quarta-feira, 14 de maio de 2014

'Educação não acaba na escola', diz analista de prova mundial para adulto

Salário de quem foi melhor na prova é 60% mais alto que o dos demais.
Ana Carolina MorenoDo G1, em São Paulo
Marta Encinas, analista da OCDE
(Foto: Divulgação/OCDE)
As políticas públicas devem ter como objetivo a educação igualitária para todos os alunos desde o início do ciclo escolar, mas não podem deixar de oferecer formação continuada aos adultos durante toda a sua vida profissional, defende a analista da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Marta Encinas. "A educação não acaba na escola, é algo que os adultos brasileiros precisam entender", afirmou a especialista espanhola.
Responsável pela coordenação de uma avaliação aplicada pela OCDE em adultos de 16 a 65 anos em 23 países, Marta esteve no Brasil em abril para apresentar os resultados do Programa para a Avaliação Internacional de Competências Adultas (Piaac, na sigla em inglês). Semelhante ao Programa de Avaliação Internacional dos Estudantes, o Pisa, o Piaac foi aplicado entre 2008 e 2013 em países como Suécia, Irlanda, Estados Unidos, Espanha, Rússia e Japão.
Cruzando as informações com os dados do questionário, a OCDE conseguiu traçar um perfil que relaciona os conhecimentos dos adultos com seu êxito profissional: "O salário médio por hora dos trabalhadores com alta qualificação supera em mais de 60% o dos trabalhadores com baixa qualificação", afirma ela.
Em um teste com cerca de 45 minutos, os participantes tiveram que responder a diversos tipos de perguntas para demonstrar seus conhecimentos em compreensão de leitura, matemática e outras competências relacionadas ao trabalho, incluindo a habilidade de trabalhar em equipe e o domínio das tecnologias de informação e comunicação.
O Brasil, por enquanto, não participa do Piaac. Segundo o MEC, a possibilidade de o Brasil aderir à prova internacional que avalia os conhecimentos dos adultos ainda está em análise.

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