Uma experiência bem-sucedida na rede pública de ensino deu a Florianópolis o primeiro lugar na terceira edição do prêmio Experiências Educacionais Inclusivas: a Escola Aprendendo com as Diferenças. Desde 2001, todas as escolas de educação infantil da capital catarinense contam com uma política de educação especial nas perspectivas da educação inclusiva, de acordo com diretrizes da Secretaria de Educação do município.
Programa nesse sentido desenvolvido pela secretaria prevê a formação de professores de educação especial para o atendimento especializado aos alunos. Outra prática adotada é a constituição de grupos de estudo, de trabalho e de assessoramento para o aperfeiçoamento das práticas de educação especial na rede municipal de educação infantil.
Segundo Rosângela Machado, gerente de educação inclusiva da Secretaria de Educação de Florianópolis, essa política visa a garantir princípios fundamentais, como o direito à educação a toda criança na escola regular e o direito à acessibilidade, com oferta de recursos, segundo as necessidades específicas de cada criança.
Ao falar sobre os serviços de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, Rosângela, doutora em educação, revela que é feito um estudo de caso sobre cada criança com deficiência para a identificação das necessidades, potencialidades e dificuldades. A partir desse estudo, é elaborado plano educacional especializado, que inclui o atendimento ao aluno, produção de material acessível, acompanhamento do uso desse material na sala de aula e orientação ao professor e à família.
O público-alvo dessas ações são crianças com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades e superdotação na faixa etária de até 5 anos, matriculadas nas unidades de educação infantil da rede pública municipal. Entre os benefícios para os alunos, Rosângela identifica, principalmente, o convívio entre todas as crianças, independentemente de terem ou não deficiências. “Outra questão importante é terem, desde os primeiros anos de vida, suas necessidades identificadas e atendidas”, afirma a professora.
Atenção — Para Rosângela Machado, o primeiro lugar no prêmio demonstra que a educação inclusiva é possível. “A educação infantil é a primeira etapa de uma criança para uma educação escolar”, destaca. “Por isso mesmo, ela deve receber toda a atenção já nos primeiros anos de vida, além de conviver desde cedo com crianças sem deficiência.”
Rosângela espera que a experiência bem-sucedida em Florianópolis inspire profissionais e redes de ensino de todo o Brasil.
Com a primeira colocação no prêmio, a Secretaria de Educação de Florianópolis indicará dois representantes para viagem à Espanha. No país ibérico, os catarinenses conhecerão o processo de inclusão de crianças com deficiência na educação infantil pública. A viagem terá duração de sete dias, no primeiro semestre do próximo ano.
A solenidade de premiação foi realizada no dia 6 último, em Recife.
Ana Júlia Silva de Souza
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20036
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Declaração para um novo ano
20 para 21 Certamente tivemos que fazer muitas mudanças naquilo que planejamos em 2019. Iniciamos 2020 e uma pandemia nos assolou, fazendo-...
-
Confira a lista: Pixton A ferramenta permite criar e compartilhar histórias com diferentes opções de cenários, personagens e expressõe...
-
Cidade verde [1] Dom Aquino Corrêa Sob os flabelos reais de mil palmeiras, Tão verdes, sombrance...
-
Um de seus objetivos é criar um vestibular específico para os indígenas. Ubiratã Awá Baretédju, de 37 anos, mora em aldeia de Peruíbe, SP....
Nenhum comentário:
Postar um comentário