segunda-feira, 30 de junho de 2014

PNE - Plano Nacional de Educação - 2014-2024: Lei 13.005/2014






Quase 90% dos professores brasileiros se sentem desvalorizados, diz estudo


Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Wellton Máximo

Quase 90% dos professores brasileiros acreditam que a profissão não é valorizada na sociedade. Mesmo assim, a maioria está satisfeita com o emprego. O resultado foi apresentado semana passada pela Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que ouviu 100 mil professores e diretores escolares em 34 países.

De acordo com o levantamento, somente 12,6% dos professores brasileiros consideram-se valorizados. A proporção está abaixo da média internacional, de 30,9%. No entanto, 87% dos professores brasileiros consideram-se realizados no emprego, próximo da média global de 91,1%.

Apesar de não se sentirem valorizados, os professores brasileiros estão entre os que mais trabalham, com 25 horas de ensino por semana, seis horas a mais do que a média internacional. Em relação ao tempo em sala de aula, os professores brasileiros ficam atrás apenas da província de Alberta, no Canadá, com 26,4 horas trabalhadas por semana, e do Chile, com 26,7 horas.

Mesmo trabalhando mais que a média, os professores brasileiros gastam mais tempo para manter a ordem em sala de aula. Segundo o levantamento, 20% do tempo em sala é usado para controlar o comportamento dos alunos, contra 13% na média internacional.

Todos os entrevistados na pesquisa dão aula para a faixa etária de 11 a 16 anos. A publicação também mostra que nos países em que os professores se sentem valorizados, os resultados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) tendem a ser melhores.

Quanto à formação, mais de 90% dos professores brasileiros dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior, mas cerca de 25% não fizeram curso de formação de professores. Segundo a pesquisa a falta de especialização reflete-se no ensino. Professores com conhecimento de pedagogia e de práticas das disciplinas que lecionam relataram se sentir mais preparados do que aqueles cuja educação formal não continha esses elementos.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os dados serão incorporados aos dados do Censo Escolar e das avaliações nacionais, para que se possam criar descrições ainda mais detalhadas da situação educacional brasileira.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-06/professores-acreditam-que-profissao-nao-e-valorizada-diz-estudo

60% dos professores no Brasil são obrigados a trabalhar em mais de uma escola, diz estudo.

RIO - Menos da metade dos professores de ensino fundamental no Brasil pode se dar ao luxo de trabalhar num único colégio. O dado, revelado pela Pesquisa Internacional de Ensino e Aprendizado (Talis, na sigla em inglês) da OCDE, o clube dos países mais desenvolvidos, joga luz sobre um problema que, de acordo com especialistas, afeta diretamente a qualidade da educação.

Segundo o levantamento, que a OCDE realizou junto a cem mil professores em 34 países e cujos resultados apresenta hoje em Paris, apenas 40% dos docentes brasileiros que atuam nos primeiros anos do ensino têm dedicação exclusiva, contra 82% na média das nações pesquisadas.

De acordo com a gerente da área técnica do movimento Todos Pela Educação, Alejandra Meraz Velasco, por trás dessa realidade estão os salários insuficientes e o baixo número de professores em determinadas áreas.

— Os profissionais de exatas, por exemplo, encontram oportunidades mais atraentes que a sala de aula quando se formam. Isso gera um déficit que acaba sendo tratado com o deslocamento de profissionais — observa. — A consequência é um prejuízo no envolvimento do professor com o projeto pedagógico das escolas.

A vida em mais de uma escola é o caso de Marcelle Aguiar, professora de inglês de 33 anos. Para alcançar renda mensal de R$ 3.500, ela precisou assumir 19 turmas em quatro escolas. Marcelle trabalha para a rede municipal do Rio, onde atua num colégio na Pavuna e outro em Acari, e também para a rede municipal de Magé, na qual dá aulas em mais dois colégios.

Seria infinitamente melhor se pudesse receber um bom salário para atuar em apenas uma escola. Teria mais tempo para planejar atividades e vínculos ainda mais fortes com os alunos — pondera.
Além da rotina pesada, a professora também já precisou enfrentar escolas inseridas em contextos de violência, como comunidades marcadas pelo tráfico de drogas. Segundo ela, muitas vezes esse peso recai diretamente sobre o professor:

— Em alguns casos, os alunos liberam toda a sua agressividade na escola. Os colégios cada vez mais têm que estar preparados para agir como agentes transformadores. Mas, para isso, é preciso apoio de psicólogos e assistentes sociais, já que determinados aspectos fogem ao nosso alcance.




O cenário descrito por Marcelle também aparece na pesquisa da OCDE, que pediu a professores e diretores (15 mil deles apenas no Brasil) que respondessem a questionários com perguntas sobre liderança escolar, ambiente de trabalho, satisfação e eficiência, práticas pedagógicas e expectativas, avaliação, aprendizado e desenvolvimento de oportunidades. Dos 34 países, somente em Brasil, Malásia e México mais de 10% dos diretores relataram que experimentam episódios de vandalismo ou roubo em uma base semanal. Para a organização, “não surpreende que, tanto no Brasil quanto em outras nações, gestores escolares tenham relatado níveis mais elevados de inadimplência em suas escolas, além de níveis mais baixos de satisfação no trabalho.”
Nosso país também aparece ao lado do México, da Suécia e da Bélgica no quesito respeito ao professor: quase um terço dos professores trabalham em escolas onde houve relatos de intimidação ou abuso verbal por parte dos alunos. O Brasil é um dos únicos também onde mais de 10% dos diretores disseram ter presenciado agressões verbais a seus professores toda semana.

MULHERES SÃO ESMAGADORA MAIORIA

O estudo também comprova uma realidade que qualquer um que já entrou numa escola de ensino fundamental percebeu: as mulheres são a esmagadora maioria dos professores. Mais especificamente, 71% deles (na média de todos os países pesquisados, são 68%).

Embora 96% dos docentes por aqui tenham diploma de graduação, somente 76% completaram cursos de licenciatura. Esse índice fica abaixo da média mundial, de 90%. Mesmo assim, os profissionais de educação básica daqui acumulam uma experiência profissional de 14 anos, só dois a menos que a média.

Também na direção das escolas, só 25% são homens, contra 51% na média da OCDE. As gestoras têm formação mais elevada que seus empregados professores: 96% delas completaram graduação com licenciatura, e 88% fizeram algum tipo de treinamento para assumir o posto administrativo. No entanto, se os diretores nos 34 países da pesquisa somam tempo médio de experiência profissional de 30 anos, por aqui o número cai para 21.
Outro ponto bastante enfatizado pela TALIS é a questão da avaliação de professores e de como ela impacta o dia a dia na sala de aula. Por aqui, 80% dos docentes disseram ter implementado melhores práticas letivas depois de receber bons retornos de seus superiores, contra só 62% na média da OCDE.
A atual coordenadora da pré-escola na Escola Americana, Isabela Baltazar também já foi professora da instituição e defende que, em ambas posições, o retorno sobre o trabalho em sala de aula é fundamental para o bom rendimento:

— Dando este tipo de suporte, temos professores mais confiantes. Isso passa mais segurança ao aluno.

SOBRE A TALIS

Esta é a segunda edição da Pesquisa Internacional de Ensino e Aprendizado, sendo a primeira realizada em 2008 com pouco mais de 20 países. Para o Talis 2013, foram ouvidos cerca de 100 mil professores e diretores de escolas em 34 países. No Brasil, cerca de 15 mil docentes e mil gestores de escolas atenderam aos questionários enviados pela OCDE.

A organização os pediu que respondessem questões que versavam sobre liderança escolar, ambiente de trabalho, satisfação no trabalho e eficiência, práticas pedagógicas e expectativas, avaliação e feedback, aprendizado e desenvolvimento de oportunidades.

*Colaborou Eduardo Vanini


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Técnicos em nutrição escolar recebem formação continuada

Foto: Jorge Pinho (SME)
Aproximadamente 600 Técnicos em Nutrição Escolar (TNE) da rede municipal de educação estão passando por formação continuada. O curso tem por objetivo qualificar esses profissionais para que preparem e sirvam uma alimentação escolar de forma adequada, atendendo os 47 mil alunos do município.
Durante o curso os profissionais recebem orientações sobre técnicas de corte em alimentos, porções e medidas caseiras; aprendem sobre a importância de uma alimentação saudável, bem como a importância de seguir o cardápio proposto pela coordenadoria de nutrição escolar.
Conforme a coordenadora de nutrição escolar da Secretaria Municipal de Educação, Mônica Rosa da Silva, para atender os 47 mil alunos da rede municipal são servidas aproximadamente 87 mil refeições por dia nas escolas e creches.
Segundo Mônica Silva, o cardápio da alimentação escolar é balanceado e atende resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “Cada refeição servida ao aluno deve suprir 20% das necessidades nutricionais diárias de uma criança. Por isso é importante que as TNEs sigam o cardápio preparado pela nossa equipe de nutricionistas”, explicou a coordenadora.
Mônica ressaltou ainda a importância do controle alimentar das crianças desde os primeiros meses de vida. “As nossas creches atendem crianças desde os quatro meses de vida. E isso é positivo, porque essas crianças começam a receber uma alimentação adequada desde cedo”, disse a coordenadora, lembrando que as crianças do berçário recebem seis refeições diariamente.
Nesse primeiro momento a formação é direcionada aos TNEs das escolas municipais. Nos dias 10 e 11 de julho será a vez da TNEs das creches municipais participarem da qualificação.
Entre os meses de agosto e outubro todos os profissionais participarão de atividades práticas, que serão realizadas na cozinha da coordenadoria de nutrição escolar.
Para a TNE Crislaine Araújo da Silva, que trabalha na escola municipal Tereza Lobo, a formação dos técnicos é essencial para que aprendam a preparar e manusear adequadamente os alimentos que serão servidos aos alunos. “O que aprendemos aqui não é exemplo para ser usado apenas em o nosso trabalho, mas também no dia a dia, em casa, para praticarmos com nossos filhos”, disse Crislaine Araújo.
A técnica Lucia Gissoni prepara a alimentação escolar para os alunos da escola municipal Maria Ambrósio Pommot há 15 anos. Durante esse tempo ela aprendeu que a educação alimentar é essencial para fazer com que a criança aceite melhor o alimento oferecido. “Antes de servir a merenda nós vamos até a sala de aula e conversamos com os alunos. Falamos sobre determinado alimento e da sua importância nutricional. Dessa foram eles acabam entendendo e aceitando melhor a refeição”.
Concurso – durante o curso de formação será lançado o 2º concurso culinário 2014 para os técnicos em nutrição escolar da rede municipal de ensino de Cuiabá.
Os participantes terão que desenvolver receitas fáceis, rápidas e de baixo custo, utilizando os mesmos ingredientes dos cardápios da alimentação escolar. As melhores receitas classificadas serão inseridas nos cardápios de escolas e creches municipais no ano de 2015.
O resultado final do concurso será no dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, quando as receitas serão julgadas por uma banca examinadora.
“Esse concurso tem como objetivo despertar a criatividade culinária nos TNEs para que os mesmos desenvolvam receitas inovadoras, se atentando para alimentos regionais e de fácil acesso à população”, explicou Mônica Silva.

http://www.cuiaba.mt.gov.br/educacao/tecnicos-em-nutricao-escolar-recebem-formacao-continuada/9175

Declaração para um novo ano

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