quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Pesquisas científicas comprovam que o hábito de ler promove o desenvolvimento do cérebro


Decifrar, compreender, generalizar, sintetizar ou até mesmo propor hipóteses são funções superiores da mente, usadas durante a leitura. Talvez por isso, pesquisas científicas realizadas nos Estados Unidos – Universidade de Stanford ­– e na França – Unidade de Neuroimagiologia Cognitiva do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm/Comissão de Energia Atômica e de Energias) comprovam que a leitura faz bem ao cérebro.
No Brasil, além de reconhecer a importância da prática, é celebrado o 12 de outubro como Dia Nacional da Leitura, instituído pela Lei nº 11.899, de 8 de janeiro de 2009, que instituiu, também, a Semana Nacional da Leitura e da Literatura.
“Um jovem, uma criança que lê, amplia seu vocabulário, seu conhecimento, sua redação e escrita”, observa o ministro da Educação, Mendonça Filho. “O conhecimento abre janelas para um mundo desconhecido, que é ampliado a partir da boa leitura.”
Cérebro – De acordo com a professora e escritora Lucília do Carmo Garcez, doutora em linguística aplicada, a leitura é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. “É como se fosse uma expansão do cérebro”, diz. Ela faz uma comparação com o aprendizado audiovisual, no qual a pessoa age de forma mais passiva. “Na leitura, é preciso ativar diversas camadas de reflexão para compreender.”
Escritora de livros infantis há mais de 20 anos, Lucília destaca a necessidade de uma alfabetização sólida para transformar uma pessoa em leitor. “É importante assegurar que as pessoas tenham uma alfabetização bem consolidada e, depois disso, é preciso que a sociedade valorize a leitura”, afirma.
Além do acesso aos livros, a escritora salienta a importância de as escolas contarem com bibliotecas e de as crianças frequentarem esses espaços. Outras atividades, como feiras de livros e debates com escritores, são citadas. “É preciso que as crianças vejam os leitores lendo e que sejam motivadas a procurar leituras com respostas às indagações interiores que elas têm”, destaca.
Sempre envolvida com o estímulo à leitura, Lucília também visita escolas e conversa com as crianças sobre os mais diversos temas, dentre eles, as temáticas de seus livros. Dentre suas últimas publicações está Tonho e os Dragões, sobre um menino com leucemia. A obra foi escrita para o Hospital da Criança. Outro livro recente é Palavras Mágicas, sobre uma criança que sonha estar em um tapete mágico. Ela desce em um parque de diversões sem bilheteria. Tudo é feito por meio de palavras e boas maneiras, como por gentileza, por favor, com licença, eu gostaria e muito obrigado. A escritora faz parte do grupo Casa de Autores.
Fábulas – Com a mesma vontade, a professora Heucionéia Rocha Bassetto desenvolve projetos na Escola Estadual José dos Santos, da rede de ensino do município paulista de Jales. No ano passado, um dos projetos, Na Trilha das Autorias Misteriosas, foi selecionado entre os ganhadores do Prêmio Professores do Brasil. Este ano, o projeto Fábulas promove leitura, escrita e revisão textual.
O resultado da iniciativa foi uma coletânea de fábulas, feita pelos alunos do quarto ano do ensino fundamental e entregue para a sala de leitura para fazer parte do acervo da escola. “Para o aluno escrever um texto de qualidade ele precisa saber o porquê de escrever esse texto. Quem vai ler o texto? Onde ele vai circular? Qual gênero e qual vai ser a estrutura desse texto? Tudo isso foi trabalhado”, garante a professora.
“Esse projeto tem um propósito didático, porque neles os alunos se sentem parte do processo e do trabalho, se sentem responsáveis pelo que estão fazendo”, acrescenta Heucinéia, ao afirmar que com metas as crianças se envolvem com mais entusiasmo nos projetos.
“Dá gosto de fazer a leitura dos textos produzidos por eles. Trabalham com descrições de cenário, de personagem, marcadores temporais e até técnicas discursivas para evitar a repetição de elementos de ligação”, completa Heucinéia Rocha Bassetto, ao comentar a qualidade dos textos produzidos pelos futuros escritores.
“Ler é aprender e é ampliar as oportunidades de educação para as crianças, jovens e adultos também. Ler é uma excelente prática que deve ser cada vez mais cultivada por todos nós”, conclui o ministro.
Assessoria de Comunicação Social

http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=40291

Brasil é 1º lugar na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica




Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil

Um grupo de estudantes brasileiros ficou em primeiro lugar no quadro geral de medalhas da oitava edição da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA).

Os brasileiros conquistaram duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. A OLAA ocorreu entre os dias 2 e 8 de outubro, na cidade de Córdoba, na Argentina. Ao todo, 41 estudantes de nove países participaram do evento.

O professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), João Canalle, que liderou a delegação brasileira no evento, disse que os estudantes participaram de provas teóricas e práticas de astronomia e astronáutica. Em uma delas, os conhecimentos dos alunos foram testados em um planetário.“Ele aponta para vários objetos solicitados pelo examinador, ou seja, onde está tal estrela, tal constelação, um planeta”, explicou.

Durante as provas, os estudantes também tiveram que mostrar que sabem usar os equipamentos de observação, como telescópios. “É uma olimpíada que demanda conhecimentos teóricos de física, matemática, astronomia e elementos de astronáutica, mas também a parte prática é muito importante”, disse Canalle.

Os estudantes da equipe brasileira foram selecionados durante a etapa nacional da olimpíada, que é um requisito para os países terem representantes na competição internacional. “É uma forma de induzir a criação de olimpíadas nacionais. É uma forma de você difundir, popularizar, a astronomia e a astronáutica. É o que fazemos no Brasil há 19 anos. Somos o país que tem a mais longa experiência, tradição em olimpíadas de conhecimento de astronáutica”.

Experiência

Mateus Siqueira foi um dos brasileiros na competição latino-americana. Aos 16 anos, o estudante está no terceiro ano do ensino médio em Mogi das Cruzes (SP) e foi o ganhador de uma das medalhas de ouro da equipe. O interesse de Mateus pelo tema veio das conversas com o pai. “Ele é engenheiro mecânico, mas gosta bastante da área e sempre falou bastante comigo sobre isso desde criança”, contou.

No ano passado, Mateus foi chamado para participar das seletivas nacionais e chegou à OLAA. Para ele, a experiência de participar do evento foi além dos conhecimentos testados durante as provas. “Teve bastante intercâmbio cultural. São nove países. A gente aprendeu espanhol, economia. No geral, a parte de integração foi muito legal, então a gente teve bastante oportunidade de conhecer as pessoas de outros países.”

Além do intercâmbio cultural e da medalha que trouxe na mala, a participação de Mateus na OLAA teve outro resultado importante: vai influenciar sua escolha profissional. “Estou pensando em cursar engenharia espacial. A olimpíada me ajudou até a decidir qual a carreira vou seguir.”

Em 2017, a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica será realizada no Chile. Para se inscrever na etapa brasileira, as escolas interessadas devem acessar o site da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Os estudantes devem estar cursando o ensino fundamental ou médio em escolas públicas ou particulares de qualquer estado.

Edição: Luana Lourenço

http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-10/brasil-e-o-1o-lugar-na-olimpiada-latino-americana-de-astronomia-e

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