sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Especialistas discutem deficiências no ensino da matemática

Especialistas reunidos na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (10) ressaltaram que as deficiências no ensino da matemática na educação básica se refletem no ensino superior, ou seja, na formação de novos professores, em uma espécie de ciclo vicioso.
Audiência pública da Comissão de Educação discutiu com especialistas e deputados soluções para a crise no ensino da matemática no Brasil.
O presidente da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), Alessandro Jacques Ribeiro, sintetizou alguns dos problemas. "A gente tem que repensar questões curriculares; os professores, infelizmente, não estão estimulados para se manter no magistério porque o salário não é atrativo; as escolas, na maior parte das vezes, são mal equipadas; os alunos são desestimulados; e, muitas vezes, os pais não participam da vida escolar dos alunos".
Queda do rendimento
Segundo Alessandro, as primeiras séries escolares focam o ensino da matemática na memorização e na resolução de problemas, com conteúdos pouco ligados à realidade sociocultural dos alunos.
Estudo da ONG Todos pela Educação já havia mostrado que, ao longo dos nove anos do ensino fundamental, o rendimento dos alunos de matemática cai significativamente.
De acordo com o estudo, o percentual de estudantes do quinto ano com rendimento adequado em matemática caiu de 22% em 2007 para 12% em 2011: 88% deles não sabiam calcular porcentagens ou a área de uma figura plana, nem ler informações em um gráfico de colunas.
Práticas modernas
Entre as soluções apontadas, estão a requalificação dos professores e a utilização de mídias digitais, como o professor Ricardo Fragelli já costuma aplicar nos cursos de engenharia da Universidade de Brasília. "O problema é o estilo de aprendizagem do aluno. Qual a motivação desse estudante, que vive o dinamismo da internet, em praticar uma aprendizagem tradicional, em que o professor é o detentor do conhecimento? Isso não cabe mais no mundo moderno. A aprendizagem tem que ser ativa".
Para suprir a deficiência de aprendizado do ensino fundamental, os cursos de ciências exatas da UnB tiveram que recorrer a disciplinas extras de revisão, como Pré-cálculo e Física 0.
Já nas disciplinas tradicionais de Cálculo 1 e 2, Fragelli introduziu o rock'n roll e o bom humor para ensinar a temida "Derivada de funções trigonométricas". "Se eu canto, 'cê' canta secante, cante tangente / E passa uma reta, e ela passa tão rente, / Mas a derivada é a inclinação da tangente / Rei da derivada."
Ricardo Fragelli acrescentou que as práticas modernas de ensino na UnB elevaram o índice médio de aprovação nas disciplinas de Cálculo 1 e Cálculo 2 de 50% para 80%.
Laboratório de matemática 
O deputado Stepan Nercessian (PPS-RJ), que solicitou a audiência pública para debater o assunto, é autor de um projeto (PL 5218/13) que obriga a instalação de laboratório de matemática em todas as escolas dos ensinos fundamental e médio.
De acordo com o deputado, os diagnósticos sobre os problemas na matemática já estão prontos, mas faltam ações práticas. "São problemas que o Brasil está cansado de saber. Então, agora, em relação à educação, chegou o momento exato de se falar assim: 'chega de saber o que está faltando e vamos começar a fazer'. É preciso ter esse sentimento revolucionário de situação de emergência em relação à educação".
O projeto de Stepan Nercessian está em análise na Comissão de Educação e recebeu o apoio dos especialistas, com a ressalva de que deve vir acompanhado de outras medidas de valorização dos professores e de aperfeiçoamento curricular do ensino de matemática.

Íntegra da proposta:

Reportagem - José Carlos Oliveira
Edição – Regina Céli Assumpção
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/451655-ESPECIALISTAS-RECLAMAM-DE-DEFICIENCIA-NO-ENSINO-DA-MATEMATICA-DESDE-A-EDUCACAO-BASICA.html

Regime escolar especial para criança em tratamento médico

A Comissão de Educação aprovou nesta quarta-feira (11) proposta que cria um regime escolar especial para alunos em tratamento médico ou sem condições de saúde para frequentar as aulas, para mães que ainda estão amamentando, e para pais cujos filhos tenham até três anos de idade.
A proposta, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei 9.394/96), vale para estudantes de escolas e de universidades.
O texto aprovado é o substitutivo da Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), que alterou a proposta original (PL 3455/12). O projeto do deputado Wellington Fagundes (PR-MT) só previa horário especial para mães de crianças pequenas.
De acordo com o texto aprovado hoje, a escola poderá, com base no regime especial, criar classes hospitalares ou atender os alunos em casa, tanto para as aulas como para as provas. Poderá também aceitar o adiamento da entrega ou apresentação de trabalho. Além disso, todas as provas terão que respeitar as condições físicas e os tratamentos médicos dos estudantes.
O substitutivo determina ainda que, no caso das faltas, até o limite de 25%, será aceita a reposição das aulas, desde que as ausências sejam comprovadas por meio de atestado médico ou documento de fé pública, como carteira de trabalho ou perícia médica realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado agora pelas comissões de Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Rachel Librelon
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/451741-COMISSAO-APROVA-REGIME-ESPECIAL-PARA-ALUNOS-EM-TRATAMENTO-MEDICO.html

Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas

Estão abertas as inscrições para a terceira edição do Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas – a escola aprendendo com as diferenças, realizado pelo Ministério da Educação (MEC), Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e com apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Com inscrições abertas até 12 de outubro, o Prêmio visa identificar e valorizar experiências escolares significativas no desenvolvimento de processos inclusivos em escolas públicas brasileiras, especialmente em projetos que trabalhem com inclusão escolar de estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e superdotação.
Após premiar experiências de gestão, em sua primeira edição, e relatos de estudantes da educação básica, na segunda, a terceira edição focará em relatos de experiência de educação infantil, além de menções honrosas para cursos de formação de professores.
Para se inscrever no site do Prêmio, clique aqui. O regulamento está disponível aqui e maiores informações podem ser encontradas aqui.
http://peei.mec.gov.br/

Encontro Nacional de Fortalecimento do Conselho Escolar

A formação de conselheiros das escolas públicas da educação básica – que são pais, estudantes e representantes dos professores e dos servidores e o diretor da unidade – é o tema principal do 5º Encontro Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, que acontecerá de 16 a 18 de outubro deste ano, em Brasília. As inscrições podem ser feitas até 22 de setembro.
O evento terá a participação de profissionais das secretarias municipais de educação que trabalham na gestão democrática nas escolas e de dois gestores de cada uma das 27 unidades da Federação. De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares do Ministério da Educação, Roberto Júnior, estarão presentes no 5º encontro profissionais de 310 municípios das cinco regiões do país e de todos os estados.
Podem fazer a inscrição 310 municípios pré-selecionados pelo MEC. São cidades com mais de 120 mil habitantes. Nos estados em que não há municípios grandes, participam as representações das quatro maiores cidades. O Amapá, por exemplo, atende o segundo critério.
Dados da diretoria de pesquisas, coordenação de população e indicadores sociais, pesquisa de informações básicas municipais, coletados pelo IBGE, mostram que 76,2% das cidades brasileiras tinham conselho escolar em 2011. Entre as cinco regiões do país, o Centro-Oeste aparece com a melhor porcentagem – 84,7% das cidades tinham conselhos, seguido pelo Nordeste (83,8%), Sudeste (76,7%), Norte (68,2) e o Sul com o menor índice, 63,8%.
Criado em 2004, o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares investiu até 2012 na formação de técnicos das secretarias estaduais e municipais de educação. Roberto Júnior informa que a formação se concentrou nesses profissionais para criar uma consciência da importância de promover, expandir e qualificar a gestão democrática nas escolas. Agora, explica, o programa vai investir na qualificação dos conselheiros lá na base escolar. O debate durante o encontro será dirigido nesse sentido, diz o coordenador.
página virtual do 5º encontro traz a lista dos municípios selecionados em cada estado da Federação e todos os passos para fazer a inscrição.
Autor: MEC
http://undime.org.br/encontro-debate-formacao-de-conselheiros-de-redes-publicas/

CONAE etapa Estadual MT - Inscrições

No período de 02 a 06 de setembro, os 402 delegados eleitos e indicados para etapa estadual da Conferência  Nacional de Educação (Conae 2014) deverão se inscrever para Etapa Estadual (de 16 a 19 de setembro) pelo link http://sigeduca.seduc.mt.gov.br/gfo/hwmcvsinscricoeseventosusu.aspx  disponibilizado na página da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc).  O sistema possibilitará o credenciamento de 40 representantes da sociedade civil organizada na condição de observadores durante a Etapa Estadual, a ser realizada no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá.
A implementação do modelo online de inscrição possibilitará aos delegados e indicados escolherem com antecedência em qual dos sete Eixos Temáticos propostos pela Conae 2014 querem participar. O número de vagas para os integrantes será  proporcional a quantidade de eixos .  A inscrição também facilitará a organização logística (hospedagem e alimentação) dos delegados e indicados.
A presidente do Fórum Estadual de Educação de Mato Grosso, Rosa Neide Sandes de Almeida, destaca que nas 15 intermunicipais realizadas no Estado, os debates foram profícuos e  resultaram em emendas ao Documento Referência. Essas recomendações, na etapa estadual,  ajudarão a compor o Documento-Base que será analisado na etapa nacional. 
“Tivemos uma efetiva participação nas etapas intermunicipais com emendas em todas elas. E é importante destacar que nós, Mato Grosso, somos o único Estado que possui um anexo diferenciado que trata do Sistema Único de Ensino”. 
Para Etapa Estadual, cerca de 500 pessoas são aguardadas. “Dentre esse público, estarão os observadores, profissionais da imprensa, estudantes de instituições de ensino superior, que possuem um papel relevante, de acompanhar todo esse processo”, explica. Durante a Etapa Estadual, por meio de votação, serão definidos 54 delegados que participarão da Conae Nacional,  em Brasília que ocorre de 17 a 21 de fevereiro.

PATRÍCIA NEVES
Assessoria Seduc-MT
http://www.seduc.mt.gov.br/conteudo.php?sid=527

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...