segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Entrevista com Ben Nelson: "Criarei a melhor universidade do mundo"

Com a Minerva, o empresário americano lança um novo modelo de ensino superior: sem prédios, apenas com turmas on-line e o cenário das metrópoles como salas de aula

RAFAEL BARIFOUSE

INOVAÇÃO Ben Nelson, fundador da Minerva. Ele quer oferecer ensino de alta qualidade pela metade do preço (Foto: Divulgação)

As dez melhores universidades americanas surgiram há mais de 100 anos. O economista Ben Nelson, de 38, acredita que mudará essa história com a Minerva. Segundo ele, sua universidade terá a mesma qualidade das principais do país, pela metade do preço. Por isso, não terá um campus. As aulas teóricas serão on-line. As práticas acontecerão em locais como museus e indústrias, nas maiores cidades de sete países – o Brasil entre eles. Os alunos, do mundo inteiro, viajarão e viverão nessas cidades ao longo do curso. Nelson cercou-se de nomes de prestígio e investidores respeitáveis. Stephen Kosslyn, que dirigiu os departamentos de psicologia e comportamento de Harvard e Stanford, é o reitor.

Larry Summers, ex-presidente da Harvard e ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, está no conselho, ao lado do colega e ex-senador Bob Kerrey. Nelson, que esteve à frente do serviço de hospedagem de fotos Snapfish, vendido por US$ 400 milhões para a HP em 2004, conseguiu US$ 25 milhões com os mesmos investidores de sites como eBay e a rede social Twitter. O primeiro passo para provar que sua meta é possível foi dado. As inscrições para a turma inaugural da Minerva, cujas aulas começarão em setembro de 2014, acabam de ser abertas, com a adesão de brasileiros. Nesta entrevista a ÉPOCA, Nelson explica como funcionará a Minerva e como ela pode superar suas rivais.
ÉPOCA – Como o senhor teve a ideia de criar a Minerva?
Ben Nelson –
 Foi há 20 anos, quando entrei na Universidade da Pensilvânia. Estudei sobre a história das universidades e vi que sua missão era formar líderes, ao ensiná-los a pensar crítica e amplamente. Não era mais assim na minha época. Criei então um plano de reforma para a universidade. Hoje é o coração da Minerva. Queremos criar a melhor universidade do mundo ao resgatar os princípios básicos do ensino superior. Também serviremos a mais gente que as universidades de elite, em que 99% dos alunos são americanos. Não importa de onde o aluno vem, quem são seus pais ou se ele é bom em esportes. Ele pode ser um líder.
ÉPOCA – Isso quer dizer que o ensino atual não funciona?
Nelson –
 Pode não funcionar. Depende do aluno. Há quem tenha uma ótima educação, porque cria metas e busca disciplinas para abrir a mente. Outros só aprendem sobre sua área e não vão além. Podemos fazer melhor, ao garantir o máximo de exposição não só ao conteúdo acadêmico, mas ao que existe ao redor dos alunos, que viverão nos maiores centros políticos, culturais e econômicos do mundo. As aulas tomarão de 12 a 15 horas por semana, durante 30 semanas por ano, ao longo de quatro anos. É uma parte muito pequena do tempo total de curso. Se tivéssemos só aulas, seria um desserviço aos estudantes.
ÉPOCA – Como será o sistema de ensino da Minerva?
Nelson –
 Não teremos um campus. Todas as aulas serão on-line, com no máximo de 19 alunos por sala. Não será preciso pagar por material nem assistir a aulas introdutórias, porque esse conhecimento pode ser adquirido gratuitamente com livros e cursos on-line. Quando chegarem à Minerva, eles terão essa base. No 1º ano, desenvolverão habilidades de busca e análise de informações e comunicação. A inovação não está em ensinar isso, mas em aplicar esse conhecimento às outras aulas. O professor não avaliará só o aprendizado em sua aula, mas também como foram usadas as habilidades adquiridas no 1o ano com a ajuda da tecnologia. Se eu tiver dificuldades com minhas habilidades analíticas na aula de biologia, o professor identificará isso, ao rever gravações das aulas, com um software capaz de sugerir como melhorar o desempenho. Se a aula em questão tiver uma pergunta que envolva análise, o professor saberá que deverá fazê-la a mim. Isso não acontece num ambiente off-line, com 30 cursos desconectados, em que os professores não têm a menor ideia do que os alunos aprenderam antes.

Laboratório natural para o ensino de ciências

Embora seja destaque na mídia, a astronomia ainda não é bem compreendida pela maioria dos brasileiros. Educadora defende a inclusão dessa área do conhecimento no currículo básico.
Por: Vera Rita da Costa
A disseminação ampla de conhecimentos de astronomia deveria ocorrer também nas escolas. (foto: Sxc.hu)
Abra a página de uma agência de notícias ou de um grande jornal na internet e faça um teste simples: verifique quais são os temas em destaque sobre ciência. Provavelmente, você encontrará aqueles relacionados à astronomia e à astrofísica.
Em uma mesma semana (a passada, por exemplo), pelo menos quatro notícias estavam diretamente ligadas a essas áreas do conhecimento: a tocha olímpica dos jogos de inverno 2014 chegou à Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo de uma nave russa; a Índia lançou um foguete em direção a Marte, iniciando um arrojado projeto espacial; as revistas Science e Nature publicaram artigos com os resultados das análises do asteroide que explodiu violentamente sobre a cidade russa de Chelyabinsk em fevereiro deste ano; e a agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou análises das observações feitas com o telescópio Kepler que permitiram estimar que uma em cada cinco estrelas similares ao Sol na Via Láctea é orbitada por um planeta do tamanho da Terra e potencialmente habitável. 
A astronomia e a astrofísica continuam a se desenvolver e o conhecimento gerado nessas áreas ainda é atraente para o público
A corrida espacial entre os Estados Unidos e a extinta União Soviética acabou. Os tempos políticos e econômicos mudaram. Mas ainda é plenamente possível perceber, pelo noticiário, como a astronomia e a astrofísica continuam a se desenvolver e o quanto o conhecimento gerado nessas áreas ainda é atraente para o público (se não fosse, notícias desse tipo não teriam o destaque que costumam ter). 
Mais e mais avançamos, enquanto humanidade e construção social e coletiva, no conhecimento dos astros e de nossa posição no espaço cósmico. O mesmo não acontece, no entanto, em termos individuais, na construção pessoal e na disseminação ampla desses conhecimentos, processo que deveria começar a ocorrer no ensino básico. Dito de outra forma, “a humanidade já pisou na Lua enquanto a maioria dos brasileiros nem sabe se orientar geograficamente”.

Triste constatação


Continue lendo:
http://cienciahoje.uol.com.br/alo-professor/intervalo/2013/11/laboratorio-natural-para-o-ensino-de-ciencias

Mesas educacionais usam tecnologia de ponta para alfabetização

A um olhar desatento, podem parecer apenas mesas de plástico com banquinhos coloridos e blocos de montar, objetos comuns encontrados em qualquer sala de aula de educação infantil
Foto: Positivo Informática / Divulgação

Hoje, antes de aprender a amarrar os sapatos ou andar de bicicleta, a maioria das crianças já está familiarizada com os meios digitais. Se a tecnologia já faz parte da vida dos pequenos desde cedo, nada mais natural do que usá-la a favor da educação já no início de sua trajetória escolar. Um bom exemplo desta utilização são as Mesas Educacionais desenvolvidas pela Positivo, especializada em tecnologia educacional - seus produtos estão presentes em cerca de 8,9 mil escolas públicas, 2,2 mil escolas particulares do País.



Continue lendo: http://noticias.terra.com.br/educacao/mesas-educacionais-usam-tecnologia-de-ponta-para-alfabetizacao,326f7371e0b72410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html


Informe do Blog: Há interesse da SME em adquirir mesas como essas para a rede municipal.

Só 11% das escolas brasileiras tem laboratório de Ciências

MARCELLE RIBEIRO
SÃO PAULO Apontados por especialistas como uma das ferramentas para melhorar o ensino de Ciências e tornar o aprendizado mais estimulante, os laboratórios da área ainda estão presentes em poucas escolas do Brasil, públicas ou particulares. Só 10,6% das 192.676 escolas brasileiras do país, entre públicas e privadas, possuíam laboratórios de Ciências em 2012, segundo o INEP, órgão do Ministério da Educação. Dentre as escolas que tinham o espaço, 60,1% eram públicas e 39,9% eram privadas.
O número de escolas com laboratórios de Ciências cresceu pouco desde 2009, quando eles estavam presentes em 9,3% dos colégios públicos e privados.
Considerando apenas as escolas públicas, os laboratórios de Ciências estavam em 7,9% dessas unidades em 2012. Em 2009, eles existiam em 6,8% dos colégios públicos.
Aumento do interesse
De acordo com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), desde que foram informadas da cobrança de Ciências na Prova Brasil e na Aneb, as escolas municipais começaram a mudar de postura em relação aos laboratórios.
— Muitas escolas têm os laboratórios e não usam com frequência. Elas passaram a usar mais. A inclusão de Ciências nas provas sacudiu um pouco o que estava acontecendo nas escolas — disse Luiz Valter de Lima, o diretor da Undime.
Segundo Nélio Bizzo, professor de metodologia do ensino de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação da USP, estudos internacionais mostram que laboratórios de Ciências fazem diferença no desempenho dos alunos. Escolas que têm laboratórios afirmam que percebem um maior interesse dos alunos quando a aula é prática.
— Os alunos têm que fazer Ciências com as mãos, manipulando materiais. Para colocar problemas, uma aula de Ciências tem que ser mais prática. Quando a criança pode testar de modo prático, os conteúdos são mais compreensíveis e isso pode gerar melhores resultados dos alunos. Você estimula e mantém a curiosidade da investigação e o interesse pela pesquisa — diz Denise Jardim, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental II da escola paulista Stance Dual, onde os estudantes até dissecam peixes no laboratório de Ciências.
Segundo o presidente do INEP, Luiz Cláudio Costa, o governo pretende incentivar as redes estaduais e municipais a construir mais laboratórios de Ciências.
— Temos recursos do Fundeb e expectativa de mais recursos para a educação por causa dos royalties do petróleo. Isso vai ajudar a acabar com o subfinanciamento — disse Costa.
http://oglobo.globo.com/educacao/so-11-das-escolas-brasileiras-tem-laboratorio-de-ciencias-10804574

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...