terça-feira, 21 de outubro de 2014

Resultado do Prêmio Educador Nota 10

Outros nove educadores vencedores foram homenageados em São Paulo.
Prêmio valoriza boas práticas de ensino em todo o país.


Do G1, em São Paulo



A professora de educação infantil de Joinville (SC) Paula Aparecida Sestari, da CEI Odorico Fortunato, venceu o prêmio principal da 17ª edição do Prêmio Educador Nota 10, como Educadora do Ano de 2014, realizado pela Fundação Victor Civita, em parceria com a Globo e com a Fundação Roberto Marinho, na noite desta segunda-feira (20), na Sala São Paulo, região central da capital paulista.
O prêmio tem como objetivo promover as iniciativas pedagógicas de professores, diretores, coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais de escolas públicas e particulares. São ideias que mostram a importância da aprendizagem de crianças e jovens e como despertar este prazer pelo conhecimento.
Paula desenvolveu um trabalho chamado de “Baía da Babitonga: nosso berçário natural”. Ela fez com que as crianças conhecessem mais sobre o manguezal e os animais que vivem próximo a escola. ACom a ajuda dos pais e da direção da escola, os alunos fizeram um passeio de escuna onde conheceram a Baía da Batitonga, lugar em que o mar e o rio, que passa atrás da escola, se encontram. A partir daí, foi feito um mirante na unidade de educação para os estudantes continuarem a observação do local (veja no vídeo abaixo)..
 "A profissão tem os seus desafios, que todo mundo já sabe. Mas o fato de estar com eles [alunos] todos os dias, ver a evolução deles, saber que você teve a oportunidade de abrir um horizonte, de fazer com que as crianças aprendam coisas diferentes porque você permitiu isso, com certeza são as nossas grandes gratificações", disse a professora. "Quem trabalha com educação infantil também é professor", ressaltou Paula durante a premiação.
Além de Paula, outros nove educadores também foram premiados como Educador Nota 10: Ana Cláudia Santos, da EE Padre Paulo, de Santo Antônio do Monte (MG); Andréa de Fátima Dias Tambelli, da Escola da Vila, de São Paulo; Angela Maria Vieira, da EM Profª Maria Regina Leal, de Joinville (SC); Emanuel Alves Leite, EE Profª Maria Lourdes Bezerra, de Macau (RN); Mara Elizabeth Mansani, EE Professora Laila Galep Sacker, de Sorocaba (SP); Maria da Paz Melo, da EM Valéria Junqueira Paduan, de Santa Rita do Sapucaí (MG); Marlene Garcia Alves, do Colégio Estadual do Ensino Médio e Fundamental Vale do Saber, de Apucarana (PR); Monique Godoi Gomes Lescura, da EM Caic, de Lorena (SP); e Renata Maria Pontes Cabral de Medeiros, da EMEF Fabiano Alves de Freitas, de Ituverava (SP).
Os dez vencedores receberam um vale-presente de R$ 15 mil cada, e a grande campeã Paula Aparecida ganhou ainda uma viagem para conhecer uma escola modelo na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e outra com acompanhante para qualquer lugar do Brasil.
Ao todo mais de 3.500 inscrições de educadores de todo o país foram realizadas. A Região Sudeste foi a que registrou o maior número de inscritos: 1.596 participantes. O Estado com maior representatividade foi São Paulo (801), seguido por Minas Gerais (423), Rio de Janeiro (290) e Espírito Santo (82).
Para selecionar os ganhadores, a Fundação Victor Civita avaliou a adequação entre os objetivos, as ações desenvolvidas e as aprendizagens alcançadas pelos alunos.
No ano passado, a grande vencedora do prêmio foi a professora Elisangela Carolina Luciano, professora de Mogi Guaçu (SP), que desenvolveu um projeto de alfabetização com a turma de 1º ano na EMEF Adirce Cenedeze Caveanha em um mercado hortifruti. A turma dela analisou as placas que informavam o nome e o preço de frutas e legumes. Depois, pesquisou as informações nutricionais de cada um deles e escreveu, revisou e reescreveu novos textos até chegar ao produto final.

http://g1.globo.com/educacao/noticia/2014/10/professora-de-joinville-ganha-o-premio-principal-do-educador-nota-10.html

Técnicos do FNDE monitoram escolas no Mato Grosso

Escrito por  Assessoria de Comunicação Social do FNDE
Técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vão percorrer, nesta semana, escolas públicas de Guarantã do Norte e Sinop, em Mato Grosso, para conferir de perto a execução do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). O monitoramento visa avaliar e aprimorar a gestão do programa, esclarecer dúvidas dos agentes escolares e prevenir falhas no uso dos recursos.
Criado em 1995, o PDDE tem a finalidade de prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas da rede pública de educação básica e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos. O objetivo é promover melhorias na infraestrutura física e pedagógica das unidades de ensino e incentivar a autogestão escolar.
Os recursos destinam-se a pequenos reparos nas unidades de ensino e à manutenção da infraestrutura do colégio. Também podem ser utilizados na compra de material de consumo e de bens permanentes, como geladeira e fogão. Ao longo dos anos, novas ações foram incorporadas e, hoje, também financia a educação integral e o Programa Atleta na Escola.

Pesquisa revela entraves para a utilização de recursos digitais abertos na sala de aula


A Ação Educativa lançou neste mês um estudo que traz um panorama sobre os Recursos Educacionais Abertos (REA) no Brasil, com o objetivo de identificar oportunidades e desafios para o uso e a apropriação desses recursos em língua portuguesa. Realizado entre março e agosto de 2014, com apoio da Wikimedia Foundation, o mapeamento “Recursos Educacionais Abertos no Brasil: o campo, os recursos e sua apropriação em sala de aula“, analisou 22 portais de recursos educacionais online e entrevistou 30 pessoas, entre pensadores que lidam direta ou indiretamente com REA, produtores de conteúdos educacionais digitais e gestores públicos.
Jamila Venturini, coordenadora da pesquisa, explica que o conceito de REA está ligado à ideia de acesso, uso, adaptação e redistribuição gratuitos por terceiros, mediante nenhuma ou poucas restrições. Dados do estudo mostram, no entanto, que grande parte dos recursos disponíveis nos portais analisados não possui licenças que permitam aplicar esse conceito na prática.
Dos 231 materiais analisados, 43,7% possuem direito autoral padrão (todos os direitos reservados), 13,4% apresentam direito autoral padrão, mas com intenção de flexibilizar, 22% optaram por um licenciamento flexível, mas que não permite o uso do material para fins comerciais, e 10,8% são de domínio público, enquanto apenas 4,3% oferecem os recursos de forma totalmente livre.
“Quando falamos em licença autoral padrão com a intenção de flexibilizar, na prática são recursos que têm todos os seus direitos reservados. Há várias iniciativas, tanto públicas como privadas, que manifestam em sua descrição e missão a intenção de fazer esses conteúdos circularem e de promover o direito à educação, mas elas precisam usar licenças apropriadas para dar segurança ao usuário”, pontua Jamila.
A pesquisadora acrescenta que existe uma confusão sobre a ideia de abertura e acesso. Um dos entrevistados, por exemplo, afirmou que seus conteúdos são abertos como na TV aberta, pois podem ser acessados. “Os REA estão embasados na circulação livre do conhecimento. Falamos em abertura no sentido de se apropriar realmente daquele conteúdo, e não apenas consumi-lo”, esclarece.
Transformação da escola
A ideia de que a instituição escolar deve ser transformada é um dos pontos centrais da pesquisa e há um consenso entre os entrevistados de que os REA podem colaborar positivamente com essa mudança, que afetaria as estruturas escolares. “Muitos entrevistados pontuaram que essa transformação tem a ver com uma mudança na cultura escolar, na relação entre professor e aluno e na superação da recepção e transmissão do conhecimento”, destaca Jamila.
Alessandro Freitas, professor de história da rede estadual de São Paulo, concorda que a visão dentro da sala de aula precisa ser renovada. Para ele, o modelo atual acaba sendo uma forma de agressão à realidade dos alunos, que não veem mais sentido na escola, e provoca um desgaste entre os jovens e os professores.
“Os alunos têm fora da escola uma vida cercada por tecnologia e quando ele entra na sala de aula é obrigado a largar tudo aquilo que faz parte da vida dele. Muitas pessoas têm uma visão pessimista de que o aluno não quer mais aprender. Não é bem assim. A partir do momento em que o aluno consegue se identificar com aquilo, ele vai pesquisar, se aprofundar e dar os resultados esperados”, pondera.
Professor autor
A possibilidade de criar um material com o qual tenha identificação é uma das vantagens dos Recursos Educacionais Abertos, na opinião de Alessandro Freitas. “O material didático é feito sem a participação do professor e do próprio aluno, que são os principais sujeitos da educação. Muitas vezes não há identificação com aquele material e o professor é obrigado a usá-lo, mesmo discordando da visão de um autor”, afirma. O professor de história acredita que selecionar esses materiais e adaptá-los junto com os alunos, daria a chance aos professores de se aproximar dos estudantes, além de inserir os jovens no centro do aprendizado.
Segundo Priscila Gonsales, diretora-executiva do Instituto Educadigital e membro da comunidade REA Brasil, os professores têm usado frequentemente objetos digitais gratuitos e até mesmo criado novos recursos, mas eles compartilham pouco aquilo o que produzem.
Dados da pesquisa TIC Educação de 2013, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), confirmam a fala de Priscila. Do total de professores de educação básica entrevistados, 96% utilizaram recursos online para elaborar suas aulas e 88% deles fizeram adaptações no conteúdo. No entanto, apenas 21% dos educadores publicaram seus materiais.
“Os professores não se reconhecem como autores. A autoria vem sempre de fora para dizer como o professor tem que dar aula. Por isso é importante valorizar o ponto de vista pedagógico que os REA e a cultural digital proporcionam” , afirma Priscila. O grande desafio, para ela, é que os professores entendam melhor como usar esses recursos digitais para também se tornarem produtores de conteúdo.
Autor: Revista Educação

http://undime.org.br/pesquisa-revela-entraves-para-a-utilizacao-de-recursos-digitais-abertos-na-sala-de-aula/

Os 4 passos para se tornar um professor Maker

Especialistas dos EUA mostram como incentivar os alunos a criarem na sala de aula e as habilidades que isso desenvolve



O Movimento Maker se tornou um fenômeno global. Em 2013, quase 100 eventos e feiras makers ocorram em cidades como Oslo, Roma, Santiago e Tóquio. As  realizadas em Nova York e San Francisco bateram recordes de público. O trabalho dos pesquisadores educacionais apoia a crença dos educadores no poder de fazer na aprendizagem do aluno, tais como cognição incorporada, aprendizado profundo, habilidades de raciocínio, confiança, criatividade e habilidades do século 21. O resultado? Escolas de todo o país [Estados Unidos] estão convertendo as salas de aula e até mesmo seus edifícios em espaços makers e laboratórios de inovação.
Então, imagine como muitos educadores estão surpresos ao ver os estudantes resistirem ao fazer na sala de aula. Há um elo perdido entre a popularidade do mundo real do Movimento Maker e o fazer na sala de aula. Mas o mistério é resolvido se você considerar que a maioria dos educadores nunca aprendeu como ensinar o fazer. O elo perdido é o entendimento do professor.
crédito Africa Studio / Fotolia.comOs 4 passos para se tornar um professor Maker

4 fases do fazer
Fazer e criar pode ser um desafio. Para apoiar a criatividade e a inovação, temos de ajudar os alunos a ver esses desafios como uma parte normal do processo e que eles podem aprender a navegar com êxito com a prática. Para ensinar o fazer, é preciso compreender as principais fases do processo, as reações dos alunos em cada etapa, as posturas mais úteis dos professores e quais habilidades estão sendo ensinadas.
- Fase 1: Introdução
Iniciar o processo através da partilha de um trabalho aberto e os recursos disponíveis para completá-lo. Espere diferentes reações dos estudantes – alguns ficarão nervosos, outros animados e outros aterrorizados. Aqui estão algumas reações típicas de estudantes e boas respostas de professores:
Estudante: “Eu não tenho ideia por onde começar.”
Professor: “Comece fazendo listas, esboços, notas de todas as coisas que vêm à sua cabeça.”
Estudante: “Eu sei o que eu vou fazer.”
Professor: “Se esforce para encontrar mais de uma ideia – mesmo que sejam  apenas variações de suas ideias.”
Estudante: “Todas as minhas ideias são idiotas.”
Professor: “Nenhuma ideia é idiota nesta fase. Desligue todo o julgamento.”
Principais habilidades desenvolvidas: resolução de problemas, abertura às possibilidades, abster-se de julgamento, se envolver com a ambiguidade, brainstorming.
- Fase 2: Experimentação
Os alunos vão passar de empacados para desenvoltos, isso vai se repetir mais de uma vez durante esse processo. Alguns podem precisar trabalhar em silêncio, enquanto outros vão preferir discutir ideias à medida que as experimentam. Eles podem expressar desconforto à excitação conforme trabalham, e muitos vão querer checar cada avanço com você ao longo do caminho. Reações típicas dos  estudante e boas respostas de professores incluem:
Estudante: “Eu não sei qual ideia levar adiante. Eu gosto de mais de uma.”
Professor: “O que você gosta sobre cada uma de suas ideias? Existem pontos de intersecção entre elas?”
Estudante: “É isso o que eu quero fazer. Essa ideia é perfeita.”
Professor: “Vamos comparar essa ideia com o problema que estamos tentando resolver ou a questão que estamos tentando responder. Será que ela dialoga com o que estamos trabalhando?”
Estudante: “Eu não gosto de nenhuma das minhas ideias.”
Professor: “Caminhe pela sala. Converse com seus colegas. Veja o que eles estão fazendo e pergunte a eles como está indo. Veja se isso desperta alguma ideia para você”.
Principais habilidades desenvolvidas: pensamento ágil, pensamento crítico, reflexão, pesquisa, fazer conexões, comunicação.
- Fase 3: Prototipagem
Os alunos estão fazendo e criando. As restrições de recursos surgem, então eles têm que gerenciar materiais e tempo. Durante esta fase, você vai ajuda-los a fazer escolhas e encontrar possibilidades nessas restrições. Reações típicas dos estudante e boas respostas de professores incluem:
Estudante: “Não está saindo do jeito que eu quero. Não tenho os recursos que preciso.”
Professor: “Onde você está se sentindo restringido? Deve haver outras possibilidades aqui.”
Estudante: “É exatamente o que eu queria fazer. Feito!”
Professor: “Compartilhe seu protótipo com os outros. Eles conseguem dizer o que você estava tentando transmitir?”
Estudante: “Isso é difícil. Começar com ideias e esboços para fazer algo concreto.”
Professor: “Você está certo, é difícil. É normal sentir-se dessa forma, enquanto você está criando e fazendo. Vamos por partes.”
Principais habilidades desenvolvidas: perseverança, gerenciamento de recursos, confiança, receber feedback, ver o trabalho como um processo, trabalhar com a ambiguidade.
- Fase 4: Integrando o feedback
Você vai querer mostrar que o fazer é um processo e que o feedback é uma parte importante desse processo. Os alunos terão a oportunidade de refletir e compartilhar o que eles fizeram. Respostas típicas dos alunos e boas respostas de professores incluem:
Estudante: “Por que eu deveria me importar com o que os outros pensam sobre o que fiz? Eu gostei.”
Professor: “Obter um feedback pode ajudá-lo a ver o que você criou através dos olhos de outra pessoa. Você pode aprender algo novo.”
Estudante: “Por que eu tenho que falar sobre o que fiz? Não posso simplesmente mostrar?”
Professor: “Quando Steve Jobs falou sobre o iPhone, ele traduziu sua compreensão do objeto em algo que outros pudessem entender. Em ajudar os outros a entenderem, você também vai refletir sobre o seu trabalho e como você o criou.”
Principais habilidades desenvolvidas: comunicação, conhecimento aprofundado, abertura ao feedback, reflexão, pensamento crítico.
Seus alunos vão revisitar essas estágios e habilidades muitas vezes no processo fazer e criar. Cada vez, eles vão voltar com maior confiança e mais criativos, eles se tornam mais confortáveis com os aspectos desconfortáveis ​​do fazer e com a incerteza que acompanha o processo.
* Gayle Allen é executiva de BrightBytes, empresa norte-americana de software educacional, onde comanda pesquisas e iniciativas para fortalecer líderes educacionais. Ela possui mais de 15 anos de experiência como professora e diretora de escola.
Lisa Yokana é professora de arte e arquitetura da Scarsdale High School, onde coloca em prática o ensino interdisciplinar, envolvendo educadores de outras disciplinas. 

http://porvir.org/porfazer/os-4-passos-para-se-tornar-um-professor-maker/20141020

Para aprender

Escrito por Anna Veronica Mautner


Afinal, qual é a semelhança entre um mestre que orienta, um professor que ensina, um pai e um líder de uma nação? Todos ensinam a nos transformar, divulgam verdades e ensinam conhecimentos. Os homens que lideram a sociedade são detentores da palavra. As mulheres, nas mais variadas posições que ocupam no mundo moderno, nos ensinam a ser com base em hábitos, costumes e jeitos de viver o dia a dia. As mulheres constroem a partir do dia a dia vivido e a linhagem masculina conta essa história.
Sabemos e sempre soubemos que homens e mulheres desempenham papéis diferentes na construção da história da humanidade. Eu queria tentar destacar o papel das trocas no presente. É sobre elas que se institui a história e o futuro. O passado nós guardamos em outro patamar, em outro lugar. Olhando de perto, em detalhes, vemos que não só o homem e a mulher exercem funções bem diferentes no dia a dia da conservação da espécie como vão exercer funções diferentes ao contar a história que nos faz homens.
E onde fica a escola tal qual a conhecemos? A família transmite, por exemplo, as diferentes funções do gênero. Já a escola é geradora da consciência de ser, por meio da ampliação do vocabulário e, especialmente, do desenvolvimento do ato de duvidar. Resumindo, a escola tem a função de ensinar a duvidar, ao mesmo tempo em que ensina as respostas. É também sua função apontar a complexidade da vida e nos ensinar a resolver os conflitos dela. Isso vale tanto para as questões de números (aritmética, matemática, ciências) quanto para as de emprego de vocabulário. O professor, ao exercer suas funções em sala de aula, aponta tanto ideias quanto quantidades e , também, esperança e lembranças. Linguagem, aritmética, história e geografia.
E a ciência, onde fica? Cabe a ela desvendar tanto o que não é aparente quanto o visível e dar nome ao que compõe a natureza e o seu funcionamento. A natureza é cheia de nomes de coisas. A aritmética as quantifica sem parar e ensina a juntar, separar, ampliar, diminuir. Cabe à ciência examinar como tudo isso ocorre, como as coisas interagem e o que elas criam de novo. Cabe aos professores ter em mente que, independentemente da matéria que ensinem, estarão nomeando (ao ensinar) a si próprios e a tudo que está entorno de si mesmos.
De maneira muito simples, é isso o que ocorre desde a pré-escola até o fim da carreira acadêmica. Observamos, nomeamos, classificamos, descrevemos como cada item observado funciona e gera sem parar o mundo em que vivemos. A origem de tudo é o nome do objeto, do fato, da dinâmica. A escola dá nome a tudo que ocorre e foi descrito pelos homens no decorrer dos séculos e milênios. A escola nomeia, esclarece e ensina. A escola dá nome à transformação. 

http://www.profissaomestre.com.br/index.php/colunistas-pm/anna-veronica/1009-para-aprender

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...