra da nova mensagem do MEC

O Ministério da Educação (MEC) enviará, ainda nesta terça-feira, 26, a escolas do país uma carta atualizada do ministro, professor Ricardo Vélez Rodríguez, com um pedido de cumprimento voluntário para que seja lida no primeiro dia letivo deste ano.
A carta a ser lida foi devidamente revisada a pedido do ministro, após reconhecer o equívoco, tendo sido retirado o trecho também utilizado durante o período eleitoral.
A carta com a versão adequada tem a seguinte redação:
Brasileiros! Vamos saudar o brasil e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefícios de vocês, alunos, que constituem a nova geração.
Ricardo Vélez Rodríguez
No e-mail em que a carta revisada será enviada, pede-se, ainda, que, após a sua leitura, professores, alunos e demais funcionários da escola fiquem perfilados diante da bandeira do Brasil, se houver na unidade de ensino, e que seja executado o Hino Nacional.
Para os diretores que desejarem atender voluntariamente o pedido do ministro, a mensagem também solicita que um representante da escola filme (com aparelho celular) trechos curtos da leitura da carta e da execução do Hino. A gravação deve ser precedida de autorização legal da pessoa filmada ou de seu responsável.
Em seguida, pede-se que os vídeos sejam encaminhados por e-mail ao MEC (imprensa@mec.gov.br) e à Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República (secom.gabinete@presidencia.gov.br). Os vídeos devem ter até 25 MB e a mensagem de envio deve conter nome da escola, número de alunos, de professores e de funcionários.
Após o recebimento das gravações, será feita uma seleção das imagens com trechos da leitura da carta e da execução do Hino Nacional para eventual uso institucional.
A atividade faz parte da política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais.

Ministro da Educação diz que errou ao pedir que escolas filmassem crianças cantando o hino sem autorização dos pais

Por Fernanda Calgaro, G1 — Brasília

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O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, reconheceu nesta terça-feira (26) que errou ao pedir que as escolas filmassem as crianças cantando o Hino Nacional, sem a autorização dos pais.
O Ministério da Educação (MEC) enviou um e-mail para as escolas do país pedindo a leitura de uma carta do ministro e orientando que, logo após, os responsáveis pelas escolas executassem o Hino Nacional e filmassem as crianças durante o ato. O pedido foi alvo de críticas de educadores e juristas.
A carta é encerrada com as frases "Brasil acima de tudo" e "Deus acima de todos", que foram o slogan da campanha do presidente Jair Bolsonaro nas eleições.
"Eu percebi o erro, tirei essa frase, tirei a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização dos pais. Evidentemente, se alguma coisa for publicada, será dentro da lei, com autorização dos pais", afirmou.
Questionado quando retirou o trecho do slogan, respondeu: "Saiu hoje de circulação".
O ministro deu a declaração na manhã desta terça, no Senado. Ele foi convidado a participar de sessão na comissão de Educação para apresentar aos senadores diretrizes e os programas prioritários da pasta.

Nova carta

O MEC informou, por meio de nota, que enviará ainda nesta terça a escolas do país uma carta atualizada do ministro para que seja lida pelos responsáveis pelas instituições de ensino de forma voluntária no primeiro dia letivo deste ano.
A nova carta não contém trecho que foi utilizado durante a campanha de Jair Bolsonaro à Presidência. "A carta a ser lida foi devidamente revisada a pedido do ministro, após reconhecer o equívoco, tendo sido retirado o trecho também utilizado durante o período eleitoral", informa a nota do MEC.
De acordo com o MEC, o e-mail a ser enviado com a nova carta pede que, após a leitura da mensagem do ministro, professores, alunos e demais funcionários da escola fiquem perfilados diante da bandeira do Brasil, se houver na unidade de ensino, e que seja executado o Hino Nacional.
Segundo o MEC, a escola que quiser atender voluntariamente o pedido do ministro, deve filmar trechos curtos da leitura da carta e da execução do Hino, mediante autorização da pessoa filmada ou de seus pais ou responsáveis.
Os vídeos devem ser enviados ao MEC que para uso institucional. De acordo com o MEC, a atividade faz parte da política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais.
A nova versão da carta tem a seguinte redação, segundo o MEC:
"Brasileiros! Vamos saudar o Brasil e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração."
https://g1.globo.com/

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...