Educadora discute por que a curiosidade e o interesse por temas científicos diminuem à medida que avança a vida escolar. E aponta, como um dos itens responsáveis, a incapacidade dos adultos de lidar de forma salutar com o questionamento.
Por: Vera Rita da Costa
É praticamente uma ideia de senso comum que as crianças são ‘cientistas inatos’. Elas são curiosas, observadoras, perguntadoras e experimentadoras ativas. Qualquer pai ou professor sabe disso. Mas também é notável e reconhecido por muitos o declínio da curiosidade e do interesse pela ciência que vai marcando o passar dos anos na escola.
A ciência (ou a forma de pensar da ciência) é conteúdo indispensável para o desenvolvimento da criticidade e da autonomia
Conforme os estudantes avançam na escolarização, a curiosidade e o interesse pelas coisas e fenômenos do mundo declinam acentuadamente, de tal maneira que, para desespero dos professores de ciências, parece ser possível traçar uma curva descendente que representa a perda dostatus das disciplinas científicas ao longo dos anos escolares – uma curva que parte da curiosidade extrema da criança da educação infantil, aos 4 e 5 anos, e chega ao tédio e à indiferença, praticamente absolutos, dos adolescentes do ensino médio.
Há, certamente, muitas explicações possíveis para isso e nenhuma delas, por si só, parece dar conta de um processo tão complexo. Isso não invalida, no entanto, refletir sobre elas, sobretudo se formos professores e quisermos interferir nesse declínio do interesse. Também, se formos pais, pois, embora nem sempre se discuta isso, a ciência (ou a forma de pensar da ciência) é conteúdo indispensável para o desenvolvimento da criticidade e da autonomia.
Não faria mal, portanto, se nossos filhos adquirissem um pouco mais de conhecimento científico e, com ele, um pouco mais desses ingredientes, não é mesmo?
CLIQUE para continuar lendo
http://cienciahoje.uol.com.br/alo-professor/intervalo/2014/03/nao-ha-perguntas-imbecis
Nenhum comentário:
Postar um comentário