sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Já parou para pensar em como será a escola em 2032?

Iniciativa se propõe a ouvir a opinião dos estudantes para entender o que eles querem para a educação brasileira
Durante o mês de setembro, o Porvir convidou estudantes brasileiros a responderem um questionário on-line sobre como eles gostariam que as escolas fossem em 2032. As respostas dos alunos foram levadas para um debate que um grupo de atores e líderes influentes vem realizando desde o início do ano para construir cenários a respeito de como será a escola do futuro. O grupo engloba educadores, gestores, especialistas e representantes de organizações sociais, mas também quer levar em conta a opinião daqueles que estão estudando hoje.
No total, 175 jovens de 7 a 25 anos responderam a perguntas como: O que deseja que a Escola do Futuro não tenha?; O que você deseja que a Escola do Futuro tenha?; Como você imagina que será a escola em 2032? Eles também foram convidados a postar contribuições em forma de textos, fotos ou vídeos.
Escola do Futuro
As respostas foram diversas, mas algumas palavras e ideias foram recorrentes como o desejo usar mais tecnologia na sala de aula. Sobre o professor, muitos apontaram a necessidade que ele tenha uma melhor remuneração. Também ficou claro que os estudantes não querem ser testados através de provas e a demanda por uma maior liberdade, tanto em relação ao espaço físico, quanto ao conteúdo curricular.
Esse primeiro levantamento foi um piloto para uma pesquisa maior que será realizada em 2015 e que além de estudantes, também pretende ouvir professores, para que eles possam subsidiar toda a discussão de qual caminho a educação brasileira deve traçar e quais práticas pedagógicas estão ligadas ao século 21.
Veja a seguir algumas das respostas:
Como será a escola do futuro?
“A tecnologia presente em sala. Aulas onde os alunos são o centro, não o professor. Os alunos buscam o conhecimento ao invés de absorvê-lo”Maria Victória, 17 anos, São Paulo
“A escola em 2032 será altamente tecnológica, com infraestrutura de primeira. A biblioteca será um grande painel touchscreen em que será possível visualizar todo o catálogo de livros, após a escolha do título será gerado um QR code onde o aluno fará a leitura em seu smartphone/tablet e terá o livro em “suas mãos”. As salas de aula vão ser virtualmente conectadas com o mundo, haverá intercâmbio de informações culturais entre alunos do mundo todo.Todos os alunos irão para a escola através do transporte coletivo, para redução de despesas, de CO² e outros benefícios da coletividade.Se o aluno não estiver se sentindo “bem” (saúde) para comparecer à escola, sua projeção holográfica ao vivo estará presente”Arthur, 17 anos, Rio Grande do Sul
“Todos os alunos vão usar notebooks ao invés de cadernos, todos vão se formar com uma profissão e até uma vaga na universidade. Os professores vão ser mais bem pagos e mais respeitados dentro de sala de aula. Os aluno usarão tablets e o uniforme não seria obrigatório”Letícia, 15 anos, Rio de Janeiro
O que você deseja que a escola do futuro tenha?
“Experiências em diversas carreiras e ambientes de trabalho, professores on-line para responder a toda e qualquer dúvida 24h por dia, todos os dias. Uma rede mundial de escolas para que os alunos sejam incentivados a passar parte de cada ano letivo em um outro país. A possibilidade de eletivas em todas as matérias e pequenos núcleos onde fosse possível a vivência de um pouco do cotidiano de cada profissãoMarianna, 15 anos, São Paulo
“Laboratórios mais completos, tempo para livre recreação, aulas facultativas (de música, teatro, tecnologia, idiomas, etc), aulas ao ar livre, empresas juniores, professores mais bem remunerados e com programas de incentivo. Que tenha cachorros e o dia do animal 4 vezes na semana”Michele, 11 anos, São Paulo
“Mais arvores, mais amor, inspiração e comprometimento por parte dos educadores. Alunos construtores do próprio conhecimento e valores socioambientais”Ana Carla, 19 a 25 anos, Espírito Santo
O que você deseja que a escola do futuro não tenha?
“Professores ruins. Não queremos ser obrigados a receber aulas de péssimos professores, apenas por serem concursados. Queremos ter nas mãos uma forma de assegurarmos a conduta dos mesmos”Pedro Henrique, 17, Bahia
“Provas. Acho que prova não prova nada”Larissa, 19 a 25 anos, São Paulo
“Relações de mercado aplicadas à prática educacional, ceifar o pensamento criativo dos alunos, excessiva preocupação com provas e esquecimento do ‘eu’”
Brenda, 17 anos, Rio de Janeiro
http://porvir.org/porfazer/ja-parou-para-pensar-em-como-sera-escola-em-2032/20141030

Indígenas reivindicam que Educação respeite suas identidades culturais

Da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
Mais de 100 professores indígenas, representando 49 etnias de todas as regiões do país, se reuniram, hoje (29), na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Brasília, para o lançamento do Manifesto sobre Educação Escolar Indígena no Brasil – Por uma Educação Descolonial e Libertadora. A intenção é reforçar o direito a educação específica para esses povos e dar visibilidade à importância que os processos de educação próprios dos indígenas têm na manutenção e preservação de sua cultura e identidade.

"Hoje, o projeto que é apresentado para as escolas das comunidades indígenas é idêntico ao apresentado para o sistema não indígena. Isso não é bom para gente porque a gente perde nossos valores, destratando nossa própria identidade cultural, nossas crenças e religiões”, ressalta Flauberth Guajajara, professor e representante da etnia Guajajara, do Maranhão.

De acordo com Eunice Dias de Paula, missionária do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), para que a preservação desse universo sociocultural dos indígenas seja possível é importante a presença de uma pessoa que transmita, no papel de professor, a cultura daquele povo baseado na vivência e experiência autêntica. "Um professor indígena é fundamental para essa escola funcionar, porque ele faz parte daquela cultura”.

Dados divulgados em 2012, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apontam que a realidade é diferente. O quadro que compõe as 2.954 escolas indígenas, distribuídas em 26 estados, a maioria dos professores é representado por pessoas que não fazem parte daquela sociedade. Os indígenas professores são 7.321 de um total de 15.289, menos da metade.

Eunice avalia que essa situação é reflexo de um desrespeito dos governos, principalmente os estaduais. "No MEC [Ministério da Educação] tem o setor da diversidade onde o pessoal faz força para que o respeito às leis sejam implementadas. O problema todo é que a responsabilidade da educação escolar indígena ficou para os estados e dentro dos estados isso não se efetiva”, ressalta.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-10/indigenas-reivindicam-que-educacao-respeite-suas-identidades-culturais

Projeto Cor da Cultura realiza 3ª edição

ALINE MARQUES
Assessoria/Seduc-MT

A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá, realiza nos dias 04 e 05 de novembro, o III Seminário do Projeto “A Cor da Cultura”. O evento será durante todo o dia nas Faculdades Evangélicas Integradas Cantares de Salomão (FEICS), localizada no Grande Templo, na avenida do  CPA, em Cuiabá. O objetivo é o aprofundamento das questões étnico-raciais, além de compartilhar experiências relevantes realizadas em sala de aula por professores das redes estadual e municipal.

Mais de 400 professores  da rede estadual e municipal são esperados para o evento. Na oportunidade, além das experiências de educadores serão realizadas quatro oficinas e pesquisas das ações desenvolvidas nas escolas da rede. Segundo a gerente de Diversidades Educacionais da Seduc, Ângela Maria dos Santos, uma das unidades visitadas será a Escola Estadual Quilombola Reunidas Cachoeira Rica, de Chapada dos Guimarães. A unidade apresentou o projeto sobre os trabalhos que desenvolve para ampliação de conhecimentos e valorização da cultura e identidade quilombola. Eles receberão a visita da equipe de pesquisa da Cor da Cultura, para conhecimento e divulgação dos resultados desses trabalhos.

Acesse a página da Cor da Cultura

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Rayanni Freire: Jovem de 11 anos cria blog dedicado aos livros e já escreve próprios poemas

Da Redação - Stéfanie Medeiros

Foto: Stéfanie Medeiros/ Olhar Conceito
O cenário é a Casa Barão de Melgaço em um lançamento de livro. O salão principal estava cheio de pessoas conversando sobre livros, autores, poesia e produção literária no geral. Rayanni Freire, vestidos rosa, cabelo encaracolado e olhos brilhando, escutava tudo com atenção. Mas mais que isto: participava das conversas, fazia perguntas e aos poucos inseria-se em um mundo que era muito seu.

Leia mais: Secretaria de Educação prepara programação especial para o Dia Nacional do Livro

Era seu porque, além de ser apaixonada por livros, Rayanni, com apenas 11 anos de idade, já escreve seus próprios poemas. “Acho que tudo começou com a leitura, ela me transformou com certeza. Lendo um livro você consegue conversar melhor, escrever melhor e adquirir outros conhecimentos”, disse a jovem. Para celebrar o Dia Nacional do Livro, comemorado nesta quarta-feira (29), o Olhar Conceito foi até a casa de Rayanni para contar um pouco de sua história.

Por conta de seu amor por livros, Rayanni criou em julho deste ano o blog “Apaixonada por Livros” (CliqueAQUI). Neste espaço, a ávida leitora compartilha suas impressões sobre os livros que gostou, sobre os eventos dos quais participou (incluindo as olimpíadas nacionais de matemática), dentre outras atividades. Mas escrever sobre a obra de outras pessoas não pareceu suficiente para Rayanni. Por isto, ela escreveu seu próprio poema sobre o que os livros significam em sua vida. Confira:



Amor incondicional(Rayanni Freire)

Sonhar, imaginar e acreditar,
Se torna o fim após o meu livro acabar.
Amar, chorar, odiar total,
Já não é mais nada depois do final!

Vê-lo na estante parado,
Mesmo estando com outro, ele está do meu lado.
Querendo ou não acabou,
Você já riu, amou e por fim chorou!

A vez de outro é agora,
Por um lado é bom, mas pelo o outro o coração chora.
Agora só basta guardar as lembranças no peito,
Pois novas oportunidade chegaram pelo jeito!

Apesar de sabermos que o fim sempre está perto,
Preferimos deixar o futuro quieto .
As memórias prendem e não saem,
Mesmo quando sorrio ou as lágrimas do rosto caem!

A história já virou parte da minha vida,
E pode ter certeza de que ela é bem comprida.
E é claro tem um final feliz,
Eu e meus livros como sempre quis!

A história de Rayanni com os livros começou bem cedo. Quando era um bebê, sua mãe, Rubiani Alves, matriculou a filha no maternal. “Mas ela não se adaptou de forma alguma. Enquanto as outras crianças queria pintar, brincar e fazer atividades lúdicas, Rayanni queria porque queria aprender a ler e escrever. A professora que a acompanhou fez a transferência para o jardim, onde começou a ser alfabetizada”, contou Rubiani.

Para estimular a filha a ler, Rubiani tentou inserir os livros no cotidiano de Rayanni desde quando ela era um bebê. “Eu comprava aqueles livros que flutuam na banheira para ela ficar brincando. Quando eu ainda fazia direito e tinha que estudar, organizava os livros não só para mim, mas para Rayanni também. Então mesmo que ela ainda não lesse, os livros já faziam parte do dia a dia dela”, contou Rubiani.

Aos cinco anos de idade, Rayanni já estava lendo. Ela contou ao Olhar Conceito que o primeiro livro que a marcou foi “O pequeno príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, obra que Rayanni lê pelo menos uma vez todos os anos. “Eu gosto deste livro porque toda vez que a gente lê, encontra novos significados e percebe coisas novas. Ele diz tanto de forma tão simples. Acho incrível”.



Através da leitura, Rayanni encheu-se de energia criativa. Tanto que escrever já não bastava. A jovem poetisa também toca piano (tocou a música tema de Romeu e Julieta para a reportagem do Olhar Conceito), pinta, desenha e toca violão.

Apesar de ainda ser muito cedo, Rayanni acha que irá fazer faculdade de arquitetura. “O engraçado é que, além de gostar de ler e escrever, Rayanni também adora matemática”, disse a mãe da jovem. “Mas independente do que eu vá fazer, escrever é algo que eu sempre vou ter comigo”, completou a própria Rayanni.

Sobre o Dia Nacional do Livro, Rayanni tem uma mensagem para todos os leitores, principalmente os que ainda não desenvolveram o gosto pela leitura: “A leitura é importante. Leia qualquer coisa, mesmo que seja uma revista. Não importa o que as outras pessoas falam do que você gosta de ler, se você experimentar, pode descobrir mundos novos e adquirir novos conhecimentos”.

Mais um poema de Rayanni Freire:

Defeitos Humanos
Problemas? Ah isso todo mundo tem,
Respeito? É o que falta para o bem.
Arrogância? Isso tem de sobra,
Amor? Escondido como a cobra!

Um dos maiores problemas que nós temos,
É reclamar toda hora, todo dia de tudo.
E aquele que não tem nada,
Porque não reclama a cada segundo?

Sabe o que falta no nosso peito?
Mais amor, educação e uma pitada de respeito.
Se cada coração fosse assim,
Onde estaria à tristeza enfim?

Esqueça seus problemas e vai logo se divertir,
Pois nós queremos ver apenas você sorrir.
Nunca diga para Deus que você tem um grande problema,
Diga para seu problema que você tem um grande Deus!

Ver alguém triste não vale a pena,
O melhor é vê-lo feliz, lindo como um poema.
Eu sou feliz pelo que faço e fiz,
Tenho uma vida alegre sempre dizendo "x"!


http://www.olhardireto.com.br/conceito/noticias/exibir.asp?noticia=Rayanni_Freire_Jovem_de_11_anos_cria_blog_dedicado_aos_livros_e_ja_escreve_proprios_poemas&id=5981

Calendário de atividades de reformulação da Lei da Gestão Democrática - Cuiabá


Acesse a Minuta da Lei 

EMEB Dr. Fábio é vencedora de Concurso de Redação

A Prefeitura de Cuiabá vai entregar no próximo dia 12 de novembro, os prêmios aos vencedores do 1º Concurso de Redação e Desenho sobre Transparência Pública. O concurso foi desenvolvido pela Controladoria-Geral do Município e teve como tema ‘Acesso à informação: um direito de todos’.
Segundo o controlador-geral, Marcelo Bussiki, o objetivo do concurso foi o de difundir a Lei de Aceso à Informação Pública.
Os vencedores do concurso nas duas categorias serão divulgados na próxima segunda-feira (03). Na categoria Desenho foram premiados alunos do 1º ao 5º ano. Na categoria Redação, participaram estudantes do 6º ao 9º ano. Ao todo 13 estudantes foram premiados, sendo 8 em primeiro lugar, que receberão um tablet, e os 5 segundos colocados receberão um Playstation 2.
Os professores que orientaram os trabalhos dos primeiros colocados receberão um DVD portátil. A escola cidadã vencedora foi a Dr. Fábio Firmino Leite, localizada no bairro Doutor Fábio, região do Grande CPA. Ela receberá uma lousa digital, 5 tablets e um day use no Sesi Park.

Embora aberto a escolas públicas e privadas, nesta primeira edição participaram apenas estudantes de escolas municipais. Todas as escolas da rede municipal foram visitadas por servidores da Controladoria para divulgar o concurso, lançado em maio, durante a 1ª Semana Municipal de Transparência Pública.

http://www.cuiaba.mt.gov.br/controladoria/prefeitura-premia-vencedores-dos-concursos-de-desenho-e-redacao/9780

Acesse Minuta da (reformulação) Lei de Gestão Democrática

Rosane Brandão
Secom Cuiabá
Clique na figura para acessar a Minuta

A Secretaria Municipal de Educação apresentou aos diretores de creches e escolas a Minuta da Lei de Gestão Democrática do sistema educacional de Cuiabá.
A Lei de Gestão Democrática tem por finalidade a efetivação de processos de organização e gestão, baseados em dinâmicas que promovam as decisões coletivas.
A Gestão Democrática norteará todas as ações de planejamento, elaboração, organização, execução e avaliação das políticas educacionais, entre elas a elaboração do Plano Municipal de Educação, elaboração de regimentos escolares, eleição de diretores, escolha de coordenadores pedagógicos e secretários escolares.
Conforme a secretária-adjunta de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, após a apresentação da minuta para os gestores, ela será discutida e analisada em assembleia realizada com os diferentes segmentos da educação nas unidades de ensino, entre eles pais, alunos e profissionais da educação.
“Eles apresentarão sugestões, por meio de emendas aditivas, supressivas e substitutivas, para a reformulação da lei. Dessa forma, estarão exercendo de fato a gestão democrática nas unidades de ensino da rede municipal”, disse a secretária-adjunta.
Além de debater a proposta em assembleia, os participantes vão eleger os delegados para a Conferência Municipal de Gestão Democrática, a ser realizado nos dias 27 e 28 de novembro. Após finalização, o documento segue para a Câmara Municipal de Cuiabá para aprovação.
A minuta de lei foi elaborada por uma comissão, formada por representantes das escolas e creches municipais, Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) Subsede Cuiabá, Conselho Municipal de Educação e Secretaria de Educação de Cuiabá.

Acesse a Minuta (Word) ou clique na figura acima


http://www.cuiaba.mt.gov.br/educacao/comunidade-escolar-participa-da-elaboracao-da-lei-de-gestao-democratica/9758

Secretarias devem informar necessidade de formação de professores

As secretarias estaduais e municipais de educação e os institutos federais de educação, ciência e tecnologia das cinco regiões do país têm prazo até 21 de novembro para informar na Plataforma Freire quantos professores das suas redes precisam cursar uma licenciatura ou pedagogia. É com base nessa informação que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), junto com as universidades e os fóruns de educação, define as vagas do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) para 2015. A inscrição dos professores será de 20 de janeiro a 13 de março do próximo ano.

O plano de formação, lançado em 2009, abre turmas especiais em cursos de licenciatura e programas de segunda licenciatura, na modalidade presencial, exclusivas para educadores das redes públicas que não possuem formação superior na área onde atuam, conforme exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

Essas turmas são abertas mediante a convergência de três fatores: as secretarias estaduais, municipais e do Distrito Federal e os institutos federais informam o número de vagas de que suas redes precisam; as instituições de ensino superior, que participam do Parfor, definem e informam a oferta de cursos e de vagas, e os educadores fazem a pré-inscrição na licenciatura que pretendem cursar. Todo o processo é realizado na Plataforma Freire.

Critérios – Para ocupar as vagas da primeira licenciatura, o professor precisa atender requisitos descritos no Parfor: estar vinculado a uma rede pública estadual, municipal ou do Distrito Federal; no exercício da atividade do magistério; não ter curso de licenciatura. A carga horária mínima é de 2.800 horas, das quais 400 horas de estágio supervisionado. A duração do curso é de quatro anos.

Já o educador com graduação em área diferente daquela em que leciona precisa estar há pelo menos três anos na rede pública, para fazer a segunda licenciatura. Esse curso tem carga horária de 800 horas a 1.400 horas e duração entre dois anos e dois anos e meio. O Parfor também oferece formação pedagógica para docentes graduados ou licenciados das redes públicas. Essa formação complementar é de 540 horas, ministrada durante um ano.

Os cursos são gratuitos para todos os professores, mas a Capes repassa recursos financeiros para as instituições de ensino superior responsáveis pela formação, supervisão de estágios e certificação dos concluintes. É tarefa das secretarias de educação oferecer aos cursistas material escolar, transporte, hospedagem e alimentação durante o curso.

Resultados – De maio de 2009, quando foi criado, a dezembro de 2012, o Parfor colocou em salas de aula 54,8 mil professores em turmas especiais, segundo balanço publicado pela Capes. No período, foram implantadas 1.920 turmas em 397 municípios. Professores das regiões Norte e Nordeste foram os que mais procuraram formação. Até 2012, o Parfor atendeu 28.073 educadores da região Norte e 20.781 do Nordeste. Na sequência, aparecem a região Sul (3.422 professores), o Sudeste (1.847) e o Centro-Oeste (753).

O Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica integra um conjunto de políticas públicas do governo federal em parceria com estados, municípios e instituições de ensino superior para transformar o magistério. Estão neste grupo de políticas o Piso Nacional do Magistério, instituído em julho de 2008; os cursos de mestrado profissional para educadores das redes públicas; o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência (Pibid), que visa o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores; o Programa de Consolidação das Licenciaturas (Prodocência), que fomenta a inovação, a elevação da qualidade dos cursos do magistério e a valorização da carreira do professor. 

Ionice Lorenzoni

Acesse a Plataforma Freire

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20869

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Escola de Rondônia aposta na formação integral

No projeto Burareiro o currículo é voltado para o desenvolvimento completo dos alunos e desperta maior interesse
O baixo índice de desenvolvimento humano se colocou como o principal desafio da gestão municipal de Ariquemes (RO), em 2005. Especialmente nos bairros mais periféricos, as acentuadas questões de vulnerabilidade social, violência, desemprego e violação dos direitos de crianças e adolescentes, acabavam por inflacionar um quadro de desinteresse educacional, marcado por baixa assiduidade, evasão escolar, repetência e baixa estima dos alunos.
O enfrentamento a esse cenário nasceu de uma aproximação da prefeitura com a Universidade Federal de Rondônia (UNIR), a partir do Centro Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Educação e Sociedade, representado pelo professor doutor Antônio Carlos Maciel e pelas professoras Rute Moreira Braga e Adriana Ranucci. O grupo recebeu um pedido de apoio na formatação de um projeto de educação em tempo integral; a consultoria, no entanto, promoveu o desenvolvimento de um projeto, a partir do entendimento de que seria necessário promover o desenvolvimento de múltiplas capacidades humanas, ancoradas, sobretudo, por uma nova perspectiva curricular. Nascia o projeto Burareiro.
Escola Edução Integral Rondoniakatya_naumova / Fotolia.com

Proposta integrada
A experiência nasceu como um projeto piloto aplicado na escola municipal Roberto Turbay; em 2007, se expandiu para mais três unidades: Professor Pedro Louback, Professor Ireno Antônio Berticelli e Professor Venâncio Kottwiz. O trabalho partiu de uma integração curricular, que buscava nortear os conhecimentos a partir dos conteúdos de ensino, e de atividades culturais e esportivas. A proposta direcionou 840 horas anuais aos componentes curriculares nacionais e 800 às oficinas curriculares que abrangem atividades de estudos orientados, arte e cultura, atividades esportivas e motoras, saúde educacional, educação alimentar e ambiental. Segundo o professor Antônio Carlos Maciel, um dos orientadores do processo, a ideia é mostrar que as aprendizagens cotidianas não devem estar dissociadas daquelas obtidas no ambiente escolar.
A oferta de atividades prevê continuidade na construção do conhecimento, motivo pelo qual o projeto preserva também seus profissionais em tempo integral. A alta rotatividade é evitada justamente para que não haja descontinuidade da proposta pedagógica a ser trilhada. Os alunos são orientados a se envolverem a partir de suas habilidades, gostos e projetos de vida. Além disso, outras diretivas fundamentam a proposta: a politecnia, a ampliação do tempo, espaço e oportunidade,  a escola como eixo integrador da comunidade e a construção de projeto pedagógico a partir de um conselho gestor multidisciplinar.
Grupos de estudos
A transição para o modelo envolveu um amplo trabalho de formação com as equipes gestoras que passariam a desenvolvê-lo, a partir de um questionamento central:  “Como queremos que o aluno seja multidisciplinar com professores especialistas?”. As reflexões começaram em 2006, com a participação dos profissionais da rede em um Seminário de Educação Integral e Políticas Públicas. Depois disso, o percurso formativo se estruturou a partir de encontros bimestrais que buscavam o diálogo entre a teoria e a prática, momentos chamados de laboratórios sociais histórico críticos.
Os encontros previam a integração dos gestores das escolas que podiam vivenciar situações variadas de aprendizagem, como exemplifica Maciel. “A partir do futebol, por exemplo, era possível trabalhar conceitos de cooperação e competição, também presentes em nossa sociedade; e estabelecer outras relações matemáticas com a triangulação dos passes, sua velocidade e distância”.
Esses conhecimentos eram compartilhadas com as equipes pedagógica e administrativa das escolas, já que seriam elas as responsáveis pelo acompanhamento, e pela integração do planejamento e da execução dos projetos e atividades desenvolvidas.
Gestão participativa
A educação integral, aos poucos, ia se manifestando na proposta pedagógica das escolas que, por sua vez, se sustentava em gestão participativa. Mensalmente, as escolas têm assegurado em seu calendário momentos de planejamento coletivo, para os quais são convidados pais, familiares, comunidade, e outras secretarias. Os resultados das ações são frequentemente apresentados em exposições abertas ou feiras culturais, com ampla participação dos alunos.
Também está contemplada no projeto a participação das outras secretarias do município. O esforço intersetorial amplia a possibilidade de realizar ações e de fundamentá-las sob intencionalidades pedagógicas diversas e reais.
Principais resultados
A consolidação do projeto Burareiro veio, com o passar do tempo, contornando problemas sociais antes comuns ao território. Dados da Secretaria de Municipal de Educação mostram melhoras no índice de aprovação – em 2004, 80%; em 2013, 87%. Isso implicou em queda de retenção dos alunos, em 2004, 20% e em 2013, 13%, além do controle da evasão escolar, totalmente eliminada nesse ano. Atualmente, 1.580 alunos encontram-se matriculados em período integral no município.
Para os gestores locais, esse alcance foi possível a partir da ressignificação do espaço escolar, o que implica na valorização de toda a equipe pedagógica, com formações e atualizações constantes, amplitude de oportunidades educativas em diálogo com as demandas dos alunos e consequente reconhecimento de talentos, e a garantia de espaço participativo aos familiares e comunidade, que se tornaram parte da comunidade de aprendizagem.
Também é determinante o esforço de todas as secretarias do município no planejamento e execução das atividades, e a parceria com o Ministério da Educação (MEC), a partir de 2009, com o Programa Mais Educação que, para além das escolas atendidas pelo Burareiro, oferta educação integral para as unidades Mário Quintana, Magdalena Tagliaferro, Professor Levi Alves de Freitas, Aldemir Lima Cantanhede e Dr. Dirceu de Almeida, ampliando a oferta de possibilidades educativas no território.

http://porvir.org/porfazer/escola-de-rondonia-aposta-na-formacao-integral/20141028

Secretaria de Educação promove evento em comemoração ao Dia do Livro


Rosane Brandão
Secom Cuiabá
Foto: Jorge Pinho
Em comemoração ao Dia Nacional do Livro, celebrado nesta quarta-feira (29), a Secretaria de Educação de Cuiabá promove uma programação especial nas Bibliotecas Saber com Sabor. A abertura do evento será na biblioteca da Praça Clovis Cardoso, região central de Cuiabá, às 9h. 
O evento contará com a presença do secretário municipal de Educação, Gilberto Figueiredo, e da secretária-adjunta, Marioneide Kliemaschewsk, que na oportunidade farão o cadastro para empréstimo de livro na Biblioteca Clóvis Cardozo. 
A programação segue até sexta-feira (31) com várias atividades nas bibliotecas dos bairros Osmar Cabral, Cidade Verde, Pedregal, Pedra 90, Santa Isabel. Entre as atividades estão exposição de livros, confeccionados por funcionárias de creches e das bibliotecas; recebimento de doação e troca de livros, além de apresentações de poemas e poesias. Os leitores que mais emprestaram livros em 2014 serão homenageados. Alunos de 36 unidades de ensino participarão do evento. 
Ainda durante a semana, será realizado nos Parque Mãe Bonifácia, Zé Bolo Flor, Massairo Okamura, em praças e terminais de ônibus a continuidade do projeto Livro Esquecido.
Segundo a coordenadora das Bibliotecas Saber com Sabor, Edvair Alves, o evento será aberto para a população, que poderá aproveitar a oportunidade para fazer o cadastro em uma das bibliotecas. “Para efetuar o cadastro é preciso preencher um formulário fornecido pelas bibliotecas e ter em mãos um comprovante de residência, fotocópia de documento oficial com foto e indicar dois números de telefones para referências pessoais”, explicou a coordenadora.
http://www.cuiaba.mt.gov.br/educacao/secretaria-de-educacao-promove-evento-em-comemoracao-ao-dia-do-livro/9773

Diretora de creche é exemplo de servidora pública na rede municipal


Rosane Brandão
Secom Cuiabá
Foto: Jorge Pinho

Com uma rotina diferente de muitos trabalhadores, Elenice Maria de Moraes Lopes, diretora da creche municipal Padre Armando Cavallo, no bairro 1º de Março, pode ser considerada um exemplo de servidora pública. Sua rotina diária começa às 4h30 e termina depois das 23 horas para dar conta de todos os afazeres. 
A servidora mora no bairro Voluntários da Pátria, região do Pedra 90, e todos os dias precisa atravessar a cidade para chegar até o trabalho, no  bairro 1º de Março, são quase 24 quilômetros de distância percorridos todos os dias. Mas isso não é problema para a servidora, que afirma ter prazer naquilo que faz.
Após cumprir o expediente na creche, no final do dia ela segue para a faculdade, onde permanece por mais quatro horas no curso de Pedagogia.
Servidora efetiva na rede municipal de educação há 14 anos, Elenice prestou o concurso para Auxiliar de Serviços Gerais (ASG) em 2000, época em que tinha apenas o ensino fundamental. No entanto, a força de vontade e a determinação sempre estiveram presentes na vida da servidora, e, em um período de sete anos, já havia concluído o curso de Letras, com habilitação em Português e Espanhol.
Em dezembro deste ano, Elenice concluirá um ano de mandato como diretora da creche, eleita pela comunidade. Mas ela já está nesta unidade de ensino há quatro anos. Anteriormente, prestou serviço na escola municipal Aristotelino Alves Praeiro, também no bairro 1º de Março.
“Ser diretora não é uma função muito fácil, pois é um cargo que exige muito de nós. Exige que trabalhemos de acordo com a Lei de Gestão, ou seja, com transparência e responsabilidade e nem sempre as pessoas entendem que normas são para serem seguidas e não dá para ser flexível sempre. No entanto, procuro fazer meu trabalho da melhor maneira possível, de forma justa e coerente e sem perder o foco que é a qualidade no atendimento à criança”, disse.
Elenice acredita que o papel do educador é desafiador, mas o retorno é gratificante. “Quem trabalha com crianças precisa desenvolver habilidades e competências de leitura e escrita e sempre olhar a educação como algo transformador e, para mediar essa ação, é preciso ser um educador compromissado”.
Apesar de ter uma carreira exemplar, sua vida pessoal não foi fácil, tendo enfrentado problemas de saúde e morte em família. Mas nunca se deixou abater. Mãe de três filhos e avó de três netos, Elenice afirma que tem um relacionamento maravilhoso com a família. “A minha primeira profissão na vida foi ser mãe, sempre tive facilidade em amar e ser amada pela minha família”. 
“Elenice é apenas uma entre tantos outros servidores da Secretaria Municipal de Educação que merecem toda a nossa gratidão e homenagem nesse dia por tudo que fizeram e fazem pela educação do nosso município”, observou o secretário de Educação de Cuiabá, Gilberto Figueiredo.
“Eu sonho com uma educação de qualidade, com políticas públicas pontuais, que beneficiem todos os cidadãos não só de Cuiabá, mas de todo o Brasil”, completou Elenice.
http://www.cuiaba.mt.gov.br/educacao/diretora-de-creche-e-exemplo-de-servidora-publica-na-rede-municipal/9772

terça-feira, 28 de outubro de 2014

SP terá escola em tempo integral do 1º ao 5º ano

O governo de São Paulo vai começar em 2015 um projeto de Ensino integral para os anos iniciais do Ensino fundamental (do 1.º ao 5.º ano). O programa será em 17 Escolas e a Secretaria de Educação planeja expansão para 2016, sem detalhar metas. Mesmo com as novas matrículas, o Estado ainda está longe do que prevê o Plano Nacional de Educação (PNE).
Os Alunos ficarão 8 horas na Escola, com currículo integrado. Envolverá as áreas tradicionais de Português, Matemática e Ciências, além de trabalhos artísticos, Educação por projetos, iniciação digital e aulas de inglês a partir do 1.º ano. Cerca de 5 mil Alunos serão atendidos nessas Escolas. A rede estadual tem hoje 112 mil Alunos em tempo integral. Significa cerca de 3% do total de matrículas da rede.
A meta do PNE é ter 25% dos Alunos na modalidade em 10 anos. O Brasil tem 10,9% das matrículas da Educação fundamental em tempo integral, segundo dados de 2013. Não havia na rede estadual Escola integral neste primeiro ciclo.
O modelo a ser adotado nas 17 Escolas segue as mesmas linhas do que tem sido feito a partir de 2011 em Escolas do Ensino médio e de anos finais do fundamental. Esse projeto começou em 16 Escolas e hoje alcança 182. A rede tem dois modelos de Escola em tempo integral. Ao todo, são 437 Escolas.
O novo modelo, de 2011, prevê que os Professores tenham dedicação exclusiva à Escola. Eles recebem 75% a mais nas gratificações. Esse modelo começou no Ensino médio ancorado em uma proposta de maior participação do jovem na Escola.
Segundo a diretorados Anos Iniciais da Secretaria da Educação, Sonia Jorge, essa dimensão também será contemplada agora. “Os Alunos organizarão assembleias. Queremos garantir que ele prossiga com mais competência e base para os anos finais”, diz ela.

28 de outubro: Dia do Servidor Público


As leis que regem os direitos e deveres dos funcionários que prestam serviços públicos estão no decreto nº 1.713, de 28 de outubro de 1939. Essa é a data referencial do Dia do Servidor público. 


Para acessar o Decreto clique AQUI

CONAE: Conferência coloca em discussão o Plano Nacional de Educação

De 19 a 23 de novembro, 3,5 mil delegados eleitos em todo o país estarão em Brasília para a 2ª Conferência Nacional de Educação (Conae). Realizada a cada quatro anos, a conferência de 2014 coloca em debate o Plano Nacional de Educação na articulação do Sistema Nacional de Educação: participação popular, cooperação federativa e regime de colaboração. Além dos delegados, 500 observadores vão acompanhar as discussões.

Nos cinco dias da Conae, os delegados, que representam todas as etapas da educação pública e privada, gestores, trabalhadores, pais e estudantes, setores sociais e as três instâncias do poder executivo, vão participar de colóquios, debater e deliberar. Para organizar a discussão, o Fórum Nacional de Educação (FNE), instância que planeja e organiza a conferência, dividiu o tema central em sete eixos. Todos os temas convergem para o compromisso nacional de execução das metas do Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024).

O eixo número três, por exemplo, coloca em discussão na Conae o tema Educação, Trabalho e Desenvolvimento Sustentável – cultura, ciência, tecnologia, saúde e meio ambiente. Já o eixo quatro traz para o debate a Qualidade da Educação – democratização do acesso, permanência, avaliação, condições de participação e aprendizagem.

Alcance – A preparação da 2ª Conae mobilizou setores da educação e da representação da sociedade durante 2013. No primeiro semestre, foram realizadas 2.329 conferências municipais, 19 plenárias no Distrito federal e 495 conferências intermunicipais. Participaram dessa série de encontros, 776.142 cidadãos. As 26 conferências estaduais aconteceram no segundo semestre e reuniram 23.085 participantes. Foram as instâncias estaduais que elegeram os 3,5 mil delegados.

Além dos eventos presenciais, aconteceram conferências livres e discussões nas redes sociais na internet e nas mídias nacional, regional e local. O FNE contabilizou 1,8 milhão de participantes nesses debates. Já a comissão especial de monitoramento e sistematização da conferência registrou aproximadamente 30 mil emendas em parágrafos do documento-referência da Conae durante o ano de 2013.

A 2ª Conae será realizada no Centro Internacional de Convenções Brasil (Cicb), no Setor de Clubes Esportivos Sul, trecho 2, conjunto 63, lote 50, em Brasília.

Memória – A 1ª Conferência Nacional de Educação aconteceu entre 28 de março e 1º de abril de 2010, em Brasília. Naquele ano, os 2,5 mil delegados debateram e tomaram decisões sobre a criação do Sistema Nacional de Educação e propuseram diretrizes e estratégias para a construção do Plano Nacional de Educação (PNE). O PNE foi concluído em dezembro de 2010 e enviado ao Congresso Nacional pelo presidente da República.
Criado em dezembro de 2010, o Fórum Nacional de Educação tem, entre suas atribuições, convocar, planejar e coordenar a conferência, que é realizada a cada quatro anos. A próxima será em 2018.

Ionice Lorenzoni

Acesse a página eletrônica da Conae para acompanhar as atividades.

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20867

sábado, 25 de outubro de 2014

Após demora na divulgação do IDEB, servidores do Inep pedem autonomia

A Associação dos Servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que é ligado ao Ministério da Educação (MEC), divulgou carta pedindo a autonomia do órgão. A entidade exige independência para tomar decisões “estritamente técnicas” e para criar uma agenda de divulgação de dados e resultados.
O Inep é responsável, entre outras coisas, pelo Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), cujo atraso na divulgação dos resultados neste ano foi criticado. O ano eleitoral teria influenciado a demora – segundo críticas internas e de alguns secretários de Educação – o que é negado pelo ministro da educação, Henrique Paim, e pelo presidente do Inep, Francisco Soares.
A divulgação dos índices em 2010 e 2012 ocorreram em julho e agosto, respectivamente. Neste ano, o Ideb só saiu em setembro. O Brasil não teve avanço no ensino médio e não bateu a meta para os anos finais do fundamental.
Também previstos para este ano, os resultados da primeira edição da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) não saíram. Decidiu-se internamente que só as escolas receberiam as informações.
Um funcionário do Inep, que pediu anonimato, conta que a decisão da cúpula do MEC sobre os cronogramas causou descontentamento entre os trabalhadores e pesquisadores do instituto. “É complicado ver tudo pronto e não publicar por outros motivos”, disse ele. “Houve análise de recursos (das escolas), mas não comprometeria uma divulgação mais rápida.” Reportagem do jornal O Globo, de 3 de setembro, informava que os dados já compilados ficaram cerca de 15 dias na Casa Civil à espera decisão para divulgação.
Na carta dos servidores, a associação afirma que “o Inep não dispõe de condições institucionais apropriadas para continuar a cumprir sua missão com rigor, transparência e excelência”. “Uma vez dotado de autonomia técnico-administrativa e uma estrutura organizacional condizente, o Instituto poderá, a partir de parâmetros científicos e princípios republicanos, manter-se a serviço dos legítimos interesses da sociedade“, afirma o comunicado.
Segundo o MEC, a análise de recursos feitos pelas escolas motivou que os resultados do Ideb saísse em setembro. “A divulgação dos resultados como o IDEB e o SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) é um compromisso desse governo, que as instituiu”, informou o MEC em nota.
Segundo Francisco Soares, do Inep, a transparência está garantida pela divulgação, ocorrida em plena campanha. “O Inep já está trabalhando na produção de um calendário (para os indicadores)”.
Realizado a cada dois anos, o Ideb é a principal referência para políticas educacionais no País. Uma divulgação demorada pode dificultar que secretarias se apropriem dos dados e os utilizem como ferramenta de melhora da educação.

Veja abaixo a carta da Associação e, na sequência, posicionamento do MEC:
CARTA ABERTA PELA AUTONOMIA DO INEP
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), fundado em 1937 e transformado em Autarquia Federal em 1997, é a instituição do Estado brasileiro responsável por uma vasta produção de dados, informações, exames, avaliações e estudos na área da Educação. Com a missão de subsidiar a formulação de políticas públicas, o Instituto atua no desenvolvimento de pesquisas, construção de indicadores, elaboração de diagnósticos, produção e disseminação de conhecimentos estratégicos para o país.
Nos últimos anos, as atribuições do INEP têm sido consideravelmente ampliadas, e suas ações têm passado por contínuo aprimoramento, contemplando contingentes crescentes da população brasileira e produzindo informações mais precisas.
É o que ocorre, por exemplo, com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb/Prova Brasil), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), os Censos da Educação Básica e da Educação Superior, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), sem mencionar o trabalho de editoração e documentação.
O Enem, além de sofisticar-se e tornar-se mais inclusivo, passou a ser o principal mecanismo de acesso ao Ensino Superior, atingindo, em 2014, mais de 8 milhões de inscritos, o dobro do que contemplava em 2008. Em 2007, o Censo da Educação Básica passou por um aperfeiçoamento em sua coleta de dados e, desde então, compreende mais de 190 mil escolas distribuídas por todos os municípios do país. Junto ao Saeb, que, após a criação da Prova Brasil em 2005, avalia cerca de 5 milhões de estudantes, possibilitou a elaboração do Ideb. O Sinaes, desde 2004, estabeleceu uma avaliação de instituições e de desempenho de estudantes, o Enade, que abrange anualmente mais de 200 mil concluintes de diferentes cursos de nível superior e mais de 4 mil avaliações in loco. O recém-aprovado Plano Nacional de Educação (2014-2024), por sua vez, conferiu ao INEP a responsabilidade de, entre outras, realizar estudos que monitorem bianualmente o cumprimento de sua execução.
Mesmo diante de responsabilidades de tal magnitude, o INEP não dispõe de condições institucionais apropriadas para continuar a cumprir sua missão com rigor, transparência e excelência. Tal como ocorreu com instituições congêneres em outros países, é imprescindível que o INEP se consolide enquanto instituição de Estado a serviço do cidadão. Uma vez dotado de autonomia técnico-administrativa e uma estrutura organizacional condizente, o Instituto poderá, a partir de parâmetros científicos e princípios republicanos, manter-se a serviço dos legítimos interesses da sociedade.
A autonomia técnico-administrativa do Instituto é necessária para se garantir a concepção, o planejamento, a execução, a continuidade e a preservação da idoneidade de seu trabalho, conferindo-lhe a devida proteção frente a demandas de caráter privado. Assim, torna-se inadiável viabilizar o fortalecimento do seu quadro técnico permanente, por meio do estabelecimento de processos de gestão participativa e de um plano de carreira condizente com os desafios do Instituto. Igualmente importante é criar um conselho técnico-científico que conte com representantes da sociedade, da comunidade acadêmica e dos servidores.
Esse conselho conferiria maior respaldo e legitimidade às suas decisões, bem como contribuiria para maior estabilidade institucional. Além disso, também é urgente criar e legitimar uma estrutura organizacional do INEP compatível com suas atribuições e que, ao mesmo tempo, assegure tomadas de decisão estritamente técnicas e comprometidas com os anseios da sociedade.
Um INEP autônomo, que mantenha uma relação republicana com o Estado e a sociedade, precisa de um regimento interno, construído de maneira participativa, que consolide normas básicas para o seu funcionamento, bem como de uma agenda pública para cumprir cronogramas de divulgação de dados e resultados, com o intuito de fortalecer a regularidade, transparência e qualidade na disseminação das informações produzidas.

Nos termos expostos nesta carta, reiteramos o papel estratégico do INEP na produção de conhecimentos que subsidiem políticas públicas, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade da Educação, a garantia dos direitos humanos e o desenvolvimento do país. Por fim, conclamamos governantes, gestores, professores e demais profissionais da educação, comunidade científica, entidades de classe, partidos políticos, movimentos sociais e a sociedade em geral a se unirem em torno desse projeto que, ao buscar fortalecer a autonomia técnico-administrativa do INEP, posiciona-se em favor da Educação brasileira.

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Nota do MEC
O compromisso do MEC com a autonomia do Inep é demonstrado por investimentos realizados nos últimos anos, notadamente no que se refere à estruturação e adequação da carreira, contratação de pessoal (em 2013 foram contratados 210 novos servidores para as diversas áreas de atuação do Instituto) e disponibilização de infraestrutura adequada para a realização das diversas ações do Instituto.
O Inep é uma autarquia que contribui decisivamente na reflexão sobre a educação brasileira, bem como pela capacidade de realizar avaliações da educação básica e superior, os respectivos censos e o ENEM.
A divulgação dos resultados como o IDEB e o SINAES é um compromisso desse governo, que as instituiu. Os resultados dessas avaliações informam a sociedade brasileira sobre a qualidade da educação no país e fornecem subsídios para intervenções pedagógicas nas escolas, nas redes estaduais e municipais, para melhoria da educação do país. Por isso, o MEC reafirma o seu total compromisso com o fortalecimento do INEP e com a continuidade de sua política de divulgar de forma republicana e transparente os dados produzidos pela autarquia. 

Declaração para um novo ano

20 para 21  Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...